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A formação de Portugal tem início remoto. Para ser um entendimento mais pontual, a partir do século VII. No começo do século mencionado, os árabes haviam invadido a península Ibérica. Apenas as regiões dos montes Pirineus, próxima ao reino da França escapou dessa dominação. A partir de então, os cristãos lutaram contra os muçulmanos (conhecidos também como mouros ou sarracenos) pela recuperação dessa região. Essa luta que durou vários séculos ficou conhecida como Reconquista. À medida que a luta avançava, outros reinos cristãos foram surgindo na península, entre os quais Leão, Aragão e Castela. No final do século XI, Afonso VI, dos reinos unificados de Leão e Castela, impôs sucessivas derrotas aos muçulmanos. Em suas campanhas, contou com a ajuda de Henrique de Borgonha, um senhor feudal vassalo do rei da França. Pra recompensar Henrique, Afonso VI ofereceu-lhe o condado Portucalense como feudo. Henrique de Borgonha Em 1212, na batalha de Novas de Tolosa, as forças unidas de diversos reinos cristãos derrotaram os muçulmanos cujo domínio ficou restrito à região de Granada, no sul da península Ibérica. O passo decisivo para a expulsão dos árabes ocorreu em 1469, quando Fernando, rei de Aragão, casou-se com Isabel, que se tornaria rainha de Castela. Os dois reinos unificados se tornaram a base da Espanha Moderna. A consolidação da monarquia espanhola ocorreu em 1492, ano em que se deu a reconquista de Granada e a expulsão definitiva dos árabes. O nascimento e a formação de Portugal O condado Portucalense, recebido como feudo por Henrique de Borgonha, estava ligado por laços de vassalagem aos reinos de Leão e Castela. Em 1139, Afonso Henrique, filho de Henrique de Borgonha, rompeu esse vínculo e se proclamou Afonso I, rei de Portugal, iniciando a dinastia de Borgonha (1139-1383) e a história de Portugal como reino independente. Afonso Henrique, Afonso I, rei de Portugal Nos anos seguintes, organizaram-se as instituições do Estado português. Ao lado da monarquia, estabeleceram-se as Cortes Gerais, órgão constituído pela família real, pelo clero e pela nobreza. Em 1383, com a morte do rei dom Fernando, o trono português deveria passar para sua filha, que estava casada com o rei de Castela. Diante da possibilidade de união dos dois reinos, a burguesia, a população e uma parte da nobreza se rebelaram e aclamaram um novo rei, dom João I, mestre de Avis. Revolução de Avis (1383-1385) Em seguida, as forças portuguesas conseguiram derrotar os castelhanos e garantir a independência de Portugal. Esse movimento, denominado Revolução de Avis (1383-1385), consolidou a monarquia centralizada e fortaleceu a burguesia mercantil, que estabeleceu estreitos vínculos com o rei. Já a antiga nobreza, que em grande parte havia dado sustentação à união com Castela, saiu enfraquecida. Graças a essas mudanças, antes de qualquer outra região da Europa, Portugal reuniu as condições constitutivas do Estado Moderno: um território unificado, gerido por um governo soberano forte, reconhecido e aceito pela população. Essa precoce centralização política seria um dos componentes que permitiriam a formação de Portugal ser mais concisa. Sendo assim, lançar-se como nação antes de qualquer outro reino europeu no empreendimento da expansão marítimo-comercial. Referencias: https://www.todoestudo.com.br/historia/formacao-de-portugal https://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/o/os_lusiadas_i nes_de_castro Atividade 1. Quem foi Henrique de Borgonha? 2. Quem foi Afonso Henrique? 3. Explique o que foi a Revolução do Mestre de Avis 4. Que condições levaram Portugal ase tornar o primeiro Estado Moderno da Europa? 5. A seguir, um dos momentos mais memoráveis da cultura portuguesa onde Luís Vaz de Camões narra as desgraças de Inês de Castro: "Até mesmo as feras, cruéis de nascença, e as aves de rapina já demonstraram piedade com as crianças pequenas. O senhor, que tem o rosto e o coração humanos, deveria ao menos compadecer-se destas criancinhas, seus netos, já que não se comove com a morte de uma mulher fraca e sem força, condenada somente por ter entregue o coração a quem soube conquistá-lo. E se o senhor sabe espalhar a morte com fogo e ferro, vencendo a resistência dos mouros, deve saber também dar a vida, com clemência, a quem nenhum crime cometeu para perdê-la. Mas se devo ser punida, mesmo inocente, mande-me para o exílio perpétuo e mísero na gelada Cítia ou na ardente Líbia onde eu viva eternamente em lágrimas. Ponha--me entre os leões e tigres, onde só exista crueldade. E verei se neles posso achar a piedade que não achei entre corações humanos. E lá, com o amor e o pensamento naquele por quem fui condenada a morrer, criarei os seus filhos, que o senhor acaba de ver, e que serão o consolo de sua triste mãe.". Faça uma breve pesquisa sobre Inês de Castro. https://www.todoestudo.com.br/historia/formacao-de-portugal https://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/o/os_lusiadas_ines_de_castro https://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/o/os_lusiadas_ines_de_castro
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