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APOSTILA ORIENTACAO PARA A 2a. FASE DO E

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APOSTILA – ORIENTAÇÃO PARA A 2ª. FASE DO EXAME DE ORDEM, CONFORME O PROVIMENTO 136/0AB.
Na prova prático-profissional é permitida, exclusivamente, a consulta à legislação sem qualquer anotação ou comentário. Não é permitido o uso de material didático, tais como Manuais, Livros de Doutrina, sendo também vedado o uso de apostilas ou material que possua modelos de peças práticas.
1 - Fique atento à leitura do problema proposto e à fase processual que se encontra. Você deve utilizar somente os dados fornecidos pelo problema, sem acrescentar algo alheio ao enunciado. Não assine a peça e nem forneça quaisquer outros dados pessoais.
2 - Reserve cerca de 3 hs para a peça prático-profissional e cerca de 25 minutos para cada questão, quando sua prova tiver tempo de duração de 5 horas.
3 - Antes de iniciar a elaboração da peça realize um pequeno rascunho, contendo um esquema do que vai ser produzido, ou seja, anote qual a peça, para quem vai ser encaminhada, qual a tese, qual o pedido etc. Após, inicie a feitura da peça.
4 - Durante a elaboração da peça e questões não utilize palavras repetidas. Cuidado para não repetir a mesma palavra no início de parágrafos próximos, como também no mesmo parágrafo.
5 - Cuidado com os erros de grafia, acentuação e português. Eles podem levar à reprovação.
6 - Na prova prático-profissional, os examinadores avaliarão o raciocínio jurídico, a fundamentação e sua consistência, a capacidade de interpretação e exposição, a correção gramatical e a técnica profissional demonstrada.
7 – A procura dos temas nos Códigos deve ser feita a partir do índice alfabético remissivo. Isto agiliza sua procura e, conseqüentemente, o tempo de prova será melhor aproveitado.
8 – Cada parágrafo feito deve ser analisado para que não reste nenhum erro, como também para que o parágrafo seguinte não seja repetição do anterior.
9 – A letra apresentada pelo candidato deve ser legível, pois poderá correr o risco do examinador não entendê-la ou até mesmo interpretá-la de modo diverso do que está realmente escrito.
10 – As questões devem ser respondidas desde as primeiras linhas, e de forma objetiva, indo ao cerne das questões.
11 – O Candidato deve iniciar a prova com a elaboração da peça profissional e, em seguida responder as questões.
12 – Importante lembrar que o examinador fará a correção da prova analisando a conduta de um profissional. Portanto, o uso de técnica profissional é imprescindível (boas frases, bons parágrafos, comentários técnicos e adequados para o caso).
13 – O candidato deve utilizar de raciocínio jurídico, amparado por doutrina, jurisprudência e Súmulas do STJ e STF.
LIBERDADE PROVISÓRIA
Observações Preliminares sobre a peça: “É uma peça comumente utilizada no meio jurídico que visa colocar em liberdade indivíduo primário ou tecnicamente primário, com bons antecedentes, residência e emprego fixos”.
Fundamentos Legais
		Artigo 5º, inciso LXVI da Constituição Federal combinado com o artigo 310, parágrafo único, do Código de Processo Penal.
Endereçamento
		Essa peça é encaminhada a 1ª instância (a um Juiz de Direito ou Juiz Federal competente).
Denominação do postulante
		O indivíduo que ingressa – via procurador - com o pedido de liberdade provisória recebe a denominação de REQUERENTE.
Prazo
		Diferentemente de outras peças usadas na esfera penal, a liberdade provisória não possui momento oportuno para ser requerida, podendo ser feita tanto em fase de inquérito policial como durante a instrução – após o ajuizamento da ação penal.
Hipótese
		Necessário frisar que essa peça é utilizada em casos em que haja prisão legal provisória, obrigando o acusado a vincular–se a certas exigências, assegurando sua presença nos atos processuais.
Forma
		Compõe– se de uma única peça, instruída com documentos, quais sejam: certidão de antecedentes criminais, comprovante de residência e de trabalho, dentre outros.
Observações imprescindíveis
		São três os requsitos: primariedade, bons antecedentes e ausência dos motivos autorizadores da prisão preventiva.
		É uma peça onde não se adentra no mérito, porém instruída por documentos.
		
Casos práticos
		A – O indivíduo foi autuado em flagrante delito, é primário.
		B – Tício, preso em flagrante, é primário, reside no distrito da culpa e possui emprego.
Modelo prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara Criminal da Comarca de ____, Estado de São Paulo,
(pular 1 linha)
Processo nº ___/___.
(pular 8 linhas)
		_____, qualificado nos autos da prisão em flagrante em epígrafe, via de seu advogado que esta subscreve (procuração inclusa), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer LIBERDADE PROVISÓRIA com fulcro no artigo 5º, inciso LXVI, da Constituição Federal, c.c. o artigo 310, parágrafo único do Código de Processo Penal, expondo o que segue:
	(pular 1 linha)
DA PRISÃO EM FLAGRANTE (DOS FATOS):
	(pular 1 linha)
	O requerente foi preso em flagrante delito, por infringir o dispositivo legal do artigo ____ do ________________, relatando o auto de prisão em flagrante que:____________________________ (fatos)
	(pular 1 linha)
	INFORMAÇÕES QUE PRESTA O REQUERENTE SOBRE SUA VIDA PREGRESSA:
	(pular 1 linha)
	1 – possui residência fixa (doc. 1).
	2 – primário (doc. 2).
	3 – trabalha licitamente (doc. 3).
	(pular 1 linha)
	REQUERIMENTO:
	(pular 1 linha)
	Presentes, no caso em tela, os requisitos autorizadores da Liberdade Provisória e ausentes motivos para manutenção da custódia cautelar, requer a Vossa Excelência, após a oitiva do representante do “Parquet”, a concessão do pedido, expedindo – se o competente alvará de soltura e demais formalidades inerentes ao ato.
	(pular 1 linha)
	P. deferimento.
	(pular 2 linhas)
	Local e data.
	(pular 2 linhas)
	Advogado_____________________ 
	O . A . B ./ S. P. nº______________
	
		CASOS REFERENTES À MATÉRIA:
1 – Mévia, em conjunto com alguns colegas, acham por bem subtrair objetos que se encontravam no interior de um caminhão. Neste mesmo momento chegam policiais e os surpreendem. Todos confessam para o delegado diante duas testemunhas, lavrado o flagrante, os delituosos são conduzidos ao cárcere. Mévia é primária e reside com seus genitores.
Questão: Como advogado de Mévia, adote a medida cabível para sua soltura.
2 – G, em companhia de três amigos, resolvem assaltar caminhões de carga na cidade de Itajobi – SP, ocorre que na noite anterior à ação, G é abordado pela polícia que verifica a existência em seu automóvel de um pente de arma de fogo. Ao ser interrogado na Delegacia, G confessa que, juntamente com seus amigos, iria praticar roubo de cargas. Todos são presos em flagrante delito pelo crime de formação de quadrilha ou bando. G trabalha como motorista de caminhão, possuindo, também, residência certa e esteve envolvido, porém não condenado, em crimes de mesma espécie.
Questão: Como advogado de G, adote a medida cabível para sua soltura.
3 – B, comerciante conhecido na cidade onde reside, vinha sendo, costumeiramente, vítima do delito de furto. Desconfiado de A, comunicou a polícia, e juntos, em certo dia, decidiram esperar escondidos dentro de seu estabelecimento comercial, a fim de que tal ato fosse cometido. Após algum tempo, A adentrou no estabelecimento e furtou R$ 90,00, sendo autuado em flagrante delito por infração ao artigo 155 do Código Penal. A trabalha no comércio vizinho ao de B e mora com sua avó, sendo conhecido nos meios policiais pela prática de vários delitos, porém não possui sentença condenatória transitada em julgado contra sua pessoa.
Questão: Como advogado de A, adote a medida cabível para sua soltura.
Pergunta: 
4 - Asplênio, funcionário público federal, no horário de expediente, solicitou a Tarso a quantia de R$ 2.000,00, em espécie, como condição
para extraviar autos de processo criminal. Nesse momento, Asplênio foi preso em flagrante, antes de extraviar o processo que se encontrava na seção onde está lotado. Sabe-se, ainda, que Asplênio é primário e tem bons antecedentes.
Com base na situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, às perguntas a seguir.Asplênio cometeu crime afiançável?
Que pedido, privativo de advogado, deve ser formulado para Asplênio ser solto?
			 
RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
Observações Preliminares sobre a peça: “A peça em tela é utilizada quando a prisão em flagrante possui mácula. Há uma prisão em flagrante ilegal, contendo vícios ou irregularidades, tal como flagrante preparado, provocado dentre outras hipóteses”.
Fundamentos Legais
		O relaxamento de prisão em flagrante tem amparo de nossa Carta Política, em seu artigo 5º, inciso LXV.
Endereçamento 
		Da mesma forma que a Liberdade Provisória, esta peça é encaminhada a 1ª instância (a um Juiz de Direito Competente de uma Vara Criminal, ou a um Juiz Federal).
Denominação do postulante
		Também na mesma esteira da Liberdade Provisória, o indivíduo que ingressa – via procurador – com o pedido de Relaxamento de Prisão em Flagrante recebe a denominação de REQUERENTE.
Prazo
		Como na Liberdade Provisória, o pedido de Relaxamento de Prisão em Flagrante, não possui momento oportuno para ser requerido, podendo ser feito enquanto perdurar a situação de ilegalidade.
Hipótese 
		Essa peça é utilizada em casos em que haja prisão em flagrante ilegal, ou seja, quando o auto e prisão em flagrante possuir irregularidades, como no caso em que a pessoa após cometer algum crime se apresenta espontaneamente e é presa em flagrante delito, ou então quando não é realizada a entrega de nota de culpa no prazo de 24 horas, após a prisão.
Forma 
		Compõe-se de uma única peça, onde serão demonstradas as máculas existentes no auto de prisão em flagrante. Não se discute o mérito da causa.
Observações imprescindíveis
		Caberá relaxamento de prisão em flagrante, em casos de prisão ilegal, ou seja, o auto de prisão em flagrante conterá vícios, como no caso do flagrante preparado, ou quando não é expedida e entregue ao indiciado sua nota de culpa, dentre outros.
		A ilegalidade da prisão é imprescindível. A diferença desta peça para com a liberdade provisória é que no relaxamento o auto de prisão em flagrante a prisão é ilegal, já na liberdade provisória a prisão é legal, porém o preso possui os requisitos inerentes a concessão de tal liberdade. Atenção: PODEM SER CUMULADOS OS PEDIDOS DE RELAXAMENTO DE FLAGRANTE E LIBERDADE PROVISÓRIA, QUANDO, SIMULTANEAMENTE, HOUVER VÍCIO DO FLAGRANTE E ESTIVEREM AUSENTES OS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA.
Casos práticos
		A – preso em flagrante delito, não houve a expedição da nota de culpa.
		B – policiais preparam o flagrante, vindo a autuar o indivíduo em flagrante delito.
Modelo prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ____ Vara Criminal da Comarca de _______________, Estado de São Paulo,
(pular 2 linhas)
Processo nº __/__
(pular 8 linhas)
	
	________, qualificado nos autos de prisão em flagrante em epígrafe, via de seu advogado e procurador que esta subscreve (procuração inclusa), vem, mui respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência, requerer RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, com fulcro no artigo 5º, inciso LXV, da Constituição Federal, pelos fatos e fundamentos que a seguir aduz:
	(pular 1 linha)
	DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE:
	(pular 1 linha)
	(especificar os motivos da prisão e os vícios do auto, tudo de acordo com os dados fornecidos pelo caso sorteado).
	Do Direito – Ausência de situação flagrancial (ou Vício formal do flagrante)
	(pular 1 linha)
	(especificar toda a matéria de direito, jurisprudência, Súmulas etc...)
	REQUERIMENTO:
	(pular 1 linha)
	Assim sendo, requer:
	Vista ao ilustre representante do Ministério Público;
	A concessão do pedido, determinando o relaxamento da prisão ilegal noticiada;
	A expedição do competente alvará de soltura, em favor do requerente.
	Termos em que, 
	Pede deferimento.
	(pular 2 linhas)
	Local e data
	(pular 2 linhas)
	Advogado ______________
	O. A. B. / S. P. nº ________
		CASOS REFERENTES À MATÉRIA
1 – Felício, de boa família, comerciante famozérrimo, com desconfiança que seu empregado de nome Carlão, estava subtraindo dinheiro do estabelecimento em que laborava, comunicou o fato à polícia e então juntos, decidiram preparar um flagrante. Alguns dias após, foi encontrado em poder do empregado notas de dinheiro previamente marcadas pelos milicianos e por Felício, sendo autuado em flagrante delito por infringir o disposto no artigo 168, § 1º, inciso III, do Código Penal. O representante do Ministério Público ofereceu denúncia, não sendo, até o momento, apreciada pelo Magistrado competente.
Questão: Como advogado de Carlão, ingressar com a peça cabível em seu favor, justificando e dando a tramitação.
2 – Kico, com 20 anos, morador da cidade de Kicolândia, em passeio na capital do Estado de Minas Gerais resolveu subtrair, mediante emprego de violência, à bicicleta de João, momento que foi surpreendido por policias, sendo encaminhado até o distrito policial mais próximo onde restou autuado em flagrante delito por infração ao artigo 157 do Código Penal. Quando da lavratura do auto de prisão em flagrante não foi entregue a nota de culpa.
Questão: Elaborar a medida cabível, para realizar a libertação de Kico.
3 – Flúvio, trabalhador, com 19 anos de idade, passava um belo final de semana, na chácara de sua família, quando por volta das 23:00 hs, ouviu ruídos que vinham da porta dos fundos, momento em que se dirigiu em direção a tal local, munido de uma espingarda calibre 12, de propriedade de seu avô, quando se deparou com um vulto que vinha em sua direção, e que devido à escuridão não conseguia identificar. Após algumas tentativas em pedir para que tal pessoa se identificasse e com medo que era um ladrão perigoso, desferiu-lhe um tiro, que acabou por atingir a vítima, levando-a a óbito. Em seguida soube que a vítima era o caseiro da chácara, que era mudo. Imediatamente, Flúvio dirigiu-se à Delegacia de Polícia, comunicando o acontecido. Após a oitiva dos fatos, o Delegado de Polícia que lá se encontrava, prendeu-o em flagrante pelo crime previsto no artigo 121 do Código Penal.
Questão: Como advogado de Flúvio, elaborar a peça cabível para libertá-lo.
			
HABEAS CORPUS
Observações preliminares sobre a peça: “O “habeas corpus” como a liberdade provisória e o relaxamento de prisão em flagrante, também não é alicerçado em um momento processual específico, podendo ser impetrado a qualquer momento. Tem cabimento quando o indivíduo sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal no seu direito ambulatorial.”
Fundamentos Legais:
		Art. 5º, inciso LXVIII da Constituição Federal c.c art. 647 a 667 do Código de Processo Penal ou art. 648, inciso ___ do CPP.
Endereçamento:
		Esta peça é dirigida sempre à autoridade competente, imediatamente, superior à autoridade que está cometendo ou na iminência de cometer coação ilegal. Ex: autoridade coatora sendo o delegado de polícia, o “habeas corpus” será dirigido à próxima autoridade superior, ou seja, o Juiz. Se a autoridade coatora for um Juiz de Direito dirigir-se-á o HC ao Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça (segunda instância) e assim sucessivamente.
		Caso a autoridade apontada como coatora seja membro do Ministério Público que atue em primeira instância, o HC será endereçado à segunda instância, ou seja, para Tribunal. Assim, sendo MP Estadual ou do Distrito Federal, o HC será encaminha ao Presidente do TJ. Entretanto, sendo MP Federal, o HC será endereçado ao Presidente do TRF da respectiva região.
			
