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Caso Concreto Processo Civil

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Prévia do material em texto

Leidiane Cavalcante de Paula 201201604656
Caso Concreto Semana 2
1)João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de Valdomiro visando obter a retomada de seu imóvel como também a indenização por perdas e danos. A pretensão foi acolhida em parte pelo juízo tão somente para determinar a reintegração do autor na posse do imóvel. O autor interpõe recurso de apelação para o respectivo Tribunal de Justiça visando obter a indenização por perdas e danos, o que foi negado pela Câmara que apreciou o recurso. O recorrente, diante da omissão do colegiado acerca de pontos relevantes abordados no recurso, apresenta pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, que foi rejeitado imediatamente pelo relator. Diante do caso indaga-se: a) O pedido de reconsideração possui natureza recursal? b) Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso? Sugestão de resposta:
 a) Não. O sistema recursal rege-se pelo princípio da taxatividade, só podendo ser tratado como recurso aquilo que a lei prevê como tal. Com o efeito, o artigo 994 do CPC prevê o rol de recursos dentro do processo civil, nada versando sobre pedido de retratação, que a doutrina trata como sucedâneo recursal. 
Jurisprudência:
 Título da Jurisprudência: AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DIRIGIDO AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA AO PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE. RECURSO MANIFESTAMENTE INCABÍVEL.
· Relator: Ministro Humberto Martins 
· Data julgamento: 05/10/2016
· Nome do Site: Análise Juridica Mylex
· Ano >> ano da publicação ou data: 2016
· Ano de acesso: 2020
· Mês de acesso: 05
· Dia de acesso: 10
· URL >> Link que encontrou a https://brasil.mylex.net/jurisprudencia/stj--_17190.html
EMENTA
 
AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DIRIGIDO AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA AO PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE. RECURSO MANIFESTAMENTE INCABÍVEL.
1. Insurge-se o agravante contra decisão que negou seguimento a agravo manifestamente incabível, por ter sido interposto diretamente contra acórdão da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça.
2. À luz do princípio da taxatividade, o agravo dirigido ao Supremo Tribunal Federal é cabível, apenas, para combater a decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário (art. 1.030, §1º, do CPC).
Agravo interno improvido,
 ACÓRDÃO
 
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da CORTE ESPECIAL do Superior Tribunal de Justiça por unanimidade, negar provimento ao agravo, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Maria Thereza de Assis Moura, Herman Benjamin, Napoleão Nunes Maia Filho, Jorge Mussi, Og Fernandes, Luis Felipe Salomão, Mauro Campbell Marques, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Felix Fischer, Francisco Falcão, Nancy Andrighi e João Otávio de Noronha votaram com o Sr. Ministro Relator.
Brasília (DF), 05 de outubro de 2016(Data do Julgamento).
 
