Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DERIVADA- Aplicações Cálculo II - 2º sem/2018 Profª Letícia Stefenon A regra de L'Hôpital, também por vezes denominada regra de Cauchy, foi incorporada no primeiro livro de texto sobre cálculo diferencial, publicado por Guillaume François Antoine, Marquês de l'Hôpital, em 1712. Seu objetivo é calcular o limite de frações nos casos em que há indeterminações do tipo . Regra de L’Hopital Sejam e duas funções contínuas e deriváveis em um intervalo , com em todo , então •Algumas das aplicações mais importantes do cálculo diferencial são os problemas de otimização, em que devemos encontrar a melhor maneira de fazer alguma coisa. Esses problemas podem ser reduzidos a encontrar os valores máximo ou mínimo de uma função. Vemos que o ponto mais alto no gráfico da função f é o ponto (3, 5). O maior valor de f é f (3) = 5. O menor valor é f (6) = 2. Exemplo: • Qual é a forma da lata que minimiza o custo? • Qual é a aceleração máximo de um ônibus espacial? • Qual o raio da traqueia contraída que expele mais rapidamente o ar durante a tosse? • Sob que ângulos os vasos sanguíneos devem ramificar de forma a minimizar a energia despendida pelo coração no bombeamento do sangue? • Qual o lucro máximo? 1 2 1 2( ) ( )x x f x f x 1 2 1 2( ) ( )x x f x f x Seja f uma função definida em um intervalo I: i) f é crescente nesse intervalo se, para quaisquer x1,x2 I, tais que ii) f é decrescente nesse intervalo se, para quaisquer x1,x2 I, tais que Função crescente e decrescente Teste Crescente/Decrescente ou Teste C/D a) Se em um intervalo , então é crescente nele. b) Se em um intervalo, então é decrescente nele. '( ) 0f x f '( ) 0f x f Exemplo: Encontre onde a função é crescente e onde ela é decrescente : 3( ) 4f x x x Vamos encontrar as raízes da função derivada 2'( ) 3 4f x x 1 2 2 3 2 3 e 3 3 x x COMPORTAMENTO DA FUNÇÃO '( ) 0f x '( ) 0f x '( ) 0f x GRÁFICO DA DERIVADA Mas o que queremos dizer por valores máximos e mínimos? Definições: Seja c um ponto no domínio D de uma função f: 1) Uma função f tem um máximo absoluto (global ) em c se, A imagem f( c ) é chamada valor máximo da f em D. 2) Uma função f tem um mínimo absoluto (global) em c se . A imagem f( c ) é chamada valor mínimo da f em D. 3) Uma função f tem um máximo local (relativo) em c se , numa vizinhança de c. 4) Uma função f tem um mínimo local (relativo) em c se próximo de c. Os valores máximos e mínimos de f são chamados extremos de f. ( ) ( ),f c f x x D ( ) ( ),f c f x x D ( ) ( ),f c f x x ( ) ( ),f c f x x Máximo absoluto Mínimo absoluto Mínimo local Mínimo local Máximo local Exemplo 1: Observe que qualquer que seja o x pertencente aos reais, logo zero é seu ponto de mínimo absoluto da f e f(0) = 0 é seu valor mínimo absoluto. Por outro lado não há um ponto onde a função assuma seu valor mais alto na parábola, ou seja, a função f(x) = x 2 não tem valor máximo absoluto. 2( )f x x ( ) 0f x Exemplo 2: 3( )f x x Esta função não tem um valor máximo absoluto nem um valor mínimo absoluto. Ela também não apresenta nenhum valor extremo local. Exemplo 3: ( ) cosf x x Assume seu valor máximo 1 ( local e absoluto ) infinitas vezes, pois cos(2nπ )= 1 para todo inteiro n e para todo x. Da mesma , cos (2n+1)π = -1 é seu valor mínimo. 1 cos 1x Exemplo 4: 4 3 2( ) 3 16 18 1 4f x x x x x Você pode ver, pelo gráfico que: f(1) = 5 é um máximo local da f; f(-1) = 37 é o máximo absoluto da f ; f(0) = 0 é um mínimo local da f ; f(3) = -27 é um mínimo tanto local como absoluto da f Observe que f não tem máximo local nem máximo absoluto em x=4 x=-1, x=0, x=1, x=3 Extremos da função 37, 0, 5, -27 Valores extremos da função Toda função apresenta extremo? Quando se pode garantir a existência de extremos? Não, no exemplo 2, 3( )f x x O teorema do valor extremo dá condições que nos garante a existência de extremos. Teorema do Valor Extremo Se f for contínua em um intervalo fechado [a,b], então f assume um valor máximo absoluto f( c) e um valor mínimo f(d) em certos números c e d em [a,b]. f atinge máximo absoluto em x=c e min. Absoluto em x=d f