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Fibrose pulmonar idiopática Referências bibliográficas: Diretrizes de doenças pulmonares intersticiais da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. J bras pneumol. V.38, suplemento 2, p.S1-S133 junho 2012. Fibrose pulmonar idiopática: uma década de progressos. J Bras Pneumol. 32(3):249-60, 2006. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA (FPI) É uma forma específica de pneumonia intersticial fibrosante crônica, que ocorre primariamente em adultos mais idosos, limitada aos pulmões, e associada ao padrão histológico de pneumonia intersticial usual (PIU); Caracterizada por uma inflamação intersticial crônica e difusa; É progressiva e gera fibrose; Em casos avançados resulta em hipoxemia e cianose. Epidemiologia A FPI afeta principalmente indivíduos com mais de 50 anos, sendo a média de idade em torno de 67 anos. A doença é mais comum em homens (75%) e naqueles com história de tabagismo. Sua prevalência, estimada em torno de 30 casos por 100.000 pessoas, aumenta vertiginosamente com a idade, afetando mais de 100 indivíduos por 100.000 pessoas com idade igual ou superior a 75 anos. Não tem distinção racial, geográfica, sexual ou sazonal. Falcão, Liane; Sato, Michelle. Etiologia Interação entre a agressão ao epitélio alveolar e o reparo mesenquimal anormal (hipótese epitélio-mesenquimal); O dano ao epitélio alveolar resulta em exsudação de fibrina, que serve de ponte para a invasão de miofibroblastos, formação dos focos fibroblásticos e deposição de matriz extracelular, determinando a perda da arquitetura pulmonar e a perda progressiva da função pulmonar; Esse processo é secundário a um desbalanço entre fatores pró-fibrogênicos e antifibrogênicos. Fatores de risco Tabagismo; Uso de antidepressivos; História de aspiração crônica secundária a refluxo gastroesofásico(RGE); Exposição a gado, pó de madeira, poeiras de metais, exposição a poeiras de rochas, areia, sílica e solventes; Diabetes mellitus Alguns agentes infecciosos, tais como o vírus da hepatite C, citomegalovírus e vírus Epstein-Barr; Existem evidências de uma participação genética na FPI, que tem sido observada em até 5% dos casos. Fisiopatologia Resposta inflamatória da parede alveolar; Lesões difusas; Edema intersticial; Acúmulo de células inflamatórias; Destruição de pneumócitos I; Hiperplasia de pneumócitos II; Proliferação de fibroblastos; Fibrose e exudato intra-alveolar. Fisiopatologia http://www.medicinanet.com.br/imagens/20130318102702.jpg http://www.physio-pedia.com/Pulmonary_Fibrosis Quadro ClÍnico Inicio insidioso; Dispneia progressiva e tosse, que podem ser incapacitantes; Crepitações nas regiões basais pulmonares em até 90% dos casos; O baqueteamento digital é observado em 30-40% dos casos e indica pior prognóstico; Cianose; Achados de hipertensão pulmonar e Cor Pulmonale podem ser observados em fases tardias da doença. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-39842005000200009 Biópsia pulmonar Tomografia de tórax Distúrbio ventilatório restritivo na espirometria Diagnóstico PROGNÓSTICO Dependente da idade, da gravidade dos sintomas, das características radiológicas, da SpO2 e do resultado dos testes funcionais; A progressão é individual e imprevisível; Alguns casos evoluem para fibrose difusa em poucos meses; Sobrevida média de 3 a 5 anos, após o diagnóstico. Terapia anti-inflamatória; Terapia anti-oxidante; Terapia antifibrótica ( Pirfenidona- ESBRIT e Nintedanibe-OFEV) Terapias paliativas: Reabilitação pulmonar; Oxigenoterapia; Transplante pulmonar. Tratamento
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