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PICHON RIVIERE E OS GRUPOS OPERATIVOS

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TRABALHANDO COM GRUPOS: 
PICHON RIVIÉRE E OS GRUPOS OPERATIVOS
Profas. Anna Katarina Barbosa e Mireilly Moura 
OBJETIVO DESTA E DAS PRÓXIMAS AULAS: 
RESUMIR A TREJETÓRIA PERCORRIDA ATÉ A PRESENTE AULA (SEMANA 09); 
QUEM FOI PICHON RIVIERE; 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS; 
O GRUPO OPERATIVO; 
REFLEXÕES SOBRE A FUNCIONALIDADE DOS GRUPOS OPERATIVOS NA ATUALIDADE. 
Resumão
 
Fundamentos Históricos
Fundamentos
Teóricos
Para trabalhar com grupos
AUTO AJUDA
DINÂMICAS
JOGOS
Psicologia
Social
Psicanálise
Kurt Lewin
Freud
GRUPOTERAPIAS
GRUPOS OPERATIVOS
“o homem é um ser de natureza social, que tudo o que tem de humano nele provém da sua vida em sociedade, no seio da cultura criada pela humanidade”
 (Leontiev, 2004, p. 279)
Revisão de Conteúdos – Psicologia dos Grupos
https://www.youtube.com/watch?v=aW_zszqzVBo
Modalidades Grupais 
“... essência dos fenômenos grupais é a mesma em qualquer tipo de grupo, e o que determina óbvias diferenças entre os distintos grupos é a finalidade para a qual eles foram criados” (ZIMERMAN, 1997, p. 75).
Modalidades Grupais 
Por linhas teóricas:
Psicanálise, Teoria dos Sistemas, Teoria do Campo Grupal, Teoria da Comunicação Humana, Grupos Operativos, Psicodrama, (...)
Por faixa etária:
Crianças, adolescentes, adultos e idosos.
Por tipo de paciente/usuário em questão
Modalidades Grupais 
Por contexto grupal: casais, famílias e instituições.
Por dimensão do grupo: micro ou macro.
Quanto aos objetivos a que se destinam:
Ensino, Terapia. 
Quanto as finalidades:
Operativos: 
- Institucional 
- Ensino- aprendizagem
- Comunitários
- Terapêuticos
Concepção de aprendizagem como capacidade de ação transformadora da realidade, por meio do vínculo e da comunicação.
Os grupos operativos dividem-se em 04 tipos:
Grupos de Ensino- Aprendizagem
Grupos Institucionais
Grupos Comunitários
Grupos Terapêuticos
Grupos de Ensino- Aprendizagem
Tem como tarefa principal o espaço para refletir acerca de temas e debater questões.
Ex.: Grupos de acadêmicos do oitavo período de psicologia se reúnem para discutir sobre o ultimo ano de faculdade, anseios, dúvidas, ansiedades, etc.
Ex.: Grupo de estudo se reúne para discutir sobre “papel do psicólogo na sociedade”, colocando seus pontos de vista, opiniões, angústias, etc.
Grupos Institucionais
Grupos formados em escolas, igrejas, sindicatos, etc., visando debater sobre questões de seu interesse.
Ex.: Grupos de mães de crianças com TEA que se reúnem na escola para falar das estratégias utilizadas com seus filhos.
Ex.: Grupo de coordenadores de igrejas se reúnem para discutir sobre como trazer o adolescente para os encontros religiosos na igreja.
Grupos Comunitários
São empregados em programas dirigidos para a Promoção da saúde.
Ex.: Grupos de gestantes que se reúnem para discutir sobre as fases, dificuldades da gestação e aprender novas estratégias para melhorar a qualidade de vida durante a gestação.
Ex.: Grupo de idosos que se reúnem para fazer artesanato e trabalhar estratégias de estimulação cognitiva.
Grupos Terapêuticos
Tem por objetivo melhorar a situação patológica dos indivíduos, tanto a nível físico, quanto psicológico.
