Buscar

Trabalho Patologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSIS GURGACZ
LEANDRO VIEIRA DO PRADO
TRABALHO: MANUTENÇÃO DE EDIFICAÇÕES E MANIFESTAÇÕES
PATOLÓGICAS NO CONCRETO
CASCAVEL – PR
MARÇO DE 2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSIS GURGACZ
LEANDRO VIEIRA DO PRADO
TRABALHO: MANUTENÇÃO DE EDIFICAÇÕES E MANIFESTAÇÕES
PATOLÓGICAS NO CONCRETO
Trabalho apresentado à disciplina de Patologias na
Construção Civil, do Curso de Engenharia Civil, do Centro
Universitário Assis Gurgacz, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.
Orientador: Prof. Ms. Ricardo Paganin.
CASCAVEL – PR
MARÇO DE 2020
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 - Garantia recomendada……………………………………………………………..……..11
Figura 02 - Garantia mínima……………………………………………………………………….....12
Figura 03 – Lixiviação……………………………………………………………………….………..13
Figura 04 - Ataque por sulfatos…………………………………………………………………….....15
Figura 05 - Ataque do concreto por cloretos……………………………………………….....16
Figura 06 - Reação álcali-agregado (RAA)…………………………………………………...17
Figura 07 - Carbonatação do concreto………………………………………………………...19
Figura 08 - Verificação das possíveis causas………………………………………………….23
Figura 09 - Limpeza da área……………………………………………………………….….23
Figura 10 - Limpeza da área…………………………………………………………………..24
Figura 11 - Limpeza da ferrugem……………………………………………………………..24
Figura 12 - Molde com colher…………………………………………………………….…..25
Figura 13 - Furações ao redor da fissura……………………………………………………....26
Figura 14 - Instalações dos bicos………………………………………………………….…..26
Figura 15 - Fixação da válvula de retorno.………………………………………………..…..27
Figura 16 - Aplicação do produto……………………………………………………………………..27
SUMÁRIO
1. MANUTENÇÃO DE EDIFICAÇÕES…………………………………………….05
1.1 DURABILIDADE……………………………………………………………...…….05 
1.2 MANUTENÇÃO………………………………………………………………...…...06
2. MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO CONCRETO……………………......13
2.1 LIXIVIAÇÃO………………………………………………………………….……..13
2.2 ATAQUE POR SULFATOS…………………………………………………..……..14
2.3 ATAQUE DO CONCRETO POR CLORETOS……………………………..………16
2.4 REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO (RAA)……………………………………...……17
2.5 CARBONATAÇÃO DO CONCRETO………………………………………………18
2.6 CORROSÃO EM ELEMENTOS DE CONCRETO ARMADO…………….……….20
2.7 RETRAÇÃO DO CONCRETO……………………………………………...……….21
2.8 FISSURAS EM VIGAS DE CONCRETO…………………………………...………22
2.9 PROCEDIMENTOS DA TÉCNICA DE RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURAS COM
CORROSÃO DA ARMADURA……………………………………………..………23
2.10 PROCEDIMENTOS DA TÉCNICA DE INJEÇÃO DE FISSURAS………………..26
REFERÊNCIAS…………………………………………………………………..…………28
5
1. MANUTENÇÃO DE EDIFICAÇÕES
1.1 DURABILIDADE
A durabilidade é a capacidade de um produto manter seu desempenho acima de níveis
aceitáveis preestabelecidos, sob condições previstas de uso e manutenção, durante um período
de tempo que é a sua vida útil. A durabilidade está associada: 
• À durabilidade dos materiais componentes;
• Ao uso;
• Ao entorno da edificação;
• Às ações de manutenção. 
Compreende todas as atividades que se realizam nos componentes, elementos e
equipamentos de um edifício, com o objetivo de manter o seu desempenho funcional ou de
suas partes, dentro de níveis aceitáveis, a um custo compensador. Durabilidade é a capacidade
de uma estrutura ou de seus componentes de satisfazer, com dada manutenção planejada, os
requisitos de desempenho do projeto, por um período específico de tempo sob influência das
ações ambientais, ou como resultado do processo de envelhecimento natural. O conceito de
durabilidade associa-se diretamente à vida útil. Refere-se às características dos materiais e/ou
componentes, às condições de exposição e às condições de utilização impostas durante a vida
útil da edificação. Destaca-se, que a durabilidade não é uma propriedade intrínseca dos
materiais, mas sim uma função relacionada com o desempenho dos mesmos sob determinadas
condições ambientais. O envelhecimento destes resulta das alterações das propriedades
mecânicas, físicas e químicas, tanto na superfície como no seu interior, em grande parte
devida à agressividade do meio ambiente. A durabilidade é essencialmente uma visão
retrospectiva do desempenho de uma estrutura. A expectativa de que uma estrutura pode ser
durável ou não só pode ser avaliada por meio da utilização de modelos que representem os
processos de deterioração a que está suscetível, de forma que, para garantias do projeto,
requer-se a utilização de metodologias de previsão de vida útil.
