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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD Avaliação Presencial X 2 (APX2) – 2020.1 PRAZO FINAL PARA POSTAGEM: 06/06 - 18h Disciplina: Gestão na Educação 2 Coordenadora da Disciplina: Profª Cláudia Barreiros Mediadoras Pedagógicas à Distância: Profas Vera Russo, Rebeca Rosa e Gisele Viana Aluna (o): Raíla Lara dos Santos Matr.:17112080413 Polo: Três Rios Nota: _______________________ Querid@s estudantes Sejam bem vind@s à nossa avaliação APX 2 da disciplina Gestão 2 neste semestre, que se refere aos oito últimos textos estudados na disciplina (entre textos escritos e vídeos). Através deste instrumento, pretendemos perceber os processos de atribuição de sentidos aos textos estudados e como cada um@ vem constituindo sua autoria frente aos desafios colocados às ações de supervisão e orientação da educação no âmbito da formação de pedagogas e pedagogos. Em função das condições de realização dessa atividade avaliativa, optamos por seguir com uma proposta mais autoral, num modelo semelhante ao da APX 1. Desse modo, a proposta é de que cada estudante produza seus textos em diálogo com os textos estudados na disciplina. Cada estudante deverá responder às duas propostas estabelecendo diálogo entre cada caso e os textos lidos / assistidos na disciplina até aqui. Cada texto autoral alvo desta avaliação deverá conter um título coerente com a proposta do texto. Os textos estudados deverão ter citações diretas ou indiretas no texto de acordo com as normas técnicas. As situações descritas deverão ser analisados em suas possibilidades e limites. Esperam-se textos coerentes e coesos, com argumentos bem fundamentados e desenvolvidos. Os textos serão avaliados de acordo com a seguinte tabela de pontos: Título coerente com a proposta do texto Citações textuais diretas ou indiretas aos diferentes textos estudados (no mínimo, uma citação de cada texto). Coesão e coerência textuais Análise Propostas Qualidade dos argumen-to s apresenta-d os. Total Até 0,5 ponto Até 1,5 ponto Até 0,5 ponto Até 0,5 ponto Até 1 ponto Até 1 pontos Até 5 pontos 1 2 Desejamos que esse instrumento possa ser ele mesmo mais um momento de estudo e aprendizagem, assim como expressar a qualidade do que realizamos até aqui, como futuros pedagogos e pedagogas. Bom trabalho! Cuidem-se bem! SITUAÇÃO 1 : 1 O menino Adriano, de 12 anos, aluno do 7º ano da escola municipal em que Iraci atua como coordenadora pedagógica, foi vítima de racismo por meio das redes sociais praticado por um colega da mesma escola, de 15 anos, do 9º ano, Henrique. Adriano é um leitor em sentido pleno e criou um perfil numa rede social chamado “Livros que li”, no qual faz pequenas resenhas de livros e indica títulos para os seus mais de 30 mil seguidores. Por meio de mensagem, Henrique se dirigiu assim ao colega: "Porco gordo. Eu achava que preto era pra ta cavando mina, não lendo. Você foi criado pra ser pobre e preto". Adriano respondeu ao colega através da mesma rede social, após conversar com a sua mãe. Ela o aconselhou a responder à altura e ter orgulho de sua cor. Assim, ele escreveu: "Aprende a escrever, cara. Isso não é um insulto, e sim um conselho. Em pleno século 21, ainda há pessoas racistas? Atualizem-se. Insultos acabam com o psicológico de pessoas fracas, esse tipo de coisa não me abala em nenhum ponto. Aliás, tenho orgulho de ser negro". Evidentemente, o caso repercutiu no dia seguinte na escola. Alguns estudantes solidarizaram-se com Adriano e mostraram uma atitude um pouco mais agressiva em relação a Henrique. Os ânimos começaram a se acirrar e outros estudantes começaram a dizer que Henrique estava sendo vítima de assédio e que iriam revidar. Alguns docentes defendiam que não havia nada que a escola pudesse fazer porque o conflito havia acontecido fora da escola. Outros cobravam da direção uma ação consistente contra a atitude de Henrique. Outros ainda temiam que o conflito os atingisse. Iraci é pedagoga bem formada, estudiosa e comprometida com seu trabalho. Percebeu que aquele conflito trazia à tona preconceitos enraizados na comunidade e que ela precisaria aproveitar o momento para enfrentá-los com vistas a sua superação. Assim, ela reviu suas anotações de estudante de pedagogia e selecionou quatro textos (ABRAMOVAY, 2012; CHRISPINO, 2007; BARREIROS & MARTINS 2019; SOUZA & LEITE, 2011) para elaborar um primeiro esboço de um plano de ação para “mexer” com todos os segmentos da comunidade. Assuma o papel de Iraci e elabore o esboço do plano de ação da coordenação pedagógica da escola de modo a envolver e “remexer” toda a comunidade. Escreva a justificativa e as propostas de ação do plano fundamentando-se nos quatro textos estudados e citados acima. 1 Proposta adaptada a partir da notícia disponível em https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2020/05/29/dono-de-perfil-de-literatura-nas-redes-sociais-baiano-de-12-anos-e-vit ima-de-injuria-racial-orgulho-de-minha-cor.ghtml?