Doutrina:
Lucas Naif Caluri
Toda e qualquer decisão permite à parte insatisfeita fazer uso da sistemática recursal, no entretanto, o princípio da taxatividade veda, aos recorrentes, o exercício aleatório de suas razões de irresignação, o que significa dizer que somente serão considerados aqueles que a lei federal prevê ou vier a prever.
Assim sendo, as partes, os estados ou municípios não podem criar recursos, modificá-los ou extingui-los. Em numerus clausus, ou seja, em rol exaustivo, o art. 994 do novo Código de Processo Civil enumera os recursos existentes e não contemplou, nessa enumeração, a correição parcial, a remessa necessária, o pedido de reconsideração, o mandado de segurança para dar efeito suspensivo a recurso e a ação rescisória.
Estudado o tema por Arruda Alvin, preleciona que no princípio da taxatividade estão implicados determinados valores, quais sejam, o da suficiência do sistema e o da inconveniência em se admitirem recursos não previstos. Significa pelo valor da suficiência que os recursos previstos satisfazem as hipóteses em que se justificou - aos olhos do legislador - a previsão de recursos, donde, então, não se poder pretender existir um recurso não previsto em lei.130
Na doutrina , conforme os ensinamentos do ilustre Gonçalves, Marcus Vinicius Rios . Direito Processual Civil, 9° edição assim nos ensina: 
 O rol legal de recursos é taxativo, numerus clausus. Só existem os previstos em lei, não sendo dado às partes formular meios de impugnação das decisões judiciais além daqueles indicados pelo legislador. O art. 994 do CPC enumera os recursos cabíveis. A eles podem ser acrescentados outros que venham a ser criados por leis especiais.
B) Não, pois não vem a ser um Recurso, deste modo a Fungibilidade Recursal só poderia ser aplicada caso estivesse previsto na Legislação vigente e houvesse uma dúvida objetiva além da interposição no prazo do recurso correto. O princípio só poderia ser aplicado quando houver duvida objetiva sobre qual o Recurso a ser interposto, ademais cabe ressaltar que no caso concreto estaríamos diante da necessidade de interposição dos embargos de declaração, pois o problema relata uma omissão no julgamento.
**Devemos lembrar que para aplicação deste princípio da Fungibilidade Recursal é preciso observar o prazo correto para oferecimento do recurso adequado.
Jurisprudência:
Título da Jurisprudência: AGRAVO INTERNO NO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. ART. 994 DO CPC/2015. NÃO CABIMENTO. NÃO APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL. DECISÃO QUE RECONSIDEROU DECISÃO MONOCRÁTICA ANTERIOR. POSSIBILIDADE.
· Relator: Luis Felipe Salomão
· Data julgamento: 18/05/2017
· Nome do Site: Análise Juridica Mylex
· Ano >> ano da publicação ou data: 2017
· Ano de acesso: 2020
· Mês de acesso: 05
· Dia de acesso: 10
· URL >> Link que encontrou a https://brasil.mylex.net/jurisprudencia/stj--_20073.html
AGRAVO INTERNO NO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. ART. 994 DO CPC/2015. NÃO CABIMENTO. NÃO APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL. DECISÃO QUE RECONSIDEROU DECISÃO MONOCRÁTICA ANTERIOR. POSSIBILIDADE.
1. O pedido de reconsideração não merece ser conhecido por falta de previsão legal.
2. Inaplicável o princípio da fungibilidade recursal para fins de recebimento do pedido de reconsideração como embargos de declaração ou agravo interno, pois, quando de sua apresentação, há muito já havia transcorrido o prazo recursal.
3. "Não viola o artigo 557 do CPC a decisão unipessoal que reconsidera decisão anterior, restando intactos os princípios do devido processo legal e da ampla defesa, uma vez que as partes poderão intentar novo agravo interno, o qual, acaso não haja nova retratação, deverá ser submetido ao órgão colegiado competente." 
4. Agravo interno não provido.
 
