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Prontuário Médico ●O prontuário médico ou prontuário do paciente é um documento de preenchimento obrigatório, que deve ser realizado desde o primeiro contato do indivíduo com o profissional de saúde. ●O prontuário médico é um documento único, de elaboração obrigatória, destinada ao registro ordenado de todas as informações referentes aos pacientes e o local em que vivem, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência → tem como objetivo principal assegurar serviços de saúde de modo contínuo, eficiente e com qualidade, juntamente com informação retrospectiva, corrente e prospectiva. ↳Os registros no prontuário servem para a continuidade do tratamento do paciente e são importantes para a saúde pública, o ensino e a pesquisa, sendo um indicador de qualidade de assistência restada na prática clínica, além de ser utilizado como instrumento de defesa legal. ● “É vedado ao médico: deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente” Código de Ética Médica, capítulo X, artigo 87. ●A responsabilidade pelo prontuário médico cabe: ↳I. Ao médico assistente e aos demais profissionais que compartilham do atendimento; ↳II. À hierarquia médica da instituição, nas suas respectivas áreas de atuação, que tem como dever zelar pela qualidade da prática médica ali desenvolvida. ↳III. À hierarquia médica da instituição constituída pelas chefias de equipe, chefias da Clínica, do setor até o diretor da Divisão Médica e/ou diretor técnico. ●O prontuário médico é um conjunto de documentos padronizados e ordenados, no qual deve ser registrado o atendimento médico de uma pessoa numa Instituição de Saúde ou consultório médico. Nele devem constar: ↳Identificação dos indivíduos: nome completo, data de nascimento, nome da mãe, sexo, naturalidade, endereço completo; ↳Anamnese: queixa e duração, história pregressa da moléstia atual, interrogatório sobre os diversos aparelhos, antecedentes pessoais e familiares, hábitos e estilo de vida, condições socioeconômicas e culturais; ↳Evolução: diária desde a internação até a alta (que pode ser por cura, óbito, transferências), resumo da alta ou do óbito; ↳Procedimentos: discriminação de todos os procedimentos realizados e identificação dos profissionais responsáveis, com nome, número do conselho de forma legível e assinatura. O uso do carimbo não é obrigatório por lei, mas é aconselhado. →Importante: o nome completo do paciente deve constar em todas as folhas do prontuário. ●O preenchimento do prontuário médico é obrigação e responsabilidade intrasferíveis do médico, fazendo-se exceção aos hospitais de ensino, nos quais alunos de Medicina o fazem sob supervisão, correção e responsabilidade de médicos. ● Os prontuários em suporte de papel devem ser guardados por um prazo de 20 anos, a partir do último registro, e só podem ser eliminados após o arquivamento dos dados por microfilmagem ou de outra forma (Resolução CFM n°1.331/89). ●O que NÃO deve ser feito no Prontuário: ↳Escrever de forma ilegível; ↳Escrever a lápis; ↳Usar corretivos; ↳Cometer rasuras; ↳Fazer anotações que não se referem ao paciente. ●Código de Ética Médica (2009) - Capítulo IX Quanto ao sigilo profissional, é vedado ao médico: ↳Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente. ↳Parágrafo único. Permanece essa proibição: a) mesmo que o fato seja de conhecimento público ou o paciente tenha falecido; b) quando de seu depoimento como testemunha. Nessa hipótese, o médico comparecerá perante a autoridade e declarará seu impedimento; c) na investigação de suspeita de crime, o médico estará impedido de revelar segredo que possa expor o paciente a processo penal. ↳Art. 74. Revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente. ↳Art. 85. Permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua responsabilidade. ●O médico deve manter sigilo quanto às informações confidenciais de que tiver conhecimento no desempenho de suas funções. ↳O dever legal configura-se quando compulsoriamente, o segredo médico tem de ser revelado por força de disposição legal. Exemplos: atestado de óbito, notificação compulsória de doenças, comunicação de crime de ação pública (arma branca ou de fogo), e as lesões corporais graves. ●O paciente ou seu responsável tem direito ao acesso ao prontuário, bem como explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionar riscos para o paciente ou para terceiros. ●Em caso de retificações, aconselha-se a escrever entre parênteses indicações como “sem efeito”, “digo” ou expressões análogas e, a seguir, escrever a correção. ● “É vedado ao médico receitar ou atestar de forma secreta ou ilegível, assim como assinar em branco papeletas de receituários, laudos, atestados ou quaisquer outros documentos médicos”. (Código de Ética Médica – Capítulo III Art. 11). ●Resolução CFM nº 1.638/02 Nos prontuários em suporte de papel, é obrigatória a legibilidade da letra do profissional que atendeu o paciente. ●Devem constar no prontuário único do paciente: ↳Atendimento de urgência, de internação e de ambulatório; ↳Exames complementares (laboratoriais, radiológicos, ultrassonográficos e outros) e seus respectivos resultados; ↳Descrição cirúrgica e anestesia; ↳Resumo de alta; ↳Boletins médicos; ↳Tratamentos médicos de fisioterapia, psicologia, enfermagem, terapia ocupacional, fonoaudiologia, nutrição, entre outros. →Deve ter linguagem clara e concisa, evitando códigos pessoais, taquigrafia e grafia ilegível. ●O prontuário em suporte de papel ainda é muito utilizado, principalmente no sistema público de saúde. ↳O método tradicional de registrar o histórico do paciente não necessita de treinamento e, a curto prazo, é mais barato. Porém, não existe um padrão para criar um prontuário e cada profissional pode adotar o modelo que desejar. Ele também tem pouca durabilidade, pois se desgasta com o tempo. ●O prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) é um instrumento de alta qualidade, sigiloso, atualizado e disponível, comportando todos os arquivos de consultas, procedimentos, resultados de exames, relatórios cirúrgicos, anestésicos, entre outros. Todos os dados armazenados têm maior legibilidade, acurácia e exatidão.
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