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ANALISE ECONOMICA DE MERCADO

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Crise de 1929 
A Crise de 29 ocorreu nos meses de setembro e outubro daquele ano, entre 
a Primeira e a Segunda Guerra mundiais, foi um dos acontecimentos mais impactantes 
da História Contemporânea. Nos Estados Unidos, quando o valor das ações da Bolsa de 
Valores de Nova York (à qual a economia mundial estava integrada à época) 
despencou bruscamente, provocando a sua “quebra” (crash). A quebra da Bolsa de 
Nova York desencadeou, por sua vez, a Grande Depressão Americana, que durou até 
meados dos anos de 1930. 
Na sequência, a crise financeira se agrava, posto que as pessoas, em pânico, sacaram 
todos seus valores depositados nos bancos, o que provocou seu colapso imediato. 
A Grande Depressão provocou desemprego e falência em até 30% entre a força 
produtiva nos Estados Unidos, muitos bancos que emprestaram dinheiro faliram por 
não serem pagos, diminuindo assim a oferta de crédito. Diante disso, muitos 
empresários quebraram, encerrando mais postos de trabalho. 
Os países mais atingidos foram também as economias capitalistas mais desenvolvidas, 
dentre elas os Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Itália e o Reino Unido. Em 
alguns destes países, os efeitos da crise econômica fomentaram a ascensão de regimes 
totalitários. 
O grande fator da Crise de 29, ocorreu por conta da grande expansão de crédito por 
meio de oferta monetária (emissão de dinheiro e títulos) levada a cabo pelo Federal 
Reserve System (espécie de Banco Central dos EUA) desde os primeiros anos da 
década de 1920. No ano de 1929, essa expansão precisou ser freada pelo Governo, já 
que o ajuste de contas precisava ser feito. O Governo, então, parou de expandir a 
oferta monetária e começou a operar uma política de restrição de empréstimos. 
Temendo a desvalorização da moeda, muitas pessoas e empresas retiraram os valores 
como dito anteriormente. 
A solução recomendável para esse problema seria o Governo controlar a recessão, 
permitindo a liberdade de preços e salários, até que o mercado se adequasse à nova 
situação. No entanto, o Governo fez o contrário, passou a exercer um grande controle 
sobre os preços e os salários, além de promover aumento de impostos. Isso agravou a 
recessão e, em 24 de outubro de 1929, ocasionando a “quinta-feira negra”, 
caracterizada pela queda vertical das ações por falta de compradores. Alguns dias 
depois, em 29 de outubro, ocorreu a “terça-feira negra”, quando vários e vários lotes 
de títulos foram colocados à venda na Bolsa de Nova York, em um último gesto 
desesperado, sem atrair, entretanto, compradores. Ações de bancos e empresas 
ficaram completamente desvalorizadas, o que provocou a falência deles e o 
consequente desemprego de cerca de 12 milhões de americanos 
 