Denominação do postulante:
A pessoa que está na iminência de sofrer ou que está sofrendo a coação (constrangimento) ilegal é denominada paciente. O indivíduo que impetra o HC recebe a denominação de impetrante.
Prazo:
		Não existe momento processual oportuno para a impetração de ordem de “habeas corpus”, pois basta haver coação ilegal ou sua iminência e, que não haja peça específica a ser proposta naquele momento. Assim, não há prazo para a impetração do HC, podendo ser antes ou após o trânsito em julgado.
		Contudo, recomenda-se atenção para o fato de que havendo peça específica para o momento processual, esta deve ser elaborada, salvo se o indivíduo estiver preso ilegalmente, pois nesse caso, mesmo havendo peça oportuna, para o momento, deve ser elaborado um HC, para que seja concedida sua liberdade.
Hipótese:
		Previsto em nossa Carta Política como um remédio garantidor da liberdade ambulatorial, cabível nas hipóteses previstas nos incisos do artigo 648 do CPP.
		Em verdade, o HC é uma verdadeira ação impugnativa como a Revisão Criminal. Ocorre que o HC é ação impugnativa de caráter popular, onde qualquer do povo poderá propor-lo (inclusive um menor ou pessoa jurídica em favor de seus diretores) face existência ou a iminência de existência de coação ilegal contra liberdade do individuo.
Forma:
		Tal qual a liberdade provisória e o relaxamento de prisão em flagrante, o HC também é composto por uma única peça, que deve estar sempre carreada com documentos (cópia do auto de prisão em flagrante, documentos comprobatórios da coação ilegal ou da sua iminência).
Observações imprescindíveis:
		O HC é cabível sempre que alguém estiver na iminência ou sofrendo coação ilegal por parte de autoridade competente, denominada, neste caso, autoridade coatora.
		O HC pode ser Liberatório ou Preventivo e deve ser endereçado, necessariamente, à autoridade superior à autoridade coatora.
		O “corpo” do HC deve conter os dados do impetrante e paciente, como também da autoridade apontada como coatora.
		O HC também pode ser impetrado pelo membro do Ministério Público. 
		Dentro de um caso concreto vislumbra-se a possibilidade de impetração de HC quando nele contiver: “foi expedido mandado de prisão”, “o processo está em andamento”, “o réu está na iminência de ser preso”, “o réu está preso há mais de cem dias e a instrução não foi concluída”.
		Verificada a presença do fumus boni iuris e periculum in mora, o candidato deve elaborar HC com pedido de liminar e, apontar, durante a peça, onde estão no caso a fumaça do bom direito e o perigo na demora.
Casos Práticos:
A – Jorge, após cometer delito de furto, foi preso, permanecendo nesta situação há 108 dias, não sendo a instrução sequer iniciada até o momento. Requereu a libertação, o que lê fora negada. 
B – Sílvio, preso em flagrante por furto, requereu a fiança que fora negada pelo juiz da Vara Criminal de Guairá-PR.
Modelo Prático:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de __________, Estado de São Paulo,
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Federal da Subsecção Judiciária de ______, do Estado de _______,
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça, Seção Criminal, do Estado de São Paulo,
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Regional Federal da ____ Região,
(pular 8 linhas)
	O advogado________________________, brasileiro, solteiro, inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção de _______, sob o nº ____, com escritório profissional na rua ______________, nº______, na cidade de _____________, Estado de _________, vem, mui respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência, impetrar ordem de “habeas corpus”, com fulcro no artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal, c.c o artigo 648, inciso____, do Código de Processo Penal, em favor de ________________________ (qualificação do paciente), por estar sofrendo (ou estar na iminência de sofrer) coação ilegal, por determinação do Excelentíssimo Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de _______________ (ou por determinação do Ilustríssimo Senhor Doutor Delegado de Polícia do __________ Distrito Policial, da cidade de ________________), expondo, para tanto o que segue:
(pular 1 linha)
	DOS FATOS: 
	(pular 1 linha)
	DA COAÇÃO ILEGAL:
	(pular 1 linha)
	DO DIREITO:
	(pular 1 linha)
	CONSIDERAÇÕES DERRADEIRAS:
	(pular 1 linha)
	REQUERIMENTO:
	(pular 1 linha)
	Por tudo quanto foi exposto e em face da ilegalidade patente, requer seja concedida liminar, presentes que estão o fumus boni iuris e o periculum in mora para, liminarmente determinar... Depois de prestadas as informações pela autoridade coatora, e do parecer do digníssimo membro do Ministério Publico, requer a concessão da presente ordem de “habeas corpus”, com a finalidade _______________________ , com fundamento no artigo ___ do ___________ , expedindo, para tal finalidade, o competente alvará de soltura (contramandado de prisão), em favor do paciente ora qualificado.
	Nestes termos, 
	Pede deferimento.
	(pular 2 linhas)
	Local e data
	(pular 2 linhas)
 	Advogado____________
	O . A . B . / __nº______
CASOS REFERENTES À MATÉRIA:
1 – C lesionou de forma leve a pessoa de U. Após lavrado o termo circunstanciado, C ressarciu de forma integral U, sendo tal ato homologado pelo juiz de Direito. O representante do Ministério Público que atua perante a o Juizado Especial Criminal da Comarca de Colônia, mesmo sabendo do acordo, denuncia C, e o processo está em andamento.
Questão: Como advogado, intentar a medida judicial cabível.
2 – C, famoso locutor de rodeio, através de notícia veiculada em vários jornais, difamou I, que é peão de rodeio. Este último após 8 meses da data do conhecimento da autoria do fato, promoveu ação penal contra C, ação esta que se encontra em trâmite.
Questão: Como advogado de C, adote a medida cabível.
3 – Anita, encontra-se encarcerada em flagrante delito, sendo-lhe imputada pela autoridade policial do 1º DP a prática do crime de favorecimento à prostituição – Art. 229 CP - no local denominado Casa de Massagem, na Rua Bento Quirino, nesta capital, que foi inaugurada hoje. No local foram encontrados alguns casais praticando coito. Anita, que estava presente no local, é primária e não registra antecedentes criminais, além de não admitir ser a proprietária do local. Requereu a concessão de liberdade provisória que fora negada.
Questão: Requeira a soltura de Anita.
4 – Beira Rio, preso em flagrante delito, por estar, segundo laudo vestibular, na posse de substância entorpecente conhecida como cocaína, foi denunciado como infrator do artigo 33 da Lei 11.343/06. O interrogatório judicial ainda não foi realizado. Carreou-se aos autos o laudo do exame laboratorial toxicológico, onde se verifica que o material apreendido deu resultado positivo para xilocaína em pó. Fora requerida a revogação de sua prisão, havendo o conseqüente indeferimento.
Questão: Encontre a medida cabível para a soltura do suposto meliante.
5 – Mélvio tentou atirar em Tício com revólver cujo cão havia sido desmontado pela própria vítima. Na denúncia a conduta de Mélvio foi capitulada no artigo 121, caput c.c o artigo 14, inciso II, ambos do CP. Dos autos consta o laudo sobre as condições da arma utilizada, comprovando a sua inidoneidade. Mélvio requereu a concessão de liberdade provisória, o que fora negado pela autoridade competente.
Questão: Adotar a medida adotada em favor de Mélvio.
6 – Luiz, brasileiro, casado, vendedor, nascido em 12/05/1926, foi denunciado por ter subtraído de Maria um relógio, uma aliança e uma pulseira de ouro, em 12/01/1991, na Rua Santos n. 900. O denunciado forjou que possuía uma arma. O juiz da 2ª Vara Criminal de Sorocaba-SP recebeu a denúncia em 25/03/1995, e o réu foi interrogado em 18/03/1996. As testemunhas de acusação
também foram ouvidas em 18/03/1996. As de defesa inquiridas em 25/04/1996. O defensor apresentou memoriais em 10/05/1996. Em 25/05/1996 prolatou-se sentença condenando Luiz à pena de 4 anos de reclusão e 10 dias–multa, por infração ao artigo 157, caput, do CP e, foi fixado o regime prisional fechado para início de cumprimento da pena, por ser um crime grave. O advogado do réu, homem distraído, perdeu o prazo para recorrer, e a sentença transitou em julgado para a defesa e acusação. Expediu-se mandado de prisão, e o réu está na iminência de ser preso.
Questão: Defenda Luiz.
RESPOSTA ESCRITA À ACUSAÇAO / RESPOSTA PRELIMINAR
Observações preliminares sobre a peça: “É uma peça utilizada após a citação do acusado. Após a decisão que recebeu provisoriamente a ação penal, o juiz abre prazo de 10 (dez) dias para o advogado apresentar a defesa, podendo nela alegar tudo (preliminar e mérito) o que entenda necessário, devendo arrolar as suas testemunhas, sob pena de preclusão.
Fundamentos Legais
		Artigo 396-A do Código de Processo Penal, ou a fundamentação da Legislação Especial, ou sendo o procedimento da primeira fase do júri, nos termos do art. 406 do CPP.
Endereçamento 
		É uma peça endereçada exclusivamente a primeira instância juiz de Direito ou juiz federal competente de uma Vara Criminal ou Vara do Júri, ou seja, dirigida ao juiz da vara onde tramita o processo.
Denominação do postulante
		O indivíduo que apresenta a Defesa Escrita recebe a denominação de ACUSADO, RÉU ou IMPUTADO.
Prazo
		Diferentemente da Liberdade Provisória, do Relaxamento de Prisão e do HC, a Resposta escrita à acusação, necessariamente precisa ser apresentada dentro de 10 (dez) dias após a citação do acusado. A contagem do prazo deve ser feita no dia útil seguinte após a citação, isto nos termos da Sumula 710 do STF e do art. 798 do CPP.
Hipótese
		Esta Defesa é peça obrigatória, pois se o acusado, através de seu advogado não apresentar no prazo legal, o juiz, deverá nomear defensor para fazê-lo, sob pena de nulidade por cerceamento de defesa.
		
