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Reflexão Crítica ..................................................... 4 Prática da Língua A Redação.............................. 8 Narração e Narrativas .......................................... 15 Transformando Orações ...................................... 22 O Ato de Descrever ............................................. 25 Prática da Língua Descrição ............................. 26 Ordem Direta e Inversa das Palavras .................. 34 Dissertação e Textos Dissertativos ...................... 41 Prática da Língua Dissertação .......................... 42 Coordenação e Subordinação.............................. 48 Teoria da Língua Vícios de Linguagem .............. 60 Prática da Língua Relações .............................. 65 Acentuação .......................................................... 76 Crase ................................................................... 79 Ortografia ............................................................ 81 Pontuação............................................................ 84 ADILTON GANDARELLA Oficinas de Redação A r ep ro du çã o po r qu al qu er m ei o, in te ira o u em pa rt e, v en da , ex po si çã o à ve nd a, a lu gu el , aq ui si çã o, o cu lta m en to , em pr és tim o, t ro ca o u m an ut en çã o em d ep ós ito s em a ut or iz aç ão d o de te nt or d os d ire ito s au to ra is é c rim e pr ev is to no C ód ig o P en al , A rti go 1 84 , pa rá gr af o 1 e 2, co m m ul ta e p en a de re cl us ão d e 01 a 0 4 an os . 3 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 3 REDAÇÃO MENSAGEM Meu amigo, Sabemos que neste ano as suas expectativas estão voltadas para o vestibular.* Nada mais natural do que você desejar ansioso chegar à universidade. Mas, calma! Nós temos o ano inteiro de estudos e, neste Curso de Redação, vamos trabalhar juntos com a grande finalidade: a vitória final. Aqui vamos dar continuidade a tudo o que você aprendeu em anos anteriores. Você verá como é fácil redigir quando se quer aproveitar o potencial que se tem. Você o possui e vai colocálo em todos os nossos trabalhos. Boa sorte!! * Caso você faça outra opção que não seja o vestibular, através destas oficinas, você estará se preparando, também, para outros concursos. P e s q u i s e ! Bus que ! Reflita! Crie! “ PROFESSOR AJUDA. OS ALUNOS DECIDEM.” Avali e! REC RIE! Escolha! 4 Redação III 4 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS REFLEXÃO CRÍTICA A LÍNGUA “O caráter social de uma língua já parece ter sido fartamente demonstrado. Entendida como um sistema de signos convencionais que faculta aos membros de uma comunidade a possibilidade de comunicação, acreditase, hoje, que seu papel seja cada vez mais importante nas relações humanas, razão pela qual seu estudo já envolve modernos processos científicos de pesquisa, interligados às mais novas ciências e técnicas, como, por exemplo, a própria Cibernética. Entre sociedade e língua, de fato, não há uma relação de mera casualidade. Desde que nascemos, um mundo de signos lingüísticos nos cerca e suas inúmeras possibilidades comunicativas começam a tornarse reais a partir do momento em que, pela imitação e associação, começamos a formular nossas mensagens. E toda a nossa vida em sociedade supõe um problema de intercâmbio e comunicação que se realiza fundamentalmente pela língua, o meio mais comum de que dispomos para tal. Sons, gestos, imagens, diversos e imprevistos, cercam a vida do homem moderno, compondo mensagens de toda ordem (Henri Lefèbvre diria poeticamente que “niágaras de mensagens caem sobre pessoas mais ou menos interessadas e contagiadas”) , transmitidas pelos mais diferentes canais, como a televisão, o cinema, a imprensa, o rádio, o telefone, o telégrafo, os cartazes de propaganda, os desenhos, a música e tantos outros. Em todos, a língua desempenha um papel preponderante, seja em sua forma oral, seja através de seu código substitutivo escrito. E, através dela, o contato com o mundo que nos cerca é permanentemente atualizado. Nas grandes civilizações, a língua é o suporte de uma dinâmica social, que compreende não só as relações diárias entre os membros da comunidade, como também uma atividade intelectual, que vai desde o fluxo informativo dos meios de comunicação de massa até a vida cultural, científica ou literária.” (PRETI, DINO. SOCIOLINGÜÍSTICA: OS NÍVEIS DE FALA. SÃO PAULO, EDITORA NACIONAL, 1974. P. 7.) Em dupla, discuta com seu colega as seguintes questões e responda: 1. Em que parágrafo o autor apresenta uma definição de “língua”. Reproduzamno com suas palavras. 2. “Entre sociedade e língua, de fato, não há uma relação de mera casualidade”. Com base no texto, comentem a afirmação do autor. 3. “...niágaras de mensagens caem sobre pessoas mais ou menos interessadas e contagiadas”. Qual informação Henri Lefèbvre passa a seus leitores? 5 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 5 REDAÇÃO 4. “E, através dela (a língua), o contato com o mundo que nos cerca é permanentemente atualizado”. Como se explica a expressão em destaque? 5. Releiam o texto e retirem a idéia principal de cada parágrafo. Produza um pequeno texto sobre “a utilização da língua como recurso básico nas relações humanas”. Antes de produzir o texto, procure refletir sobre como você utiliza a língua portuguesa para melhorar sua comunicação com os amigos, seus pais, namorada, colegas, etc. Como você usa a língua para defender suas idéias, para reivindicar seus direitos? Como você usa a língua portuguesa para conquistar seus objetivos de vida? 1) O que está em destaque pode estar de acordo ou em desacordo com a norma culta. Altere, portanto, o que for necessário, deixando tudo conforme a norma culta: a) Não há Lucíferes nem Jupíteres, há somente um Lúcifer e apenas um Júpiter. b) Todos conhecem o problema causado pelo défice das empresas estatais. c) Seria muito bom se as empresas estatais apresentassem superávite. d) O técnico da seleção brasileira de futebol foi operado de hemorróide. 6 Redação III 6 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS e) Assisti na Europa a dois longametragem e a três curtametragem . f) Nesta rua existem muitas autosescolas que vendem autosrádios. g) Havia dois gizes junto ao quadronegro, mas nem um apagador! h) Comi, nas bodas de prata de meus pais, cinco arrozesdoces que me fizeram mal. i) Os projetis atingiram a cabeça dos réptis. j) Eis aqui dois méis: um nacional, outro importado. 2) Mude apenas as frases que apresentarem colocação pronominal absolutamente inaceitável, tanto no português falado no Brasil quanto no português falado em Portugal: a) Me diga uma coisa, garota: você realmente me ama? b) Veja se o Sr. Manuel, que tem nos ajudado tanto, quer nos alugar a casa que brevemente vai se vagar e a cujo aluguel me referi ontem, dizendolhe que está perfeitamente dentro do nosso orçamento. c) Por que dissesteme que não estarias à hora marcada? d) Vamos nos informar disso direitinho, depois avisáloemos. e) Nós não podíamos nos humilhar perante aquela figura tão abjeta. f) A criança estava se contorcendo em dores, mas ninguém socorreua . g) Nos conte o que viu, rapaz, nos conte! h) O rapaz não se queria casar com a moça que por ele se apaixonara. i) Eu teria me arrependido profundamente, se fizesse isso com ela. j) Você perdeu muito em não ter ido à festa. Foi uma farra, que te vou contar! 3) Use o acento grave no a, sempre que for necessário: a) As alunas não responderam a chamada, as quais se vai impor castigo. b) O carro partiu as sacudidelas, aos solavancos, mas foi o primeiro a chegar a cidade. c) A título de experiência, vou colocálo na turma a que você não pertence. d) O pobre homem nãotinha direito a aposentadoria. e) A certa altura apareceram várias pessoas autoritárias a cujas ordens ninguém queria obedecer. f) Já formulamos o pedido a Sua Excelência, a cuja boavontade todos se referem. g) Compete a Vossa Excelência e a mais ninguém tomar a decisão final. h) O deputado usou desculpa idêntica a que o senador usara. i) Essas revistas são iguais as que compramos ontem. j) O barco regressou a terra sem um peixe sequer. 4) No lugar do ponto de interrogação, use há ou a, conforme convier: a) Estamos ? poucos anos do século XXI e ? muitos anos do século XV. b) Não chegaremos ? tempo, porque daqui ? dez minutos começará o espetáculo. c) Saímos ? cerca de três minutos; daqui ? pouco eles chegarão. d) Não vejo Lurdes ? mais ou menos cinqüenta dias. e) Rute e Judite estão ? dois minutos daqui. f) As Olimpíadas terão início ? 18 de setembro. 7 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 7 REDAÇÃO g) A descoberta da cerveja remonta ? séculos. h) ? séculos ele bebe cerveja e nunca fica embriagado. i) Falei ainda ? pouco a todos os presentes. j) ? dois dias o marido morreu; ? dois dias da morte do marido, ela morreu. 5) Só modifique as frases que não estiverem de acordo com a norma culta. a) Tudo no firmamento são ilusões; aquilo, por exemplo, parecem estrelas, mas são planetas. b) Isso não são atitudes que se tomem. c) O problema aqui são os papagaios, que falam o dia inteiro. d) As pessoas parecia que estavam com muito medo. e) As crianças parece gostarem daqui, parecem estar felizes. f) É proibido entrada a menores , mas não é proibida a entrada a mulheres . g) Não é permitido permanência de veículos aqui e nem é permitido a permanência ali. h) Deram doze horas há pouco; daqui a pouco dará uma hora. i) O pessoal do escritório entraram em greve e foram despedidos j) Ouça: está batendo agora três horas. Pensei que ainda fosse duas horas. 