6
1.2 MANUTENÇÃO
A manutenção de edificações compreende todas as atividades que se realizam nos
componentes, elementos e equipamentos de um edifício, com o objetivo de manter o seu
desempenho funcional ou de suas partes, dentro de níveis aceitáveis, a um custo
compensador. Manutenção é o conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou
recuperar a capacidade funcional da edificação e de suas partes constituintes de atender as
necessidades e segurança dos seus usuários. As edificações são o suporte físico para a
realização direta ou indireta de todas atividades produtivas, e possuem, portanto, um valor
social fundamental. 
Todavia, as edificações apresentam uma característica que as diferencia de outros
produtos, elas são construídas para atender seus usuários durante muitos anos, e ao longo
deste tempo de serviço devem apresentar condições adequadas ao uso que se destinam,
resistindo aos agentes ambientais e de uso que alteram suas propriedades técnicas iniciais. É
inviável sob o ponto de vista econômico e inaceitável sob o ponto de vista ambiental
considerar as edificações como produtos descartáveis, passíveis da simples substituição por
novas construções quando seu desempenho atinge níveis inferiores ao exigido pelos seus
usuários. Isto exige que se tenha em conta a manutenção das edificações existentes, e mesmo
as novas edificações construídas, tão logo colocadas em uso, agregam-se ao estoque de
edificações a ser mantido em condições adequadas para atender as exigências dos seus
usuários.
 É inviável sob o ponto de vista econômico e inaceitável sob o ponto de vista
ambiental considerar as edificações como produtos descartáveis, passíveis da simples
substituição por novas construções quando seu desempenho atinge níveis inferiores ao exigido
pelos seus usuários. Isto exige que se tenha em conta a manutenção das edificações existentes,
e mesmo as novas edificações construídas, tão logo colocadas em uso, agregam-se ao estoque
de edificações a ser mantido em condições adequadas para atender as exigências dos seus
usuários, a manutenção predial se divide em três categorias, sendo elas; 
Preditiva: A manutenção preditiva é uma técnica de manutenção com base específica
no estado dos equipamentos ou das instalações. Trata-se de um acompanhamento periódico,
baseado na análise de dados coletados por meio de monitoramentos programados ou
inspeções de campo. É um tipo de manutenção que se beneficia especialmente por seus baixos
7
custos, porque é menos trabalhoso do que a manutenção preventiva, por serem baseados no
estado real dos equipamentos e instalações e da necessária determinação de quando a
manutenção deve ser realizada para minimizar os custos. Por meio de novas técnicas de
ultrassom, câmeras termográficas e testes de análise de vibração, este tipo de manutenção é
uma alternativa viável e mais econômica em certas circunstâncias.
Preventiva: O plano de manutenção preventiva tem como objetivo efetuar reparos
importantes nos equipamentos prediais, resolvendo possíveis defeitos e proporcionando,
assim, uma durabilidade muito maior. A maioria dos problemas ocorre, geralmente, quando
há necessidade de uso contínuo dos equipamentos como, por exemplo, boias das caixas
d’água, bombas elétricas, saunas, piscinas, etc. Por isso a manutenção preventiva é tão
importante. Ela evita umapossível falta de água que impacta diretamente todos os
condôminos e consertos emergenciais que encarecem as taxas do condomínio.
Corretiva: A manutenção corretiva, ao contrário da preventiva, como o próprio nome
já diz, serve para corrigir os desgastes ou falhas nos equipamentos. Prevê, por exemplo, a
substituição de peças de máquinas ou aplicação de uma série de procedimentos que visam
corrigir, restaurar e recuperar tudo que tenha sofrido alteração em seu funcionamento. Trata-
se de uma técnica de atuação reativa que aguarda pela falha, para aí sim determinar a ação de
manutenção a ser seguida. Com isso, esse tipo de manutenção gera sempre maiores custos,
pois demandam mais tempo de paralisação e alto custo de material comprado em situação de
emergência e relacionado à mão de obra urgente. Um exemplo que pode demandar a
manutenção corretiva nos condomínios é a falta de lubrificação nos equipamentos, bem como
rachaduras em paredes e vazamentos nas áreas úmidas. A impermeabilização também é um
item bastante frequente de manutenção corretiva – a maioria dos condomínios só busca
soluções depois das falhas ocorrerem. 
A vida útil de uma edificação é o período de tempo em que um edifício e/ou seus
sistemas se prestam às atividades para as quais foram projetados e construídos considerando a
periodicidade e correta execução dos processos de manutenção especificados no respectivo
manual de uso, operação e manutenção (a vida útil não pode ser confundida com prazo de
garantia legal e certificada). Interferem na vida útil, além da vida útil projetada, das
características dos materiais e da qualidade da construção como um todo, o correto uso e
operação da edificação e de suas partes, a constância e efetividade das operações de limpeza e
8
manutenção, alterações climáticas e níveis de poluição no local da obra, mudanças no entorno
da obra ao longo do tempo, trânsito de veículos, obras de infraestrutura e expansão urbana. O
valor real de tempo de vida útil será uma composição do valor teórico de vida útil projetada
devidamente influenciado pelas ações da manutenção, da utilização, da natureza e da sua
vizinhança. As negligências no cumprimento integral dos programas definidos no manual de
operação, uso e manutenção da edificação, bem como ações anormais do meio ambiente, irão
reduzir o tempo de vida útil, podendo este ficar menor que o prazo teórico calculado como
vida útil projetada. 