atinge máximo absoluto em x=c e min. Absoluto em x=d=b Observe que o valor extremo pode ser atingido mais de uma vez. Esta função valor mínimo f(2)=0, mas nenhum valor máximo Essa função contínua g não tem valor mínimo nem máximo. Observe ainda que: -extremos locais não ocorrem nos extremos dos intervalos, os absolutos podem ocorrer. -um valor extremo absoluto também é local, mas, o inverso não é verdadeiro. Pelos gráficos podemos ver que: nos pontos extremos, a reta tangente à curva é horizontal, ou seja, α = 0 portanto mtg = 0 f’(c ) = 0 = f’(d) O teorema de Fermat nos garante que isto é sempre verdadeiro. Teorema de Fermat : Se f tiver um máximo ou um mínimo local em c e se f’( c ) existir então f’( c)=0 Mas cuidado a recíproca do teorema não é verdadeira em geral, isto é, f’(c) =0 não implica que c seja ponto extremo. Lembre do exemplo acima; f(x) = x3 , f’(x) = 3x2 , f’(0) = 0 mas f não tem máximo nem mínimo em zero. Então pelo teorema encontramos “candidatos” a extremos e esses candidatos recebem o nome de número crítico. Definição: Um número crítico de uma função f é aquele nº c pertencente ao domínio da função onde ) '( ) 0 ) '( ) não existe i f c ii f c Exemplo: 1) Encontre os números críticos de 3 2( ) 3 ,f x x x x 2) Encontre os números críticos de , no intervalo [-2 ; 1/2] 3 2( ) 1f x x x x Como encontrar os pontos de máximo e mínimo? Método do intervalo fechado Teste da Derivada Primeira Teste da Derivada Segunda Método do Intervalo fechado Como encontrar os valores máximos e mínimos de uma função em um intervalo [a,b] 1)Encontre os valores de f nos pontos críticos de f em (a,b); 2)Calcule f nos pontos críticos e nas extremidades do intervalo; O maior valor entre as etapas (1) e (2) é o valor máximo absoluto, e o menor o valor é o mínimo. Exemplo: Encontre o valor máximo e mínimo absolutos da função 3 2 1( ) 3 1 , - 4 2 f x x x x x y Exercícios: 1) Seja a função . Determinar os pontos críticos de f. 2)Calcular os pontos críticos da função . 3)Calcular os pontos críticos da função no intervalo [-2, 1/2] . 3 2( ) 3 ,f x x x x 2/3( ) ( 1)f x x 3 2( ) 1f x x x x Teste da Primeira Derivada Seja f uma função contínua num intervalo fechado [a,b] que possui derivada em todo ponto do intervalo aberto (a,b), exceto possivelmente num ponto c. ) Se '( ) 0 para todo e '( ) 0 para todo tem máximo relativo ii) Se '( ) 0 para todo e '( ) 0 para todo tem mínimo relativo i f x x c f x x c f f x x c f x x c f Teste da Segunda Derivada Suponha que f” seja contínua na proximidade de c: i) Se então f tem um mínimo local em c. ii) Se então f tem um máximo local em c. '( ) 0 e "( ) 0f c f c Exemplo: Consideremos a função encontre o ponto de máximo e mínimo usando o teste da segunda derivada: 4 3 24( ) 4 3 f x x x x '( ) 0 e "( ) 0f c f c Como estudar a concavidade? Teste da Concavidade Ponto de Inflexão Teste da Concavidade A segunda derivada nos ajuda a determinar os intervalos de concavidade. i) Se o gráfico de f é côncavo para cima. ii) Se o gráfico de f é côncavo para baixo. ''( ) 0 f x x I ''( ) 0 f x x I Exemplo: Consideremos a função estudemos seu comportamentono que diz respeito à concavidade 3 2( ) 6 4 10,f x x x x Ponto de inflexão Um ponto P na curva é chamado Ponto de Inflexão se f é contínua no ponto e a curva mudar de côncava para cima para côncava para baixo e vice-versa em P. (Será onde a 2ª derivada é zero) Se f ’’(x) > 0para todo x em (a, b), então a função primeira derivada f ’(x) é crescente em (a, b) e a concavidade do seu gráfico é voltada para cima, conforme mostra a figura abaixo: Analogamente, se f ’’(x) < 0 para todo x em (a, b), então a função primeira derivada f ’(x) é decrescente em (a, b) e a concavidade do seu gráfico é voltada para baixo: Exemplo: Consideremos a função encontre o ponto de inflexão: 2( ) 4 5 '( ) 2 4 ''( ) 2 "( ) 0 f x x x f x x f x f x x Neste caso, a concavidade é sempre para cima e não há ponto de inflexão. Em vista do teste da Concavidade, há ponto de inflexão sempre que a 2ª derivada trocar de sinal 2( ) 4 5,f x x x Como as derivadas afetam a forma de um gráfico:
Compartilhar