6) Use a pontuação adequada: a) Exigiam de mim o que eu não tinha dinheiro b) Passam por aqui todos os dias homens mulheres e crianças c) Passaram por aqui homens e mulheres e crianças e velhos e pobres e ricos d) O assunto desta reunião voltou a alertar o presidente é sigiloso e) A sua fisionomia estava serena o seu aspecto tranqüilo f) Pus veneno no formigueiro mas formiga nenhuma morreu g) Brincalhão ele sempre diz alguma frase engraçada h) O céu a Terra as estrelas cantam a glória do Criador i ) Era uma jovem bonita meiga simpática inteligente j ) A cada passo uma poça de sangue a cada gesto uma lágrima caída 7) No lugar do ponto de interrogação, use a forma conveniente do verbo haver: a) Não trabalhávamos ? muitos meses. b) ? deixado o rapaz sozinho, por isso é que os condeno. c) Eles não? dado três passos, quando se sentiram mal. d) Quantos alunos? na escola o ano passado? e) ? dois mil alunos nesta escola o ano passado. f ) ? dois anos que Elisabete saíra da escola, por isso não sabia como escrever chuchu. g) Tínhamos feito um lanche ? poucos minutos. h) Aos sábados não ? aulas de Português. Tempos bons aqueles! i ) Aos sábados não ? aulas de Português. Tempos bons estes! 8 Redação III 8 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS j ) Não? nem mesmo sete meses que deixáramos Salvador e já estávamos com saudade. 8) Só mude as frases que não estiverem de acordo com a norma culta: b) Seria bom que houvesse menos impostos a pagar. c) Quantos anos vão fazer amanhã que casamos, Cláudia? d) Vão para dez anos que tudo isso aconteceu. e) Fazia séculos que não nos víamos, que não nos encontrávamos. f) Há séculos que não nos beijávamos, não nos acariciávamos. g) Naquela época não costumava haver eleições presidenciais diretas. h) Depois de haverem as crianças chorado bastante é que foram socorrêlas. i) Depois de haverem ali várias reuniões é que foram fazer a limpeza do local. j) Fazem muitos anos que estão havendo fugas na penitenciária. PRÁTICA DA LÍNGUA Todos nós sabemos que as provas de Português e de Redação têm por objetivo avaliar a capacidade de expressão escrita, de compreensão de texto e conhecimentos de literatura brasileira. 1. A REDAÇÃO A redação é condição básica para o sucesso nas atividades de qualquer curso universitário. Esse domínio não se mede pelo conhecimento de normas gramaticais isoladas, mas pela elaboração de textos que cumpram uma função comunicativa. Um texto não é simplesmente um ajuntamento de frases ou parágrafos avulsos, mas, sim, um objeto verbal dotado de unidade significativa e formal, e destinado a um interlocutor real ou virtual. Sendo assim, a redação do candidato será avaliada observandose os seguintes aspectos: a) Coerência: o texto deve tratar de um mesmo assunto. O estudante deve cuidar para que as idéias e argumentos selecionados sejam relevantes para o eixo temático do seu texto. b) Coesão: o texto deve apresentar boa seqüência de idéias introdução, desenvolvimento e conclusão uma distribuição adequada dos conteúdos pelos parágrafos e uma clara articulação entre as partes por meio do uso apropriado de recursos coesivos como a pronominalização, a elipse, a sinonímia, as conjunções, a repetição. 2. O FATOR ADEQUAÇÃO NA REDAÇÃO a) Adequação discursiva: o texto deve primar pela originalidade de idéias e expressões. O estudante deve evitar o emprego de chavões e frasesfeitas que revelem simplesmente repetição de fórmulas prontas e não um ponto de vista pessoal sobre o assunto da redação. b) Adequação de linguagem: o aluno deve revelar bom domínio da variedade lingüística, em especial das normas de concordância e regência, além do uso de vocabulário compatível com a variedade da língua. c) Adequação sintática: o texto deve revelar bom domínio das estruturas sintáticas por meio do emprego adequado de coordenação e subordinação, bem como dos sinais de pontuação, tendo em vista um máximo de clareza e precisão expressiva. d) Adequação gráfica: o texto deve ser, pelo menos, legível e estar de acordo com as normas ortográficas em vigor. 9 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 9 REDAÇÃO TREINANDO PARA O VESTIBULAR As questões de 01 a 05 baseiamse no texto abaixo. Leia atentamente todo o texto antes de resolvêlas. O CÉU DA BOCA I / A mesa “ Uma das sedes da nostalgia da infância, e das mais profundas, é o céu da boca. A memória do paladar recompõe com precisão instantânea, através daquilo que comemos quando meninos, o menino que fomos. O cronista, se fosse escrever um livro de memórias, daria nele a maior importância à mesa de família, na cidade de interior onde nasceu e passou a meninice. A mesa funcionaria como personagem ativa, pessoa da casa, dotada do poder de reunir todas as outras, e também de separá las, pelo jogo de preferências e idiossincrasias do paladar que digo? da alma, pois é no fundo da alma que devemos pesquisar o mistério de nossas inclinações culinárias. A mesa mineira era grande, inteiriça e de madeira clara, só mais tarde, no “tempo do Venceslau”, substituída pela novidade da mesa elástica, que divertia a gente, mas era uma ruptura com o quadro estático da casa imperial. À esquerda e à direita, estiravamse dois bancos compridos, sem espaldar, em que irmãos e parentes em v isita se sentavam por critério hierárquico. À cabeceira, na cadeira de jacarandá e palhinha, o pai presidia. Não era hábito convidar ninguém para almoçar ou jantar; quem chegasse à hora da refeição, abancavase e enrolava o guardanapo no pescoço. A ausência de etiqueta permitia visitas a qualquer hora; e essa era mesmo preferida por alguns, desejosos de variar de tempero. Comida havia para todos, e sobrava sempre, não por ser má, senão porque a fartura era condição da família burguesa, fazia parte do status, e os donos da casa se envergonhariam com a insuficiência de um prato. A mãe praticamente não se sentava, ocupadaem servir a todos, de sorte que ia comer no f im, ou “lambiscar”, como fazia de preferência. Contudo, essa comida era sóbria na variedade, para não dizer rude. Muitos pratos na mesa sempre de seis a oito. Todos de composição singela, alguns seriam antes elementos de prato, que combinavam ao capricho do comensal. Olhando para trás no tempo, o suposto memorialista encontra a larga travessa da carne assada, a galinha completa, o angu (que merece notícia mais desenvolvida). O feijão se convertia em tutu para acompanhar a carne de porco dos domingos e dias de festa. Domingos em que se oferecia aos garfos a alta empada com recheio de galinha e azeitonas pretas o recheio, aqui, figura na absoluta precisão de termo, pois se estufava de tão denso amálgama, ao contrário dessas empadinhas modernas, que estalam e furam a um leve toque, encerrando mais vento que substância. Nobres empadões da Rua Municipal! Mesmo os “enjoados”, que não vos distinguiam com a sua predileção, porque apenas “bicavam” os pratos entupitivos, não se eximiam a admirar a majestade arquitetônica de vosso porte, no centro da mesa repleta. A comida, imune a influências no meio ilhado entre montanhas, era simples, simples a lembrança que deixou; e quem dela se nutriu quase sempre torce o nariz aos requintes, excentricidades ou meras variedades culinárias de outras terras.” ANDRADE, CARLOS DRUMMOND DE. A BOLSA & A VIDA. IN: . OBRA COMPLETA. RIO DE JANEIRO; AGUILAR, 1984. P.8789 Questão 01 Fartura e hospitalidade são as características da mesa da família a que o cronista se refere. TRANSCREVA uma passagem do texto que confirme as idéias de: A) fartura 1 0 Redação III 10 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS B) hospitalidade Questão 02 REDIJA um pequeno texto descrevendo como a estrutura familiar é caracterizada nas lembranças do cronista. Questão 03 REDIJA um pequeno texto, interpretando cada uma das passagens: A) “Uma das sedes da nostalgia da infância, e das mais profundas, é o céu da boca.” B) “A mesa funcionaria como personagem ativa, pessoa da casa, dotada do poder de reunir todas as outras, e também de separálas...” C) “(...) é no fundo da alma que devemos pesquisar o mistério de nossas inclinações culinárias.” Questão 04 REDIJA um pequeno texto demonstrando como Minas e os mineiros estão presentes nessa crônica. 1 1 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 11 REDAÇÃO Questão 05 Ao consultar a memória do paladar, que encontros e desencontros você recupera? REDIJA um pequeno texto sobre a sua experiência de infância, levando em conta a associação entre comida e relações afetivas. (EXTRAÍDO DO VESTIBULAR DA UFMG) 1 2 Redação III 12 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS ATIVIDADE COMPLEMENTAR Em grupo BRASIL A) Cada grupo escolhe um aspecto que caracterize, claramente, a cidade ou estado onde atualmente vocês vivem. B) Escolhido e pesquisado o aspecto, leiam livros, revistas, jornais, etc., que tratem do assunto. C) Averiguado como é atualmente, exponham para pessoas acima de 50 anos e comparem as semelhanças, diferenças e mudanças profundas. D) Cada grupo deverá produzir um texto que traduza: O tema tratado. Como é hoje o aspecto escolhido e como era antes. Concluir, optando por algumas das possibilidades ou sugerir mudanças no comportamento da sociedade, do estado ou cidade onde vocês vivem. E) Digitem e xerografem o texto e distribuam para toda a escola. (Se não for possível para toda a escola, distribuam para a turma de vocês e todos os professores.) F) Se a escola tiver um auditório, promovam uma “mesa redonda” em que alguns convidados possam falar sobre a cultura do seu estado ou cidade onde vocês vivem. TEXTO As semrazões do amor Eu te amo porque te amo não precisas ser amante, e nem sempre sabes sêlo. Eu te amo porque te amo. Amor é estado de graça e com amor não se paga. Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários. Eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim. Porque o amor não se troca, não se conjuga nem se ama. Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo. Amor é primo da morte, e da morte vencedor, por mais que matem (e matam) a cada instante de amor. (ANDRADE, CARLOS DRUMOND DE. AS SEM RAZÕES DO AMOR. IN: CORPO. RIO DE JANEIRO, RECORD, 1984, P. 356). 1 3 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 13 REDAÇÃO I. Dê vários sentidos, também em versos, para as emoções do autor: 1. “Amor é estado de graça.” 2. “ Amor é dado de graça.” 3. “é semeado no vento.” na cachoeira, no eclipse.” 4. “Porque o amor não se troca não se conjuga nem se ama.” 5. “Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo.” 1 4 Redação III 14 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS II. Responda as questões a seguir. 1. Através de uma frase, EXPLIQUE a idéia central do poema. 2. O autor encontra uma explicação possível para o amor? Justifique sua resposta. 3. “Eu te amo porque te amo.” Que outro verso do poema mantém equivalência de sentido? 4. Em que verso se detecta a essência do sentido amoroso? 5. Tomando como base o poema lido, marque o que for, possivelmente, verdadeiro: ( ) O título do poema lido evidencia um trocadilho entre “Semrazões” e cem razões de amor. ( ) O autor, apesar de tentar provar a inexistência de explicação lógica para o amor, deixase levar pela eternidade do sentimento. ( ) “Amor é primo da morte e da morte vencedor.” Estes versos constituem uma antítese. ( ) “e com amor não se paga.” Este verso constituise como a negação do provérbio “amor com amor se paga”. ( ) A segunda estrofe nos revela que o amor apresenta pelo menos uma norma: ser “dado de graça”. ( ) “Eu te amo porque te amo.” Este verso revela a incredulidade do autor no sentimento amoroso. 6. Produza um pequeno texto a partir da idéia abaixo: “Amor foge a dicionários e a regulamentos vários.” Obs.: Antes de escrever o texto, reflita sobre os vários sentidos do amor. 1 5 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 15 REDAÇÃO “ Contar e ouvir histórias são atividades das mais antigas do homem. Pessoas de todas as condições socioculturais têm prazer de ouvir e de contar histórias. Um romancista e ensaísta inglês, E.M. Foster, chama essa atividade de atávica, isto é, transmitida desde a idade mais remota da humanidade, ligada aos rituais préhistóricos do homem de Neanderthal, força de vida e de morte, conforme sua capacidade de manter acordados ou de adormecer os membros de um grupo, nas noites dos primeiros dias... O mesmo autor cita ainda a protagonista de As mil e uma noites, Xerazade, que se salvou da morte contando histórias, que eram interrompidas em momentos de calculado suspense, a fim de motivar a curiosidade do sultão. A tal ponto chegou a habilidade da narradora, que, depois de mil e uma noites, o poderoso rei não só não a mandou matar, como também apaixonouse e com ela se casou. Lembra o autor que todos nós somos como o sultão. Interessamonos intensamente pelo desenrolar de uma história bem contada. (Estão aí as novelas de TV, impondo a milhares de pessoas em todo o País, e até no Exterior, um tipo massificante de lazer, num horário igualmente imposto.) Todas as atividades que o inventar/narrar, ouvir/ ler histórias envolvem podem ser associadas também à natureza lúdica do homem. O jogo é uma atividade muito presente em todas as situações do homem em sociedade. Sob as mais diversas formas, o fenômeno lúdico mantém um significado essencial. É um recorte da vida cotidiana, tem função compensatória, substitui os objetos de conflito por objetos de prazer, obedece a regras, tem sentido simbólico, de representação. Como realização, supõe agenciamentos, manipulações, mecanismos, movimentos,estratégias. Constituir um enredo é começar um jogo. O narrador é um jogador, e forma, com o leitor e o próprio texto, o que se pode chamar uma comunidade lúdica. No ritual de se pegar um l ivro para ler ou de se sentar à volta ou diante de um narrador, uma tela de cinema ou de TV, para ler/ver/ouvir contarse uma história, desenrolarse um enredo, tal como no exercício do jogo, há a busca do prazer, há tensão, competição, há a máscara, a simulação, pode haver até a vertigem.” (MESQUITA, SAMIRA NAHID. O ENREDO. SÃO PAULO, ÁTICA ,1986, P.78.) ATIVIDADE SURPRESA Toda a turma O coração é um “símbolo universal do AMOR.” Observando a evolução cultural do homem com relação ao AMOR, montem de diversas formas (cartazes, objetos em massa, gesso, jornal, etc.) uma outra parte do corpo e/ou qualquer outro elemento que, atualmente, simbolize uma idéia de amor, possivelmente, semelhante à representatividade do coração. Distribuam esses “símbolos” na sala de aula e promovam uma discussão sobre os variados sentidos, símbolos e situações que representam o amor em seus diversos níveis. Elejam um relator que, após a discussão, redija um texto. Digitem e distribuam na escola. NARRAÇÃO E NARRATIVAS 1 6 Redação III 16 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS O texto narrativo nos traz uma cadeia de acontecimentos e, por isso, responde às circunstâncias comuns a todo fato: Nada impede que o texto narrativo contenha uma parcela dissertativa: Agora, procure identificar os elementos da narrativa no texto “O Incêndio”. O incêndio “Ocorreu um pequeno incêndio na noite de ontem, em um apartamento do Sr. Marcos da Fonseca. No local habitavam o proprietário, sua esposa e seus dois filhos. Todos eles, na hora em que o fogo começou, tinham saído de casa e estavam jantando em um restaurante situado em frente ao edifício. A causa do incêndio foi um curtocircuito ocorrido no precário sistema elétrico do velho apartamento. O fogo despontou em um dos quartos que, por sorte, f icava na frente do prédio. O porteiro do restaurante, conhecido da famíl ia, avistouo e imediatamente foi chamar o Sr. Marcos. Ele mais que depressa chamou o Corpo de Bombeiros. Embora não tivessem demorado a chegar, os bombeiros não conseguiram impedir que o quarto e a sala ao lado fossem inteiramente destruídos pelas chamas. Não obstante o prejuízo, a família consolou se com o fato de aquele incidente não ter tomado maiores proporções, atingindo os apartamentos vizinhos”. PRÁTICA DA LÍNGUA A NARRAÇÃO 1. O que foi? o fato 3. Onde foi? o lugar 4. Quando foi? o tempo 5. Como se conta? Eu... o ponto de vista de 1ª pessoa Ele... o ponto de vista de 3ª pessoa 2. Com quem foi? a personagem 2. Em que resultou? a conseqüência 1. Por que foi? a causa 1 7 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 17 REDAÇÃO TREINANDO PARA O VESTIBULAR As questões de 01 a 05 baseiamse no texto abaixo. Leia atentamente todo o texto antes de resolvêlas. LIBERDADE “Deve existir nos homens um sentimento profundo que corresponda a essa palavra liberdade, pois sobre ela se têm levantado estátuas e monumentos, por ela se tem até morrido com alegria e felicidade. Dizse que o homem nasceu livre, que a liberdade de cada um acaba onde começa a liberdade de outrem; que onde não há liberdade não há pátria; que a morte é preferível à falta de liberdade; que renunciar à liberdade é renunciar à própria condição humana; que a liberdade é o maior bem do mundo; que a liberdade é o oposto à fatalidade e à escravidão. Nossos bisavós gritavam: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade!”; nossos avós cantaram “Ou ficar a pátria livre/ ou morrer pelo Brasil”; nossos pais pediam: “Liberdade! Liberdade / abre as asas sobre nós!”, e nós recordamos todos os dias que “o sol da liberdade em raios fúlgidos / brilhou no céu da Pátria...” em certo instante. Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade há muito tempo, com disposições de cantála, amála, combater e certamente morrer por ela. Ser livre como diria o famoso conselheiro... é agir segundo a nossa cabeça e o nosso coração, mesmo tendo de partir esse coração e essa cabeça para encontrar um caminho... Enfim, ser livre é ser responsável, é repudiar a condição de autômato e de teleguiado é proclamar o triunfo luminoso do espírito. (Suponho que seja isso.) Ser l iv re é mais além: é buscar outro espaço outras dimensões, é ampliar a órbita da v ida. É não estar acorrentado. É não v iver obrigatoriamente entre quatro paredes. Por isso, os meninos atiram pedras e soltam papagaios. A pedra inocentemente vai até onde o sonho das crianças deseja ir. (Às vezes, é certo, quebra alguma coisa, no seu percurso...) Os papagaios vão pelos ares até onde os meninos de outrora (muito de outrora! ...) não acreditavam que se pudesse chegar tão simplesmente, com fio de linha e um pouco de vento!.. Acontece, porém, que um menino, para empinar um papagaio, esqueceuse da fatalidade dos fios elétricos, e perdeu a vida. E os loucos que sonharam sair de seus pavilhões, usando a fórmula do incêndio para chegarem à liberdade, morreram queimados, com o mapa da liberdade nas mãos!... São essas coisas tristes que contornam sombriamente aquele sentimento luminoso da liberdade. Para alcançála estamos todos os dias expostos à morte. E os tímidos preferem ficar onde estão, preferem mesmo prender melhor suas correntes e não pensar em assunto tão ingrato. Mas os sonhadores vão para a frente, soltando seus papagaios, morrendo nos seus incêndios, como as crianças e os loucos. E cantando aqueles hinos que falam de asas, de raios fúlgidos linguagem de seus antepassados, estranha linguagem humana, nestes andaimes dos construtores de Babel...” MEIRELES, CECÍLIA. ESCOLHA O SEU SONHO (CRÔNICAS). RIO DE JANEIRO: DISTRIBUIDORA RECORD, 1964. P.910 Questão 01 REDIJA um pequeno texto, EXPLICANDO a função dos parênteses usados no texto. Obs.: Não consulte nenhuma gramática. Basta observar o texto. 