Forma 
		Compõe-se de uma única peça, tal como as peças já estudadas, onde poderá ser tratada tese preliminar e de mérito, alem de arrolar das testemunhas, sob pena de preclusão.
Observações imprescindíveis
		A Reposta Escrita à Acusação será apresentada após a citação do acusado, dentro do prazo de dez dias.
		Também recebe a denominação, por alguns autores, de Defesa Preliminar ou Resposta Preliminar.
		A dica mais comum para se saber se o caso é de apresentação da peça em tela é que houve a citação do acusado.
		Na resposta à acusação pode haver discussão do mérito da causa, alegadas preliminares, e arrolar testemunhas, sob pena de preclusão. As exceções devem ser articuladas em arrazoado separado.
Casos Práticos
		A – Dino foi citado na data de ontem. Apresente a medida processual cabível.
		B – O magistrado recebeu a ação penal e determinou a citação do acusado, fato que ocorreu na data de ontem. 
Modelo Prático
Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da _____ Vara Criminal da Comarca de ______________, Estado de _______.
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ____ Vara Federal da Subsecção Judiciária de _______, do Estado de _______,
(pular 2 linhas)
Processo nº __/__
(pular 8 linhas)
				_______, qualificado nos autos da Ação Penal que lhe move a Justiça Pública, processo em epígrafe, via de seu advogado e procurador que esta subscreve, vem, mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar RESPOSTA ESCRITA, a que alude o artigo 396-A do Código de Processo Penal (ou a Legislação Especial ou art. 406 CPP – Júri) expondo e requerendo o que segue:
(pular 1 linha)
				DOS FATOS:
				Narrar os fatos em parágrafos de ate 4 ou 5 linhas, não repetindo a mesma palavra dentro do mesmo parágrafo.
				(pular 1 linha)
				DA PRELIMINAR:
				Narrar a preliminar, tal como citação defeituosa, hipótese de rejeição da ação penal etc.
				Na narrativa da preliminar, pode ser citada doutrina e jurisprudência, alem de ficar bem esclarecido o motivo que deu ensejo para essa alegação.
				(pular 1 linha)
				DO MERITO:
				Narrar a tese de mérito, como, por exemplo, hipótese de absolvição sumária, nos termos do art. 397 do CPP.
				(pular 1 linha)
				DOS PEDIDOS:
				Nesta fase, havendo a argüição de preliminar, deve ser feito o pedido preliminar e de mérito. 	Não havendo argüição de preliminar, mas somente tese de mérito, o pedido será apenas em relação a tese alegada. 
				Fique atento no pedido, para a presença das hipóteses do art. 397 do CPP, pois após a apresentação da resposta escrita, os autos serão enviados ao juiz que decidira sob a hipótese de absolvição sumária ou não.
				Não se esqueça de arrolar testemunhas, realizando a qualificação e requerendo as devidas intimações, como por exemplo:
ROL DE TESTEMUNHAS:
Nome ___________ ; qualificação ________; Endereço __________ .
Nome ___________ ; qualificação ________; Endereço __________ .
Nome ___________ ; qualificação ________; Endereço __________ .
Nome ___________ ; qualificação ________; Endereço __________ .
				Nestes termos, 
				Pede deferimento.
				(pular 2 linhas)
				Local e data
				(pular 2 linhas)
				Advogado _________________
				O . A . B. / ______. nº _________
CASOS REFERENTES À MATÉRIA
1 – Tormento praticou o delito de homicídio em sua forma qualificada. Foi denunciado e citado para apresentar sua defesa.
Questão: como advogado de Tormento elabore a peça pertinente ao momento processual.
2 - Alessandro, de 22 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas previstas no art. 213, c/c art. 224, alínea b, do Código Penal, por crime praticado contra Geisa, de 20 anos de idade. Na peça acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos: "No mês de agosto de 2000, em dia não determinado, Alessandro dirigiu-se à residência de Geisa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando-se do fato de estar a sós com Geisa, o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima a com ele manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do fato de Geisa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente
mental, incapaz de reger a si mesma." Nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na fase do inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado. O juiz da 2.ª Vara Criminal do Estado XX recebeu a denúncia e determinou a citação do réu para se defender no prazo legal, tendo sido a citação efetivada em 18/11/2008. Alessandro procurou, no
mesmo dia, a ajuda de um profissional e outorgou-lhe procuração ad juditia com a finalidade específica de ver-se defendido na ação penal em apreço.
Disse, então, a seu advogado que não sabia que a vítima era deficiente mental, que já a namorava havia algum tempo, que sua avó materna, Romilda, e sua mãe, Geralda, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas.
Disse, ainda, que nem a vítima nem a família dela quiseram dar ensejo à ação penal, tendo o
promotor, segundo o réu, agido por conta própria. Por fim, Alessandro informou que não havia qualquer prova da debilidade mental da vítima.
Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado(a) constituído(a) pelo acusado, a peça processual, privativa de advogado, pertinente à defesa de seu cliente. Em seu texto, não crie fatos novos, inclua a fundamentação legal e jurídica,
explore as teses defensivas e date o documento no último dia do prazo para protocolo.
RESPOSTA PRELIMINAR (ou) RESPOSTA POR ESCRITO 
(Do rito especial dos crimes afiançáveis de Funcionário público)
Observações preliminares: É um peça processual que só possui utilidade nos processos referentes aos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos (artigos 513 e seguintes do Código de Processo Penal), salvo nos casos de excesso de exação e facilitação ao contrabando ou descaminho.
Tramitação Inicial
 Oferecida a peça acusatória, antes mesmo de o juiz decidir a cerca do recebimento, deverá notificar o funcionário público, dando-lhe prazo de 15 dias, para oferecer sua defesa às acusações. Não fica o funcionário público obrigado a apresentar a resposta prévia, mas o juiz é obrigado a proceder determinada notificação dando-lhe um prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de nulidade. O fundamento legal deste prazo está no art. 514 do CPP.
Procedimento Posterior
 Após a notificação dada pelo juiz para que o funcionário público, caso este apresente sua resposta prévia, o juiz poderá seguir por dois caminhos: primeiro acolhe a resposta prévia, não recebe a peça acusatória, podendo neste caso o Ministério Público recorrer em sentido estrito apresentando a defesa apenas às contra-razões do recurso; já se o juiz não acolher a resposta prévia, receberá a peça acusatória, dando início ao processo e consequentemente determinando a citação do acusado. 
Forma/ Estrutura
Compõe-se por um única peça, endereçada ao juiz, que deverá conter as razões do funcionário público a favor de sua defesa, instruída com documentos, se possível, sendo que no final deve ser requerido que NÃO receba a peça acusatória. 
Modelo Prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da _____ Vara Criminal da Comarca de ______ Santa Catarina,
 Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ____ Vara Criminal da Seção Judiciária de ________,
(pular 2 linhas)
Autos nº___
(pular 8 linhas)
	_________, já qualificado nos autos em epigrafe , através de seu advogado, no final assinado, vem mui respeitosamente, a ilustre presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 514 do Código de Processo Penal, apresentar sua RESPOSTA PRELIMINAR, expondo e requerendo o quanto segue: 
(pular 1 linha)
		DOS FATOS:
		(pular 1 linha)
		DA PRELIMINAR:
		(pular 1 linha)	
		DO DIRETO:
		(pular 1 linha)
		CONSIDERAÇÕES FINAIS:
		(pular 1 linha)
Requerimento/pedido
 É, pois, a presente para requerer que Vossa Excelência não receba a exordial ou denúncia, julgando nos termos do art. 516 do Código de Processo Penal.... 
 Termos em que,
 Pede e espera deferimento.
	 (pular 2 linhas)
 Local e data
	 (pular 2 linhas)
 Advogado____________
 O.A.B./ ____ nº__________		 
CASOS REFERENTES À MATÉRIA:
1 – Tíssio, funcionário público federal, exerce cargo de diretor numa repartição, tendo como função fiscalizar a atuação dos subordinados. No dia 25 de maio de 2005, Tácio, funcionário público, colega e subordinado de Tíssio, cometeu infração administrativa, ou seja, não fez relatório exigido para um determinado caso concreto. Não houve responsabilização administrativa de Tácio, pois Tíssio não sabia da infração. Diante da omissão de Tíssio, foi oferecida denúncia, com base no artigo 320 do CP. A denúncia foi autuada pelo juiz, que notificou o acusado para responder.
QUESTÃO: Como advogado de Tíssio, tome a medida cabível.
ALEGAÇÕES FINAIS
Observações preliminares sobre a peça: As Alegações Finais ou “Memoriais Escritos” é a peça a ser utilizada após o final da instrução criminal e antes da prolação de sentença. Nela as partes fazem um resumo do que consta dos autos, sendo a última oportunidade, antes da sentença, para as partes frisarem suas teses preliminares e de mérito. 
Com a reforma do CPP (lei 11.719/08), haverá apresentação de Alegações Finais (Memoriais Escritos), quando não puderem ser realizadas de maneira oral, pois se trata da regra atual. Desta feita, apenas em casos complexos, ou de grande numero de acusados, haverá a conversão dos memoriais orais em escritos, nos termos do art. 403, §3º. do CPP.
Aqui, para a apresentação da peca em questão, existe processo e existe momento processual específico.
Fundamentos Legais
		Art. 403, §3º do Código de Processo Penal, sendo o rito ordinário. Porém em caso de procedimento de competência do Júri, o respaldo legal é encontrado no artigo 411 do CPP.
Endereçamento
		É encaminhada a um juiz de Direito competente da Vara Criminal (ou Juiz Federal) onde tramita o processo (procedimento comum ordinário) ou da Vara do Júri (procedimento especial do júri – crimes dolosos contra a vida, consumados ou tentados e os crimes a ele conexos).
Denominação do postulante
		Como na Resposta Escrita, a denominação utilizada pelo indivíduo que apresenta as Alegações Finais, é ACUSADO, RÉU ou IMPUTADO.
Prazo
		Quando há conversão de memoriais orais em escritos, são 5 (cinco) dias sucessivos para cada parte (acusação e defesa).
Hipótese
		É a última manifestação das partes antes da prolação de sentença, ou seja, é o momento processual adequado para as partes argüirem suas teses (preliminar e mérito), antes que se dê uma solução de 1ª instância para o caso.
Forma
		É elaborada em uma única peça, podendo ser dividida em preliminar e mérito conforme o caso apresentado.
Observações imprescindíveis
		Nas Alegações Finais sempre há momento processual específico, sendo elaborada primeiramente pela acusação e após pela defesa.
		Para a elaboração da peça em estudo, o caso deve trazer em qual fase se encontra o processo, ou seja após a audiência de instrução, debates e julgamento. Deve constar que o houve a conversão de memoriais orais em escritos, ou que o MP já elaborou suas Alegações Finais, ou que o MP opinou pela condenação, ou que o MP opinou pela pronúncia, ou ainda que o processo esta na fase do art. 403 CPP etc.
		Quando estamos na fase de Alegações Finais, temos processo, não temos sentença e trânsito em julgado.
Casos práticos
		A – Elabore a defesa final de seu cliente.
		B – O processo em epígrafe está na fase do art. 403 do CPP.
		C – O representante do Ministério Público apresentou seus Memoriais.
		D - Elabore os Memoriais de Defesa de seu cliente.
Modelo Prático (rito ordinário)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Egrégia ____ Vara Criminal da Comarca de ____________, Estado de São Paulo,
ou
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Federal da Subsecção Judiciária de ____________, Estado de ________,
(pular 2 linhas)
Processo nº __/__
(pular 8 linhas)
	_____________, qualificado nos autos da Ação Penal que lhe move a Justiça Pública, por infração ao artigo ____ do ou da ________ , via de seu advogado e procurador que esta subscreve, vem, mui respeitosamente à douta presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 403 do Código de Processo Penal, apresentar MEMORIAIS ESCRITOS, expondo e requerendo o quanto segue:
(pular 1 linha)
	DOS FATOS:
	(pular 1 linha)
	O presente processo, diz respeito a suposta prática do crime de _____________ e, segundo consta na exordial, o ora imputado ____________ (narrar os fatos, sem que haja a repetição da mesma palavra dentro do mesmo parágrafo, como também que o parágrafo tenha, no maximo, entre 4 ou 5 linhas).
	(pular 1 linha)
	DA PRELIMINAR:
	(pular 1 linha)
	Narrar a tese preliminar, com a menção de doutrina e jurisprudência.
	(pular 1 linha)
	DO MERITO:
	
