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Schistosoma mansoni - Esquistossomose

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Schistosoma mansoni e a Esquistossomose (Doença do Caramujo)
Classe Trematoda
Schistosoma mansoni 
É um platelminto da classe trematóide causador da esquistossomose, uma verminose bastante perigosa e comum em áreas com saneamento precário.
Apresentam acentuado dimorfismo sexual, onde, a fêmea mede cerca de 1,5 cm de comprimento e o macho cerca de 1 cm. O macho possui um canal onde a fêmea se abriga na época da reprodução, o chamado canal ginecóforo.
São heteroxênicos
As espécies do gênero Schistosoma com importância epidemiológica na medicina humana são: Schistosoma mekongi, Schistosoma intercalatum, Schistosoma japonicum, Schistosoma haematobium e Schistosoma mansoni; 
Schistosoma haematobium, que tem como hospedeiro intermediário caramujos do gênero Bulinus, habita o plexo vesical do hospedeiro mamífero, sendo a espécie responsável pela esquistossomose urinária na África e Península Arábica;
O Schistosoma japonicum que tem o molusco Oncomelaniacomo vetor, causa a esquistossomose hepatoesplênica e intestinal na China, Filipinas e Indonésia.;
O parasito S. mansoni, o qual é mantido no ambiente por caramujos Biomphalaria, é responsável pela doença em sua forma hepática e intestinal na África, Península Arábica e América do Sul. 
Ciclo Biológico
A manutenção de seu ciclo biológico exige as formas de: 
verme adulto-macho e fêmea;
Ovo;
Miracídio;
Esporocisto;
Cercária e
Esquistossômulo
Hospedeiro intermediário: molusco (caramujo);
Hospedeiro definitivo: Mamífero, principalmente homem 
Ciclo Biológico no Homem
A cercária possui cerca de 500 µm de comprimento, corpo alongado e cauda bifurcada;
Em contato com a água contaminada, o humano se infecta através da penetração ativa das cercárias na pele. 
O processo de invasão é iniciado devido a intensa vibração da cauda da cercária e produção de substâncias que visam destruir células epidérmicas.
Ciclo Biológico no Homem
Após a invasão da pele, que ocorre em poucos minutos, as cercárias perdem a cauda e passam por outras transformações morfológicas e bioquímicas dando origem aos esquistossômulos. Estes deslocam-se pela epiderme e derme em busca dos  vasos sanguíneos ou linfáticos;
Atingindo a circulação, os esquistossômulos dirigem-se ao pulmões, onde passam por mais alterações, entre elas, remodelação do tegumento, com o objetivo de se adaptarem a vida parasitária. Cerca de 21 dias após a infecção, chegam ao fígado, onde completam seu desenvolvimento e posteriormente se transformam em vermes adultos
Ciclo Biológico no Homem
Os vermes adultos se desenvolvem na luz das veias do sistema porta-hepático no hospedeiro definitivo. Alimentam-se de hemácias, obtendo hemoglobina para seu crescimento, desenvolvimento e reprodução através da ruptura dessas células;
O verme macho tem cerca de 1 cm, possui cor esbranquiçada, tegumento coberto por tubérculos e seu corpo é dividido em uma porção anterior, composta por duas ventosas, e na porção posterior, onde localiza-se o canal ginecóforo. Nesta região, a fêmea, de coloração mais escura e com cerca de 1,5 cm,  é fecundada;
Do sistema porto-hepático, os vermes adultos migram para os vasos mesentéricos, local onde ocorre a ovoposição.
Ciclo Biológico no homem
A produção de ovos, cerca de 150 a 300 ovos por dia, tem início 4 a 6 semanas após a infecção e continua por toda a vida do verme, que pode ser até mais de 15 anos no hospedeiro definitivo;
Cerca de metade dos ovos são eliminados com as fezes atingindo o meio externo e os outros 50% são carreados pela circulação portal e ficam retidos nos mais diversos tecidos do hospedeiro, podendo induzir a formação de granulomas hepáticos e intestinais, hepatoesplenomegalia e fibrose;
 O trajeto dos ovos entre a ovoposição e a eliminação nas fezes demora cerca de uma semana.