1 8 Redação III 18 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS Questão 02 Leia a passagem: A pedra inocentemente vai até onde o sonho das crianças deseja ir. (Às vezes, é certo, quebra alguma coisa, no seu percurso...) A) RETIRE do texto outros dois exemplos de ações humanas paralelas às que aparecem nessa passagem. B) EXPLIQUE a função desses exemplos no texto. Questão 03 Leia as passagens: ...o sol da liberdade, em raios fúlgidos, brilhou no céu da Pátria NESSE INSTANTE... (HINO NACIONAL BRASILEIRO) ... ‘sol da liberdade em raios fúlgidos/brilhou no céu da Pátria...’ EM CERTO INSTANTE. (CECÍLIA MEIRELES) REDIJA um pequeno texto, JUSTIFICANDO a substituição do final do Hino Nacional Brasileiro, feita por Cecília Meireles: NESSE INSTANTE por EM CERTO INSTANTE Questão 04 Leia a passagem: ...a liberdade de cada uma acaba onde começa a liberdade de outrem... REDIJA e um pequeno texto, COMENTANDO essa passagem. 1 9 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 19 REDAÇÃO Questão 05 Bisavós, avós e pais têm seus discursos sobre liberdade reproduzidos no texto como discursos do passado. REDIJA um pequeno texto, apresentando as idéias que você tem, hoje, sobre liberdade. 1) Substitua, em todas as frases, o verbo haver por existir, conforme convier: a) No Brasil não há desertos, não há terremotos, não há políticos competentes nem honestos. b) Caso haja descontentes, notifiquenos! c) Há muitos desempregados no Brasil. d) Já houve na América muitos desses animais. e) Todos sabem por que há tantos analfabetos no Brasil. 2 0 Redação III 20 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS f) Havia muitas crianças no avião acidentado. g) Espero quehaja muitos sobreviventes a bordo. h) Mesmo que houvesse chances de recuperação, ele ficaria paralítico. i) Quando houver políticos decentes neste país, progrediremos. j) Enquanto não houver políticos honestos, capazes, não sairemos do atoleiro em que nos metemos. 2) Deixe todas as frases de acordo com a norma culta: a) Quantos dias de trabalho você já faltou este mês, Cassilda? b) Faltei apenas dois dias de trabalho, posto que estava doente. c) Os jogadores paulistas se houverem muito bem frente aos gaúchos. d) Rosa não queria vim na festa; então, dei um pulo na casa dela e a trouxe, mau grado a sua má vontade. e) Sob meu ponto de vista, são boas atualmente as relações brasileirocanadenses. f) Você não sabe o quão importante será para nós, brasileiros, a hidrelétrica que ora se constrói. g) Já foram assinados os tratados dinamarcoespanhóis, mas não os pactos alemãobrasileiros. h) Não deve ser condenado aquele que legifera e labora em erro; afinal, todos somos humanos, portanto sujeitos a equívocos. i) As garotas estavam meias zangadas; a mulher meia aborrecida; os rapazes meios amuados. Pudera, aonde já se viu visita ficar três horas no telefone, falando com namorado? j) A peãozada estava toda reunida: tomaram dois garrafão de pinga em uma hora! 3) Complete as frases com o plural do que está em destaque: a) Não ganhei apenas um guardachuva; ganhei dois? b) Você contratou um guardanoturno ou dois? c) Foi instalado no palanque um altofalante ou dois? d) Fiz não só um abaixoassinado, fiz vários? e) Uma frutadoconde custa caro; imagine, então, dez? f) Se não existem? , como se explica a aparição de umamulasemcabeça ontem à noite? g) Na escola não havia apenas um mapamúndi; havia dez? h) Os caçadores trouxeram um joãodebarro ou dois? i) Se um painosso não bastar, reze vinte? j) A um surdomudo ninguém engana, muitos menos a dois? 4) Deixe todas as frases de acordo com a norma culta: a) Comprei um pacote de castanha e um molho de cenoura. b) No meu prédio não havia páraraio, nem no meu automóvel há contagiro. c) Não sinto nenhuma cócega na planta do pé, mas na costa sinto uma cócega incrível! d) Esqueci meu óculos em casa. Você não emprestaria o seu? e) Essa menina sente um ciúmes do pai! Nunca vi tanto ciúmes numa pessoa só! f) Sua namorada está com uma olheira profunda hoje! g) Teresa me convidou para tomar um chopes e comer um pastéis lá no bastidor do teatro. Em troca, eu lhe dei um clipes, um chicletes e um dropes de hortelã. h) Não beije na boca de crianças, que ela fica com sapinho. i) Só come cachorroquente e dá ar de rico! j) Durante a viagem, todos sentiram náusea, mas as crianças continuáram fazendo arte. 2 1 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 21 REDAÇÃO 5) Ao encontrar concordância em desacordo com a norma culta, proceda às alterações necessárias: a) Saíram duas edições extra do jornal naquele dia. b) Estou completamente quites com o serviço militar. Você está quites? c) Aquela revista foi considerada uma publicação de lesalíngua, de lesoidioma. d) Remeti anexo a nota fiscal; em anexo remeti ainda as xérox. e) Já está incluso na despesa a comissão do garçom. f) As crianças chegaram junto, mas os adultos chegaram junto com o major. g) A mãe e o pai chegaram de viagem junto; junto chegaram os filhos. h) Elas chegaram só, ficaram só o tempo todo. Deixeas só. Só elas apreciam ficar assim tão só. i) As folhas caem por si só. Mas só as folhas caem; os galhos não. j) Não há nenhumas condições de viajar com essa cerração. 6) Use o sinal grave no a, quando necessário: a) Tão logo desceram a terra, os aviadores foram calmamente assistir a sessão; logo após voltaram as pressas; deixando os repórteres a meio quarteirão de distância. b) A certa altura do debate, comentouse a decisão presidencial, que a tantos prejudicou. c) Não pagues aqueles que a ninguém pagam. d) Os preços dos automóveis continuam a subir. e) A cena a que assistimos ontem a tarde, a saída da escola, deixounos muito tristes. f) Isto está cheirando a águadecolônia. g) Essa lavadeira só lava a mão, nunca usou máquina de lavar. h) Esses atos do governo estão cheirando a falcatrua. i) Foi a casa a cem por hora quando soube que o pai estava a Momo para sair num dos blocos de carnaval. j) Quanto a minisaia, que um dicionário registra minissaia, a que você faz referência a toda a hora, tenho a dizerlhe que é uma roupa específica a jovens altas, levemente magras, e de muito charme no andar. 7) No lugar do ponto de interrogação em destaque, use os elementos necessários à integridade frasal, tendo em vista a norma culta a) Nenhuma festa ? fui convidado esteve tão animada quanto esta. b) O jogo ? presenciamos , foi muito bom. c) O jogo ? assistimos, foi muito bom. d) Então, esse é o cargo ? você sempre aspirou? e)Essa é a imagem ? me ajoelhei e fiz minhas preces. f) São conhecidos os motivos ? Hersílio se demitiu. g) Aquele é o deputado ? casa estivemos ontem à noite. h) Já recebi todo o dinheiro ? eu tinha direito. i) As pessoas ? causa me interessei, venceram a questão judicial. j) Esta é a lagoa ? águas nadamos quando éramos crianças. 2 2 Redação III 22 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS TRANSFORMANDO ORAÇÕES Em geral, é possível desenvolver orações reduzidas : para isso, substituise a forma nominal do verbo por tempo do indicativo ou do subjuntivo e iniciase a oração com um conectivo adequado, de tal modo que se mude a forma da frase sem lhe alterar o sentido. Observe: Penso estar bem = Penso que estou bem. Dizem ter estado lá = Dizem que estiveram lá. Fazendo assim, conseguirás = Se fizeres assim, conseguirás. É bom ficarmos atentos = É bom que fiquemos atentos. Continue você, agora, as transformações: 1. Ao saber isso, entristeceuse. 2. Foi à festa sem ser convidado. 3.Não falei por não ter certeza. 4.Viamse folhas girando no ar. 5.Terminada a prova, fui para casa. 6. Espero poder chegar lá hoje. 7. Tenho a impressão de estar vendo. 8. Não convém procederes assim. 9. É possível terem tão pouco interesse? 10. Vale a pena estudar tantas matérias? 11. O essencial é salvarmos a nossa alma? 2 3 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 23 REDAÇÃO 12. Tinha ânsia de chegar lá. 13. Nada me impede de ir agora. 14. O índio não aceita viver sem liberdade. 