Via de regra este é o momento de articular tese que redunde na absolvição
do cliente
	(pular 1 linha)
	*não esquecer de reservar, conquanto não haja consulta, espaço específico para colocação de doutrina e jurisprudência, que deve ser assim enunciada, por exemplo:
	“A jurisprudência já afirmou que nos crimes materiais contra a ordem tributária é imprescindível o lançamento, que condiciona a própria tipicidade da conduta (HC no. ... do C. STF)”
Ou 
	A doutrina de Guilherme Nucci tem merecido reiteradas citações dos Tribunais. O eminente autor entende que... (Código Penal, p....,). 
Obs. Importante: o candidato só deve citar jurisprudência ou doutrina que conheça, não importando que não saiba exatamente o nome do livro do autor ou o número do recurso criminal enfrentado pela corte, ou mesmo o texto exato, bastando que saiba fazer um resumo da posição defendida.
	(pular 1 linha)
 SUBSIDIARIAMENTE
Aqui o candidato deve mencionar todas as teses alternativas à anulação do processo e a absolvição pura e simples. A pertinência da tese dependerá do caso concreto.
Apenas para ilustrar, aqui vão algumas teses que o candidato deve saber manusear na hora da prova:
 Desclassificação (atenção com eventual prescrição ou decadência que dela derivar e com a súmula 337 do STJ). Afastamento de qualificadoras. Circunstâncias judiciais favoráveis. Reconhecimento de atenuantes. Afastamento de agravantes e causas de aumento. Reconhecimento de causas de diminuição. Concurso de crimes mais favorável ao agente. Regime inicial de cumprimento de pena menos gravoso. Substituição da pena por restritiva de direitos, ou pena de multa. Sursis. Recurso em liberdade. Negativa de indenização. Negativa aos efeitos do art. 91 do CP.
CONSIDERAÇÕES FINAIS (CONSIDERAÇÕES DERRADEIRAS):
	(pular 1 linha)
	A acusação não logrou provar o que imputara na denúncia e as provas produzidas impõe a prolação de uma sentença absolutória	(pular 1 linha)
	É imprescindível, para uma condenação criminal, um juízo de certeza. Meras suposições não bastam para levar a uma sentença penal condenatória. Entretanto, se V. Exa. entender de forma diversa, a condenação não pode ser nos termos que pretende o Parquet, devendo ser considerados os argumentos acima expendidos.
	(pular 1 linha)
	DOS PEDIDOS:
	(pular 1 linha)
	Por tudo quanto foi exposto e inequivocamente provado, a defesa requer preliminarmente a .... Se V. Exa entender de forma diversa, afastando a nulidade apontada, postula-se a absolvição do imputado, com fulcro no inciso __, do artigo 386 do Código de Processo Penal.
Subsidiariamente pede-se...
		(pular 1 linha)
	Nestes termos,
	Pede deferimento.
	(pular 2 linhas)
	Local e data
	(pular 2 linhas)
	Advogado _________________
	O.A.B. / ____. nº _____________
CASOS REFERENTES À MATÉRIA
1 – George, segundo consta da denuncia teve sua carteira violentamente subtraída por Osama, na Cidade de Nova Yorque-SP. Durante a fase processual, restou apurado que a vítima não sofreu qualquer tipo de constrangimento ou violência, o que as testemunhas presenciais puderam esclarecer. O representante do “Parquet” requereu a condenação de Osama, e você, como advogado foi intimado na data de ontem para apresentar o que de direito.
Questão: Defenda Osama, justificando e dando a tramitação.
2 – Mariano Pereira, brasileiro, solteiro, nascido em 20/1/1987, foi denunciado pela prática de
infração prevista no art. 157, § 2.º, incisos I e II, do Código Penal, porque, no dia 19/2/2007, por volta das 17 h 40 min, em conjunto com outras duas pessoas, ainda não identificadas, teria subtraído, mediante o emprego de arma de fogo, a quantia de aproximadamente R$ 20.000,00 de agência do banco Zeta, localizada em Brasília – DF.
Consta na denúncia que, no dia dos fatos, os autores se dirigiram até o local e convenceram o
vigia a permitir sua entrada na agência após o horário de encerramento do atendimento ao público, oportunidade em que anunciaram o assalto.
Além do vigia, apenas uma bancária, Maria Santos, encontrava-se no local e entregou o dinheiro
que estava disponível, enquanto Mariano, o único que estava armado, apontava sua arma para o vigia.
Fugiram em seguida pela entrada da agência. Durante o inquérito, o vigia, Manoel Alves, foi ouvido e declarou: que abriu a porta porque um dos ladrões disse que era irmão da funcionária; que, após destravar a porta e o primeiro ladrão entrar, os outros apareceram e não conseguiu mais travar a porta; que apenas um estava armado e ficou apontando a arma o tempo todo para ele; que nenhum disparo foi efetuado nem sofreram qualquer violência; que levaram muito dinheiro; que a agência estava sendo desativada e não havia muito movimento no local.
O vigia fez retrato falado dos ladrões, que foi divulgado pela imprensa, e, por intermédio de uma denúncia anônima, a polícia conseguiu chegar até Mariano. O vigia Manoel reconheceu o indiciado na delegacia e faleceu antes de ser ouvido em juízo.
Regularmente denunciado e citado, em seu interrogatório judicial, acompanhado pelo advogado,
Mariano negou a autoria do delito. A defesa não apresentou alegações preliminares.
Durante a instrução criminal, a bancária Maria Santos afirmou: que não consegue reconhecer o
réu; que ficou muito nervosa durante o assalto porque tem depressão; que o assalto não demorou nem 5 minutos; que não houve violência nem viu a arma; que o Sr. Manoel faleceu poucos meses após o fato; que ele fez o retrato falado e reconheceu o acusado; que o sistema de vigilância da agência estava com defeito e por isso não houve filmagem; que o sistema não foi consertado porque a agência estava sendo desativada; que o Sr. Manoel era meio distraído e ela acredita que ele deixou o primeiro ladrão entrar por boa fé; que sempre ficava até mais tarde no banco e um de seus 5 irmãos ia buscá-la após as 18 h; que, por ficar até mais tarde, muitas vezes fechava o caixa dos colegas, conferia malotes etc.; que a quantia levada foi de quase vinte mil reais.
O policial Pedro Domingos também prestou o seguinte depoimento em juízo: que o retrato falado foi feito pelo vigia e muito divulgado na imprensa; que, por uma denúncia anônima, chegaram até Mariano e ele foi reconhecido; que o réu negou participação no roubo, mas não explicou como comprou uma moto nova à vista já que está desempregado; que os assaltantes provavelmente vigiaram a agência e notaram a pouca segurança, os horários e hábitos dos empregados do banco Zeta; que não
recuperaram o dinheiro; que nenhuma arma foi apreendida em poder de Mariano; que os outros autores não foram identificados; que, pela sua experiência, tem plena convicção da participação do acusado no roubo.
Na fase de requerimento de diligências, a folha de antecedentes penais do réu foi juntada e consta um inquérito em curso pela prática de crime contra o patrimônio.
Na fase seguinte, a acusação pediu a condenação nos termos da denúncia.
Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado(a) de Mariano, a peça processual, privativa de advogado,pertinente à defesa do acusado. Inclua, em seu texto, a fundamentação legal e jurídica, explore as teses defensivas possíveis e date no último dia do prazo para protocolo, considerando que a intimação tenha ocorrido no dia 23/6/2008, segunda-feira.
3 – Abravamel, empresário, com 45 anos de idade, teve por várias vezes sua residência assaltada. No dia 25/09/00, ao retornar para sua residência, notou que a porta de sua casa estava aberta, momento em que viu um vulto caminhando em sua direção. Indagou algumas vezes quem era tal pessoa, não logrando êxito, porém o citado vulto continuava a caminhar em sua direção, quando de imediato, o empresário saca de sua arma e atira. Após o ocorrido, apurou-se que tal vulto era de um deficiente mental. Instaurou-se processo, e no final da instrução, o representante do Ministério Público requereu a pronúncia do empresário.
Questão: Como advogado, e intimado
na data de hoje aplique a medida cabível ao caso.
4 – Barriga, com 22 anos de idade, desempregado, genitor de três filhos, passando por grandes dificuldades financeiras, cometeu o crime de furto, pois se dirigiu até um comércio na cidade de Brotas-SP, e lá chegando subtraiu para si duas maçãs, sendo posteriormente denunciado como incurso no artigo 155 do Código Penal. Não obteve a suspensão condicional do processo, por ser reincidente em crime que praticou de forma dolosa.
Questão: Como advogado de Barriga apresente a peça cabível, tendo em vista ter sido intimado na data de ontem.
5 – Carlos, com 33 anos de idade, está sendo processado na cidade de Mogi Mirim, pelo crime de falsidade ideológica, pois serviu de testemunha instrumentária do registro de nascimento do recém nascido, do qual Alberto dizia ser o genitor, pois segundo ele havia mantido relações sexuais com a mãe do recém nascido.
Questão: No transcorrer do processo, o “Parquet” opinou pela condenação de Carlos nas penas da lei. Defenda-o.
6 – Caim, enfermeiro, do Hospital sem Base, responde processo por praticar ato que se adequa ao que dispõe o artigo 121, parágrafo 2º, inciso III, 1ª parte, c.c. o artigo 14, inciso II do CP, pois segundo narra a denúncia, tal enfermeiro tentou matar Abel, mediante aplicação de injeção intra venosa. Feito o laudo, para apurar o caráter da substância ora utilizada, este conclui que tal substância ministrada não tinha potencialidade lesiva, não podendo através de seu uso causar a morte de ninguém. O representante do Ministério Público apresentou suas Alegações Finais, requerendo a pronúncia de Caim, conforme versava a denúncia.
Questão: Advogue para Caim.
PEDIDO DE EXPLICAÇÕES
Observações preliminares sobre a peça: O Pedido de Explicações, como o próprio nome sugere, é um pedido elaborado anteriormente à ação penal, e versa sobre os delitos contra a honra, ou seja, calúnia, injúria e difamação. É uma medida de caráter facultativo, preliminar e preparatório de uma futura ação penal privada.
Fundamentos Legais
		Nos crimes previstos no Código Penal (calúnia, injúria e difamação) encontra respaldo no artigo 144 do mesmo diploma legal. Já nos casos dos mesmos crimes supra citados, porém cometidos através dos veículos de imprensa, incidia a Lei 5250/67 pela Lei de Imprensa. ENTRETANTO, O STF, DECLAROU TOTAL INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI EM QUESTAO.
Endereçamento
		Tal pedido tem que ser distribuído a um Juiz de Direito ou a um Juiz Federal competente.
Denominação do postulante
		Os indivíduos que estão nos pólos do Pedido de Explicações são denominados INTERPELANTE / INTERPELADO ou REQUERENTE / REQUERIDO.
Prazo 
		O Pedido de Explicações, não comporta prazo determinado, porém, é feito antes da ação penal, e não interrompe e nem suspende o prazo decadencial (6 meses) para o oferecimento da queixa-crime.
Hipótese
		Vale salientar que tal peça é utilizada de forma preparatória para uma futura ação penal privada (queixa-crime), como nos crimes que afrontam a honra, a exemplo da calúnia, injúria e difamação.
Forma
		Tal pedido é composto por uma única peça, que pode vir alicerçada de documentos, ou seja, o Pedido de Explicações pode vir acompanhado de prova documental.
Observações imprescindíveis
		É peça comumente elaborada antes de uma ação penal privada, tratando-se de medida facultativa e preparatória para o oferecimento da sobredita ação penal. Trata dos delitos contra a honra.
		O interpelado não é obrigado a responder ao Pedido de Explicações, que somente pode ser intentado pela pessoa que supõe ter sido ofendida em sua honra. 	Assim, a suposta vítima elabora a peça em questão, justamente para tentar produzir prova do crime contra a honra, que será anexada à queixa-crime.
		Deve ficar consignado que o Pedido de Explicações é feito uma vez que o indivíduo ainda não possui prova suficiente de que fora vítima de um crime contra a sua honra, e assim, por meio da peça em pauta procura, em juízo, produzir a prova para sustentar um futuro oferecimento da ação penal privada.
Casos práticos
		A – A peça vai pedir para você propor medida preliminar, e que seu cliente achou-se ofendido por frases ambíguas, dúbias ou equívocas.
Modelo Prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Egrégia ___ Vara Criminal da Comarca de ___________, Estado de São Paulo,
(pular 8 linhas)
	______, brasileiro, estado civil _______, profissão __________, portador do RG nº _______ e do CPF nº ________, residente e domiciliado à Rua ______________, nº __, via de seu advogado e procurador que esta subscreve (procuração inclusa), vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 144 do Código Penal (ou artigo 25 da Lei 5.250/67), requer que se processe PEDIDO DE EXPLICAÇÕES, em face de ______, brasileiro, estado civil _____, profissão ________, portador do RG nº _______, e do CPF nº ______, residente e domiciliado à Rua __________, nº __, pelas razões abaixo expostas:.	(pular 1 linha)
	DOS FATOS
	(pular 1 linha)
	O interpelado na data de, _________, do mês de ________ do corrente ano, proferiu frases equívocas, ambíguas e dúbias contra o interpelante.
	(pular 1 linha)
	Por seu turno, o interpelante sentiu-se ofendido, pois inferiu pela existência dos delitos de calúnia, injúria e difamação.
	(pular 1 linha)
	DO DIREITO:
	(pular 1 linha)
	A respeito do assunto, nossos Pretórios assim se posicionam:
	(pular 1 linha)
	“Só tem cabimento o pedido, quando ocorrerem alusões ou frases das quais se possa inferir a existência de crimes contra a honra”(RT 519/402).
	(pular 1 linha)
	REQUERIMENTO:
	(pular 1 linha)
	Por tudo quanto foi exposto e inequivocamente demonstrado, requer a Vossa Excelência:
	O Recebimento do presente pedido;
	Que seja designado dia e hora para a realização de audiência, com a notificação do interpelado para que possa prestar as explicações necessárias, ou que as faça por escrito. 
	Derradeiramente, após tomadas as explicações ou certificada a recusa em prestá-las, requer a entrega dos autos. 
	(pular 1 linha)
	Nestes termos,
	Pede deferimento.
	(pular 1 linha)
	Local e data.
	(pular 1 linha)
	Advogado________
	O. A . B. / S. P. nº__
CASOS REFERENTES À MATÉRIA:
1 – Tyson, por meio do jornal da cidade de Marília-PE, transcreveu frases equívocas, ambíguas e dúbias em desfavor de Maguila, tendo este último 38 anos de idade na data dos fatos e possuindo residência e emprego fixos. Por sua vez, Maguila sentiu-se ofendido, conseguindo, por si só, deduzir a existência do crime de calúnia.
Questão: Aplique a medida preliminar cabível
2 – Tora e Batente, amigos de longa data, um dia se separaram. Ocorre que Batente andou proferindo publicamente frases equívocas, ambíguas e dúbias contra a frágil pessoa de Tora, inferindo este pela existência dos crimes de calúnia, injúria e difamação, do que se julgou extremamente ofendido.
Questão: Como advogado, aplique a medida preliminar que revista o caso em tela.
3 – Felix, residente na cidade de Porto Ferreira, casado e sem filhos, possuindo 50 anos de idade, andou pelos quatro cantos da cidade em que reside, proferindo frases equívocas, ambíguas e dúbias contra a pessoa de Guma, que é pescador profissional, dizendo até que sequer conseguiria pescar um peixe dentro de um aquário. Guma, sentindo-se profundamente ofendido, acha que foi vítima dos crimes contra a honra, e diz que tomará todas as providências cabíveis contra seu agressor verbal.
Questão: Guma acaba de adentrar em seu escritório narrando-lhe os fatos e pedindo que ingresse com a medida cabível. 
QUEIXA (QUEIXA-CRIME)
Observações preliminares sobre a peça: Sempre que se falar em queixa, estamos tratando da petição inicial da ação penal privada, assim como a denúncia é a petição inicial da
ação penal privada.
Endereçamento
		A queixa-crime é necessariamente encaminhada à primeira instância, ou seja, a um juiz de direito ou juiz federal de uma Vara Criminal.
Denominação do postulante
		O indivíduo que oferece a peça em tela é denominado QUERELANTE, e o indivíduo contra quem se propôs a queixa recebe a denominação de QUERELADO.
Prazo
		O prazo para o oferecimento de queixa crime é decadencial, não havendo suspensão ou interrupção, e depende de certas hipóteses, senão vejamos: São 6 (seis) meses, contados a partir do conhecimento da autoria delitiva; ou então, 3 (três) meses, nos casos dos crimes de imprensa, contados a partir da publicação (veiculação) da notícia. O STF julgou inconstitucional da lei de imprensa.
Hipótese
		No caso de ação penal privada, é a peça que inaugura tal ação, sendo oferecida em juízo. Temos hipóteses de crimes que se procedem mediante queixa, contidas, por exemplo, nos artigos 163 e 145 do CP.
		Há também a hipótese da ação penal privada subsidiária da pública (artigo 29 do CPP e artigo 5º, LIX da CF), quando se trata de crime de ação penal pública, e o membro do Ministério Público perde o prazo para o oferecimento da denúncia, surge para a vítima a oportunidade do oferecimento da queixa-crime subsidiária, que terá o prazo decadencial de 6 meses contados da data em que o Ministério Público perde o prazo para o oferecimento da denúncia.
	