As edificações necessitam ter um desempenho mínimo que garanta a habitabilidade,
segurança e sustentabilidade. Portanto, eventuais anomalias que surjam por exemplo, uma
fissura em parede interna, que não comprometa a estanqueidade, segurança estrutural e
durabilidade, pode facilmente ser entendida como não sendo um problema que envolve perda
de desempenho, talvez uma perda estética, seria uma avaliação subjetiva e de outra monta de
grandeza. Portanto, tendo o conhecimento sobre o conceito de desempenho e seus requisitos,
a avaliação de irregularidades torna-se mais objetiva e pragmática. 
O conceito de desempenho aplicado às edificações é equivalente ao seu
comportamento durante a exposição ao meio e à ação dos usuários, esta abordagem de
desempenho difere muito do praticado pela construção civil brasileira e internacional em sua
história, que sempre o fizeram de maneira prescritiva, dando sempre receitas prontas de como
executar, o que enrijece os processos construtivos e inibe a inovação, pois se permite apenas
seguir as receitas normativas. Essa barreira “prescritivista” teve de ser rompida pela Europa
após a segunda guerra mundial, para uma reconstrução rápida e econômica das cidades, e para
o Brasil, na década de 1980, para suprir uma carência habitacional da classe mais pobre.
Tendo suas diretrizes fundadas pelo IPT (1981), com estudos voltados para construções de
edifícios de interesse social, mas que hoje se aplica a todas as edificações habitacionais por
meio de norma técnica ABNT NBR 15.575 (2013).
Por sua vez, as Normas de desempenho traduzem as exigências dos usuários em
requisitos e critérios, e são consideradas como complementares às Normas prescritivas, sem
substituí-las. A utilização simultânea delas visa atender às exigências do usuário com soluções
tecnicamente adequadas. Sendo atendidos os requisitos e critérios estabelecidos nesta norma,
considera-se para todos os efeitos que estejam satisfeitas as exigências do usuário. 
9
Segurança: As exigências do usuário relativas à segurança são expressas pelos
seguintes fatores:
• Segurança estrutural; 
• Segurança contra o fogo; 
• Segurança no uso e na operação. 
Habitabilidade: As exigências do usuário relativas à habitabilidade são expressas pelos
seguintes fatores: 
Estanqueidade; 
Desempenho térmico; 
Desempenho acústico; 
Desempenho lumínico;
Saúde, higiene e qualidade do ar; 
Funcionalidade e acessibilidade; 
Conforto tátil e antropo dinâmico.
Sustentabilidade: As exigências do usuário relativas à sustentabilidade são expressas
pelos seguintes fatores: 
 Durabilidade; 
 Manutenibilidade; 
 Impacto ambiental.
Segundo a NBR 13752/1996, existem tipos diferentes de patologia, entre eles destacam-se; 
• Defeitos; Anomalias que podem causar danos efetivos ou representar ameaça potencial de 
afetar a saúde ou segurança do dono ou consumidor, decorrentes de falhas do projeto ou 
execução de um produto ou serviço, ou ainda de informação incorreta ou inadequada de sua 
utilização ou manutenção. 
• Vícios; Anomalias que afetam o desempenho de produtos ou serviços, ou os tornam 
inadequados aos fins a que se destinam, causando transtornos ou prejuízos materiais ao 
consumidor. Podem decorrer de falha de projeto ou de execução, ou ainda da informação 
defeituosa sobre sua utilização ou manutenção.
• Vícios aparentes, ocultos e redibitórios. Vícios ocultos que diminuem o valor da coisa ou a 
tornam imprópria ao uso a que se destina, e que, se fossem do conhecimento prévio do 
adquirente, ensejariam pedido de abatimento do preço pago, ou inviabilizariam a compra. 
10
A NBR 15575-1/2013 estabelece também as garantias, o termo garantia é antigo, pois
já estava presente no Código Civil de 1916, já em 2002 quando entrou em vigor o novo
Código Civil, houve muita controvérsia devido ao fato do artigo 1.245 – no Código Civil de
1916 – dispor a respeito do prazo de garantia da obra que o construtor deveria dar ao
contratante, fixando-o em 20 anos. A garantia é um direito de quem adquire um imóvel, seja
na planta ou pronto. Ela é obrigatória para todas as construções civis no Brasil e prevê a
realização de obras em benefício dos proprietários, caso sejam necessárias, e são pagas pelas
construtoras. O que muitos não sabem é que imóvel usado também pode ter garantia, já que
ela começa a valer a partir do momento em que o proprietário recebe a casa ou o apartamento
pronto e sua validade varia de 90 dias a cinco anos. Segundo a NBR 15575-1/2013, existem
dois tipos de garantia, sendo elas, garantia legal e garantia certificada;
• Garantia legal: Direito do consumidor de reclamar reparos, recomposição, devolução
ou substituição do produto adquirido, conforme legislação vigente.