Ex.:	Grupos	de	pessoas	com	Transtorno	Ansioso, que visa o alivio dos sintomas ou a cura.
Ex.: Grupo de Alcoólicos Anônimos.
CONTINUANDO...
Modalidades Grupais 
Quanto as finalidades:
Operativos OK Detalhes a seguir
Psicoterápicos: 
-Psicodramáticos
-Teoria sistêmica
-Cognitivo-comportamental
-Psicanalítica
Quanto ao setting que foi instituído: 
Homogêneo
Heterogêneo
Aberto
Fechado 
Grupos Operativos 
Psicologia de grupo
https://www.youtube.com/watch?v=2Ab1reTnf5c
Pichon Rivière, tem sua trajetória da Psicanálise, mas é considerado pesquisador em psicologia social. Em seu livro O processo grupal, ele estabeleceu os principais conceitos e descreveu o processo no qual se estabelece a técnica dos grupos operativos. 
QUEM FOI ENRIQUE PICHON RIVIERE? 
Enrique Pichon-Rivière nasceu em Genebra em 25 de junho de 1907 e faleceu em Buenos Aires em 16 de julho de 1977.
 Passou na região do Nordeste da Argentina toda sua infância e adolescência.
Pioneiro na prática psiquiátrica argentina, sua experiência de trabalho lhe permitiu saber que os loucos eram indivíduos sofredores, marginalizados pela sociedade e que era sempre possível ajudá-los a curar-se. 
Em Buenos Aires, estudou medicina e se especializou em Psiquiatria. 
Ainda estudante inquietou-se com a concepção dominante na abordagem dos pacientes psiquiátricos, que considerou desintegradora;
começou a compreender a necessidade de desenvolver uma nova abordagem a partir de dois pontos de vista: físico e psíquico, unindo desta forma aquilo que na época (1930), se estudava desarticuladamente – o corpo e a mente.
GREVE DOS ENFERMEIROS: UNS PACIENTES AJUDAVAM AOS OUTROS
Imagine esta proposta na época do modelo hospitalocêntrico?
Veja esta proposta no modelo atual em saúde mental?
CRONOLOGICAMENTE...
1936: Começa a trabalhar no Hospital de Mercedes (atual Hospital Psiquiátrico José T. Borda), onde permanece por mais 15 anos. 
Forma grupos, primeiro só com enfermeiros e depois com os próprios pacientes. Criou dessa forma uma técnica que mais tarde denominou de "Grupos Operativos".
1942: Funda com outros colegas a Associação Psicanalítica Argentina (APA), na qual ministra uma série de cursos a partir dos quais a maioria dos psicólogos, psicanalistas passa a reconhecê-lo como um grande mestre.
1953: Funda o Instituto Argentino de Estudos Sociais e a Escola de Psiquiatria Dinâmica, que mais tarde de chamará Escola de Psiquiatria Social. 
Aqui já se vislumbra a passagem da Psicanálise para a Psicologia Social com o aparecimento do termo "social". Esta Escola originalmente estava dirigida a médicos e psicólogos.
A partir daí conceitualiza-se o trabalho de grupos operativos e o modelo que mais adiante desenvolverá na escola: a aula teórica, seguida do trabalho de grupo operativo.
1967: Muda o nome e passará a chamar-se Escola de Psicologia Social, que seria cursada em cinco anos e estaria aberta a qualquer pessoa, sem exigência de nenhum tipo de requisito prévio, nem mesmo os estudos primários. 
Esta é a linha que se mantém até hoje e se chama: Primeira Escola de Psicologia Social fundada por Enrique Pichon-Rivière.
1970: Publica, junto com Ana Quiroga, um conjunto de artigos, que reunidos dão origem ao primeiro livro Psicologia da Vida Cotidiana.
