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Universidade de Brasília Instituto de Física Física 1 Experimental (118010) EXPERIMENTO 2 Movimento Retilíneo e Uniformemente Variado Grupo: 06 Turma: T70 Realização do Experimento: Dia 23 de Março de 2022 José Matheus Mendes Trindade Mat: 21/2006334 Estevão de Assis Pereira Mat: 21/1065036 Isadora Renata Borges De Oliveira Mat: 21/1034334 Guilherme Soares Rocha Mat: 21/1039789 Professora: Yessica A. Urian 1. Introdução Teórica Este relatório refere-se à descrição de um experimento realizado em laboratório, onde o principal objeto de estudo foi o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV), um dos conceitos que constituem um dos principais campos da Física, a Mecânica. O trilho de ar foi projetado para diminuir as forças de atrito, fazendo com que um corpo se desloque sobre uma camada de ar, o que elimina o contato direto entre a superfície do trilho e superfície do corpo Se o fio não esticar, o carrinho e o peso percorrem a mesma distância em intervalos de tempos iguais, ou seja, eles possuem a mesma velocidade escalar. Quando eles mudam de velocidade, elas variam em intervalos de tempos iguais, logo possuem acelerações de mesmo módulo [Urian 2022]. Usando a segunda lei de Newton, têm-se: T= m1a (1) e m2 g + (- T) = m2 a (2) Sendo m1 a massa suspensa, m2 a massa do carrinho e T a tração exercida pelo fio, sobre os corpos. Somando-se as equações 1 e 2, tem-se m2g = (m1 + m2)a (3) ou seja, P = (m_1 + m_2)a (4) Essa equação mostra que o peso do corpo suspenso é responsável pela aceleração do conjunto massa suspensa + carrinho. Portanto, é de se esperar que o trabalho realizado pelo peso do corpo suspenso seja igual a variação de energia cinética do conjunto. Por outro lado, a = (m_2g)/(m_1 + m_2) (5) Se as massas dos corpos permanecem constantes, então, espera-se que o carrinho se movimente em linha reta com aceleração constante. 2. Objetivo Analisar as medidas dos tempos de deslocamento assim como as velocidades instantâneas de um carrinho que desliza sobre um trilho de ar em gráficos e tabelas. 3. Materiais Utilizados Neste experimento foram utilizados os seguintes materiais e equipamentos: • Paquímetro Somet INOX • Cronômetro digital multifunções com fonte DC12V (menor medida 0,001s) • Balança digital Acculab V-1200; • Sensor fotoelétrico com suporte fixador; • Chave liga-desliga • Trilho de 120cm conectado a uma unidade turbina de fluxo de ar; • Y de final de curso com roldana raiada; • Fixador de eletroímã; • Carrinho para trilho de cor preta; • Pino para carrinho para interrupção do sensor • Pino para carrinho com fixador para eletroímã • Suporte para massas; • Massa de ~10g com furo central de diâmetro 2,5mm; • Cabos de ligação e cabos de força • Pino para carrinho com gancho Na figura 1 apresentamos o esquema do experimento. Figura 1. O esquema mostra como fica o experimento montado 4. Procedimentos e Registros de Dados Experimentais Em laboratório foi fornecido para o experimento os materiais necessários. Seguindo o guia de montagem fornecido no roteiro iniciamos as medições. Primeiramente determinamos os erros instrumentais da balança, cronômetro e o erro da posição inicial e final (S e S), que são: Erro da balança (m1 e m2) = 0,1g Erro do cronômetro(T) = 0,001s Erro da posição inicial e das posições finais (S e S) = 0,05cm Foi medido ,desse modo, a massa do carrinho e a massa do peso em uma balança digital, obtemos: Massa do carrinho com o erro instrumental de ± 0,1 e utilizando a fórmula de Erro aleatório obtém-se um Erro aleatório de ±0,63, logo: M1 = (218,0 ± 0,7) g. Massa do peso com o erro instrumental de ± 0,1 e utilizando a fórmula de Erro aleatório obtém-se um Erro aleatório de ±, logo: M2 = (10,2 + 0,7)g. Segundamente, iniciamos a medição de tempos