• Garantia certificada: Condições dadas pelo fornecedor por meio de certificado ou
contrato de garantia para reparos, recomposição, devolução ou substituição do produto
adquirido. 
A NBR 15575-1/2013, aborda também os prazos para cada uma delas;
• Garantia legal: Período de tempo previsto em lei que o consumidor dispõe para
reclamar dos vícios (defeitos) verificados na compra de produtos duráveis. 
• Garantia certificada: Período de tempo, acima do prazo de garantia legal, oferecido
voluntariamente pelo fornecedor (incorporador, construtor ou fabricante) na forma de
certificado ou termo de garantia ou contrato, para que o consumidor possa reclamar
dos vícios (defeitos) verificadosna compra de seu produto. Este prazo pode ser
diferenciado para cada um dos componentes do produto a critério do fornecedor. 
A NBR 15575-1/2013, conforme o anexo D traz algumas sugestões de diretrizes para o
estabelecimento e prazos de garantia, sendo ele apenas um informativo, conforme a figura 01
e 02
11
Figura 01 - Garantia recomendada
Fonte: https://www.google.com.br/ (2020).
12
Figura 02 - Garantia mínima
Fonte: https://www.google.com.br/ (2020).
13
2. MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NO CONCRETO
O Concreto é um material não inerte, sendo assim, está sujeito a alterações ao longo
do tempo, em função de interações entre os elementos que o constituem (cimento, areia, brita,
água e aço), com os aditivos e com agentes externos, como ácidos, bases, sais, gases, vapores
e micro-organismos. Além disso, também existem as falhas humanas de concretagem. Porém
grande parte dos problemas são causados pelas características dos materiais, que pela
qualidade e manuseio podem causar problemas patológicos. 
2.1 LIXIVIAÇÃO
A lixiviação do concreto é uma das manifestações patológicas mais comuns. Ela é
causada basicamente pelo contato da estrutura com a água. Durante o processo de hidratação
do cimento é formado um composto chamado hidróxido de cálcio — Ca(OH)2. Essa
substância, quando em contato com a água, pode ser dissolvida e carregada para fora da
superfície de concreto. “A remoção do hidróxido de cálcio recebe o nome de lixiviação”.
Ela pode ocorrer em qualquer tipo de peça de concreto, seja nas recém-executadas ou
naquelas com vida útil avançada. O fenômeno também não danifica os revestimentos
aplicados sobre superfícies de concreto, como as pinturas. Na verdade, a tinta e os outros
materiais atuam para diminuir os riscos da lixiviação, funcionando como barreira que protege
contra a retirada do hidróxido de cálcio do concreto. Os sintomas são manchas esbranquiçadas
na superfície dos elementos de concreto, eflorescência e estalactites, aumento da porosidade
interna do concreto e redução do pH do concreto, conforme a figura 03. 
Figura 03 - Lixiviação
Fonte: https://www.google.com.br/ (2020).
14
A principal causa do surgimento do problema é a utilização de cimentos mais puros
(sem nenhum tipo de adição). Em princípio, essa manifestação patológica sozinha não causa
maiores problemas para a peça de concreto, sendo que a maior preocupação é com a estética
da estrutura. Quando a infiltração da água dissolve e transporta os cristais de hidróxidos de
cálcio, são formados depósitos de sais que surgem como manchas brancas na superfície de
concreto. O material branco é o carbonato de cálcio resultante da reação entre o hidróxido de
cálcio lixiviado e o CO2 da atmosfera. Quando leigos o observam, chegam a pensar que o
concreto está se desfazendo. Mas não é bem isso que acontece, geralmente, a resistência da
estrutura não é alterada pela lixiviação.
Porém, quando o fenômeno atinge estágios avançados, acaba criando problemas mais
sérios para a peça. A remoção de elevadas quantidades de sólidos da estrutura abre caminhos
para a entrada de substâncias nocivas às armaduras e ao próprio concreto. A penetração de
CO2, por exemplo, tem o potencial de causar a corrosão das armaduras de concreto armado
ou protendido. Se elementos como cloretos ou sulfatos atacarem a peça, podem criar situações
bem mais graves do que a lixiviação, como;
• Redução da resistência mecânica do material;
• Aumento da porosidade – abre caminho para a ação de gases e líquidos agressivos à
armadura e ao próprio concreto;
• Queda do pH do concreto;
• Queda no desempenho estético.
A presença de adições, como escórias e pozolanas na mistura, faz com que o hidróxido
de cálcio seja consumido e transformado em outros compostos que não sofrem lixiviação, 
existem outros métodos de prevenção entre eles;
• Reduzir a relação água/cimento; 
• Usar cimentos com adições;
• Melhorar as condições de cura do concreto;
• Usar técnicas de impermeabilização. 
Quando a lixiviação está em seu estado inicial, basta realizar a remoção do carbonato
de cálcio que ficou na superfície da estrutura, e realizar uma avaliação da peça para ver se não
há algum comprometimento estrutural.
