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EMBARGOS À EXECUÇÃO Pratica Civel

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Prática Simulada IV (quinta à noite) (CCJ0150_3515364) TURMA 3001 
Aluno: Stefano Roberto Alves Guedes Filho 
Matrícula: 201808060202 
-- 
 
 
 
AO COLENDO JUÍZO DA __ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA 
DE RECIFE-PE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Distribuição por dependência à Ação de execução de título extrajudicial 
tombada sob o nº _____-__.____._.__.____ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SUPERBIKE COMERCIO E SERVIÇOS LTDA - ME, pessoa jurídica de 
direito privado, com sede à Rua Visconde de Albuquerque, nº 836, Madalena, 
Recife-PE CEP 50610-090, inscrita no CNPJ sob o nº 17.630.957/0001-14, por 
meio de seu Representante Legal _________, brasileiro, casado, empresário, 
portador do RG nº ______, expedida pela SSP-PE, CPF nº _________, residente 
e domiciliado em Recife-PE, vem, por intermédio de seus advogados e bastantes 
procuradores que ao final subscrevem (procuração anexa), perante V. Ex.ª, opor: 
 
 
 
EMBARGOS À EXECUÇÃO 
 
 
 
Que lhe promove CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, empresa pública inscrita no 
CNPJ sob o nº 00.360.305/0001-04, com sede à Avenida Frei Matias Neves, nº 
285, Empresarial Graham Bell, Ilha do Leite, Recife-PE CEP 50.070-450, pelos 
motivos de fato e de direito que doravante passa a EXPOR, para assim 
PONDERAR e ao final REQUERER: 
 
 
 
PRIMEIRAMENTE 
 
 
 
Declaram os patronos do embargado que a documentação anexa são 
autênticas, conferindo com os documentos originais, conforme preceitua o art. 
914, § 1º, do CPC. 
 
 
 
NO MÉRITO 
 
 
DA NULIDADE DA EXECUÇÃO 
 
 
De início, impende destacar que, embora utilizado o rito executivo, o exequente 
não cumpriu o seu requisito fundamental, qual seja, a apresentação do título 
executivo. 
 
Veja-se que o exequente alega que o contrato firmado entre as partes constitui 
título executivo extrajudicial. Contudo, não instrui sua peça processual com o 
alegado título, juntando aos autos tão somente a planilha de cálculos. 
 
Ressalta-se que não é qualquer contrato celebrado que se reveste da qualidade 
de título executivo extrajudicial, conforme preceitua o artigo 784 do CPC (grifos 
acrescidos): 
 
 
“[...] Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: 
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a 
debênture e o cheque; 
II - a escritura pública ou outro documento público assinado 
pelo devedor; 
III - o documento particular assinado pelo devedor e 
por 2 (duas) testemunhas; 
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério 
Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, 
pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou 
mediador credenciado por tribunal; 
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese 
ou outro direito real de garantia e aquele garantido por 
caução; 
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte; 
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; 
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente 
de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, 
tais como taxas e despesas de condomínio; 
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; 
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou 
extraordinárias de condomínio edilício, previstas na 
respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, 
desde que documentalmente comprovadas; 
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro 
relativa a valores de emolumentos e demais despesas 
devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas 
estabelecidas em lei; 
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição 
expressa, a lei atribuir força executiva. [...]” 
 
 
Nessa perspectiva, é evidente o vício processual que eiva a execução, eis que 
não é sequer possível averiguar se o documento que o exequente alega possuir 
constitui título executivo, tampouco os demais termos do contrato. 
 
Caberia ao exequente ter feito uso do rito de conhecimento, e não do executivo, 
razão pela qual a presente execução deve ser declarada nula e extinta. 
 
Entretanto, apenas em nome da boa-fé processual, caso não entenda V. Ex.ª 
pela extinção da execução, o executado aponta desde já o depósito de 30% da 
quantia exigida, tão somente para fins de parcelamento do valor restante em seis 
parcelas mensais, conforme preceitua o art. 916 do CPC. 
 
 
Ante o exposto, REQUER DE V. Ex.ª o seguinte: 
 
 
a) Seja declarada a nulidade da execução proposta, uma vez que não foi 
instruída com título executivo extrajudicial necessário ao seu 
processamento, com a consequente extinção do processo. 
 
b) Caso não acolhido o pedido ‘a’, seja atribuído efeito suspensivo 
à execução, eis que parte dela já se encontra garantida através de 
depósito judicial em dinheiro (anexo), conforme art. 919 §1º do NCPC. 
 
c) Caso acolhido o pedido ‘a’, sejam liberados os valores depositados 
como garantia de volta ao executado. 
 
d) Caso não acolhido o pedido ‘a’, seja o restante do valor em execução 
dividido em seis parcelas mensais. 
 
Dá-se a causa para fins meramente fiscais a importância de R$ 1.000,00 (mil 
reais). 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos. 
 
N. Termos, 
Pede deferimento. 
Recife, data. 
 
ADVOGADO, OAB 
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