Ciclo Biológico no caramujo
Os ovos que conseguem ser eliminados pelas fezes e contém os miracídios desenvolvidos e em sua forma viável, ao entrarem em contato com a água, temperaturas mais altas e oxigenação, sofrem ruptura transversal e liberam suas larvas;
Os miracídios, após a eclosão, nadam em círculos por algumas horas até encontrar moluscos aquáticos do gênero Biomphalaria. 
Nos hospedeiros intermediários, ocorre a multiplicação destas formas do parasito, resultando em uma forte sintonia entre o metabolismo do hospedeiro invertebrado e do parasito.
Ciclo Biológico no Caramujo
O parasito infecta o molusco por meio da penetração ativa da larva ciliada do parasito, o miracídio
Após a penetração bem sucedida no caramujo, os miracídios, por reprodução assexuada, se transformam em esporocistos-mãe ou esporocistos primários (vistos após 72 horas de infecção) que aumentam de tamanho com a duração da infecção;
Por volta de 14 dias após a infecção do caramujo, em condições ideias de temperatura, entre 25º C e 28º C, ocorrerá a formação dos esporocistos secundários, a qual poderá ser retardada abaixo de 20º C. 
Os esporocistos secundários contêm cercarias em desenvolvimento.
Ciclo Biológico no Caramujo
Um grande número de cercarias completamente desenvolvidas migram para os vasos sanguíneos principais e estão a caminho de deixar o molusco; 
Um único miracídio pode gerar cerca de 300 mil cercárias, sendo que cada miracídio já leva definido o sexo das cercárias que serão produzidas;
Após quatro a seis semanas de infecção, as cercárias são liberadas pelo molusco estimuladas pela luminosidade e nadam ativamente em busca do hospedeiro definitivo e ao encontrar reinicia o ciclo.
Podem permanecer na água pelo período de no máximo 72 horas, até esgotarem suas reservas de glicogênio.
Sinais e sintomas (fase inicial)
A penetração da pele por cercárias pode provocar a chamada “coceira do nadador”. Trata-se de uma ou mais lesões, tipicamente nas pernas ou pés, em forma de pápulas vermelhas que causam intenso prurido.
Febre, calafrios, dor muscular, dor nas articulações, tosse seca, diarreia, perda do apetite e dor de cabeça;
Palpação de linfonodos (gânglios) e hepatoesplenomegalia;
Os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente durante um período de algumas semanas.
Sinais e sintomas ( fase crônica)
A gravidade da forma crônica está relacionada com a quantidade de parasitas e a localização:
Esquistossomose intestinal: diarreia sanguinolenta, cólicas e emagrecimento, ulcerações na parede do intestino, granulomas e obstrução à passagem das fezes;
Esquistossomose hepatoesplênica: fibrose tecidual, ascite, hepatoesplenomegalia, varizes no esôfago, hemorragia digestiva e hematêmese.
Diagnóstico
Através de análise microscópica de amostras de urina e fezes podendo ser observada a presença de ovos de esquistossoma vivos;
Os exames laboratoriais (sangue) detectam anemia ou disfunção hepática ou renal, sugestivos de esquistossomose;
Exames de imagem como colonoscopia ou cistoscopia pode ser usado para mostrar se os ovos ou inflamação são visíveis na bexiga ou intestino.
Tratamento
O Praziquantel é o medicamento de escolha contra a esquistossomose;
A dosagem recomendada é de 60 mg/kg para crianças até 15 anos e 50 mg/kg para adultos, ambos em dose única;
Uma alternativa ao Praziquantelé o Oxamniquine, recomendado na dosagem de 15 mg/kg para adultos e 20 mg/kg para crianças até 15 anos, ambos também em dose única.
Prevenção
Adequado saneamento básico;
Evitar o contato como parasita (se o contato com água contaminada for inevitável, use calças, botas e luvas de borracha. Dê preferência a horários com menos luminosidade e calor);
Triagem de comunidades inteiras realizando pesquisa de hospedeiros contaminados ou parasitados com ovos de esquistossoma;
Educação comunitária;
Melhoria da qualidade da água através do abastecimento de água potável e de uma eliminação mais eficaz das águas residuais;
Atualmente não existe vacina para prevenção da doença causada pelo Schistosoma mansoni.

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