2.2 ATAQUE POR SULFATOS
Ataque de sulfatos, também chamado de "corrosão sulfato”, é um tipo particular de
deterioração resultante de reações químicas que ocorrem entre os componentes do cimento e
15
os íons sulfatos (SO4 2-) presentes em soluções. Sua prevenção pode ser feita utilizando os
seguintes passos; 
• Identificação do local da construção; 
• Execução de concretos com menor permeabilidade; 
• Utilização de cimentos resistentes a sulfatos; 
• Uso de adições pozolânicas ou escórias.
O ataque de sulfatos ocorre devido ao contato com águas industriais ou naturais, em
solos com características químicas equivalentes ou em forma de gás (H2S). Quanto ao
reagente químico, pode-se destacar o sulfato de cálcio, sulfato de sódio e sulfatos de
magnésio, quando atacado o concreto apresenta os seguintes sintomas;
• Fissuração;
• Aparência esbranquiçada (relativo); 
• Desagregação do concreto. 
• Reação expansiva; 
• Fissuração;
• Perda progressiva da resistência; 
• Favorecimento ao ataque de outros agentes agressivos ao concreto e a armadura.
Os metodos utilizadas para o tratamento da patologia podem ser a aplicação de
técnicas de proteção catódica para proteção da armadura ou a reconstituição da peça, a figura
04, abaixo mostra alguns tipos de patologia por ataque de sulfatos. 
Figura 04 - Ataque por sulfatos
Fonte: https://www.google.com.br/ (2020).
16
2.3 ATAQUE DO CONCRETO POR CLORETOS
Os cloretos são agentes químicos compostos pelos íons Cl- que quando em solução
formam sais que alteram o PH do concreto, alterando assim a durabilidade do material. A
corrosão da armadura provocada pelo ataque de íons de cloreto é considerada uma das
manifestações patológicas mais significativas do concreto armado, uma vez que é de ordem
estrutural. 
Em todo o mundo, é patologia mais estudada pelos pesquisadores envolvidos com a
construção civil. O que se busca é obter para a estrutura agredida uma vida útil maior. Por
isso, boa parte das análises tentam melhorar o sistema concreto-aço para que não haja a
entrada de agentes agressivos, tais como Cl-, O₂ e CO₂. Há avanços, principalmente para
reduzir as heterogeneidades do aço (composição, presença de impurezas e tratamentos
térmicos e mecânicos), mas também existe consenso de que dificilmente se conseguirá anular
totalmente essa patologia, a figura 05 mostra uma estrutura danificada por cloretos.
Figura 05 - Ataque do concreto por cloretos
Fonte: https://www.google.com.br/ (2020).
Os íons cloreto podem entrar no concreto vindos do ambiente externo,
principalmente nas estruturas expostas à névoa salina e a altas taxas de poluentes, ou estar
contido no concreto devido ao uso de água ou agregados contaminados, incluindo aditivos
aceleradores de pega e endurecimento (base de cloreto de cálcio, CaCl₂), e suas consequências
podem ser; 
• Fissuração;
• Corrosão da armadura;
• Queda da resistência do elemento estrutural;
• Colapso estrutural. 
Os métodos de prevenção por sua vez são; 
• Diminuir a permeabilidade do concreto;
17
• Elaborar traços de concreto com boa compacidade;
• Utilizar o cobrimento adequado para armadura;
• Diminuir o consumo de cimento;
• Uso de adições pozolânicas ou escórias 
2.4 REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO (RAA)
Reação álcali-agregado são óxidos de potássio e de sódio (K2O + NA2O), uma reação
deletéria, com sigla de RAA, vem sendo estudada desde 1940, por Stanton, quando realizou o
primeiro estudo na Califórnia, e concluiu que as fissuras e expansões no concreto eram
originadas pelos hidróxidos-alcalinos, (cimento, da água de amassamento, de aditivos
químicos, de adições pozolânicas,alguns tipos de minerais presentes nos agregados, entre
outros). O cimento e seus agregados, em presença de umidade, a reação RAA, se expande,
gera fissuras, deslocamentos e podem levar a um comprometimento das estruturas de
concreto, a figura 06 traz Stanton em seus estudos.
Figura 06 - Reação álcali-agregado (RAA)
Fonte: https://www.google.com.br/ (2020).
Reação álcali-agregado é a reação química que ocorre entre alguns tipos de agregados
e espécies (compostos químicos) alcalinas existentes no cimento ou que são introduzidas no
concreto por fontes externas. A sua ocorrência está condicionada a existência de álcalis (sódio
e potássio), agregado reativo e umidade. A reação química que ocorre no interior de uma
estrutura de concreto, que se dá entre os álcalis do cimento e os minerais reativos dos
agregados. A RAA se processa principalmente pelos álcalis de óxido de Sódio (Na2O) e de
Potássio (K2O), essas reações formam uma espécie de gel expansivo, que na presença de água
18
irá expandir-se, com consequência, fissuração, desagregação, exsudação em forma de gel. No
Brasil, é a reação que mais vemos nas construções, a sílica amorfa está presente em agregados
como opala, calcedônia, cristobalita, tridimita, certos tipos de vidros naturais (vulcânicos) e
artificiais, e o quartzo. A sílica reage íons hidroxila com os álcalis sódio e potássio, formando
um gel sílico-alcalino, que começa a absorver água e a se expandir, sendo assim, o volume
dessa reação aumenta causando fissuras. 
