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Trabalho - Teoria Geral dos Contratos - Grupo 10

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3
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
UNIDADE - CARUARU
TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
VÍCIOS REDIBITÓRIOS
Águeda Tawanny Melo de Oliveira - Matrícula: 01328619
Gabrielly Araújo Nery Ferreira - Matrícula: 01351181
Maximilliano Henrique Gonçalves de Arruda – Matrícula: 01335060
Nelma Katalline Pereira da Silva - Matrícula: 01319157
Nicole Godê – Matrícula: 01363037
Rafael Leone Nascimento Gomes da Silva – Matrícula: 01352715
Caruaru - PE
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	2
2. PREVISÕES LEGAIS SOBRE A OCORRÊNCIA DOS VÍCIOS	2
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS	4
REFERÊNCIAS	5
1. INTRODUÇÃO
Para que se possa conceituar e tratar sobre o tema de vícios redibitórios, é necessário compreender em qual espécie de relação contratual eles surgem. Verifica-se que são oriundos de um contrato bilateral comutativo, ou de doações onerosas, que são aquelas até o limite do encargo. Estes tipos de relação contratual têm como característica a oneração para a parte recebedora, logo, o fato de estes vícios gerarem por si só um acréscimo no ônus do que é recebido, faz com que surja, modificações na relação contratual.
Pode-se conceituar como vícios redibitórios aqueles defeitos que estejam ocultos em coisas que foram recebidas. Entretanto, estes defeitos para serem caracterizados precisam dar à coisa recebida a característica de reduzir a sua usabilidade ou até mesmo torná-la complemente imprópria para o uso a que se destina. Com base nisso, existe a possibilidade de haver a devolução da coisa devolvida pelo adquirente, conduzindo à devolução do valor pago e resultando no desfazimento do negócio. Outra possibilidade para o caso em que seja constatado um vício redibitório é a preservação do negócio realizado, porém, com a redução do valor da coisa e a consequente devolução do valor correspondente à diferença entre o custo transacionado e o que foi obtido pelo abatimento em decorrência do vício.
2. PREVISÕES LEGAIS SOBRE A OCORRÊNCIA DOS VÍCIOS
Quando há o ato da formalização de um contrato conforme mencionado acima, estima-se com base na boa-fé contratual que a coisa recebida esteja plena em sua integridade e que o ônus suportado pelo adquirente seja estritamente aquele transacionado pelas partes. Entretanto, o surgimento de vícios redibitórios, ou seja, de defeitos não aparentes na coisa, enseja o que Carlos Roberto Gonçalves (2011) denomina como um inadimplemento contratual. Esta definição surge sob o conceito de que a responsabilidade pelos vícios redibitórios está intimamente vinculada ao princípio de garantia sobre o bem, estabelecido sob a definição de que todo alienante deverá assegurar àquele que adquiriu a título oneroso o pleno uso da coisa por ele adquirida, bem como para os fins aos quais ela é destinada.
Esta concepção alinha-se com o entendimento de Venosa (2013), que ressalta a aplicação do princípio da boa-fé, uma vez que a garantia dos vícios redibitórios se enquadra dentro do rol de obrigações norteadas por este princípio. Pode-se inferir deste posicionamento o raciocínio de que, se o adquirente soubesse de antemão sobre a existência do vício sobre as coisas, duas seriam as possibilidades de atitude frente à circunstância encontrada: a) desistiria de adquirir a coisa, com base na sua impossibilidade de uso, visto que não é plausível adquirir algo inútil de forma onerosa; b) pleitearia a redução do seu valor lastreado pela sua usabilidade incompleta, já que em plenas condições o bem continuaria valendo seu valor total, porém, com a capacidade de uso reduzida, proporcionalmente deverá ser reduzido também o seu custo.
O assunto dos vícios redibitórios é tratado na legislação brasileira no Código Civil de 2002 e no Código de Defesa do Consumidor, por serem as duas normatizações que versam diretamente sobre a constituição dos contratos e a aquisição de coisas dentro desses contratos. 
No Código Civil, trata-se sobre os vícios redibitórios a partir do artigo 441 até o 446. O primeiro deles versa sobre o conceito do que se configura como vício redibitório, enquanto o 442 disciplina o que se entende como via de regra para o caso de constatação de vícios redibirórios, que é a devolução da coisa. Porém, estabelece também a possibilidade de o adquirente permanecer com a coisa, reclamando o devido abatimento no preço, proporcional ao ônus inerente ao vício.
O artigo 443 traz uma obrigação adicional ao alienante, para as hipóteses em que o vício não era desconhecido para ambas as partes, mas apenas para o adquirente. Neste caso, o alienante que negociou a coisa saendo do vício terá que devolver o valor recebido, conforme a definição do artigo 442 acrescido de perdas e danos. O texto do artigo 444 apresenta uma definição sobre a responsabilidade do alienante, estendendo-a até para os casos em que a coisa pereça em poder do alienatário.
Merecem atenção mais pormenorizada os artigos finais da Seção V. No 445 há a definição sobre o decaimento do direito de devolver o bem ou de pleitear o abatimento do valor, atribuindo condições diferentes e específicas para os casos em que ocorrer sobre bens móveis ou imóveis, sendo de 30 dias para o primeiro caso e de 1 ano para o último, contando-se a partir da entrega efetiva. Em seus parágrafos há o detalhamento para as situações em que se tratar de vícios que só puderam ser conhecidos posteriormente; sobre a venda de animais. O artigo 446 apresenta a circunstância em que não correrão os prazos estabelecidos no artigo 445, que será quando houver cláusula de garantia, situação na qual o adquirente deverá denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de decair o seu direito.
No Código de Defesa do Consumidor a definição legal sobre os vícios redibitórios encontra-se no artigo 12, reforçando a proteção que o Estado direciona ao consumidor, considerando a sua hipossuficiência frente aos fornecedores. Assim, o texto legal assevera que a reparação dos danos causados aos consumidores em decorrência de defeitos de projeto, fabricação, construção, montagem, dentre outros fatores, independe da existência de culpa. Posteriormente, elenca as situações em que entende-se como passíveis de serem consideradas como defeito no produto.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entende-se, portanto, que os vícios redibitórios consistem em defeitos ocultos presentes em coisa recebida oriunda de contrato bilateral comutativo ou doações onerosas, podendo se desdobrar em duas ações por parte do adquirente quando houver a constatação do vício, sendo elas a devolução do bem ou a diminuição do seu preço e consequente ressarcimento ao recebedor, recebendo amparo legal no Código Civil Brasileiro e no Código de Defesa do Consumidor.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências, Brasília-DF, set. 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm. Acesso em: 18 abr. 2020.
BRASIL. Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil, Brasília-DF, jan. 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/2002/L10406.htm. Acesso em: 18 abr. 2020.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Esquematizado. Volume I. São Paulo: Saraiva, 2011.
VENOSA, Silvio Salvo. Direito Civil: teoria geral das obrigações e teoria geral dos contratos. 13° Ed. São Paulo: Atlas, 2013.

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