ACÓRDÃO
 
Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça acordam, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Raul Araújo, Maria Isabel Gallotti (Presidente), Antonio Carlos Ferreira e Marco Buzzi votaram com o Sr. Ministro Relator.
Brasília (DF), 18 de maio de 2017(Data do Julgamento)
Doutrina
 Guilherme Freire de Barros Teixeira (2009, p.157):
“Não obstante o Código de Processo Civil de 1973 não tenha reproduzido o dispositivo da lei revogada, o princípio da fungibilidade tem aplicação ainda hoje, tratando-se de um princípio implícito, decorrente da instrumentalidade das formas.”
O entendimento é de que o recurso interposto, ainda que de maneira equivocada, alcança a finalidade que dele se espera, qual seja a reapreciação da matéria debatida.
  Gustavo de Medeiros Melo (2009, p.1462)
“O que importa é atingir na medida do possível a finalidade preventiva contra o perigo da demora. Tamanha deve ser a preocupação com a questão de fundo relativa à preservação da tutela jurisdicional adequada que a tendência vem sendo a aplicação da fungibilidade (hermenêutica) sobre a dúvida objetivaquanto à espécie de provimento a ser manejado..”
No entanto, para que isso aconteça é preciso à existência dos pressupostos, quais sejam a dúvida objetiva, a inocorrência de erro grosseiro e a tempestividade do recurso.
- QUESTÕES OBJETIVAS: 
2) São princípios fundamentos dos recursos previstos no Código de Processo Civil (Promotor de Justiça/SP-2006): 
a) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a garantia do reformatio in peius.
 b) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a singularidade, a fungibilidade e a proibição do reformatio in peius. 
c) o duplo grau necessário de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a garantia do reformatio in peius. 
d) o duplo grau necessário de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a garantia do reformatio in peius. 
e) o duplo grau de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a proibição do reformatio in peius.
 Resposta: B. Tais princípios são apontados pela doutrina majoritária. 
3) Considerando o que dispõe o CPC a respeito de recursos, assinale a opção correta (OAB Nacional – 2009/1). 
a) Havendo sucumbência recíproca e sendo proposta apelação por uma parte, será cabível a interposição de recurso adesivo pela outra parte. 
b) A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, habilita o advogado a desistir do recurso.
 c) O MP tem legitimidade para recorrer somente no processo em que é parte. 
d) A desistência do recurso interposto pelo recorrente depende da concordância do recorrido.
 Resposta: A. Vide art. 997, §1°, do CPC.
Caso Concreto Semana 8 
1) Diante da multiplicidade de recursos especiais com fundamento em idêntica questão de direito em face da União, o Presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) selecionou dois recursos representativos da controvérsia e encaminhou para o Superior Tribunal de Justiça para o julgamento repetitivo. O relator no STJ determinou a suspensão de todos os processos afetados pendentes em tramitação no território nacional. Diante dessa circunstância indaga-se
A)Em relação aos processos suspensos em todo território nacional, é possível a desistência da ação? Em que fase processual?
Sim, é possível a desistência da Ação até a prolação da sentença, conforme dispõe o Art.485, § 5º.
 Enquanto não apresentada a resposta do réu, o autor poderá, unilateralmente, desistir da ação (CPC, art. 267, § 4º). A partir de tal momento, ou seja, depois da resposta do réu, o autor somente poderá desistir da ação, se contar com a concordância daquele.
Jurisprudência
	
