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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS UNIDADE VIII - VARGINHA - MG Caio Tiso Oliveira Miguel Ângelo Leite da Silva Pedro Henrique Riso Santos Rafael Nonato Amorim Santos Sebastião Nicolau Mendes Junior AULA PRÁTICA 03 Varginha - MG 2018 2 CAIO TISO OLIVEIRA MIGUEL ÂNGELO LEITE DA SILVA PEDRO HENRIQUE RISO SANTOS RAFAEL NONATO AMORIM SANTOS SEBASTIÃO NICOLAU MENDES JUNIOR AULA PRÁTICA 03 Relatório apresentado à Disciplina de Física Experimental 1 do curso de Bacharel em Engenharia Civil do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET-MG, Unidade Varginha, como requisito parcial à obtenção de créditos da disciplina. Professor: Pedro Duarte Antunes Varginha – MG 2018 3 SUMÁRIO 1. RESUMO .............................................................................................................................. 4 2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 5 3. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 6 4. MATERIAIS UTILIZADOS ................................................................................................ 7 5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL PARTE I ............................................................. 9 6. ANÁLISE DE RESULTADOS PARTE I ........................................................................ 10 7. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL PARTE II .......................................................... 12 8. ANÁLISE DE RESULTADOS II ..................................................................................... 13 9. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 16 4 1. RESUMO O experimento da Segunda Lei de Newton foi dividido em duas etapas, uma com foco na caracterização do impacto de Força Resultante sobre a aceleração e outra com foco no impacto da variação da massa sobre a aceleração. Tendo em vista, isso na primeira etapa variou-se a Força Aceleradora e massa do corpo, enquanto na segunda variou-se a massa do corpo acelerado. Constatou-se uma relação de proporcionalidade direta entre Força Aceleradora e aceleração e proporcionalidade inversa entre massa e aceleração. 5 2. INTRODUÇÃO Em princípio, Isaac Newton explicou vários comportamentos relativos ao movimento de objetos físicos usando três leis. A segunda lei de Newton, também chamada de princípio fundamental da dinâmica, afirma que a força resultante em uma partícula é igual a razão do tempo de mudança do seu momento linear P em um sistema de referência inercial: F= 𝑑𝑝 𝑑𝑡 = 𝑑(𝑚𝑣) 𝑑𝑡 Esta lei conforme acima apresentada tem validade geral, contudo, para sistemas onde a massa é uma constante, esta grandeza pode ser retirada da derivada: F=𝑚 𝑑𝑣 𝑑𝑡 =ma. Onde F é a força resultante aplicada, m é a massa (constante) do corpo e a é a aceleração do corpo. Com base em seus estudos, o movimento de um objeto colocado em um trilho de ar para reduzir o atrito do local de trajeto, será observado e caracterizado. 6 3. OBJETIVOS O experimento desenvolvido em laboratório foi realizado com o intuito de caracterizar a atuação da Segunda Lei de Newton, observando a influência de variações na massa e Força Aceleradora, e o impacto que uma grandeza desempenha sobre a outra. Tendo em vista este princípio, a primeira etapa do experimento teve como intuito a observação do impacto da Força Resultante e da massa do corpo acelerado sobre a aceleração atuante sobre o sistema. Na segunda etapa do experimento realizado em laboratório, o objetivo era a caracterização do impacto da variação da massa do corpo sobre a aceleração do mesmo, mantendo a Força Aceleradora constante. 7 4. MATERIAIS UTILIZADOS Os materiais usados foram: • Cronometro LCD Digital Timer Modelo AZB-20 Modulo Local; • Fixador Metálico Sensor sem batente trilho de ar; • Carrinho trilho de ar linear preto; • Sensor fotoelétrico com entrada USB Modelo AZB-20 (preto); • Eletroímã Completo com bornes e haste de fixação; • Fonte chaveada 12V/2A; • Cabo de ligação eletroímã cronometro digital Timer AZB-20; • Cabo para conexão dos sensores; • Fixador eletroímã para trilho de ar linear com manipulo; • Massa aferida 10g com furo central de 2,5mm; • Massa aferida 20g com furo central de 2,5mm; • Suporte de massas aferidas com base de plástico; • Y final de curso com roldana raiada; • Manipulo cabeça de plástico M6x16; • Massa aferida 20g com furo central de 5mm; • Massa aferida de latão 50g com furo central de 5mm; • Massa aferida 10g com furo central de 5mm; • Arruela lisa inox M4; • Manipulo de latão niquelado M4x13; • Elástico para dinheiro. • Carretel de linha 10 pipa com 120 m; • Pino para carrinho trilho de ar com gancho; 8 • Pino para carrinho trilho de ar com fixador para eletroímã; • Pino para carrinho trilho de ar interrupção sensor; • Mangueira 2m; • Trilho 1.200 mm para trilho de ar; • Unidade de fluxo de ar (110V). 