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Resenha do filme - No limite do Silêncio PDF

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROGELMA ARAUJO 
 
Resenha Narrativa do filme “No Limite do Silêncio” e o livro “CartaS a Um Jovem 
Terapeuta:o que é importante para ter sucesso profissional” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO, NOVEMBRO DE 2018
2 
 
 
 
CALLIGARIS, L.C.M. “Cartas a Um Jovem terapeuta: o que é importante para ter sucesso 
profissional *” IN: CALLIGARIS,C. 
Cartas a Um Jovem terapeuta: o que é importante para ter sucesso profissional / Contardo 
Calligaris. / 1 ED Rio de Janeiro: Elsevier, 2004 
 
 
RESENHA NARRATIVA 
 
Uma análise descritiva é o que se apresenta a seguir, cujo a fonte foi o Filme No 
Limite de Silêncio do ano de 2001, com a direção de Tom McLoughlin. O Filme conta a história 
de um Psicoterapeuta, mas que devido a uma tragédia familiar deixou de clinicar. Porém após 
o aparecimento de uma ex aluna que lhe pede um favor ele resolve atender um paciente. A 
resenha também apresentará algumas explicações tomando como base o livro Cartas a um 
Jovem Terapeuta, de autoria de Contardo Calligaris, que é autor, psicanalista e dramaturgo 
italiano, naturalizado brasileiro, atualmente é colunista da Folha de São Paulo. 
 O filme já começa retratando uma família tradicional americana: um casal com 
dois filhos, um menino e uma menina. Logo no início retrata a tragédia que acontece com a 
família. Ao retornarem de uma apresentação que a Shelly (a filha) teve no colégio, no qual Kyle 
se recusou a ir, a mãe chama pelo garoto, que não responde. Percebem que há algo de errado 
com a garagem, o pai, Michel Hunter, ao olhar por uma das janelas vê que Kyle se trancou 
dentro do carro e também impediu a abertura da porta da garagem. A pesar da tentativa de 
primeiros socorros, não conseguiram ressuscitá-lo, o garoto consegue concretizar o seu suicido 
respirando monóxido de carbono. Após o ocorrido a família não consegue manter-se unida. 
 O filme dá um pulo cronológico, mostrando Michel Hunter fazendo uma palestra 
na universidade. Nesse período ele não atende mais pacientes, somente escreve livros e faz 
palestras. Nessa palestra aparece uma ex aluna, Barbara, formada em Assistência Social, e pede 
um favor a Michel, que faça uma consulta com um de seus internos, que está prestes a sair da 
instituição em que trabalha ao atingir a maioridade. A princípio Michel não aceita fazer esse 
atendimento, porém acaba cedendo. Entretanto o psicoterapeuta não está fazendo supervisão. 
No primeiro contato com o interno Troy, automaticamente Michel percebe a semelhança física 
entre seu filho falecido, mas mesmo assim ele decide manter contato com o garoto, claramente 
não pelo interesse de voltar a clinicar, mas de alguma forma sentir-se próximo de seu filho, 
3 
 
mesmo que inconscientemente. Troy que é bastante esperto percebe algo no professor e 
descobre a sua semelhança com o filho morto de Michel e com essas informações a seu favor, 
ele a utiliza para manipular o psicoterapeuta, e que não percebe o que está acontecendo. 
 No livro Cartas a um Jovem Terapeuta, no capítulo 5, Contardo Calligaris 
aborda a importância de um psicoterapeuta fazer um acompanhamento de supervisão, pois 
todos nós carregamos as nossas próprias mazelas, e com um terapeuta não é diferente. Por 
Michel não está fazendo terapia e pelo visto nem após a morte de seu filho, claramente o luto o 
não foi bem elaborado. Essa passagem do filme podemos verificar no livro Carta a Um jovem 
terapeuta quando se refere a terapia/supervisão: 
[...]E essa cura não pode ser uma demonstração pedagógica abstrata, não pode ser 
limitada a um fazer de conta durante o qual se transmitiria uma técnica. Ao contrário, 
espera-se que, nesta experiência, o futuro terapeuta se depare com a complexidade 
de suas motivações, sintomas e fantasias conscientes e inconscientes [...] 
(CALLIGARIS, 2004) 
 A pesar do livro se direcionar a novos terapeutas, a questão da supervisão 
ainda sim é importante para quem já é formado a mais tempo, e com a negligência vista no 
filme vimos o estrago que pode acontecer, tanto para o terapeuta quanto para o paciente. Michel 
não aceitou a morte de seu filho e com isso acaba equivocando-se perante o tratamento de Troy, 
que tem seus próprios problemas de origem inconsciente que opera diretamente na vida dele. 
No capítulo 10 – Infância e Atualidade, Causas Internas e Externas, Calligaris cita como o que 
vivemos na infância influencia em nosso presente, ele fala que isso não é uma via de regra, mas 
o que aconteceu no passado e como damos sentido a isso no presente. No caso de Troy que foi 
molestado pela mãe, ele apresenta momentos de raiva quando confrontado com algumas 
questões de seu passado. Porém, Troy recalcou o episódio do incesto, e a reação vinha do 
inconsciente dele, até que o psicoterapeuta Michel confronta novamente o garoto que traz as 
lembranças ao seu consciente. Assim explicando algumas atitudes de Troy que no desespero 
tenta suicidar-se. 
 Vimos no filme muito bem explicado a importância de ser supervisionado. Se 
Michel tivesse seguido essa orientação, muito provavelmente o desenrolar do filme seria 
diferente, problemas teriam sidos evitados e o psicoterapeuta não teria se envolvido tão 
profundamente com Troy. E isso é explicado pelo o autor Contardo Calligaris sobre o 
psicoterapeuta ser supervisionado no seu livro Cartas a Um Jovem terapeuta durante seus 
atendimentos. Inclusive o momento de se negar a atender o paciente, caso o terapeuta não se 
sinta apto para isso, e faltou esse feeling em Michel. 
4 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CALLIGARIS, L.C.M. Cartas a Um Jovem terapeuta: o que é importante para ter sucesso 
profissional / Contardo Calligaris. / 1 ED Rio de Janeiro: Elsevier, 2004 
 
NO LIMITE DO SILENCIO. Direção: Tom McLoughlin, Produção: Tom Barry, Matthew Hastings e Andy 
Garcia. Canada: Paramout Film, 2001. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=JZaxj6rb00s&t=896s . Acesso em: 20 ou. 2010.

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