Título da Jurisprudência: Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro TJ-RJ - APELAÇÃO : APL 0487806-83.2012.8.19.0001
Relator: Des(a). HORÁCIO DOS SANTOS RIBEIRO NETO
· Data julgamento: 16/05/2019
· Nome do Site: Análise Jus Brasil
· Ano >> ano da publicação ou data: 2019
· Ano de acesso: 2020
· Mês de acesso: 05
· Dia de acesso: 10
· URL >> Link que encontrou a https://tj-rj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/713122689/apelacao-apl-4878068320128190001?ref=feed
B) Caso a parte identifique que a controvérsia estabelecida no julgamento repetitivo diverge da controvérsia existente em seu processo, como deverá proceder?
 Resposta: A parte deverá realizar uma distinção entre as questões a ser decidida no processo e aquela a ser julgado no recurso afetado, ou seja, fazer a distinção entre o seu caso e os demais, buscando desafetá-lo e assim dar prosseguimento ao seu processo. Art.1037, parágrafo 9º.
Jurisprudência
Título da Jurisprudência: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO INTERNO. RECURSO ESPECIAL. INTERPRETAÇÃO DOS ARTIGOS 487 E 1.015 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. DECISÃO QUE AFASTA A PRESCRIÇÃO. QUESTÃO DE MÉRITO. DISTINÇÃO DA QUESTÃO AFETADA À CORTE ESPECIAL, SOB O RITO DOS REPETITIVOS - ACERCA DA TAXATIVIDADE E DAS HIPÓTESES DE CABIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO PREVISTO NO ARTIGO 1.015 - VINCULADOS AO TEMA 988. SOBRESTAMENTO AFASTADO. MULTA DO ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL SUPRIMIDA. DEPÓSITO EM DINHEIRO. SUBSTITUIÇÃO POR CARTA DE FIANÇA BANCÁRIA. POSSIBILIDADE.
Relato: Ministra Maria Isabel Gallotti
· Data julgamento: 11/09/2019
· Nome do Site: Análise Juridica Mylex
· Ano >> ano da publicação ou data: 2018
· Ano de acesso: 2020
· Mês de acesso: 05
· Dia de acesso: 10
· URL >> Link que encontrou a https://brasil.mylex.net/jurisprudencia/stj--_555935.html
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO INTERNO. RECURSO ESPECIAL. INTERPRETAÇÃO DOS ARTIGOS 487 E 1.015 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. DECISÃO QUE AFASTA A PRESCRIÇÃO. QUESTÃO DE MÉRITO. DISTINÇÃO DA QUESTÃO AFETADA À CORTE ESPECIAL, SOB O RITO DOS REPETITIVOS - ACERCA DA TAXATIVIDADE E DAS HIPÓTESES DE CABIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO PREVISTO NO ARTIGO 1.015 - VINCULADOS AO TEMA 988. SOBRESTAMENTO AFASTADO. MULTA DO ARTIGO 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL SUPRIMIDA. DEPÓSITO EM DINHEIRO. SUBSTITUIÇÃO POR CARTA DE FIANÇA BANCÁRIA. POSSIBILIDADE.
1. Nos termos do artigo 1.037, § 9º, do Código de Processo Civil de 2015, "demonstrando distinção entre a questão a ser decidida no processo e aquela a ser julgada no recurso especial ou extraordinário afetado, a parte poderá requerer o prosseguimento do seu processo".
2. Discute-se nestes autos a natureza jurídica da decisão que afasta a prescrição, para o fim de aplicação do artigo 1.015, II, do CPC; nos Recursos Especiais 1.696.396⁄MT e 1.704.520⁄MT (DJe de 28.2.2018), de relatoria da Ministra Nancy Andrighi, vinculados ao Tema 988, discute-se se o rol do artigo 1.015 é taxativo ou exemplificativo.
3. Evidenciado que a discussão posta nos autos difere da questão jurídica afetada à Corte Especial, deve ser afastado o sobrestamento.
4. "A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que a substituição da garantia em dinheiro por carta de fiança somente deve ser admitida em hipóteses excepcionais e desde que não ocasione prejuízo ao exequente, sem que isso enseje afronta ao princípio da menor onerosidade da execução para o devedor" (AgRg no AREsp 363.755⁄SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 7⁄3⁄2017, DJe 14⁄3⁄2017).
5. A jurisprudência desta Corte Superior considera que o simples não provimento do recurso não constitui causa, por si só, para a aplicação da multa do artigo 1.021, § 4º, do Código de Processo Civil.
6. Embargos de declaração conhecidos e acolhidos, com efeitos modificativos. Agravo interno a que se dá provimento.
 
ACÓRDÃO
 
A Quarta Turma, por maioria, acolheu os embargos de declaração, com efeitos infringentes para dar provimento ao agravo interno, nos termos do voto divergente da Sra. Ministra Maria Isabel Gallotti, que lavrará o acórdão.
Votou vencido o Sr. Ministro Lázaro Guimarães (Desembargador convocado do TRF 5ª Região). Votaram com a Sra. Ministra Maria Isabel Gallotti os Srs. Ministros Luis Felipe Salomão, Antonio Carlos Ferreira (Presidente) e Marco Buzzi.
Brasília⁄DF, 11 de setembro de 2018(Data do Julgamento)
 