com carrinho sob os trilhos de ar, carrinho fica posicionado a 18cm da origem e o sensor fotoelétrico vai é afastado em intervalos de 10 cm somados a posição inicial, assim ele foi de 28 a 98 centímetros (SFINAl): ∆S (cm) t1(s) t2(s) t3(s) t4(s) t5(s) t(s) - média Erro experimental (s) 10 0,546 0,544 0,545 0,541 0,535 0,542 0,003 20 0,757 0,616 0,756 0,753 0,755 0,727 0,002 30 0,923 0,919 0,919 0,918 0,923 0,920 0,002 40 1,055 1,060 1,059 1,059 1,053 1,057 0,002 50 1,189 1,188 1,189 1,189 1,186 1,188 0,002 60 1,301 1,301 1,299 1,302 1,302 1,301 0,002 70 1,407 1,393 1,407 1,318 1,403 1,386 0,001 80 1,515 1,133 1,257 1,510 1,151 1,313 0,010 Tabela 1. Medição do cronômetro na função “F2”, que mensura o tempo entre o eletroímã ser desativado e o sensor fotoelétrico ser alcançado Agora utilizando a Função “F3” do cronômetro iremos aferir o tempo em que o feixe do sensor fotoelétrico é suspendido. Observando-se que o diâmetro do pino com um paquímetro (de erro instrumental 0,025 mm). Os dados experimentais do tempo F3 estão apresentados na tabela 2: ∆S (cm) ∆t1(s) ∆t2(s) ∆t3(s) ∆t4(s) ∆t5(s) ∆t(s) - média Erro experimental (s) 10 0,016 0,016 0,016 0,022 0,016 0,017 0,001 20 0,012 0,011 0,011 0,011 0,012 0,011 0,001 30 0,010 0,010 0,009 0,009 0,009 0,009 0,001 40 0,009 0,008 0,008 0,008 0,009 0,008 0,001 50 0,008 0,008 0,008 0,007 0,008 0,008 0,001 60 0,006 0,007 0,007 0,007 0,007 0,007 0,001 70 0,006 0,007 0,007 0,006 0,006 0,007 0,001 80 0,006 0,006 0,006 0,006 0,006 0,006 0,001 Tabela 2. Usando a função “F3” aferimos o tempo em que o feixe do sensor fotoelétrico é suspendido. Para os cálculos de t e ∆t, foi utilizado a fórmula do tipo: N X = (1/N) Σ Xi i=1 Para os cálculos de erro experimentais, foi utilizado a fórmula do tipo: X = ∆xinst. + ∆xaleat. ∆xaleat. = σm 5. Análise de Dados A aceleração teórica utilizada na equação (M2/M1 + M2) x g revelou que visto que a massa do carrinho (M1) é 218g e o peso adicional (M2) é 10g, lembrando que a gravidade (g) é igual a 9,8 m/s², temos que a aceleração teórica será: a = 0,43 m/s² Para realizarmos o cálculo da estimativa e da incerteza na medição do tempo de deslocamento é preciso fazer a média das aferições do tempo em cada deslocamento e calcular os erros aleatórios, os resultados obtidos encontram-se na tabela 3: t±∆t (s) ∆S±∆(∆S) (m) 0,542±0,003 0,1±0,01 0,727±0,002 0,2±0,01 0,920±0,002 0,3±0,01 1,057±0,002 0,4±0,01 1,188±0,002 0,5±0,01 1,301±0,002 0,6±0,01 1,386±0,001 0,7±0,01 1,313±0,010 0,8±0,01 Tabela 3. Incerteza para a medição do tempo de deslocamento e das posições do sensor Ao analisar o gráfico percebemos que ele é uma curva, portanto não fizemos uma linha, como mostra no gráfico 1 Gráfico 1. Gráfico de distância percorrida em função do tempo F2 Velocidade instantânea = Dpino sobre F3, onde a distância do D pino (6,35±0,03)mm Dt = 0,012 Velocidade instantânea = 0,00635 m / 0,017 s = 0,37 m/s Erro da velocidade = equação da propagação dos erros Para calcular a velocidade instantânea, foi utilizado a seguinte fórmula. Vinst = ∆L/∆t Onde, ∆L é a espessura do pino. A tabela 4 apresenta os valores encontrados: Sm ± ∆S (m) ∆t ± ∆ (∆t) Vm ± ∆V (m/s) 0,1±0,01 0,017±0,001 37,588±2,388 0,2±0,01 0,011±0,001 58,091±5,5540,3±0,01 0,009±0,001 71,000±8,222 0,4±0,01 0,008±0,001 79,875±10,359 0,5±0,01 0,008±0,001 79,875±10,359 0,6±0,01 0,007±0,001 91,285±13,469 0,7±0,01 0,007±0,001 91,285±13,469 0,8±0,01 0,006±0,001 106,500±18,250 Tabela 4. Tabela de valores encontrados do cálculo para a velocidade instantânea nos intervalos pré apresentados O gráfico de Velocidade instantânea em função do tempo: Gráfico 2. RELAÇÃO ENTRE TRABALHO E ENERGIA CINÉTICA: 𝑃 = 𝑚2 * 𝑔 W = P * ∆S M2 = M𝑚 ± ∆M P = (10 ± 0,7) * 9,8 P = 98 ± 6,9 N ∆𝑆 = ∆𝑆𝑚 ± ∆(∆𝑆) ∆𝑆 = 0,8 ± 0,01m W = (98 * 0,8) ± (98 * 0,8) * (6,9/98 + 0,01/0,8) W = 78,4 ± 6,5 J 6. Conclusão Gráficos: o gráfico 1 (velocidade x tempo) apresentou uma curva, o que é esperado quando se trata de movimento retilíneo uniformemente variado, pois conforme o tempo passa, os saltos de velocidade são maiores. Portanto, houve um fenômeno que não era esperado na teoria. O carro percorreu o trilho mais rápido enquanto a distância era de 80 centímetros, do que quando a distância era menor, em 70 centímetros. Diversos fatores podem ter contribuído para este resultado, e a alta variabilidade de resultados encontrados durante os 5 testes em 80 centímetros contribuiu para um alto erro aleatório. Já no gráfico 2 (velocidade instantânea x tempo), os resultados foram mais condizentes com a teoria. O gráfico gerado pela regressão linear, de acordo com as medidas e erros da aceleração e do tempo, o que resultou em uma reta crescente, que intersecta o eixo y perto do ponto 0, significando que a velocidade inicial deveria estar bem próxima de 0. Portanto, ainda sim foram observados alguns pontos distantes da reta, o que pode ser causado por erros aleatórios e instrumentais. Portanto, considerando as margens de erro, os resultados são satisfatórios. Tabelas: Na tabela 1, quase todos os resultados saíram de acordo com o esperado, exceto nas medidas de t1, t2, t3, t4 e t5, quando ∆S = 80 cm, pois os valores variaram muito e a média do tempo (t) chegou a ser menor quando ∆S = 70 cm. Isso pode ter ocorrido por ter tido algum problema com o carrinho, fazendo com que a aceleração aumentasse ou diminuísse. Mas no geral, as tabelas 1, 2, 3 e 4 apresentaram valores muito próximos do esperado. Referências [Urian 2022] Urian, Y. A. (2022). Roteiros dos experimentos postados no Moodle da UnB. [Urian 2022] Urian, Y. A. (2022). Experimento 2 Gráficos - MOVIMENTO RETILINEO UNIFORMEMENTE VARIADO (MRUV) - postado no Moodle da UnB. Rousimar Gouveia. Movimento Retilíneo Uniformemente Variado. Disponível em: www.todamateria.com.br 1. Introdução Teórica Este relatório refere-se à descrição de um experimento realizado em laboratório, onde o principal objeto de estudo foi o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV), um dos conceitos que constituem um dos principais campos da Física, a Mecânica. O trilho de ar foi projetado para diminuir as forças de atrito, fazendo com que um corpo se desloque sobre uma camada de ar, o que elimina o contato direto entre a superfície do trilho e superfície do corpo Se o fio não esticar, o carrinho e o peso percorrem a mesma distância em intervalos de tempos iguais, ou seja, eles possuem a mesma velocidade escalar. Quando eles mudam de velocidade, elas variam em intervalos de tempos iguais, logo possuem ace... T= m1a (1) e m2 g + (- T) = m2 a (2) Sendo m1 a massa suspensa, m2 a massa do carrinho e T a tração exercida pelo fio, sobre os corpos. Somando-se as equações 1 e 2, tem-se m2g = (m1 + m2)a (3) ou seja, P = (m_1 + m_2)a (4) Essa equação mostra que o peso do corpo suspenso é responsável pela aceleração do conjunto massa suspensa + carrinho. Portanto, é de se esperar que o trabalho realizado pelo peso do corpo suspenso seja igual a variação de energia cinética do conjunto.... outro lado, a = (m_2g)/(m_1 + m_2) (5) Se as massas dos corpos permanecem constantes, então, espera-se que o carrinho se movimente em linha reta com aceleração constante. 2. Objetivo 3. Materiais Utilizados 4. Procedimentos e Registros de Dados Experimentais 5. Análise de Dados 6. Conclusão Gráficos: o gráfico 1 (velocidade x tempo) apresentou uma curva, o que é esperado quando se trata de movimento retilíneo uniformemente variado, pois conforme o tempo passa, os saltos de velocidade são maiores. Portanto, houve um fenômeno que não era e... Referências
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