1971: Edita sua primeira obra: Da Psicanálise á Psicologia Social em três volumes. São eles: O processo Grupal, A Psiquiatria - Uma nova problemática e O Processo Criador.
1974: Adoece gravemente e fica hospitalizado por vários meses. Mesmo assim continua trabalhando e assistindo as aulas da Escola.
1976: Zito Lima publica o livro: Conversação com Enrique Pichon-Rivière.
1977: Faleceu poucas semanas depois de uma grande festa em homenagem aos seus 70 anos de idade.
Fonte: http://ciegepr.org.br/pichon-trajetoria/
TEORIA DO VÍNCULO
duas pessoas se relacionam há uma estrutura triangular: uma presença sensorial corpórea dos dois, mas há um personagem que está interferindo sempre em toda relação humana, que é o terceiro, idealizado.
 
O vínculo é uma estrutura complexa de relação que vai sendo internalizada e que possibilita ao sujeito construir uma forma de interpretar a realidade própria de cada um. 
TEORIA DO VÍNCULO
Na vivência com os outros nós nos constituímos por meio de uma história vincular que vai se tecendo nessa relação. 
A psicologia social privilegia o grupo como unidade de interação; neste sentido, o grupo operativo é considerado como uma estrutura operativa que possibilita aos integrantes meios para que eles entendam como se relacionam com os outros (GAYOTTO, [1992]).
OS GRUPOS OPERATIVOS
A mudança, que é o objetivo primordial de todo grupo operativo, envolve todo um processo gradativo, no qual os integrantes do grupo passam a assumir diferentes papéis e posiçõesfrente à tarefa grupal. 
Grupos Operativos 
Pichon-Rivière: década de 40 – pacientes hospitalizados
Organizando o grupo...
Quem é esse grupo (participantes); 
Frequência; 
Quem vai coordenar; 
Quem vai observar; 
Enquadre (elementos fixos); 
Tarefa explícita; 
Tarefa implícita; 
Estrutura dos Grupos Operativos:
Enquadre: constituído por elementos fixos como o tempo, a duração, a frequência, datas, local, etc.
Composição: integrantes, coordenador, e observador.
Tarefa Explícita: Temática do grupo (objetivo de aprendizagem, terapêutico, etc).
Tarefa Implícita: o que surge de acordo com o movimento do grupo.
OBS.: Deve-se iniciar a tarefa explícita com um disparador temático (desenho, msg, texto, filme, imagens, dinâmica de grupo, etc.)
Grupos Operativos – objetivos – os 3 M
Mobilizar um processo de mudança; 
passa pela diminuição dos medos básicos da perda e do ataque; 
Assim, fortalece o grupo, levando-o a uma adaptação ativa à realidade; 
rompe estereótipos, redistribuindo papéis, elaborando lutos e vencendo a resistência a mudanças; 
Grupos centrados na tarefa (cura, se for terapêutico; aquisição de conhecimentos, se for um grupo de aprendizagem) e que preencham as condições dos 3 M:
1M - Motivação para a tarefa
2M - Mobilidade nos papéis a serem desempenhados e disponibilidade para as...
3M - Mudanças que se fazem necessárias
29
Pichon-Rivière: década de 40 – pacientes hospitalizados
A técnica de grupo operativo consiste em um trabalho com grupos, cujo objetivo é promover um processo de aprendizagem para os sujeitos envolvidos. 
Aprender em grupo significa uma leitura crítica da realidade, uma atitude investigadora, uma abertura para as dúvidas e para as novas inquietações.
A mudança, que é o objetivo primordial de todo grupo operativo, envolve todo um processo gradativo, no qual os integrantes do grupo passam a assumir diferentes papéis e posições frente à tarefa grupal.
ECRO
. 
ESQUEMA CONCEITUAL REFERENCIAL OPERATIVO (ECRO)
Refere-se ao conjunto de experiências, conhecimentos e afetos com que os indivíduos pensam e agem nos grupos, e se fazem compreender entre si.