Forma
		Compõe-se de uma peça, que deve ser elaborada em conjunto com uma procuração específica, que trará uma síntese fática sobre o ocorrido.
		Ademais, como a queixa-crime é uma petição inicial, deve ser realizada a qualificação das partes (querelante e querelado).
Observações imprescindíveis
		O requerimento da queixa deve conter, além de outras coisas mais, o pedido de condenação.
		A queixa, apesar de peça única deve vir acompanhada de uma procuração específica, onde deve conter um breve relato dos fatos de deram corpo a peça que está sendo oferecida.
		Tem legitimidade para oferecer a queixa-crime, a vítima ou seu representante legal, além das pessoas elencadas no artigo 31 do CPP.
Casos práticos
		A – Fafá clama, há tempos, para todos ouvirem que sua cunhada “trabalha” na Casa de Prostituição denominada Relax, fato que é presenciado por diversos cidadãos.
Modelo prático
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito ou Juiz Federal da Egrégia ___ Vara Criminal da Comarca ou Subsecção Judiciária de _____, Estado de São Paulo,
(pular 8 linhas)
	________, brasileiro, estado civil ____, profissão ____, portador da Cédula de Identidade RG nº ____, e do CPF/MF nº ____, residente e domiciliado na Rua ______, nº ___, na cidade de ______, via de seu advogado e procurador que a esta subscreve (procuração específica inclusa), vem, mui respeitosamente à Douta presença de Vossa Excelência, oferecer QUEIXA-CRIME, nos moldes do art. 41 do Código Penal contra ______, brasileiro, estado civil ____, profissão ____, portado da Cédula de Identidade RG nº ____, e do CPF/MF nº ____, residente e domiciliado na Rua ______, nº ___, na cidade de _______, pelos motivos que a seguir aduz:
	(pular 1 linha)
	OS FATOS:
	(pular 1 linha)
	(narre de forma ordeira os fatos ocorridos, inclusive citando o dispositivo legal infringido, pulando 1 linha de um parágrafo a outro)
	REQUERIMENTO:
	(pular 1 linha)
	Por tudo quanto restou exposto e demonstrado, tendo o querelado infringido o artigo ___ do Código Penal, requer a Vossa Excelência:
	Que a presente seja recebida;
	Que se colha a manifestação do representante do “Parquet”;
	A citação para o interrogatório e intimação para os demais atos processuais, até final julgamento, momento em que deverá ser condenado, observando-se o disposto no artigo 529 do Código de Direito Processual Penal;
	Notificação das testemunhas, cujo rol segue abaixo.
	(pular 1 linha)
	Nestes termos, 
	Pede deferimento.
	(pular 2 linhas) 
	Local e data
	(pular 2 linhas)
	Advogado ______________
	O . A . B. / ____ nº _______
ROL DE TESTEMUNHAS:
1 – nome, qualificação, endereço
2 – nome, qualificação, endereço
3 – nome, qualificação, endereço
 (pular 2 linhas)
	Advogado ______________
	O . A . B. / ______. nº _______
PROCURAÇÃO ESPECÍFICA
	(pular 8 linhas)
	