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/primeira-guerra.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/segunda-guerra-mundial.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/segunda-guerra-mundial.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/segunda-guerra-mundial.htm
 Rothbard: 
[…] a expansão de crédito bancário principia o ciclo econômico em todas as seus fases: 
o boom inflacionário, marcado pela expansão da oferta de dinheiro e por mal 
investimentos; a crise, que chega quando a expansão do crédito termina e os mal 
investimentos tornam-se evidentes; e a recuperação depressiva, o processo necessário 
de ajuste por meio do qual a economia retoma as maneiras mais eficientes de satisfazer 
os desejos dos consumidores. 
Essa necessidade de retorno à “normalidade” dos ciclos econômicos é o que provoca 
as crises, segundo Rothbard. A Crise de 1929 foi tão catastrófica porque o Governo 
americano não respeitou o momento de reajustar a economia, dando vazão à 
dinâmica própria do livre mercado, mas, ao contrário, interferiu ainda mais nessa 
dinâmica. 
A Crise de 1929 deixou uma lição: a necessidade do intervencionismo e do 
planejamento estatal da economia, bem como da obrigação do Estado em prover 
assistência social e econômica aos mais afetados pelas crises do capitalismo. 
Todavia, em 1932, Franklin Delano Roosevelt foi eleito presidente dos EUA e deu início 
a um plano econômico denominado (propositalmente) "New Deal" ou seja, o “Novo 
Acordo”, o qual passou a vigorar em 1933 e lentamente recuperou a economia norte-
americana. 
Consequências da Crise de 1929 no Brasil 
O Brasil também sentiu os impactos da Crise de 1929. A área que sofreu mais com a 
recessão econômica foi a de produção do café – o principal produto de exportação do 
país. O Brasil era responsável por cerca de 70% do café comercializado no mundo, e o 
principal consumidor da nossa mercadoria eram os Estados Unidos (compravam cerca 
de 80% do nosso café). 
Com a recessão, o café estagnou-se no mercado brasileiro, e o preço do produto 
despencou. Os cafeicultores tiveram prejuízos gigantescos. No auge dessa crise, o país 
enfrentou transformações políticas profundas com o acontecimento da Revolução de 
1930. O novo governo teve Getúlio Vargas como presidente provisório. 
A mudança política em si que aconteceu nesse período já é levantada pelos 
historiadores como uma consequência indireta da recessão sobre o nosso país. Além 
disso, as exportações do café brasileiro reduziram-se por volta de 60%, e o preço do 
café no mercado internacional caiu cerca de 90%. Com isso, o governo resolveu agir. 
A medida de Vargas na economia foi a de proteger o principal produto do país. Para 
isso, foi criado o Conselho Nacional do Café (CNC) em 1931. Para conter a queda no 
valor do café, o governo decidiu realizar a compra das sacas que estavam paradas para 
aumentar o valor do café no mercado internacional. As sacas que foram compradas 
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/revolucao-30.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/revolucao-30.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/revolucao-30.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/governo-vargas.htm
pelo governo eram incendiadas. Essa prática estendeu-se durante treze anos, 
resultando na destruição de 78,2 milhões de sacas de café. 
 