31
7 vetores: 
1. Afiliação
2. Pertença 
3. Cooperação
4. Pertinência
5. Comunicação
6. Aprendizagem
7. Tele
(clima) 
Grupos Operativos: papeis formais 
COORDENADOR
Determina a tarefa;
Indaga e Problematiza;
OBSERVADOR
Registra na reunião;
Observa o movimento frente a tarefa e os papeis desempenhados;
Levanta questões;
Articula falas e integrantes;
Direciona o grupos para a tarefa
Analisa os pontos importantes;
Resgata a história do grupo;
Grupos Operativos: papéis informais 
Porta-voz
Bode-expiatório
Sabotador
Líder
Porta voz é o integrante que explicita o que está implícito, colaborando com a tarefa; 
O bode-expiatório aparece quando explicita algo não tem a aceitação do grupo; 
O sabotador é o que dificulta ou obstrui as propostas no processo grupal; 
Já o líder , pode ser de dois tipos: de mudança surge no momento em que o que foi explicitado pelo porta voz e é aceito pelo grupo contribuindo para o movimento dialético grupal ; de resistência: puxa o grupo para trás, freia avanços, sabota a tarefa e remete o grupo a sua etapa inicial; 
Grupos Operativos 
Níveis de Articulação 
Verticalidade -percepção da intersecção entre a história pessoal, até o momento de sua afiliação, com relação aos demais participantes do grupo 
Horizontalidade – identificação
 com a história social deste próprio grupo,
 até o momento em que se encontram
Grupos Operativos 
1. PRÉ-TAREFA
2. TAREFA
Resistências no contato;
2.Grupo: ansiedade e medo;
3.Perder o próprio referencial;
4.Romper com a ansiedade;
5. Abertura novo e desconhecido.
Atingir objetivos;
Interação a partir da necessidade;
Grupo: Aprender a problematizar as dificuldades.
3. OPERAR UM PROJETO DE MUDANÇA
A Tarefa como um "Disparador" de Pensamentos, Sentimentos e Ações
Grupos Operativos – 3 Fases 
Pré-tarefa: O grupo evita a tarefa em função de dois meios básicos: o medo da perda do conhecido (ansiedade depressiva) e o medo do ataque do desconhecido (ansiedade paranóide). Nesta fase, há uma grande resistência à mudança, e utilização de defesas dissociativas para a elaboração destas ansiedades.
2. Tarefa: 	O grupo se centraliza na tarefa, e inicia a elaboração e a superação dos medos básicos que perturbam a aprendizagem.
3. Projeto: o grupo planeja suas ações futuras.
39
Grupos Operativos 
DEVOLUTIVA:
-Houve cooperação entre os membros?
-Houve adesão a tarefa e aos papéis estabelecidos?
-Houve ruídos na comunicação do grupo?
-Houve aprendizagem no grupo?
-Houve mudanças de papéis? 
Falando no Chat
Enumere algumas características que você julga possuir para desempenhar o papel de coordenador de um grupoterapêutico.
Atividade Valendo Pontuação
Atividade Grupal: 
Construir um Planejamento de Trabalho em Grupo. 
Atividade de Fórum da semana: 
Fazer uma breve refleção sobre Artigo: “Grupos operativos com usuários de álcool e outras drogas”. Autores: Victor Gabriel Souza Faria, Camila Souza Almeida e Bianca de Freitas Moraes. Revista Ciência em Extensão.
Referências
 BELLENZANI, R; COUTINHO, MKARG; CHAVEIRO, MMRS. As práticas grupais em um Caps - Centro de Atenção Psicossocial: sua relevância e o risco de iatrogenias. Abrapso – ANAIS XV ENABRAPSO Disponível em http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais_XVENABRAPSO/322.%20as%20pr%C1ticas%20grupais%20em%20um%20caps.pdf Acesso em 01.02.2020
ZIMERMAN, David. Fundamentos básicos das grupoterapias. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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