15. Ao despediremse, choravam. OBS.: Antes de o professor corrigir este exercício, confira suas respostas com um colega. TEXTO A Fábula do Lobo Traficante “A sociedade dos cordeiros condenou aquele lobo a 20 anos de prisão. Era terrível o seu crime: tráfico de entorpecentes. Por causa disso, milhares de cordeirinhos destruíram suas vidas. O lobo era o inimigo público nº 1. Vinte anos depois, apesar desse e de outros lobostraficantes terem sido presos, a sociedade dos cordeiros estava mergulhada no vício. Era um problema de segurança nacional. Talvez por isso, um repórter resolveu entrev istar aquele lobo, à saída da penitenciária. Estaria ele arrependido? Teria consciência do que provocara? Sentiase injustiçado? Afinal, a sociedade dos cordeiros cumpria, rigorosamente, a Lei. Só que alguma coisa estava errada. Lobostraficantes eram presos todos os dias, enquanto aumentava o consumo de tóxico. Qual a opinião de um lobo que pagou 20 anos por um dos piores crimes contra a humanidade? Você quer mesmo saber? foi logo falando o lobo. O problema não se restringe a mim, nem aos que me seguiram nessa profissão. Eu cometi parte do crime, reconheço, comercializando um produto proibido... E quem cometeu a outra parte? indagou o repórter, ele próprio irritado com a desfaçatez do lobo. Ora, a sociedade dos cordeiros! afirmou o lobo. Acaso fui eu que provoquei a corrida ao tóxico? Como seria possível eu me tornar um traficante, se não houvesse procura domeu produto? “Isso faz sentido”, pensou o repórter. E arriscou uma outra pergunta: Como a sociedade dos cordeiros poderia ter evitado tudo isso? Ora, pergunte a ela, respondeu o lobo. Mas dificilmente a sociedade dos cordeiros concordará que tem parte dessa culpa. Para isso, seria necessário que cada cordeiro, em particular, meditasse sobre sua própria vida e o que considera melhor para o seu rebanho. Mas você sabe que meditar, refletir, ponderar e se autoanalisar é muito difícil, quando há tantos lo bos à disposição pra assumir todas as culpas. Quando a entrevista com o lobotraficante foi publicada, a sociedade dos cordeiros reagiu: os lobos são criminosos irrecuperáveis, cínicos, arrogantes e diversionistas. Para eles, só mesmo a Pena de Morte.” (PORTELA, Fernando. Gazeta do Povo. Curitiba). 2 4 Redação III 24 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS I. Reescreva as frases, substituindo as palavras ou expressões grifadas por equivalentes: 1. “Era terrível o seu crime: tráfico de drogas.” 2. “...indagou o repórter, ele próprio irritado com a desfaçatez do lobo.” 3. “ Ora, a sociedade dos cordeiros afirmou o lobo.” 4. “...Mas, você sabe que meditar, refletir, ponderar, e se autoanalisar é muito difícil...” 5. “...os lobos são criminosos irrecuperáveis, cínicos, arrogantes e diversionistas.” II. Responda as questões a seguir: 1. Através de uma frase, EXPLIQUE a idéia central do texto e escolha mais duas que sejam, também, fundamentais para a compreensão do mesmo. 2. Caracterize: 2.1 os cordeiros: 2.2 os lobos: 2 5 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 25 REDAÇÃO 3. Linguagem figurada!! Os lobos correspondem a homens. Os lobos correspondem aos________________; os cordeiros, aos________________; os cordeirinhos, aos________________. 4. Ao longo do texto, qual o sentimento do lobotraficante? 5. Marque o que for, possivelmente, verdadeiro: ( ) Tanto os cordeiros quanto os lobostraficantes são responsáveis pelo consumo de entorpecentes. ( ) O texto retrata a realidade da nossa sociedade, onde os homens disputam o poder. ( ) O autor, no texto, traduz a sua inquietação no que tange ao trinômio: tráfico de drogas/o vício/os responsáveis. ( ) Tanto os lobos quanto os cordeiros são considerados cínicos, poderosos, opressivos e arrogantes. ( ) Tomando como base a entrevista dada pelo lobo que passou vinte anos na prisão, pressupõese que ele se encontra totalmente recuperado. ( ) A sociedade dos cordeiros, constituída por indivíduos justos, não reage à acusação do lobo, considerandoo recuperado. 6. Escolha, no texto, a idéia com a qual você discorda e explique. Procure argumentos convincentes para o seu texto. “Utilizar a linguagem verbal para construir imagens que representam seres, objetos ou cenas é assumir a atitude lingüística da descrição. Nesses casos, você estará empenhado em transformar em linguagem aquilo que seus sentidos captam a partir da observação de um objeto, de um recorte da realidade que se quer fixar. Um texto elaborado com essa finalidade é um texto descritivo. Elaborar um texto descritivo é apresentar um ser, um objeto, um recorte da realidade a partir de um determinado ponto de vista, ou seja, o objeto da descrição deve ser observado a partir de umadeterminada posição física. O ponto de vista é fundamental para a organização do texto descritivo, já que as diversas partes do objeto devem ser expostas e relacionadas a fim de formar um conjunto que o leitor seja capaz de entender. Dessa forma, é recomendável que, antes de redigir, você faça um plano de trabalho. Como apresentar ao leitor os detalhes do que se está descrevendo? Qual a melhor ordem a ser seguida? Que tipo de impressão geral deve ser transmitido? Além disso, você deve estar consciente de que, ao produzir seu texto, haverá intromissão da sua atitude em relação ao objeto descrito na imagem que está sendo produzida. Seu estado de espírito faz parte de seu ponto de vista, influenciando na seleção e organização dos dados que formam o texto. Os limites da intromissão dessas suas marcas pessoais vão depender principalmente dos seus O ATO DE DESCREVER 2 6 Redação III 26 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS objetivos ao produzir o texto. Fica evidente, pois, que um texto descritivo acaba transmitindo uma imagem que pode estar mais ou menos impregnada da postura pessoal do produtor do texto. Isso não é nenhum problema, pois um texto desse tipo pretende transmitir um impressão geral, uma sensação dominante despertada pelo que se descreve, muito mais do que um retrato fiel. Apenas a descrição técnica busca uma objetividade absoluta e, mesmo nesse caso é praticamente impossível anular totalmente a interferência do produtor do texto. Descrever é, portanto, um processo no qual se empregam os sentidos para captar uma realidade e reprocessála num texto. Para a elaboração do texto final, concorrem a sua habilidade lingüística (no caso do texto escrito acrescentase seu domínio da modalidade escrita da língua), e as finalidades a que ele se propõe: informar o leitor, convencêlo, transmitir lhe impressões ou comunicarlhe emoções. Não é muito comum produzirmos textos descritivos puros. Normalmente, o processo descritivo é incorporado ao narrativo (caracterizando personagens e ambientes a partir do ponto de vista do narrador) ou ao processo argumentativo (fornecendo dados para o desenvolvimento da argumentação).” (INFANTE, ULISSES DO TEXTO AO TEXTO). PRÁTICA DA LÍNGUA DESCRIÇÃO A Descrição de Ribas (de O Ateneu) “Durante este período de depressão contemplativa uma coisa apenas magoavame: não tinha o ar angélico do Ribas, não cantava tão bem como ele. Que faria se morresse, entre os anjos, sem saber cantar? Ribas, quinze anos, era feio, magro, linfático. Boca sem lábios, de velha carpideira, desenhada em angústia a súplica feita boca, a prece perene rasgada em beiços sobre dentes: o queixo fugialhe pelo rosto, infinitamente, como uma gota de cera pelo fuste de um círio... Mas, quando, na capela, mãos postas ao peito, de joelhos, voltava os olhos para o medalhão azul do teto, que sentimento! que doloroso encanto! que piedade! um olhar penetrante, adorador, de enlevo, que subia, que furava o céu como a extrema agulha de um templo gótico. E depois cantava as orações com a doçura feminina de uma virgem aos pés de Maria, alto, trêmulo, aéreo, como aquele prestígio celeste de garganteio da freira Virgínia em um romance de Conselheiro Bastos. Oh! Não ser eu angélico como o Ribas! Lembrome bem de o ver ao banho: tinha as omoplatas magras para fora, como duas asas!” Você sabe que a descrição mostra as características que compõem determinado objeto, pessoa, personagem ou ambiente. Em linguagem simples, tratase de uma fotografia. É importantíssimo ser fiel à cena descrita. Agora, volte ao texto “A descrição de Ribas” e retire os elementos que o descrevem. 2 7 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 27 REDAÇÃO “A língua é um hábito para o qual o homem está naturalmente predisposto. O resultado disso é que a cabeça de cada falante tem um conjunto de regras que lhe dizem como construir um enunciado ou interpretar o enunciado ouvido: é uma gramática interna que a criança vai criando à medida que descobre e aprende o uso da língua. Essa gramática interna facilita a vida do falante. Sem ela seria necessário estudar as várias formas de cada nova palavra aprendida: a conjugação do verbo, o gênero, o número e os graus do substantivo e do adjetivo. Ouvese uma pessoa dizer o seguinte: A bomba está cavitando; eu tenho de ver o que é. É quase certo que a maioria vai logo perguntar: O que é cavitar? O ouvinte, mesmo sendo inculto, ao desconhecer uma palavra,vai perguntar por ela usando a forma verbal do infinitivo. É a gramática interna funcionando com o auxílio da intuição lingüística do falante. Existe também uma gramática externa, que é aquela que aparece em livros e tem por finalidade explicar os procedimentos da gramática interna. Já foi dito que se pode errar contra a língua, conta o contexto e contra a gramática. Contra a língua ou contra a gramática interna errase por descuido e, nesse caso, quase sempre a emenda vem logo em seguida ao erro: “Eu tinha escrevido... desculpe!... escrito a carta.” Pecase contra o contexto quando se escolhem palavras e formas impróprias para as circunstâncias da fala.” ( MATTOS,G. & MEGALE, L. PORTUGUÊS 2º GRAU) “Mãe, ‘tou com fome.” 1) Quando você falou esta frase, você sabia que “mãe” é vocativo? 2) Você sabia, na época, que “ ‘tou ” é a forma simplificada de “estou”? 3) Você sabia que, no momento em que você disse a frase, o sujeito estava subentendido (oculto Eu)? Que parágrafo do texto comprova as suas respostas? ATIVIDADE EM GRUPO REFLETINDO A LÍNGUA desde quando você começou a falar. 