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_content=post&ut m_campaign=g1 SITUAÇÃO 2: Leonor chegou à Escola Municipal Guarapari no último bimestre através de chamada por concurso público para supervisores de ensino. Teve logo a tarefa de coordenar uma reunião pedagógica com as equipes de 1º, 2º e 3º anos do ensino fundamental e percebeu que havia compreensões muito distintas das professoras e professores sobre os processos de desenvolvimento das crianças. Percebeu que o tema avaliação também não era nada consensual no grupo. Professor@s do 3º ano faziam pressão para que as professoras dos anos anteriores reprovassem o maior número de crianças para que não chegasse nenhum estudante sem o processo de alfabetização concluído no ano seguinte. Por outro lado, as professoras do primeiro ano queriam valorizar os processos e percursos de cada aluno estimulando-os com a promoção ao ano de escolaridade seguinte. Leonor percebeu que essas discussões de avaliação mobilizavam muito alguns professores de modo a abalar o seu bem estar, além de gerarem conflitos na equipe. Leonor sentiu necessidade de rever algumas leituras sobre avaliação, conselho de classe, processos de alfabetização, saúde do educador e conflitos no ambiente escolar Ela destacou Petró, 2018; Baião et all, 2019; Chrispino, 2007; Souza & Leite, 2011. Ajude Leonor na tarefa de fundamentar e planejar uma reunião pedagógica que permita ajudar o grupo a melhorar o diálogo e enfrentar o debate sobre avaliação e as decisões sobre promoção ou reprovação no conselho de classe que está a um mês de acontecer sob uma perspectiva de justiça. Escreva a justificativa para a discussão recortando trechos dos textos escolhidos acima que destaquem os pontos fundamentais a serem abordados. Faça isso num texto bem tecido e argumentado. Situação 1: Misturando e respeitando O plano seria estruturado com base em ações como reuniões com professores, funcionários, alunos e pais, para redefinir conteúdos curriculares para explorar na sala de aula e estabelecer formas concretas para lidar comas questões (regras, registros e conversas entre partes envolvidas em conflitos). “Conflito é toda opinião divergente ou maneira diferente de ver ou interpretar algum acontecimento. A partir disso, todos os que vivemos em sociedade temos a experiência do conflito. Desde os conflitos próprios da infância, passamos pelos conflitos pessoais da adolescência e, hoje, visitados pela maturidade, continuamos a conviver com o conflito intrapessoal (ir/não ir, fazer/não fazer, falar/não falar, comprar/não comprar, vender/não vender, casar/não casar etc.) ou interpessoal, sobre o qual nos deteremos. São exemplos de conflito interpessoal a briga de vizinhos, a separação familiar, a guerra e o desentendimento entre alunos.” (CHRISPINO; CHRISPINO, 2002). Aceitar nossa mistura e entender a diversidade com base na miscigenação e não pela segregação é algo crucial para a desconstrução do pensamento racista. E a escola é um pilar fundamental para promover essa mudança na sociedade. O ideal, quando esse tema é debatido, é falar em ancestralidade Realizar um projeto na escola para enfrentar questões relacionadas a valores e atitudes não é simples, pois envolve o trabalho com as regras do convívio escolar e a articulação de muitas atividades. Fazer tudo para construir um ambiente de conscientização sobre os malefícios causados pela discriminação. Mais do que isso, era essencial fazer do espaço um ambiente no qual o racismo não fosse tratado de forma impune e onde fossem realizadas diariamente ações para que houvesse o entendimento do problema. Uma das preocupações era fazer com que cada um compreendesse a questão do ponto de vista de quem sofre o preconceito para com isso poder refletir sobre as posições tomadas e as opções feitas no dia a dia, no convívio com os colegas. As discussões começaram em reuniões semanais com a diretora, organiza com toda a equipe pedagógica. Iraci irá apresentar dados sobre o perfil dos estudantes, assim como a descrição de atitudes preconceituosas que haviam sido observadas no cotidiano escolar. Os docentes irão responder a um questionário importante sobre a necessidade de transformar a escola em um espaço de luta contra a discriminação. Após a análise das informações, começaram os encontros para discutir como a instituição lidava e como deveria tratar a questão racial. Nos encontros periódicos da equipe gestora, será decidido que tanto alunos como funcionários deveriam desenvolver a compreensão histórica e cultural sobre a diversidade étnica. Formulando também em como seria feita a sistematização das ações e a sensibilização do Conselho Escolar. Estimular o diálogo, a observação e a reflexão sobre as atitudes preconceituosas na escola.
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