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CASO CLÍNICO 1 Cintia Teixeira Rossato Mora Caso Clínico • Paciente 65 anos, sexo feminino, branca, menopausa com 56 anos. Apresentou queda ao escorregar no banheiro, sem conseguir se mobilizar. Seu marido chamou imediatamente o SAMU, o qual a encaminhou ao PS para avaliação. Caso Clínico • Ao chegar no hospital foi realizado avaliação física pelo emergencista, a paciente relatava dor intensa em região de quadril direito, com limitação da movimentação. • Prescrito analgésico e solicitado exames de imagem. Qual é a hipótese diagnóstica? Qual exame de imagem deve ser solicitado? • Fratura? • Radiografia? Pelve e Quadril - AP Pelve e Quadril - AP Pelve e Quadril - AP Pelve e Quadril – Oblíqua Anterior Necrose da cabeça do fêmur Necrose da cabeça do fêmur • Corticóide • Álcool • Trauma * 10% das artroplastias de quadril Pelve e Quadril – Oblíqua Posterior Pelve – AP Angulada ou Incidência de Ferguson Pelve e Quadril – Lateral em Rã da Porção Proximal do Fêmur e Quadril (Lovenstein) Pelve e Quadril – Lateral em Rã da Porção Proximal do Fêmur e Quadril (Lovenstein) Fratura de Pelve? Fratura de Sínfise Púbica? Fratura do Acetábulo e Ilíaco e Diástase do Sínfise Púbica? Quadril - AP a - Linha iliopúbica ou íliopectínea b - Linha ilioisquial c - Incisura do acetábulo d - Teto do acetábulo e - Rebordo anterior do acetábulo f - Rebordo posterior do acetábulo Quadril - Lateral Fratura do Acetábulo? Luxação do Quadril? Luxação do Quadril? Fraturas de fêmur? Fratura subtrocantérica? Fratura intertrocantérica ou transtrocantérica? Fratura intertrocantérica ou transtrocantérica? Fratura da Cabeça do Fêmur? Fratura do Colo do Fêmur? Radiografia - Internação Tratamento • Paciente foi submetido à cirurgia de artroplastia total de quadril. Radiografia PO Artroplastia de Quadril Osteotomia do Ilíaco Caso Clínico • Para melhor avaliação e acompanhamento da paciente o médico ortopedista solicitou uma densitometria óssea, visto que poderia estar associado à osteoporose. O que é osteoporose? • É definida como uma doença sistêmica do esqueleto caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, que aumenta a fragilidade óssea e o risco de fraturas. Quais os fatores de risco? • sexo feminino; • baixa massa óssea (DMO); • fratura prévia; • raça asiática ou caucásica; • idade avançada em ambos os sexos; • história materna de fratura do colo femoral e/ou osteoporose; • menopausa precoce não tratada (antes dos 40 anos); • tratamento com corticóides. Quais são as principais manifestações clínicas? • Fraturas, sendo as mais frequentes as de vértebras, fêmur e antebraço; • Graves consequências físicas, financeiras e psicossociais, afetando o indivíduo, a família e a comunidade • Predomínio nas mulheres, deficiência estrogênica e idosos. Como é realizado o diagnóstico? • O diagnóstico dessa doença se baseia na avaliação da densidade (massa) óssea, que representa um dos melhores determinantes da resistência óssea. Como é realizada a avaliação da massa óssea? • A espessura do osso mineral é a principal causa de atenuação, em relação a outros tecidos do organismo, permitindo a quantificação do mineral. • Estes valores são convertidos à espessura mineral equivalente e comparadas com curvas normativas da população mundial. Qual é o principal exame para o diagnóstico da massa óssea? • Densitometria de Dupla Emissão com Fonte de Raio X (DXA). • Padrão-ouro, importante meio não-invasivo para a avaliação, possibilitando a realização de seu diagnóstico e seguimento. • Mensura-se o conteúdo mineral, ou seja, a quantidade mineral pela área óssea estudada. Quais são as aplicações clínicas da densitometria óssea? • Avaliação do risco de fratura; • Triagem de pacientes; • Diagnóstico e o acompanhamento; • Identificar redução da densidade óssea em pacientes que já sofreram alguma fratura; • Avaliação da perda ou ganho de massa óssea. Quais são as indicações da densitometria óssea nas mulheres? • Idade superior a 65 anos; • Presença de um ou mais fator de risco para osteoporose em mulheres com idade inferior a 65 anos; • História prévia de fratura em mulher pós- menopausada com idade superior a 45 anos; • Nas mulheres em que sua realização influenciaria na tomada de decisão terapêutica; • Deficiência hormonal; • Ooforectomia; • Amenorréia prolongada. Quais são as indicações da densitometria óssea nos homens? • Idade superior a 70 anos; • Homens com história prévia de fratura por fragilidade; • Homens que apresentem condições que têm risco para desenvolver a osteoporose, tais como uso de corticóides, etilismo, hipogonadismo, hiperparatireoidismo, gastrectomia prévia e uso de anticonvulsivantes. Considerações sobre a monitorização da massa óssea • Os erros de precisão da densitometria óssea são baixos, são inferiores a outras medidas. • A escolha do sítio de interesse baseia-se naquele que apresente maior probabilidade de variação de massa óssea, sendo a coluna lombar em AP o fêmur proximal os mais utilizados. Quais são as limitações da densitometria óssea? • O risco de fratura é estimado em relação a população controle, não discrimina aqueles que certamente terão fratura. • Em pacientes muito idosos, principalmente naqueles que apresentam sinais clínicos de osteoporose, tem pouca utilidade clínica, já que dificilmente a massa óssea poderá ser normalizada. • O critério utilizado pela OMS aplicam-se somente as mulheres. Quais são as limitações da densitometria óssea? • O diagnóstico depende do sítio analisado, do equipamento e da população de referência. • Não diferencia as deficiências da mineralização óssea (osteomalácia) da perda de massa óssea mineral (osteoporose). • Não determina alterações estruturais qualitativas macroscópias e microscópias. • Presença de osteossíntese, osteoartrose acentuada, calcificação da aorta, contrastes de exames radiológicos e escoliose podem dificultar a interpretação correta da massa óssea. Como é realizada a interpretação da medida de massa óssea? • A densitometria fornece a medida quantitativa da massa óssea (responsável por mais de dois terços da variação de resistência óssea). Interpretação 1) Pontuação T (“T Score”) – esse número indica a massa óssea que o paciente possui em comparação com uma pessoa adulta do mesmo sexo no máximo de sua massa óssea. 2) Pontuação Z (“Z Score”) – esse número indica a massa óssea que o paciente possui em comparação com outras pessoas da mesma faixa etária, do mesmo tamanho e do mesmo sexo. Definição da OMS - Z-score – Dados obtidos para comparação - T-score maior ou igual a -1,0 = Normal - T-score entre −1,0 e −2, 5 = Baixa massa óssea (Osteopenia) - T-score igual ou menor a −2,5 = Osteoporose 65 Caso Clínico • Paciente segue em acompanhamento médico e fisioterapêutico. BOA NOITE!!
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