	____________, brasileiro, estado civil _____, profissão _____, portador da Cédula de Identidade RG nº _____, e do CPF/MF nº _____, residente e domiciliado na Rua ______, nº ___, na cidade de _______, nomeia e constitui seu advogado e procurador o Dr. __________, brasileiro, estado civil _____, advogado, OAB/SP nº _____, com escritório profissional na Rua ______, nº ___, na cidade de _______, a quem confere todos os poderes, inclusive os da cláusula “ad judicia” e, especialmente para propor queixa-crime contra: _______, brasileiro, estado civil _____, profissão _____, portador da Cédula de Identidade RG nº _____, e do CPF/MF nº ______, residente e domiciliado na Rua ______, nº ___, na cidade de _______, pelo fato a seguir:
	(narrar os fatos com clareza e objetividade – breve relato dos fatos)
	(pular 2 linhas)
	Local e data
	(pular 2 linhas)
	Assinatura do Cliente (Querelante)
	CASOS REFERENTES À MATÉRIA:
1 – Corla, com 23 anos de idade, solteira, manicure, é lindeira de Joana, que possui 30 anos de idade, é casada com Zé, e trabalha como doméstica, na residência de Ricardo. Ocorre que já há quase três meses, Corla vem falando para todos os vizinhos e demais pessoas que nas proximidades se encontram que sua vizinha pratica sexo com Ricardo e com todos os seus amigos, e que seu trabalho deveria ser na zona local.
Questão: Como todos os vizinhos, e até mesmo outras pessoas ouviram o que Corla disse, Advogue para Joana tomando as providências cabíveis.
2 – Múrcio, separado judicialmente, presidente da Associação dos Médicos da cidade de Ribeirão Preto-SP, teve sua honra afrontada por pessoas que são seus inimigos políticos. Tais pessoas são os também médicos, Drs. Adib e Dalilo que, usualmente fazem fortes críticas e restrições à sua gestão. Desta vez, citados oponentes enviaram uma circular a todos os outros associados, onde fizeram severas acusações à pessoa do então presidente. Dentre outras coisas, disseram que o Dr. Múrcio era safado e pilantra, e que habitualmente se apropriava de dinheiro que não era seu.
Questão: Apresente a peça cabível para a defesa dos interesses de Múrcio.
 
3 – Tácio, famoso comerciante da cidade de Ubarana-MT, vendeu a Roberto várias telhas, que no total perfizeram o montante de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais). Roberto pagou tal quantia no ato, porém com cheque que não tinha provisão de fundos. Tácio, arrependido de ter realizado tal negócio e com o dissabor de ser enganado, dirigiu até a Delegacia de Polícia de sua cidade, onde foi lavrado inquérito e enviado à Justiça. Após o período de 60 dias, Tácio não obteve nenhuma notícia, pois, providência alguma foi tomada.
Questão: Advogue para Tácio e faça com que a justiça dê andamento ao feito.
	
REPRESENTAÇÃO
Observações preliminares sobre a peça: “Enquanto a queixa é usada nos crimes de ação penal privada, a Representação tem utilidade para casos de ação penal pública condicionada. Tal peça pode ser intentada tanto pelo ofendido como pelo seu representante legal e, nada mais é do que condição de procedibilidade da ação penal pública.
Endereçamento
		Diferentemente das peças estudadas anteriormente, a Representação, pode ser dirigida a um juiz de direito ou juiz federal competente, a um Delegado de Polícia ou ainda a um membro do Ministério Público.
Denominação do postulante
		A denominação utilizada para os dois pólos da representação é REQUERENTE e REQUERIDO.
Prazo
		Nesta peça o prazo é variado, sendo de 6 (seis) meses a partir do momento do conhecimento da
autoria do delito.
Hipótese 
		É uma peça utilizada em casos de crimes de ação penal pública condicionada, e como o próprio nome sugere, é condicionada à representação da vítima ou de seu representante legal. Ex. art. 130, § 2º, 147, 152 a 154, 213, 215 do CP, etc.
Forma 
		A representação é exclusivamente composta de uma única peça.
		Na verdade a representação é condição de procedibilidade para o oferecimento da denúncia nos crimes de ação penal pública condicionada. 
Observações imprescindíveis
		A representação equivale a uma manifestação de vontade, sendo uma condição de procedibilidade da ação penal pública condicionada. 
		Pode ser dirigida não só a um magistrado, como também a um Delegado de Polícia ou ainda a um representante do Ministério Público.
		Deve-se também frisar que depois de oferecida a denúncia, a representação se faz irretratável, nos moldes do artigo 25 do CPP.
Casos práticos
		A – “R”, ameaçou de morte “L”, fato visto por diversas pessoas.
		B – “M”, desferiu um soco no rosto de “N”, lesionando este de forma leve, fato ocorrido dentro de uma movimentada boate.
Modelo prático
Ilustríssimo Senhor Doutor Delegado de Polícia (ou Juiz de Direito, ou ainda representante do MP) do ____ Distrito Policial da Cidade de _____________, Estado de São Paulo,
(pular 8 linhas)
	_____________, brasileiro, estado civil ______, profissão ______, portador da Cédula de Identidade RG nº ____, e do CPF/MF nº ____, residente e domiciliado na Rua _______, nº ___, nesta cidade de _______, via de seu advogado e procurador que esta subscreve (procuração inclusa), vem, mui respeitosamente à Douta presença de Vossa Senhoria, formular REPRESENTAÇÃO contra __________, brasileiro, estado civil ______, profissão ______, portador da Cédula de Identidade RG nº ____ e do CPF/MF nº ____, residente e domiciliado na Rua _______, nº ___, nesta cidade de _________, expondo e requerendo o que segue:
	(pular 1 linha)
	OS FATOS
	(pular 1 linha)
	Requerente e requerido ________ (narrar os fatos de forma ordenada e objetiva, pulando 1 linha a cada parágrafo).
	(pular 1 linha)
	REQUERIMENTO
	(pular 1 linha)
	por tudo quanto foi exposto, tendo o requerido violado o artigo _____ do Código Penal, vem o requerente representar contra este, autorizando o que de direito, a fim de que possa o Ilustre Representante do Ministério Público intentar a ação penal.
	Derradeiramente requer a intimação das testemunhas que poderão ser ouvidas, cujo rol segue abaixo
	Nestes termos,
	Pede deferimento.
	(pular 2 linhas)
	Local e data
	(pular 2 linhas)
	Advogado ________________
	 O . A . B. / _______ nº _________
	(pular 1 linha)
	_________________________	 
					Requerente
ROL DE TESTEMUNHAS:
1 – nome, qualificação e endereço.
2 – nome, qualificação e endereço.
3 – nome, qualificação e endereço.
4 – nome, qualificação e endereço.
				Advogado _________________
				O . A . B. / _____. nº __________
				(pular 1 linha)
				_________________________	
					Requerente
		CASOS REFERENTES À MATÉRIA
1 – Caio e Décio, ambos com 22 anos de idade, estudam na mesma faculdade, e trabalham no mesmo local, porém dia destes, Caio discutiu com seu colega e o ameaçou de morte, fato que foi presenciado por vários colegas de labor, muitos até ficaram horrorizados com tal ocorrido.
Questão: passados dois dias Décio procura seu escritório, pedindo para que você ingresse com a medida cabível.
2 – Muria e Murcia trabalham no mesmo escritório de contabilidade, na cidade de Jundiaí. Ocorre que no acerca de 4 meses, Muria ameaçou Murcia de tirar-lhe a vida. Tal fato se passou na presença de várias pessoas.
Questão: como advogado de Murcia, pleiteie a solução adequada. Justificando.
3 – Leoncio e Leonildo amigos de longa data, se desentenderam e discutiram. Durante a discussão, Leonildo desferiu um soco no rosto de Leôncio causando-lhe lesão corporal leve, fato que fora presenciado por Ticio e Melvio. Tal fato ocorreu a cinco meses atrás.
Questão: Advogue para a vítima requerendo o que de direito para que possa haver o oferecimento da denuncia.
RECURSOS
COMPETÊCIA RECURSAL DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL
	
	No que diz respeito a Justiça Comum Estadual temos o Tribunal de Justiça (Seção Criminal), que tem competência para julgar recursos relacionados a todos os crimes, salvo os crimes de menor potencial ofensivo (crimes com pena máxima em abstrato de até 2 anos) que serão julgados pelo Colégio Recursal do Juizado Especial Criminal.
	Também vale lembrar que em tal órgão, seus componentes recebem a denominação de Desembargadores.
	Por sua vez, na Justiça Comum Estadual, em sede de 1ª instância temos Juízes de Direito da Vara Criminal da Comarca de Fortaleza, Estado do Ceará, por exemplo. 
	Quanto à 2ª instância temos, para todos os Estados, o Tribunal de Justiça, Seção ou Secção Criminal, do Estado de Minas Gerais, por exemplo.
	Os integrantes dos TJs são denominados Desembargadores.
	Os TJs possuem Câmaras Criminais.
	Os crimes de competência da Justiça Comum Estadual são todos aqueles que não serão da competência da Justiça Comum Federal, Militar ou Eleitoral.
COMPETÊNCIA RECURSAL DA JUSTIÇA COMUM FEDERAL 
	Na Justiça Federal, em sede de 1ª instância temos Juízes Federais da Vara Criminal da Seção Judiciária de São Paulo, por exemplo.
	Quanto à 2ª instância, temos o Tribunal Regional Federal, dividido em regiões, como por exemplo, SP e MS formam a 3ª Região.
	Os integrantes dos TRFs são denominados Desembargadores.
	Os TRFs possuem Turmas recursais.
	Os crimes de competência da Justiça Comum Federal estão tratados no artigo 109 da CF.
	Dentre os crimes de competência da Justiça Comum Federal temos: crimes políticos (Lei de Segurança Nacional); crimes que atinjam quaisquer interesses da União ou de suas entidades autárquicas, ou empresas públicas, salvo as contravenções e os crimes de competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral (art. 109, IV da CF); crimes praticados contra a Justiça do Trabalho e a Justiça Eleitoral, excetuado os crimes eleitorais; tráfico internacional de entorpecentes; crimes cometidos a bordo de navios e aeronaves, ressalvados os casos da competência Justiça Militar – art. 109, IX da CF; crimes contra o sistema financeiro e contra a ordem econômica e financeira; art. 109, X da CF; crimes praticados contra servidores públicos no exercício da função, etc.
		Importante frisar que em matéria de competência devem ser estudadas as Súmulas do STJ e STF.
		