Os métodos para a prevenção são;
• Diminuir a permeabilidade do concreto;
• Uso de materiais (cimentos) com baixo teor de álcalis;
• Uso de agregados não reativos;
• Usar adições de pozolana. 
As recuperações, por mais que tenha um custo elevado, são feitas com alguns produtos já
disponíveis no mercado, como;
• Selamento, com fissuras úmidas: são mais usados o poliuretano e o microcimento;
• Selamento, com fissuras secas: são mais usados o poliuretano, microcimento e o
epóxi;
• Nas construções estruturais, com fissuras úmidas: são mais usados o microcimento;
• Nas construções estruturais, com fissuras secas: são mais usados o microcimento e o
epóxi.
2.5 CARBONATAÇÃO DO CONCRETO
A carbonatação do concreto é uma patologia desencadeada a partir de um composto
químico comum nas grandes cidades. O processo costuma ocorrer em túneis e viadutos, por
exemplo, e decorre de fissuras que permitem a entrada de água no interior do concreto
armado. Mais especificamente, a carbonatação do concreto pode ser definida como um
processo físico-químico entre o gás carbônico (CO2) presente na atmosfera e os compostos da
pasta de cimento. A partir daí, tem-se como resultado principal a precipitação do carbonato de
cálcio (CaCO3) em uma região do cobrimento, com a constituição de uma camada que passa
a ter uma alcalinidade significativamente menor do que aquela não afetada por esse
fenômeno.
19
A carbonatação consiste em transformar íons alcalinos como o hidróxido de sódio,
potássio e sobre tudo de cálcio em sais de carbonatos desses elementos, pela ação ácida do
dióxido de carbono presente no ar. Exemplo: carbonatação pilares de subsolo expostos à
umidade e CO2, na figura 07, vemos um exemplo de carbonatação.
Figura 07 - Carbonatação do concreto
Fonte: https://www.google.com.br/ (2020).
O concreto normalmente possui PH entre 12,6 e 13,5 (alta alcalinidade), o que
favorece a camada passiva do aço. Ao ser carbonatado estes números são reduzidos para
valores próximos de 8,5, ou seja, diminui a proteção da camada passiva do aço. Os danos
causados são vários, como fissuração do concreto, destacamento do cobrimento do aço,
redução da seção da armadura e perda de aderência desta com o concreto. 
Para que a carbonatação aconteça, três fatores precisam estar dentro do concreto. São eles:
umidade, gás carbônico e oxigênio. A seguir, veja todas as etapas do processo de
carbonatação do concreto:
1. H2O entra nos poros do concreto pelas fissuras;
2. Forma-se uma fina camada de água;
3. A água dissolve o Ca formando Ca(OH)2;
4. CO2 entra no poro pelas fissuras;
5. CO2 reage com H2O, formando H2CO3 (ácido carbônico);
6. H2CO3 reage com o Ca(OH)2 formando CaCo3 (cristais);
7. O consumo de Ca diminui o PH do concreto, deixando o aço exposto à corrosão.
Alguns fatores influenciam no processo de carbonatação: concentração de CO2 ,
umidade, relação a/c e condições de cura. A carbonatação do concreto se manifesta
inicialmente por depósitos brancos na superfície do concreto e fica mais evidente quando
surgem fissuras na peça e desplacamento da camada de recobrimento. Por se tratar de um
fenômeno que ocorre de forma generalizada, a carbonatação do concreto pode fazer com que
as estruturas de uma construção sofram grandes problemas na estabilidade global. Em termos
20
da extensão geral dos danos, há o desenvolvimento continuado dos processos corrosivos das
armaduras. Dessa forma, torna-se muito importante garantir a qualidade e desempenho do
concreto de cobrimento, pois é nessa região que ocorre todo o processo de carbonatação.
2.6 CORROSÃO EM ELEMENTOS DE CONCRETO ARMADO
Corrosão é a interação destrutiva de um material com o ambiente, seja por reação
química, ou eletroquímica, que ocorre em meio aquoso. A corrosão de armadura no concreto
armado é um fenômeno que só acontece quando as condições de proteção proporcionadas
pelo cobrimento desse concreto são insuficientes. Para muitos, o fenômeno da corrosão das
armaduras é mais frequente do que qualquer outro fenômeno de deterioração das estruturas de
concreto armado, comprometendo-as tanto do ponto de vista estético quanto do ponto de vista
da segurança.
A corrosão é a transformação não intencional de um metal, a partir de suas superfícies
expostas, em compostos não aderentes, solúveis ou desprezíveis no ambiente em que o metal
se encontra. O nível de PH no concreto favorece a formação de uma camada de óxidos
passiva, compacta e aderente sobre a superfície da armadura. Tal camada protege a armadura
da corrosão. O mecanismo de corrosão nos metais pode ocorrer basicamente de duas formas:
química e a eletroquímica (catódica). 
Corrosão Química;
• Processo de oxidação;
• Reação gás/sólido na superfície do material;
• Corrosão lenta que não provoca deterioração substancial das armaduras. 
• Não é necessária a presença de água; 
Ex.: O ácido sulfúrico corrói o zinco metálico. 
