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TRABALHO DE PENAL

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A princípio faz-se uma breve conceituação sobre o infanticídio. É um tema de suma importância e que possui uma grande divisão doutrinária de como deve ser feito a condenação do agente garantidor que é a mãe e caso haja um terceiro que auxilie. Com isso, o infanticídiio consiste em um crime de homicídio específico, em que o agente garantidor mata o filho sob a influência do Estado Puerperal em um determinado espaço de tempo.
	O Estado Puerperal é um período em que a mãe em momento de parto sofre com fortes tensões psíquicas, como esclarece Jorge de Resende:
"Puerpério, sobreparto, ou pós-parto, é o período cronologicamente variável, de âmbito impreciso, durante o qual se desenrolam todas as manifestações involutivas e de recuperação da genitália materna havidas após o parto. Há, contemporaneamente, importantes modificações gerais, que perduram até o retorno do organismo às condições vigentes antes da prenhez. A relevância e a extensão desses processos são proporcionais ao vulto das transformações gestativas experimentadas, isto é, diretamente subordinadas à duração da gravidez."
Como também traz Paulo José da Costa Junior, analisando o Estado Puerperal:
"A mulher, abalada pela dor obstétrica, fatigada, sacudida pela emoção, sofre um colapso do senso moral, uma liberação de instintos perversos, vindo matar o próprio filho."
	Portanto, Rogério Gréco, indentifica três níveis de estado puerperal em mínimo, médio e máximo.
	Com isso, caso a parturiente estiver sob efeito do estado puerperal sob grau mínimo, portanto, não estando em influência e mesmo assim comete o delito, esta conduta será configurada como homicídio e não infanticídio. Em contrapartida, caso a parturiente esteja sob a influência em níveis extremos, completamente pertubada psicologicamente e por esta forma provoca a morte do filho durante um lapso temporal, será considerada inimputável, afastantando a culpabilidade e a própria infração penal. Caso ocorra sob uma influência média, será também considerada como infanticídio.
	 Em relação ao concurso de pessoa no infanticídio e seguindo o posicionamento de Rogério Greco, o terceiro que acompanha a parturiente é conhecedor que ela atua sob influência do estado puerperal, portanto, se concorre ao delito, ele deve sempre responder por homicídio. 
	Desta forma, conclui-se que o infanticío é um delito de crime privilegiado, apenas praticado por um agente específico, sujeito ativo, que é a parturiente contra o sujeito passivo, que é o recém-nascido, portanto caso haja um terceiro que concorre ao crime este sempre responderá por homicídio. Como observado é um tema que necessita de análise mais específicos e estudo científicos para que chegue em uma decisão mais acertiva possível.

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