2 8 Redação III 28 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS Busquem uma explicação para esta afirmação. “Continuou a contibiquidicionar o assunto.” Que perguntas você faria sobre esta frase? Você pode consultar um dicionário? E se não achar a resposta nele, o que fará? Como você usa a sua intuição para descobrir significados para palavras, frases, etc.? Na escola, você aprende a gramática externa, “aquela que aparece em livros e que tem por finalidade explicar os procedimentos da gramática interna”. O que antecede a gramática externa? A gramática externa pode mudar? Justifique. Vocês já observaram que há pessoas que vivem nos “consertando” quando a gente fala, por exemplo: “ Isto é para mim ler.” “ Não. O certo é: “ Isto é para eu ler.” Gramática interna 2 9 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 29 REDAÇÃO Perguntase: a) Será que essas pessoas sabem a diferença entre a língua falada e a escrita? b) Será que essas pessoas ficam o tempo todo se policiando para aplicar apenas a gramática externa? c) Dê outras prováveis explicações. Quando você fala ou escreve: “ Eu tinha trago... desculpe!... trazido o livro.”, que fenômeno linguístico aconteceu? Na hora de falar e/ou escrever, você opta pelo: Justifique! Errado Certo Passível de discussão 3 0 Redação III 30 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS Após ler as informações, tentem resolver os exercícios que se seguem: EM DUPLA Observe: “O deputado Paulo Maluf preferiria ser abordado sobre questões administrativas e técnicas do que políticas, como costuma acontecer a cada oportunidade que tem de conversar com jornalistas”. Onde esse pequeno texto de jornal foge à norma culta? Na regência do verbo PREFERIR. Preferese A Logo, O deputado preferiria ser abordado sobre questões administrativas e técnicas a políticas. Outros pequenos textos se seguirão e vocês vão detectar casos que fogem à NORMA CULTA: Obs.: Faça as devidas correções: “Bem perto do barraco onde mora o carpinteiro, existe uma área transformada em lixeira pelos moradores da favela e, acerca de 400m, um lodaçal que vai até o mar, propiciando a proliferação de ratos”. “ Deveremos sair daqui na segundafeira (amanhã) pela manhã. Chegando em Atenas, manterei novos contatos com o Itamaraty para receber outras orientações disse.” “Ocorre que as leis não reconhecem sua profissão, portanto, não há aposentadoria. E a qualidade do balé do Rio está cada vez pior, em que pese os esforços. A orquestra do Teatro só toca se os seus maestros titulares receberem...” “Uma noite, aliás hollywoodiana, à qual não faltou nem mesmo rodadas generosas o tempo inteiro do bom e apreciado...” “ Mas o número final pode ser bem maior. Cada diretor (de hospital) envolvido acusa outros médicos conviventes. É um verdadeiro ciclo vicioso comentou Tuma”. 3 1 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 31 REDAÇÃO “Em comemoração à semana de fundação do Instituto de Economistas do Rio de Janeiro (IERJ), continuam hoje no auditório da ABI, às 18h30m,os debates sobre o tema Estado...” “Cerca de Cr$10 mil em espécie, mil francos, um óculos de grau com lentes escuras, um cartão de crédito de Diner’s Internacional e um passaporte de nº 751425597 foram perdidos à noite...” “Áustria, adversária do Brasil, perde da Holanda. Tunísia perde da Ponte e mostra sua fraqueza”. VIVENDO O VESTIBULAR Para responder às questões de 1 a 4, leia a seqüência de trechos abaixo, selecionada do texto “ A crise de governabilidade” A Crise de Governabilidade Com o desenvolvimento do capitalismo, o mercado expandiuse a ponto de submeter tanto a esfera do político como a da comunidade. As empresas multinacionais conseguiram vencer as barreiras internas da sociedade, desgastando a capacidade de regulação dos Estados Nacionais. Mesmo quando os governos se empenham na elaboração de planejamentos sociais , o mercado se impõe. (...) O sonho do desenvolvimento nacional autônomo é hoje fantasia, em vista da nova ordem econômica mundial. A pressão externa exercida por agências de financiamento impõe restrições aos governos, com cortes de políticas públicas, contenção de despesas e aviltamento salarial dos funcionários, gerando desemprego, alta do custo de vida e recessão. Essas “exigências” quando cumpridas, geram um custo social e político muito grande: aumento do índice de criminalidade, desagregação familiar, alta taxa de consumo de drogas e todas as demais mazelas que se podem ver nesses países. Uma delas e que a todos assusta, ameaçando mesmo o gênero humano são os índices de mortalidade infantil. É real a possibilidade de uma anarquia econômica e política. Para contêla, os governos lançam mão de artifícios, como pequenas reformas sociais, planos de assistência aos carentes e alianças com países em situação semelhante. Sem grande êxito, tentam reescalonar as dividas interna e externa. (...) A transnacionalização da economia mostra com mais intensidade o aspecto político do capital, na medida em que estreita a autonomia dos Estados Nacionais. Tornase difícil ao Estado responder às demandas sociais e fazer valer seu legítimo poder regulador. Sua imagem face à população fica fragilizada, a lealdade do povo se enfraquece. Corrupção, sonegação de impostos, contrabando e tráfico de influências tornamse atividades “normais” quando o governo perde sua credibilidade. (...) A fraqueza externa do Estado face às empresas multinacionais e aos monopólios internacionais é compensada internamente pelo autoritarismo. Diante 3 2 Redação III 32 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS da impossibilidade de satisfazer às necessidades permanentes da população, resta ao governo impor se, para poder manter o poder. Essa imposição pode ser feita de diferentes formas: pela clássica ditadura, ficando evidente o poder coercitivo do Estado; ou veladamente, de forma não militarizada, através dos aparelhos burocráticos. Na malha fina da burocracia, esgotamse as energias humanas; é, talvez, um dos recursos mais eficazes para camuflar a violência do Estado. O aumento do autoritarismo se faz então pela combinação de microdespotismos burocráticos e ineficácia do Estado. (...) O discurso da necessidade de modernização esconde que ela implica novos processos de inclusão e exclusão que afetam contigentes cada vez maiores, tanto na esfera da produção como na do consumo. Isso tende a um limite, a partir do qual o Estado, ou seja, a instância política da sociedade, é obrigado a intervir, procurando, formas de estabilização.A crise de governabilidade, nesse caso, não diz respeito apenas à forma pela qual o governante chegou ao poder, mas pelo que ele faz e não faz para continuar no poder. A integração de segmentos sociais no processo produtivo passa a ser questão de segurança nacional. Integrar esses segmentos significa corrigir patologias sociais que o próprio sistema criou. É essa, como dissemos, a dimensão política do capital: a sua capacidade de colocar o Estado na posição de ter de resolver problemas que o capital produziu. (FERREIRA, NILDA TEVES. CIDADANIA: UMA QUESTÃO PARA A EDUCAÇÃO. RIO DE JANEIRO: NOVA FRONTEIRA, 1993, P. 156159) Questão 01 REDIJA um pequeno texto explicando a relação entre burocracia e autoritarismo. Obs.: Se tiver dificuldade, pesquise a temática em questão. Questão 02 REDIJAum texto argumentando FAVORAVELMENTE à seguinte afirmativa: A crise de governabilidade não diz respeito apenas à forma pela qual o governante chegou ao poder, mas ao que ele faz – ou não faz – para continuar no poder. 3 3 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 33 REDAÇÃO Questão 03 REDIJA um pequeno texto, associando a seqüência de trechos que você leu à seguinte manchete da revista VEJA: CHOQUE NA FRONTEIRA Ao limitar a importação de carros, Brasil quer brecar a saída de dólares do País, mas arma uma encrenca com a Argentina. Questão 04 Observe a seguinte frase: É essa, como dissemos, a dimensão política do capital: sua capacidade de colocar o Estado na posição de ter de resolver problemas que O CAPITAL produziu. O termo destacado poderia ter sido substituído pela palavra ELE... ter de resolver problemas que ELE produziu. REDIJA um pequeno texto, explicando o efeito dessa substituição e justificando a opção da autora pela repetição da palavra CAPITAL. (EXTRAÍDO DO VESTIBULAR DA UFMG) 3 4 Redação III 34 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS ATIVIDADE OPCIONAL (A turma deve decidir se quer ou não participar do trabalho proposto). Em grupo Cada grupo deve procurar um programa de governo (diversos partidos políticos). Ler, analisar e selecionar as propostas mais interessantes para a sociedade. Apresentar para a turma e discutir. Montar coletivamente a proposta “IDEAL” para o país. Discutir os entraves da proposta “IDEAL”. Criar uma proposta mais próxima da realidade brasileira. Produzir um texto a ser divulgado na escola. Outras sugestões podem ser dadas e realizadas. ORDEM DIRETA E INVERSA DAS PALAVRAS A ordem das palavras, tanto na fala quanto na escrita, pode ter um valor sintático, modificando o significado da frase, ou estilístico, dando ao texto ênfase ou elegância. As regras são poucas e você as conhece na prática: 1. O termo que se quer destacar aparece sempre na frente: As jangadas ficavam ali (ordem direta). Ali ficavam as jangadas (ordem inversa). 2. Os termos mais longos vão para o fim: Foi rápida a transformação daquela moça em excelente enfermeira deste hospital. Seria deselegante a ordem direta: A transformação daquela moça em excelente enfermeira deste hospital foi rápida. 