9 5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL PARTE I Inicialmente, foi feita a montagem do equipamento, na qual conectou-se o trilho de ar à uma mangueira, a partir da qual o ar seria bombeado para o trilho. Após esta etapa, posicionou-se o eletroímã em uma das extremidades. Anteriormente ao posicionamento do cavaleiro e do suporte para os pesos serem posicionados, estes foram pesados, utilizando uma balança de precisão. Em seguida, posicionou-se o cavaleiro adjunto ao eletroímã e um sensor fotoelétrico a uma distância de 0,300 m aferida a partir do eixo central do cavaleiro. Feito isso, conectou-se o cavaleiro, por um fio, à um suporte de peso posicionado em uma das extremidades. Por fim, conectou-se o cronômetro digital e constatou-se a identificação de um único sensor fotoelétrico pelo cronômetro. Adotando-se o valor da aceleração gravitacional no local como 9,8 m/s², foi calculada a Força Aceleradora do sistema, a qual era a Força Peso do suporte com os pesos. Configurou-se, então, o cronômetro digital de modo que este fornecesse a marcação do tempo gasto pelo cavaleiro para atingir o sensor posicionado à distância de 0,300 m de seu eixo central. Feito isso, iniciou-se o experimento, fazendo uso de 5 repetições para cada configuração de pesos. Após a anotação dos tempos para cada repetição, seguiu-se para a nova configuração de pesos, na qual coletava-se um peso de massa 0,010 Kg do cavaleiro e transferia-o para o suporte, de modo a aumentar a força aceleradora, a qual foi recalculada, e diminuir a massa do cavaleiro, buscando constatar o efeito na aceleração. O procedimento foi repetido sucessivamente, até que não houvesse mais nenhum peso adicional ao cavaleiro. 10 6. ANÁLISE DE RESULTADOS PARTE I A partir dos dados coletados, tendo em vista a realização de cinco repetições para cada configuração de pesos, tendo como variação da massa entre uma configuração e outra o valor de -0,010 kg, a tabela 1 foi gerada. Tabela 1: Tabela de dados amostrais. Massa do Sistema (kg) Força Aceleradora (N) Deslocamento (m) Tempo (s) Aceleração (m/s²) Força/Aceleração (kg) 0,300470,193060 0,300 0,970709 0,642527 0,300470 0,294000 0,793436 0,978467 0,300470 0,397400 0,682138 1,313755 0,302492 0,491274 0,611203 1,635018 0,300470 0,592018 0,557545 1,970307 0,300470 0,688548 0,516926 2,291570 0,300470 0,789292 0,483507 2,626858 0,300470 Fonte: Dados experimentais obtidos em laboratório. Fisicamente, a relação da Força Aceleradora dividida pela aceleração implementada no corpo (Fa/a) é igual a massa do sistema acelerado. Sendo assim, a coluna 6 da Tabela 1, considerando a tolerância de erro igual a 5%, fornece o valor da massa do sistema, assumindo um valor considerado constante. A partir dos dados coletados experimentalmente, foi possível gerar o Gráfico 1, a qual relaciona o crescimento da força aceleradora com a aceleração implementada. 11 Gráfico 1: Força Aceleradora versus Aceleração. Fonte: Dados experimentais obtidos em laboratório. Com base na observação do gráfico gerado a partir dos dados, é possível constatar que o crescimento da força aceleradora em função da aceleração pode ser apresentado, com boa precisão, como sendo linear e tendo como coeficiente angular 0,3002 e coeficiente linear 0,0008. Pela análise do gráfico pode se observar que quanto maior a aceleração imposta sobre o corpo, maior a Força Resultante sobre ele atuante. Tal relação é evidenciada no valor positivo encontrado para o coeficiente angular do gráfico, o qual representa fisicamente, a taxa de variação da Força pela aceleração. y = 0,3002x + 0,0008 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 Força Aceleradora (N) Aceleração (m/s²) Força Aceleradora (N) x Aceleração (m/s²) 12 7. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL PARTE II Para a montagem do equipamento inclinou-se levemente o trilho para compensar a Força de atrito e verificou se o cavaleiro percorria o trajeto constantemente. Logo após, colocou-se o eletroímã no extremo do trilho e fez-se um ajuste para que a distância entre o cavaleiro e o sensor seja igual a 0,300 m, esse deslocamento mediu-se entre o pino central do cavaleiro e o centro do sensor. Após isso, ligou-se o cronômetro e verificou-se se ele identificava o sensor e testou-se seu funcionamento. Para o cavaleiro ficar na posição inicial, ligou-se o eletroímã a fim de ele percorresse o trajeto somente com a ativação do cronômetro. Com isso, mediu-se com uma balança a massa do cavaleiro (mc) e acessórios, (cavaleiro + pino de interrupção +fixador do fio + fixador do eletroímã). Colocou-se no suporte para massas aferidas (mediu-se a massa do suporte de massas), duas massas de 20,0 g. Logo após, determinou-se o módulo da força aceleradora (Fa) através do peso do suporte. Ou seja: Fa = P(ms) = ms x g g = 9,8 m\s² Diante disso, anotou-se a massa total m a ser acelerada (m = mc + carga + ms). Ligou- se o cronômetro e verificou-se o funcionamento do sensor. E, programou-se o cronômetro para registrar o tempo de deslocamento. Analisaram-se seis casos, no qual o primeiro mc = 240,51g e aumentou-se a massa 20 g a mais sucessivamente. 13 8. ANÁLISE DE RESULTADOS II Cada caso foi repetido cinco vezes para testar a precisão do cronômetro. Após a realização do experimento e coleta dos dados gerados, foi realizada a média de tempo gasto no deslocamento para a geração da tabela 2. Tabela 2: Tabela de dados da amostragem do experimento II. Fonte: Dados obtidos em laboratório. Ao analisar os dados obtidos, é possível notar que a tolerância de 5% foi ultrapassada somente no sexto caso, levando ao entendimento de que o sobrepeso no cavaleiro fez com que o atrito seja significativo no deslocamento. Além disso, outros fatores podem interferir na precisão de coletas de dados, tais como a resistência do ar e o nivelamento do trilho. Porém, considerando os casos anteriores, fica evidente que as informações coletadas respeitam a tolerância de erro. Visando analisar os efeitos da variação da aceleração em função da massa o gráfico 2 foi gerado utilizando os dados da tabela 2. Caso Força Aceleradora Fa (N) Deslocamento Δx (m) Tempo Δt(s) Aceleração (m/s²) Massa do sistema (kg) Produto m x a (N) Desvio (%) 1 4,91000E-01 0,300 0,6024352 1,653225 2,90570E- 01 4,80378E-01 2,16342% 2 0,622460 1,548566518 3,10700E- 01 4,81140E-01 2,00822% 3 0,6418372 1,456471 3,30830E- 01 4,81844E-01 1,86473% 4 0,6605416 1,375158 3,50930E- 01 4,82584E-01 1,71398% 5 0,6782264 1,304376 3,71090E- 01 4,84041E-01 1,41733% 6 0,7232026 1,147321 3,90870E- 01 4,48453E-01 8,66530% 14 Gráfico 2: Aceleração versus Massa. Fonte: Dados obtidos experimentalmente em laboratório. A análise do gráfico revela que o aspecto da curva obtida possui um comportamento linear, a partir do qual é possível concluir que a função polinomial do primeiro grau é a que mais representa a curva. Com isso, utilizando os recursos do Excel obtêm-se a equação linear: Y=-4,7857x+3,0355 Diante disso, com a intenção de facilitar o estudo do gráfico 1, foi elaborada uma tabela 3, no qual foi elevada a massa ao expoente -1 (m-1) na obtenção te possuir uma função crescente representada no gráfico 3. Tabela 3: Dados calculados após a amostragem. Massa do sistema (kg) M-¹ (kg-¹ ) a (m/s²) 0,29 3,45 1,65 0,31 3,23 1,54 0,33 3,03 1,45 0,35 2,86 1,37 0,37 2,70 1,30 0,39 2,56 1,14 Fonte: Dados obtidos em laboratório. 15 Gráfico 3:Aceleração versus Massa. Fonte: Dados obtidos experimentalmente em laboratório. Tratando-se de um gráfico que pode ser representado por uma função de primeiro grau, foi possível obter a equação que representa a linearização do gráfico 3. Assim, por se tratar de função que depende somente da massa (m-1) o coeficiente linear tende a ser zero. Além disso, o coeficiente angular do gráfico, ou seja, sua taxa de variação, caracteriza-se como a força aceleradora, a qual possui um valor de 0,4746 N. Esse entendimento foi obtido através da seguinte análise dimensional: Y=ax+b; a= Δ𝑦 Δ𝑥 ; a= 𝑚/𝑠² 1/𝑘𝑔 ; a= 𝑘𝑔.𝑚 𝑠² ; a=[N]. Com isso, percebe-se que a relação entre a aceleração e a massa sob a ação de uma força constante, é inversamente proporcional. 16 9. CONCLUSÃO A partir dos resultados obtidos pelos experimentos, foi possível caracterizar a Segunda Lei de Newton e a atuação das grandezas envolvidas no sistema. Desse modo, é possível obter uma conclusão para cada etapa do experimento desempenhada. Na primeira etapa, na qual foi realizada a variação da Força Aceleradora e da massa do corpo acelerado, é possível concluir que a Força Aceleradora possui uma relação de proporcionalidade direta com a aceleração. Na segunda etapa, na qual foi realizada a variação da massa do corpo acelerado, mantendo-se a Força Aceleradora do sistema constante, levando a conclusão de que a massa de um corpo é inversamente proporcional à aceleração que ele adquire para uma mesma força.
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