APELAÇÃO
Observações Preliminares sobre a peça: “Tal peça é cabível quando, no processo, houve sentença, porém não há trânsito em julgado”. Então tem processo, tem sentença que ainda não transitou em julgado. 
Fundamentos Legais:
		Encontra respaldo nos artigos 593 e seguintes do CPP ou ainda os artigos correspondentes na respectiva legislação especial, dependendo de cada caso.
Endereçamento:
		Diferentemente das peças outrora analisadas, a apelação é endereçada ao juiz “a quo” e ao respectivo Tribunal, ou seja, a petição de interposição é dirigida ao juiz que proferiu a sentença e, as razões, onde são expostas as teses, é endereçada ao Tribunal de Justiça, TRF ou Colégio Recursal.
Denominação do Postulante:
		Quem recorre da decisão é denominado APELANTE, já a outra parte recebe a denominação de APELADO.
Prazo:
		Para a petição de interposição o prazo é de cinco dias, porém para as razões, o prazo é de oito dias, todavia na prática tais peças são interpostas no mesmo prazo, ou seja, conjuntamente.
		O prazo para a interposição de apelação se inicia a partir da intimação da sentença.
		Em se tratando da Lei 9.099/95, o prazo para a apelação será de 10 dias.
Hipótese:
		A apelação é cabível contra sentença sem trânsito em julgado,
nesta peça a parte buscará a reforma total ou parcial da decisão “a quo”.
Forma:
		Compõe-se de duas peças, ou seja, da petição de interposição, dirigida ao juiz que prolatou a sentença, e das razões endereçada ao respectivo Tribunal (TJ ou TRF).
Observações Imprescindíveis:
		Devemos sempre atentar que quando é caso para se apelar, existe processo, sentença, porém não há trânsito em julgado.
		Os efeitos da apelação podem ser devolutivo e suspensivo.
		Tal peça deve ser feita distintamente através da petição de interposição e das razões.
Casos Práticos:
		A – João, após ser processado por crime, foi condenado por sentença recorrível.
		B – Paulo, condenado, ficou sabendo que a sentença transitou em julgado para a acusação.
		C – Pedro foi condenado por sentença que não transitou em julgado, tendo sido intimado, assim como seu defensor, na data de ontem.
Modelo Prático:
*petição de interposição:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de _________, Estado de São Paulo,
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Criminal da Seção Judiciária de ________, Estado de São Paulo,
(pular 1 linha)
Processo nº __/__
(pular 8 linhas)
	______________________, qualificado nos autos do processo em epígrafe, via de seu advogado e procurador que esta subscreve, vem, mui respeitosamente à Douta Presença de Vossa Excelência, dentro qüinqüídio legal, interpor recurso de APELAÇÃO, com fulcro no artigo 593 do Código de Processo Penal, data vênia, por não se conformar com a r. sentença condenatória.
	Em anexo, seguem as razões recursais.
	(pular 1 linha)
	Nestes termos,
	Pede deferimento.
	(pular 2 linhas)
	Local e data
	(pular 2 linhas)
	Advogado__________
	O . A . B ./ ____. nº___
*roteiro de Razões de Apelação:
Egrégio Tribunal de Justiça, Seção Criminal, do Estado de São Paulo,
ou
 Egrégio Tribunal Regional Federal da ___ Região.
(pular 2 linhas)
Comarca de ____________________
Cartório do ____ Ofício Criminal
Processo nº __/__
(pular 1 linha)
Apelante: ______________________
Apelado: ______________________
(pular 3 linhas)
DOUTO PROCURADOR, 
(pular 2 linhas)
COLENDA CÂMARA (justiça estadual)
COLENDA TURMA (justiça federal)
(pular 2 linhas)
EMÉRITOS JULGADORES:
(pular 3 linhas)
	A r. sentença condenatória de fls. não deu ao caso o conforto da justiça e merece ser reformada, senão vejamos:
ou
	Em que pese o zelo do magistrado “a quo”, este não deu ao caso a solução adequada, assim vejamos:
ou
 	A r. sentença de fls. é injusta e necessita de reparo. Verifiquemos:
	(pular 1 linha)
	DOS FATOS :
	
	(pular 1 linha)
	DO DIREITO:
	Aqui o candidato deve organizar seu raciocínio da mesma maneira que em uma alegação final: higidez do processo (preliminares) mérito (absolvição, normalmente) e subsidiárias (outras teses que melhorem de alguma forma a situação do condenado, como desclassificação, afastamento de qualificadora, alteração de regime de cumprimento, etc.).
	
	(pular 1 linha)
	*não se esquecer de reservar, conquanto não haja consulta, espaço específico para colocação de doutrina e jurisprudência, que deve ser assim enunciada, por exemplo:
	“A jurisprudência já se pronunciou no sentido de que o regime integralmente fechado não compõe com o princípio da individualização da pena (HC no. ... do C. STF)”
Ou 
	Doutrina respeitada sobre este tema é a de Júlio Fabrini Mirabete. O eminente autor entende que... (CP interpretado p....,). 
Obs. Importante: o candidato só deve citar jurisprudência ou doutrina que conheça, não importando que não saiba exatamente o nome do livro do autor ou o número do recurso criminal enfrentado pela corte.
	
:
	ou
	CONCLUSÃO:
	(pular 1 linha)
	* este tópico serve para reforçar a sua tese.
	REQUERIMENTO:
	Por tudo que dos autos consta, requer a reforma da r. sentença condenatória, sendo imprescindível a imposição da absolvição ao caso em tela, alicerçado no inciso _____ do artigo 386 do Código de Processo Penal.
	(pular 1 linha)
	DE FORMA ALTERNATIVA:
	(pular 1 linha)
	*neste tópico, deve-se requerer algo além da absolvição, ou seja, suspensão condicional da pena, pena mínima, perdão judicial, enfim, a aplicação de benefícios cabíveis ao caso em questão.
	Local e data
	(pular 2 linhas)
	Advogado_____________
	O . A . B ./ ____. nº______
*a apelação, em suas razões, pode ser confeccionada com preliminar e mérito, dependendo do caso.
	
	CASOS REFERENTES À MATÉRIA:
1 – Adroaldo, com 20 anos bem vividos, praticou a figura típica do artigo 155 em sua forma qualificada do CP. Tal fato ocorreu em 20/12/96, portanto, perto do natal. A data do recebimento da denúncia foi 20/11/97, e o processo teve seus trâmites normais. A sentença datada de 10/12/99 condenou Adroaldo em 2 anos de reclusão com concessão de sursis. Durante o processo, o réu negou a autoria, e as testemunhas nada esclareceram. A sentença transitou em julgado para a acusação. Questão: Intimado na data de ontem, defenda Adroaldo.
2 – Sassofereto, quando em época de IP, permaneceu calado. Na fase seguinte, foi condenado como infrator do artigo 157, parágrafo 2º, incisos I e II c.c o artigo 14, inciso II, do CP. A pena aplicada foi de 1 ano, 9 meses e 10 dias de reclusão, além do pagamento de 4 dias multa. As provas produzidas eram frágeis, porém, o magistrado que compõe a 5ª Vara Criminal da Comarca de Colina-CE, alicerçou o seu decisório na presunção de culpa por Fernando ter permanecido em silêncio na fase policial. Questão: A sentença foi publicada há 5 dias, e como advogado defenda Fernando.
3 – Guapo, morador da cidade de Jaboatão, foi denunciado como incurso nas penas do artigo 155, parágrafo 4º, inciso I do CP, sob a acusação de Ter adentrado na residência do senhor Manoel Luiz, com 50 anos de idade, e primário. Guapo subtraiu uma TV. Na polícia confessou o delito mas, em juízo, negou o fato, esclarecendo ao magistrado que a confissão ocorreu pois foi ameaçado pelos policiais. O advogado do acusado apresentou defesa prévia em momento oportuno. Quando ouvidas, as testemunhas arroladas pela acusação nada esclareceram, ao passo que as arroladas pela defesa confirmaram que Guapo é trabalhador e boa pessoa. Quando da fase do artigo 402, do CPP, nada foi requerido pelas partes. Na fase do artigo seguinte, o “Parquet” pediu a condenação. Após ser intimado, o defensor do ora acusado não apresentou suas alegações finais. Sem tomar qualquer tipo de providência, o juiz prolatou sentença onde condenou Guapo concedendo sursis. Intimado o réu, de próprio punho recorreu.
Questão: Como advogado de Guapo, ofereça as razões recursais.
4 – Edmario e Reimundo, estão sendo processados por lesões corporais graves recíprocas. As testemunhas arroladas em sede de denúncia não residem na comarca dos fatos, portanto, para sua oitiva, expediu-se competente carta precatória, intimando-se as partes. Em audiência, foi nomeado o Dr. Tertulino como defensor “ad hoc” para ambos os acusados. Reimundo, que durante toda a instrução processual teve defensor dativo foi condenado e Edmario absolvido, sendo que este último joga futebol em um grande clube barretense. 
Questão: Aplique a medida cabível, cediço que a sentença ainda não transitou em julgado para Reimundo.
5 - Lauro foi denunciado e, posteriormente, pronunciado pela prática dos crimes previstos no art. 121, § 2.º, incisos II e IV, em concurso material com o art. 211, todos do Código Penal Brasileiro (CPB). Em 24/6/2008, Lauro foi regularmente submetido a julgamento perante o tribunal do júri. A tese de negativa de autoria não foi acolhida pelo conselho de sentença e Lauro foi condenado pelos dois crimes, tendo o juiz fixado a pena em 16 anos pelo homicídio qualificado e, em 3 anos, pela ocultação de cadáver. O Ministério Público não recorreu da decisão. A defesa ficou inconformada com

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