3. A posição do pronome átono é sempre estilística. Existem alguns casos curiosos de mudanças de significado conforme a ordem das palavras: a) Os qualificativos à esquerda do substantivo perdem o valor restritivo: Ele fez gloriosas campanhas (Todas). Ele fez campanhas gloriosas (Talvez nem todas). b) Algumas palavras mudam totalmente de significado: Algum aluno chegou? (Um ou mais) Aluno algum chegou. (Nenhum) 3 5 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 35 REDAÇÃO c) Outras mudam de classe e de significado: Comprei diversos livros. Comprei livros diversos. Agora, responda: 1. Onde existe ordem deselegante dentre os períodos abaixo? a) Vieram ontem de uma viagem de vários meses pelos países da Europa meus pais. b) Foi agradável a palestra havida ontem no auditório daquela universidade. c) O dono da fazenda deu a cada um dos filhos dos amigos que moravam nas redondezas um livro. d) Chegoume ontem um telegrama. 2. Reconstrua as orações de ordem deselegante do exercício anterior. 3. Envie para um(a) colega uma frase considerada “deselegante” e peçalhe que responda em forma “elegante”. 3 6 Redação III 36 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS O Operário em Construção (...) Era ele que erguia casas Onde antes só havia chão Como um pássaro sem asas Ele subia com as casas Que lhe brotavam da mão. Mas tudo desconhecia De sua grande missão: Não sabia, por exemplo Que a casa de um homem é um templo Um templo sem religião Como tampouco sabia Que a casa que ele fazia Sendo a sua liberdade Era a sua escravidão. De fato, como podia Um operário em construção Compreender por que um tijolo Valia mais do que um pão? Tijolos ele empilhava Com pá, cimento e esquadria Quanto ao pão, ele o comia... Mas fosse comer tijolo! E assim o operário ia Com suor e com cimento Erguendo uma casa aqui Adiante um apartamento Além uma igreja, à frente Um quartel e uma prisão: Prisão de que sofreria Não fosse, eventualmente Um operário em construção. Mas ele desconhecia Esse fato extraordinário: Que o operário faz a coisa E a coisa faz o operário. De forma que, certo dia à mesa, ao cortar o pão O operário foi tomado De uma emoção Ao constatar assombrado Que tudo naquela mesa Garrafa, prato, facão Era ele quem os fazia Ele, um humilde operário, Um operário em construção. Olhou em torno: gamela Banco, enxerga, caldeirão Vidro, parede, janela Casa, cidade, nação! Tudo, tudo o que existia Era ele quem o fazia Ele, um humilde operário Um operário que sabia Exercer a profissão. Ah, homens de pensamento Não sabereis nunca o quanto Aquele humilde operário Soube naquele momento! Naquela casa vazia Que ele levantara Um mundo novo nascia De que sequer suspeitava O operário emocionado Olhou sua própria mão Sua rude mão de operário De operário em construção E olhando bem para ela Teve um segundo a impressão De que não havia no mundo Coisa que fosse mais bela 3 7 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 37 REDAÇÃO (...) E um fato novo se viu que a todos admirava: O que o operário dizia Outro operário escutava E foi assim que o operário Do edifício em construção Que sempre dizia sim Começou a dizer não. E aprendeu a notar coisas A que não dava atenção: Notou que sua marmita Era o prato do patrão Que sua cerveja preta Era o uísque do patrão Que seu macacão de zuarte Era o terno do patrão Que o casebre onde morava Era a mansão do patrão Que seus dois pés andarilhos Eram as rodas do patrão Que a dureza do seu dia Era a noite do patrão Que sua imensa fadiga Era amiga do patrão. E o operário disse: Não! E o operário fezse forte Na sua resolução. Como era de se esperar As bocas da delação Começaram a dizer coisas Aos ouvidos do patrão. Mas o patrão não queria Nenhuma preocupação. “Convençamno” do contrário Disse ele sobre o operário E ao dizer isso sorria. Dia seguinte, o operário Ao sair da construção Viuse súbito cercado Dos homens da delação E sofreu, por destinado Sua primeira agressão. Teve seu rosto cuspido Teve seu braço quebrado Mas quando foi perguntado O operário disse: Não! Em vão sofreu o operário Sua primeira agressão Muitas outras se seguiram Muitas outras seguirão. Porém, por imprescindível Ao edifício em construção Seu trabalho prosseguia E todo o seu sofrimento Misturavase ao cimento Da construção que crescia. Sentindo que a violência Não dobraria o operário Um dia tentou o patrão Dobrálo de modo vário. De sorte que o foi levando Ao alto da construção E num momento de tempo Mostroulhe toda a região E apontandoa ao operárioFezlhe esta declaração: Darteei todo esse poder E a sua satisfação Porque a mim me foi entregue E douo a quem bem quiser. Doute tempo de lazer Doute tempo de mulher. Portanto, tudo o que vês Será teu se me adorares E, ainda mais, se abandonares 3 8 Redação III 38 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS Um silêncio de martírios Um silêncio de prisão Um silêncio apavorado Como o medo em solidão Um silêncio de torturas E gritos de maldição Um silêncio de fraturas A se arrastarem no chão. E o operário ouviu a voz De todos os seus irmãos Os seus irmãos que morreram Por outros que viverão Uma esperança sincera Cresceu no seu coração E dentro da tarde mansa Agigantouse a razão De um homem pobre e esquecido Razão porém que fizera Em operário construído O operário em construção. I. Reescreva os versos, dandolhes novo sentido social. 1. “Ele subia com as casas Que lhe brotavam na mão.” 2. “Ah, homens de pensamento Não sabereis nunca o quanto Aquele humilde operário Soube naquele momento!” O que te faz dizer não. Disse, e fitou o operário Que olhava e que refletia Mas o que via o operário O patrão nunca veria. O operário via as casas E dentro das estruturas Via coisas, objetos Produtos, manufaturas Via tudo o que fazia O lucro do seu patrão E em cada coisa que via Misteriosamente havia A marca de sua mão. E o operário disse: Não! Loucura! gritou o patrão Não vês o que te dou eu? Mentira! disse o operário Não podes darme o que é meu. E um grande silêncio fezse Dentro do seu coração (MORAES, VINÍCIUS DE. ANTOLOGIA POÉTICA, P. 205210.) 3 9 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 39 REDAÇÃO 3. “Que sua imensa fadiga Era amiga do patrão.” 4. “Disse, e fitou o operário Que olhava e que refletia.” 5. “Agigantouse a razão De um homem pobre e esquecido.” II. Observe as questões abaixo: 1. Através de uma frase, EXPLIQUE a idéia central do poema. Em seguida, escolha mais algumas que complementem essa idéia. 2. Inicialmente, o autor mostra que o operário desconhecia a sua “grande missão”. No decorrer do poema, essa missão é explicitada? Qual? 3. Em que parte do poema percebese, claramente, que tudo que o operário constrói voltase contra ele mesmo? 4 0 Redação III 40 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS 4. Quais as conseqüências do “Não”, ou seja, do Bastadeexploração dado pelo operário ao patrão? 5. De acordo com o texto, marque o que for, possivelmente, VERDADEIRO: ( ) A conscientização do operário dáse de uma forma brusca. De repente, ele percebe que tudo ao seu redor é fruto de seu trabalho. ( ) O poema se restringe à história de um operário que um dia, movido pela emoção, resolve combater o seu patrão. ( ) Pressupõese, ao longo do poema, que a descoberta feita pelo operário passou de ato individual a coletivo. ( ) O operário sofreu várias agressões, levandoo a desistir da sua luta. ( ) Operário/Patrão. Este binômio, no texto, representa a constante luta entre as classes: dominada e dominante. ( ) A violência utilizada pelo patrão convenceu o operário a desistir da sua grande missão conscientizadora, fazendoo aceitar as propostas de um suposto bemestar econômico. 6. A partir da idéia abaixo, produza um pequeno texto: “ Mentira! disse o operário Não podes darme o que é meu”. ATIVIDADE PESQUISA Em grupo Escolham uma canção que tenha como temática a “vida do operário”. Cada grupo apresenta a canção escolhida para a turma. Dividese a turma em dois grupos. (Simulação) Grupo 1: operários Grupo 2: patrões Cada grupo defende seus pontos de vista/conflito. Sugestão: convidar grêmios escolares para discutir a participação do aluno enquanto cidadão. 4 1 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 41 REDAÇÃO OBJETIVOS Quais os direitos do cidadão? Quais os direitos do aluno enquanto cidadão? CONCLUSÃO Texto coletivo: o grupo deve produzir um texto sobre os direitos do aluno e distribuir na escola. Outras sugestões devem ser apresentadas. “O fato de o ato de escrever ser um momento em que aquele que escreve se vê sozinho frente ao papel, tendo em mente apenas uma imagem de um possível interlocutor, faz com que haja necessidade de uma maior preocupação em relação à coesão. Em geral, o aluno não sabe até que ponto deve explicitar o que tenta dizer para que se faça compreender. Entretanto, o “fazerse compreender” é um ponto cen tral em qualquer texto escrito; a coesão deve colaborar nesse sentido, facilitando o estabelecimento de uma relação entre os interlocutores do texto. O que se busca não é um texto fechado em si mesmo, impenetrável a qualquer leitura e sim algo que possa servir como veículo de interação entre os interlocutores. Há ainda mais uma questão em que se deve pensar na consideração das especificidades da modalidade escrita a argumentação. É através dela que o locutor defende seu ponto de v ista. A argumentação contribui na criação de um jogo entre quem escreve o texto e um possível leitor, já que aquele discute com este, procurando mostrarlhe que tipo de idéias o levaram a determinado posicionamento. Dito de outra maneira, ao escrever um texto o locutor estabelece relações a partir do tema que se propôs a discutir e tira conclusões, procurando convencer o re ceptor ou conseguir sua adesão ao texto. Não se pode traçar uma distinção absoluta