Crise de 2008 
A crise financeira na economia mundial exigiu uma intervenção sem precedentes dos 
poderes públicos. Dez anos depois, o crescimento está de volta, mas focos isolados, 
com um impacto menos devastador, são registrados nos países emergentes. 
Em 15 de setembro de 2008, funcionários do Lehman Brothers deixaram cabisbaixos 
seus escritórios em pleno coração de Manhattan. O centenário banco de negócios 
acabara de declarar falência, o que provocou uma onda de choque em todo planeta. 
Sem condições de pagar as hipotecas, famílias abandonaram suas casas em várias 
cidades dos Estados Unidos. 
Kenneth Polcari, um trader em Wall Street desde 1985, recorda: “Foi muito 
preocupante, havia uma terrível sensação de tristeza. Você não podia imaginar que 
isso pudesse acontecer. Estávamos em um mundo diferente, havia descrença, não 
existiam mais tabus”. 
O mundo era completamente diferente antes da crise. 
“Os bancos estimularam as pessoas a se endividarem o máximo possível para comprar 
casas”, conta Gregori Volokhine, da Meerschaert. 
Embora não tivessem recursos próprios, as condições eram tão vantajosas “que não 
havia nenhuma razão para não dar este passo”. 
Tudo isto porque o Federal Reserve (Fed, Banco Central americano) mantinha as taxas 
em um nível muito reduzido para estimular as famílias a pedirem dinheiro emprestado. 
Os agentes financeiros elaboravam empréstimos hipotecários a taxas variáveis (os 
chamados subprime) e os bancos disseminavam os riscos ao revendê-los por pedaços 
em forma de bônus (CDO, Collateralized Debt Obligation) nos mercados financeiros, 
com o consentimento das agências de classificação. 
Vendiam as CDOs para investidores do mundo todo, sobretudo na Europa. Quando os 
norte-americanos que tomaram os empréstimos pagassem o valor devido, o dinheiro 
iria para quem comprou a CDO, com juros. 
Em Wall Street, os bônuse os lucros dispararam tanto que o governo de Bill Clinton 
revogou em 1999 a lei Glass-Steagall, que separava os bancos de depósitos, que são 
mais prudentes, dos bancos de investimentos, mais voltados para o risco. 
Quando o Fed começou a aumentar suas taxas vigorosamente a partir de 2004, o 
mercado imobiliário reagiu. As famílias que viram seus empréstimos explodirem 
ficaram enrolados, niinguém mais conseguia crédito. 
https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/crise-economica/
https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/Lehman-Brothers/
Diante do pânico, o governo libera 700 bilhões para os bancos, no âmbito do polêmico 
Programa de Alívio de Ativo Problemático (TARP, na sigla em inglês). 
Os grandes bancos centrais decidem agir em consonância, pela primeira vez, reduzindo 
ao mesmo tempo suas taxas diretrizes, comprando ativos tóxicos de bancos comerciais 
e injetando liquidez em massa na economia. 
Apesar disso, a crise financeira se espalha para a indústria, com a falência da General 
Motors e da Chrysler. 
A corrida dos hedge funds para produtos agrícolas vai amplificar a alta dos preços dos 
gêneros alimentícios de base, levando a tumultos e protestos em vários países. 
 Anos depois, a expansão está de volta, ainda que as economias emergentes 
(Argentina, Rússia, África do Sul, Nigéria, etc.) permanecem frágeis, como mostra o 
quadro atual na Turquia. 
O Fundo Monetário Internacional (FMI) continua otimista sobre os crescimentos 
alemão e francês, locomotivas da zona euro, cujo Produto Interno Bruto (PIB) deve 
chegar a 2,2% em 2018, um dos mais altos desde 2008. O número de desempregados 
na Espanha – um dos países mais afetados pela crise financeira – caiu em julho, 
atingindo seu mínimo em quase dez anos. 
O Brasil saiu da recessão no ano passado. E, se a conjuntura é pouco pujante na China, 
a segunda economia mundial, isso se deve, principalmente, às tensões comerciais com 
os Estados Unidos e à vontade das autoridades de sanear o mercado de crédito. 
Em Nova York, a Bolsa bate recordes, e os bancos voltam a registrar lucros 
mirabolantes. 
Consequências da crise de 2008 no Brasil 
Um dos setores da economia brasileira que mais sofreu com a crise de 2008-2009 foi o 
industrial, sua produção caiu 30,4% de setembro de 2008 a março de 2009, segundo 
relatório do grupo de estudos do setor elétrico (GESEL) para o mês de junho de 2009. 
Ainda segundo o GESEL, a queda nas exportações contribuiu para o mau desempenho, 
situação que ocorreu nas principais economias do mundo. No Reino Unido a produção 
industrial só voltou a crescer em março de 2009, a uma taxa de 0,3% em relação a 
abril; crescimento que não acontecia desde janeiro de 2008. Na Alemanha a produção 
de março recuou 21,6% comparado com março de 2008, apresentando a mesma 
queda de toda a zona do Euro nesse mesmo período (GESEL, 2009). 
O desempenho negativo da indústria brasileira interrompeu o crescimento do 
consumo de energia elétrica do país, uma vez que o setor industrial é a maior 
consumidora de energia elétrica no Brasil. O setor industrial apresentou queda de 
4,8% no consumo entre maio de 2008 e 2009, e ficou muito abaixo do previsto para o 
segundo semestre de 2009 (GESEL, 2009; COPAM/EPE, 2009). Entretanto o consumo 
na baixa tensão, comércio e residências, impediu uma queda maior. 
Resumo das principais crises no Brasil: 
A crise de 1929 gerou reações no Brasil, porque apoiava fortemente a exportação de 
café, por este motivo o golpe foi particularmente sentido. A situação só começou a 
melhorar após o início das políticas de substituição de importações, efetuadas pelo 
governo Vargas. 
 
Já a crise de 2008 quando atingiu o Brasil, derrubou as ações na Bolsa de Valores, 
pressionou a inflação, que teve que ser contida pelo governo, que aumentou então 
sua dívida. 
Fontes: 
1 ROTHBARD, Murray. A grande depressão americana. Trad. Pedro Sette-Câmara. São 
Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2012. p. 54. 
2 ROTHBARD,Murray. Ibid. p.55. 
 
Por Me. Cláudio Fernandes 
https://exame.abril.com.br/economia/ha-10-anos-crise-financeira-de-2008-arrasava-
a-economia-mundial/ 
https://economia.uol.com.br/ultnot/bbc/2008/09/18/ 
https://www.google.com/amp/s/m.brasilescola.uol.com.br/amp/historiag/ 
https://exame.abril.com.br/economia/ha-10-anos-crise-financeira-de-2008-arrasava-a-economia-mundial/
https://exame.abril.com.br/economia/ha-10-anos-crise-financeira-de-2008-arrasava-a-economia-mundial/

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