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Resenha: A arte na colonização da América: Barroco e Rococó como influências Europeias sobre a construção dos países Latino-Americanos

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNICSUM
ARQUITETURA E URBANISMO
Maria Eduarda Duarte da Silva. RA: 01550007985
Resenha: A arte na colonização da América: Barroco e Rococó como influências Europeias sobre a construção dos países Latino-Americanos 
Juiz de Fora,
2020
Maria Eduarda Duarte da Silva. RA: 01550007985
Unidade II: Barroco e Rococó
Resenha: A arte na colonização da América: Barroco e Rococó como influências Europeias sobre a construção dos países Latino-Americanos
Resenha crítica apresentada como exigência para a avaliação do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Unicsum, pela professora Tamara Nunes na Disciplina de Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo. 
Juiz de Fora,
2020
 Desde que a primeira vida humana repousou seus pés na terra, o universo pôde observar diferentes manifestações artísticas. Durante os anos que se passaram, nossa espécie evoluía, cada dia um pouco mais, criava formas, objetos, nomenclaturas e conquistava novas terras. Com o avanço, as manifestações artísticas se restringiam a coisas tangíveis, significaríeis, e findaram em classificações de algumas coisas que conhecemos hoje, como: pintura, música, teatro, literatura, arquitetura, entre outras. Hodiernamente nos dedicamos a entender um pouco destas maravilhosas manifestações que esse universo presenciou durante os milhares de séculos que decorreram desde o primeiro, e o motivo pelo qual algumas existiram. 
 O artigo cita duas das mais influentes manifestações artísticas que datam do fim do século XVI à metade do século XVIII e 1710/1720 a 1780, o Barroco e o Rococó, sequencialmente, e como a arte difundida por esses movimentos influenciaram em aspectos como a colonização da América. Para compreendermos como tais movimentos tiveram tanta influência em países totalmente distintos e desconhecidos, é necessário compreender o que foram esses icônicos estilos.
 O Barroco surgiu na Itália, como uma resposta a Reforma protestante do Século XVI, onde a Igreja buscava reconquistar devotos perdidos diante da revolução religiosa liderada por Martinho Lutero. Devido ao Antropocentrismos promovido pelo Renascimento, a Igreja necessitava de algo forte, que impactasse veementemente os cidadãos, e, com maestria, fez surgir o Barroco. Com seu jogo de luz e sombra, suas cores fortes, suas formas côncavas e convexas e todo seu dramatismo, o Barroco foi muito além dos interesses da Igreja Católica, abrangendo a política e a monarquia, à qual havia muito a ganhar com a propagação de tal movimento, sendo utilizada com o fim de, além de acervar o Deus acima de tudo, encenar um modo de vida da alta sociedade, mas também o povo. Tinha o intuito de mostrar a todos o poder que estava em mãos de monarcas e da Igreja, seja pela fascinação diante de tanta exuberância ou pelo medo de tal grandeza. 
 Seu movimento dito complementar, ou opositor, como preferir, o Rococó, por sua vez, teve início na França, mais precisamente em Paris, despontando como uma reação da aristocracia francesa ao Barroco, manifestando-se, em suma maioria, em interiores. Esse movimento trousse consigo todo a sensibilidade e ornamentação vista no Barroco, no entanto possui suas próprias características, como o uso de cores mais claras e suaves, uso de flores e folhagens, espelhos e espaços vazios a fim de dar um descanso, um ar de leveza. Além disso, buscava encenar mais do que toda a magnitude de Deus, expressava a vida boemia dos monarcas, as grandes festas e a riqueza, mas de forma vagarosa, a quem diga que por fala de recursos e quem diga que por escolha de abordagem.
 Entre suas diferenças e similaridades está a característica teatral de ambos, que fez com que esses dois movimentos, originariamente europeus, chegasse a América Latina e se instaurasse em diversas culturas.
 Como dito, as artes Barrocas e Rococós exibiam a vida e os luxos da monarquia e o povo, contavam histórias sagradas e catequizava fieis. Com o começo da exploração europeia e a necessidade de comunicação com os nativos das terras que vinham a ser conquistadas, os europeus começaram a enviar padres em navegações para catequizar os novos povos encontrados, no Brasil os responsáveis por tal feito foram os chamados Jesuítas. Uma das ferramentas utilizadas para isso foi representa-los em sua arte, faze-los se sentir parte do todo de uma forma de fácil compreensão. Assim, esses movimentos deixaram de ser somente uma iconografia da Europa e passaram a ser, em terras Sul-americanas, uma representação da miscigenação, onde os conquistadores “salvavam” os nativos com a sua “verdadeira fé”. A partir daí, começam diferentes manifestações do Barroco e Rococó, onde se unem as culturas europeias e latinas, nascendo produções artísticas próprias e únicas de cada País. 
 No Brasil, por exemplo, o Barroco e o Rococó, quase sempre, são encontrados juntos, com influencias sobre a produção do outro. Mesmo chegando tardiamente, devido a influência da arquitetura portuguesa, são muito vistos, não surpreendentemente, em igrejas no Nordeste e em Minas Gerais, principalmente. Porém tais obras têm características próprias que derivam da influencias dos índios nativos convertidos que passaram a fazer parte das missões jesuíticas e disseminam parte de sua cultura, das quais muitas não temos conhecimento hoje. Em cada obra há um traço que conta uma particularidade da região em que se encontra, que refere a quem a fez, para quem e para o que ela estava destinada quando foi feita. Isso faz com que haja uma grande diversidade de obras do mesmo estilo em território nacional, como mostra a imagem abaixo. 
 Altar-mor da Igreja de São Francisco, Interior da Igreja de São Francisco, Bahia
 São João del-Rei - MG	
 Assim como no Brasil, há em outros países da américa latina uma diversidade do movimento vindo da Europa. Isso varia muito da forma em que os colonizadores dominaram seus territórios e a cultura na qual se depararam, e quais vieram depois, visto que nós latino-americanos detemos de uma pluralidade cultural abrangente, que contam a nossa história, não só pela arquitetura, mas principalmente por ela. 
 De fato, não se pode negar a grandeza e a influência de um movimento arquitetônico e artístico. Durante toda a história interesses políticos, socioeconômicos e religiosos são impostos, de certa forma, através de uma edificação, na maioria das vezes uma edificação que está ligada a uma religião ou a um Império. A arte arquitetônica nos conta a história de um tempo em que elas ensinavam a um povo a como se comportar diante de um interesse determinado por alguma classe de poder aquisitivo e de influência social. Quantas histórias por trás de palácios, igrejas, casas, vilas e cidades existem? O quanto as edificações podem contar sobre quem fomos ensinados a ser, ou quem éramos? E, quantas histórias deixaram de ser contadas por edificações que silenciadas (derrubadas)? 
 A arquitetura é a arte que soma todas as outras, não só aquelas que consideramos hoje arte, mas sim todas as manifestações presenciadas nos dias que correm podem ser observadas em uma edificação, desde que se saiba olhar e escutar toda a longa história que ela tem para contar-lhe.

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