 
Doutrina
• Fonte de pesquisa: Doutrinador, jurista e Ministro do STF : Luiz Fux, Mestre e doutor em Direito Processual Civil – Daniel Amorim Assumpção Neves.
Recursos extraordinário e especial repetitivos
A multiplicação de recursos extraordinário e especial, muitas vezes sobre o mesmo tema, e com idênticos fundamentos, vinha, há muito, despertando a atenção do legislador, pois ameaçava prejudicar o bom funcionamento do STF e do STJ.
A Lei n. 11.672/2008, que acrescentou o art. 543-C ao CPC de 1973, procurou solucionar o problema da sobrecarga de serviços decorrente do atulhamento de recursos especiais repetitivos.
Ela partiu da constatação de que havia uma multiplicidade de recursos extraordinários e especiais que o STF e o STJ eram obrigados a examinar individualmente, conquanto versassem sobre idêntica questão de direito.
Atualmente, permite-se que a questão jurídica, que teria de ser examinada inúmeras vezes, em cada um dos REs ou REsps, possa agoraser examinada uma única vez, com repercussão sobre os demais recursos especiais interpostos com o mesmo fundamento e com eficácia vinculante sobre os julgamentos posteriores. A vantagem é evidente, tanto do ponto de vista da economia como da uniformidade dos julgados.
Os recursos extraordinários lato sensu só servem para discutir questão de direito, jamais de fato. Eles são sempre interpostos perante o tribunal a quo. Caso o presidente ou vice-presidente constate a existência de uma multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais que versem sobre a mesma questão jurídica, selecionará dois ou mais, os mais representativos da controvérsia.
 Ele fará uma seleção de pelo menos dois recursos extraordinários ou especiais, que sejam admissíveis e em que a questão jurídica repetida seja abordada de maneira mais detalhada, pelos mais numerosos ângulos, para que o julgamento destes recursos seja afetado na forma do art. 1.036 e possa servir de paradigma, repercutindo sobre o julgamento dos demais.
Caso o Presidente ou Vice-Presidente não tome a iniciativa de, constatada a multiplicidade de recursos sobre questão jurídica idêntica, selecionar os dois ou mais paradigmas, o relator do recurso no STF ou STJ poderá fazê-lo.
Apenas os recursos especiais selecionados, dois ou mais , serão enviados ao STF ou STJ. Os demais, que versem sobre a mesma matéria, ficarão suspensos no tribunal de origem. A suspensão, porém, não atingirá apenas os recursos extraordinários ou especiais que versem sobre a mesma questão jurídica. 
Ela terá uma extensão maior: o relator determinará a suspensão de todos os processos, individuais ou coletivos, mesmo ou ainda não sentenciados, que versem sobre a questão, em todo o território nacional. É que o julgamento proferido no recurso repetitivo terá eficácia vinculante sobre todos os processos em curso no território nacional, cabendo reclamação contra a decisão que não a observar, desde que esgotadas as instâncias ordinárias (art. 988, § 5º, II, do CPC).
 A determinação de suspensão é obrigatória (Enunciado 23 da ENFAM). Os recursos afetados deverão ser julgados no prazo de um ano e terão preferência sobre os demais julgados, exceto os processos que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.
Determinada a suspensão, o interessado pode requerer ao Presidente ou Vice-Presidente que exclua do sobrestamento e inadmita o recurso especial ou extraordinário que seja intempestivo, tendo o recorrente prazo de cinco dias para manifestar-se. Da decisão que indeferir o pedido de exclusão e que mantiver o processo sobrestado, caberá o agravo interno previsto no art. 1.021, do CPC.
• Fonte de pesquisa: Doutrinador, jurista e Ministro do STF : Luiz Fux, Mestre e doutor em Direito Processual Civil – Daniel Amorim Assumpção Neves.
 
Questões objetivas:
2) Cabe o recurso de Embargos de Divergência o acórdão de órgão fracionário que:
I. Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, relativos ao juízo de admissibilidade.
II. Em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito.
III. Nos processos de competência originária, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal.
a) Apenas o item II está correto.
b) Os itens I e II estão corretos.
c) Apenas o item III está correto.
d) Os itens II e III estão corretos.
e) Apenas o item I está correto.
Resposta : Letra D
3) Está incorreta a seguinte assertiva:
a) No recurso de Embargos de Divergência, será observado o procedimento estabelecido no regimento interno do respectivo tribunal superior.
b) Cabe o recurso de Embargos de Divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade de seus membros.
c) Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos.
d) O prazo para interpor Embargos de Divergência é de 05 dias.
Resposta Letra : D

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