Corrosão eletroquímica (catódica);
• Área anódica; onde ocorrem as reações de oxidação;
• Área catódica; onde ocorrem as reações de redução;
• Eletrólito; solução condutora de elétrons que cobre as áreas anódicas e catódicas ao
mesmo tempo;
• Ligação elétrica entre as áreas anódicas e catódicas.
Para que não haja exposição da armadura, as normas brasileiras recomendam um
cobrimento mínimo de concreto sobre as seções de aço. Ou seja, deve haver um volume
mínimo de concreto ao redor da ferragem para evitar a corrosão. Caso o cobrimento mínimo
não seja respeitado, a estrutura corre sério risco de não atender às exigências técnicas. 
Portanto, um bom cobrimento das armaduras, com um concreto de alta compacidade,
21
sem “ninhos”, com teor de argamassa adequado e homogêneo, com adição de sílica ativa,
garantirá através da impermeabilidade a proteção necessária do aço ao ataque de agentes
agressivos externos.
2.7 RETRAÇÃO DO CONCRETO
Os efeitos da retração do concreto são duradouros e geram custos de manutenção. A partir da
visão de um especialista no assunto, aqui você entenderá como se prevenir dos principais
tipos de retração, suas origens e todos os cuidados para evitar que essa propriedade traga
danos a uma obra. Uma das principais responsabilidades dos profissionais de engenharia
durante a obra é garantir a durabilidade e a confiabilidade da estrutura. Isso significa conhecer
o comportamento dos materiais,as melhores técnicas de construção e priorizar a qualidade do
trabalho.
A retração do concreto é um processo que ocorre naturalmente, ela pode surgir na
hidratação do cimento, na fase plástica do concreto ou durante o seu endurecimento. Mas,
como várias outras ocorrências na construção civil, o uso de material inadequado e uma
manipulação equivocada, além da desatenção de engenheiros, são fatores que podem
incentivar a aceleração das manifestações patológicas que são processos degradantes. A
retração é o processo de redução de volume na massa de concreto, ocasionada principalmente
pela saída de água por exsudação. Porém outros fatores também podem provocar retração:
retração química, retração autógena e térmica.
Os problemas de tração acontecem geralmente durante a etapa de cura do concreto,
dessa forma a cura adequada torna-se o principal fator de prevenção do problema. A
consequência de uma forte retração é irreversível, por isso é responsabilidade do engenheiro
prever as manifestações patológicas decorrentes dos efeitos da retração ainda na fase de
projeto e tomar medidas que aumentem a qualidade do resultado final e a durabilidade da
estrutura. Independentemente do tamanho ou natureza da obra alguns cuidados são essenciais
para evitar a retração no concreto;
• Ter sempre um projeto bem dimensionado;
• Ensaiar a retração do concreto para fazer ajustes na fase de projeto ou durante a
preparação do traço;
• Executar adequadamente o composto;
• Fazer cura adequada;
• Considerar a situação climática da obra.
22
2.8 FISSURAS EM VIGAS DE CONCRETO
As fissuras são muito comuns e bem superficiais, elas atingem na maioria das vezes
apenas o acabamento (tinta, massa corrida, gesso, pastilhas, azulejos, pisos, etc.), é bem fina e
alongada não possuindo nenhum tipo de gravidade, porém, é necessário e importante, o
acompanhamento da mesma, observando se há alguma alteração nessas características, sendo
que a fissura é o primeiro estágio de uma rachadura, se não houver alterações, não há com o
que se preocupar. A fissuração em vigas geralmente ocorre por ação de sobrecargas, ou seja,
na peça há uma solicitação maior do que a resistência do elemento. 
As trincas de flexão são verticais no meio do vão e apresentam aberturas maiores em
direção à face inferior da viga onde estão as fibras mais tracionadas, já nos apoios, as fissuras
formam um ângulo de 45º com a horizontal devido ao esforço cortante, em vigas mais altas,
essa inclinação com a horizontal tende a ser de 60º, em vigas sujeitas às sobrecargas por
flexão as fissuras são praticamente verticais no terço médio do vão e apresenta aberturas
maiores na direção da face inferior da viga.
Nos casos em que a fissura é superficial (máximo 25 mm de profundidade) e não
apresenta movimentação, o tratamento indicado consiste:
• Abertura de sulco em “V” com cerca de 1,5 m de largura;
• Preenchimento com argamassa estrutural. 
23
2.9 PROCEDIMENTOS DA TÉCNICA DE RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURAS COM 
CORROSÃO DA ARMADURA
Para fazer o procedimento de recuperação estrutural, é necessário uma inspeção visual para
catalogar as patologias encontradas, seguindo os passos seguintes;
• Para fazer uma recuperação estrutural, inicie pela verificação das possíveis causas,
como fissuras e trincas, corrosões de armadura, manchas na superfície e falhas de
concretagem, conforme a figura 08.
Figura 08 - Verificação das possíveis causas
Fonte: https://www.google.com.br/ (2020).
• Após o diagnóstico, escolha a argamassa que melhor atenda às necessidades da obra.