en tre coesão e argumentação: a coesão garante a existência de uma relação entre as partes do texto que tomadas como um todo devem construir um ato de argumentação. As duas noções contribuem para a constituição de um conjunto significativo capaz de estabelecer uma relação entre o sujeito que escreve e seu virtual interlocutor. É próprio da l inguagem seu caráter de interlocução. A escrita não foge a esse princípio, ela também busca estabelecer uma relação entre sujeitos. O texto deve ser suficiente para caracterizar seu produtor enquanto um agente, um sujeito daquela produção, ao mesmo tempo em que confere identidade ao seu interlocutor. O texto, enquanto uma totalidade revestida de significados, acaba sendo um jogo entre sujeitos, entre locutor e interlocutor.” DURIGAN, REGINA H. DE ALMEIDA ET ALII. “A DISSER TAÇÃO NO VESTIBULAR”. IN: A MAGIA DA MUDANÇA VESTIBULAR UNICAMP: LÍNGUA E LITERATURA. CAMPINAS, EDITORA DA UNICAMP, 1987. P. 145. DISSERTAÇÃO E TEXTOS DISSERTATIVOS 4 2 Redação III 42 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS PRÁTICA DA LÍNGUA DISSERTAÇÃO Um Possível Exemplo de Produção de Texto!! Televiolência “Há três tipos principais de explicação para os resultados obtidos nas pesquisas que demonstraram a existência de uma relação causal entre a televiolência e a cinev iolência, de um lado, e, de outro, o comportamento agressivo: são a aprendizagem social, a desinibição da agressão e o despertar emocional. A primeira, bem corroborada pelos experimentos feitos por Bandura e outros, considera como básica a aprendizagem social por meio da imitação. Reconhecida há muito tempo como uma forma funda mental de aprendizagem humana, a imitação, por meio da observação do comportamento de outrem, passou por testes rigorosos de laboratório e surgiu como mecanismo fundamental posto em ação durante a exposição da pessoa aos programas de televisão. A televisão transmite, assim, formas tanto específicas como até então desconhecidas do sujeito agir de modo agressivo. Funciona, também, como forma de ensino e aprendizagem de atitudes, normas e valores que conduzem ao comportamento agressivo mais intenso e/ou mais freqüente. O segundo tipo de hipótese explicativa para as relações encontradas entre a agressão e televiolência referese à desinibição daagressão. Em termos simplificados, podese dizer que ao longo da vida humana a família e outros agentes educativos atuam no processo de socialização da criança, fazendo com que ela aprenda a inibir ou controlar seu comportamento agressivo. A exposição à televiolência e à cineviolência funcionaria no sentido oposto, isto é, reduzindo ou enfraquecendo essas inibições contrárias às manifestações agressivas. Isso faz com que o comportamento agressivo se torne mais freqüente e mais intenso. De acordo com o terceiro tipo de explicação, a hipótese do despertar emocional ou da ativação, a televiolência exerce um efeito de “despertar emocional” do telespectador, e esse efeito, por sua vez, estimula respostas de alta magnitude. Vários estudos têm provado que as crianças ficam de fato despertas ou excitadas quando expostas a material do tipo agressivo. Existem também pesquisas que indicam aumento de agressão, sob certas circunstâncias, em decorrência de exposição a material do tipo erótico e humorístico.” (“TELEVISÃO E CRIANÇA”. CADERNOS DE COMUNICAÇÃO PROAL Nº 3, 1978). O texto que você acabou de ler tem natureza dissertativa e é um bom exemplo de redação bem estruturada, pois tem um desenvolvimento lógico e apresenta unidade de assunto e coerência na exposição das idéias. Você pode observar que o texto apresenta uma introdução e um desenvolvimento perfeitamente relacionados e delimitados em parágrafos. Falta talvez, a conclusão, que é outro elemento básico de uma redação de caráter dissertativo. Delimite, no texto lido, as partes apresentadas: 01) Introdução vai de: até: 4 3 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 43 REDAÇÃO 02) Desenvolvimento vai de: até: INTRODUÇÃO bem estruturada, sempre apresenta o assunto delimitado (= a escolha da idéia central da redação) e um objetivo bem definido (= aquilo que se pretende fazer na redação). 01) Qual o assunto delimitado na introdução? 02) Qual é o objetivo do autor em relação a esse assunto? DESENVOLVIMENTO. Nele é feita a argumentação e discussão do que foi definido no objetivo expresso na introdução. Observe que os parágrafos do desenvolvimento desdobram cada uma das três idéias expressas no objetivo. 01) Qual é a idéia básica de cada um dos parágrafos do desenvolvimento? 1º) _______________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 2º) _______________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 3º) _______________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 02) Quais as palavras da introdução que se relacionam com essas idéias desenvolvidas? 1º) _______________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 2º) _______________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 3º) _______________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 03) Em que se fundamenta o autor para fazer o desenvolvimento? 4 4 Redação III 44 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS CONCLUSÃO é o fecho da redação, em que se retoma o objetivo proposto na introdução, acrescentandolhe dados novos, decorrentes do que se expressou no desenvolvimento. Tente fazer uma conclusão coerente para o texto apresentado, seguindo a orientação acima. É dissertativo o texto em que as idéias trazem provas do que desejamos confirmar ou combater, assegurar ou refutar. A dissertação trabalha com provas ou argumentos. Pode ter este esquema: 1. De que se trata? Assunto 2. O que é que eu penso? Ponto de vista. 3. Por que é que eu estou certo? Argumentação. 4. O que é que o outro pensa? Crítica. 5. Por que é que ele está errado? Refutação. 6. O que é que eu posso dizer depois de tudo? Conclusão. O texto dissertativo depende da análise de algum acontecimento, de alguma atitude, de algum ponto de vista: 1. O que acontece? 2. Por que acontece assim? 3. Como deveria ser? 4. O que se deveria fazer para isso? 5. Por que não se faz? Na dissertação, há quatro tópicos que nunca se podem omitir: a) Assunto. b) Ponto de vista. ATIVIDADE COMPLEMENTAR Em grupo Cada grupo deve escolher um filme (locadora de vídeo ou gravar), ou programa de TV (gravar), até mesmo cenas de novela (gravar). c) Argumentação. d) Conclusão. 4 5 Redação III Tecnologia ITAPECURSOS 45 REDAÇÃO Anotar as cenas mais violentas, sejam elas físicas ou de outra natureza (moral, ética, etc.). Exibir para os colegas somente as cenas escolhidas e solicitar que cada um anote as reações internas/ externas provocadas nele. Debatidas as emoções, cada grupo deverá relacionálas ou não com o texto “Televiolência”. Escolhido um relator, distribuir o texto em toda a escola, denunciando ou não os efeitos perversos da televiolência e/ou cineviolência. REDAÇÃO INSTRUÇÕES GERAIS: Há três temas propostos para redação. Escolha um deles e desenvolva um texto dissertativo. Dê um título a sua redação. TEMA I: Leia com atenção o seguinte trecho retirado da revista Veja. A seguir, elabore um texto no qual você discuta a posição do jornalista. CRIME Aplauso errado Cinegrafista filma policial matando um criminoso. O policial ganha elogios e quem tem de se esconder é o cinegrafista. Na manhã de sábado, 4, Cristiano Moura Mesquita de Mello, um bandido de 20 anos, foi executado com três tiros pelo cabo Flávio Ferreira Carneiro, da Polícia Militar do Rio de Janeiro. A cena da execução apareceu na televisão e foi um sucesso. Filmadas por um cinegrafista da TV Globo, que conseguiu captálas sem que o PM percebesse, as imagens foram ao ar no Jornal Hoje e no Jornal Nacional. Dois dias depois, uma enquete da TV Educativa do Rio mostrou que 86% dos 106 telespectadores de um programa da emissora disseram que o PM agira corretamente. Em outra pesquisa, apenas 9% dos ouvintes da Rádio Globo acharam a cena chocante demais, e o restante aplaudiu o policial. Mais da metade das cartas enviadas às redações dos jornais do Rio, na semana passada, também elogiava o gesto do policial. Ninguém defende a execução do bandido pelo gosto mórbido de ver sangue nas ruas, e sim devido a um legítimo desejo de segurança e paz. Mas estão todos errados. A ação do cabo Flávio é um crime, não gera segurança nem paz, e colocao na mesma condição de Cristiano de Mello a de bandido. TEMA II: Observe a imagem construída pelo chargista Or lando, que saiu no jornal Folha de S. Paulo. A seguir, produza um texto sobre a idéia que ela sugere. 4 6 Redação III 46 REDAÇÃO Tecnologia ITAPECURSOS TEMA III: “Causou polêmica a reedição da medida provisória que extingue o antigo Conselho Federal de Educação e cria em seu lugar o novo Conselho Nacional para a área. As questões levantadas expressam basicamente a opinião de alguns reitores e setores da intelectualidade em relação à proposta do governo de aplicar exames aos alunos dos últimos anos dos cursos de graduação nas faculdades e universidades brasileiras.” (FOLHA DE S. PAULO) O tema “proposta do governo de aplicar exames aos alunos dos últimos anos dos cursos de graduação” tem sido amplamente discutido. Apresente aqui, em texto dissertativo, suas idéias a respeito desse assunto. REDAÇÃO Instruções Gerais: Há três temas propostos para redação. Escolhaum deles e desenvolva um texto dissertativo. Dê um título à sua redação TEMA I: Leia com atenção
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