Limpe a área criando uma superfície aderente. Com um martelo, apicoe e elimine
todas as áreas deterioradas ou não aderidas, formando arestas retas, conforme a figura
09. 
Figura 09 - Limpeza da área
Fonte: https://www.google.com.br/ (2020).
24
• Retire o concreto em volta das armaduras corroídas, deixando, no mínimo, 2 cm livres
em seu contorno. Se a armadura estiver muito deteriorada e com perdas, troque-a,
conforme a figura 10. 
Figura 10 - Limpeza da área
Fonte: https://www.google.com.br/ (2020).
• Se a armadura estiver com uma agressão apenas superficial, limpe a ferrugem com
uma escova de aço. Aplique sobre toda a armadura, com pincel, uma camada de um
produto inibidor de corrosão, conforme a figura 11. 
Figura 11 - Limpeza da ferrugem
Fonte: https://www.google.com.br/ (2020).
25
• A superfície deve estar resistente, rugosa, limpa e isenta de partículas soltas, pintura
ou óleos que impeçam a aderência do produto. Molhe a área a ser recuperada. Aplique
o material estrutural e, depois, molde com colher ou mesmo com as próprias mãos
protegidas com luvas, conforme a figura 12.
Figura 12 - Molde com colher 
Fonte: https://www.google.com.br/ (2020).
O adensamento e a regularização são feitos com régua de madeira ou alumínio.
Aplique em camadas de 0,5 a 5 cm, no máximo. Para espessuras maiores que 5 cm, fazer em
duas camadas, com espaço de tempo entre as camadas de, aproximadamente, 6 h. Para
recuperações em locais de difícil acesso, recomenda-se o uso de material apropriado, monte a
forma necessária de maneira que permita o lançamento do produto. Após 24 h, realize a
remoção das formas. 
26
2.10 PROCEDIMENTOS DA TÉCNICA DE INJEÇÃO DE FISSURAS
As fissuras em estruturas de concreto podem ser resultado de carga excessiva ou
estresse mecânico sobre ela, devido a forças internas ou externas (por exemplo, movimentos
no solo). Fissuras com infiltrações devem ser vedadas e seladas para assegurar a
estanqueidade e a durabilidade da estrutura, os precedimentos citados abaixo são usados para
essa finalidade;
• Faça as furações ao redor da fissura (de ambos lados) em um ângulo de 45° em relação
à superfície do concreto, como mostrado na figura. Ø do furo = Ø do bico + 2 mm,
conforme a figura 13.
Figura 13 - Furações ao redor da fissura 
Fonte: https://www.google.com.br/ (2020).
• Instale os bicos mecânicos. Aperte-os para que eles possam resistir à máxima pressão
de injeção, conforme a figura 14.
Figura 14 - Instalações dos bicos
Fonte: https://www.google.com.br/ (2020).
27
• Fixe a válvula de retorno no primeiro bico e comece o processo de injeção, conforme a
figura 15.
Figura 15 - Fixação da válvula de retorno 
Fonte: https://www.google.com.br/ (2020).
• Quando o material de injeção escoar para fora do segundo bico, feche a válvula de
retorno o mais rápido possível. Pare a injeção no primeiro bico e continue no segundo,
conforme a figura 16. 
Figura 16 - Aplicação do produto 
Fonte: https://www.google.com.br/ (2020).
28
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. DNIT 090: Especificação de
Serviço – numeração progressiva das seções de um documento escrito – elaboração. Rio de
Janeiro, 2006. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5674: Informação e
documentação – numeração progressiva das seções de um documento escrito – elaboração.
Rio de Janeiro, 1999. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13752: Informação e
documentação – numeração progressiva das seções de um documento escrito – elaboração.
Rio de Janeiro, 2013. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Informação e
documentação – numeração progressiva das seções de um documento escrito – elaboração.
Rio de Janeiro, 2013. 
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDZATION (ISO). General
Principles on the Design of Structures for Durability. ISO 13823. Geneva: ISO/TC, 2008. 
Cimentos da Itambé – Ataque por íons de cloreto. Disponível em
https://www.cimentoitambe.com.br/ataques-por-ions-de-cloreto-custa-r-800-milhoes-por-ano-
ao-brasil/ 
Engenharia360 – Ataque por íons de cloreto. Disponível em https://engenharia360.com/o-
que-e-raa-a-reacao-alcali-agregado/ 
Fibersals – Impermeabilização. Garantia obrigatória para obras. Disponível em
https://fibersals.com.br/blog/entenda-a-garantia-obrigatoria-para-obras-na-construcao-civil/Reformweb – Trincas, fissuras e rachaduras. Disponível em
https://reformweb.com.br/blog/post/3/Trincas-Fissuras-e-Rachaduras%3AIdentifica
%C3%A7%25%20C3%25%20A3o-e-Causas 
Opintorconsultoria – Corrosão eletroquímica. Disponível em https://opintorconsultoria.com/o-
que-e-corrosao-eletroquimica/ 
29
Tecnosil – Carbonatação do concreto. Disponível em h ps://www.tecnosilbr.com.br/o-que-e-
e-como-ocorre-a-carbonatacao-do-concreto/

Outros materiais