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Biomateriais em Odontologia

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Biomateriais em Odontologia 
 Substitutos ósseos 
HISTÓRICO 
●A humanidade, desde épocas remotas, tem procurado 
maneiras de substituir tecidos vivos, quer seja porque 
estes são perdidos ou doentes, utilizando sintéticas ou 
naturais que mais recentemente, têm como substitutos 
substâncias sido genericamente chamadas de 
biomateriais; 
●O histórico dos biomateriais na área médico 
odontológica, mostra que inúmeras pesquisas têm sido 
realizadas na procura por substâncias naturais ou 
sintéticas que possam substituir tecidos corpóreos 
perdidos, moles ou duros; 
●Antigos registros nos mostram a utilização de 
substâncias, como marfim, osso seco, ouro, ligas de prata, 
entre outros materiais; 
●A partir de 1800 observou-se o emprego de compostos 
sintéticos para substituição óssea, quando pesquisadores 
preconizaram a utilização do sulfato de cálcio em defeitos 
ósseos. 
CONCEITO DE BIOCOMPATIBILIDADE 
↪Habilidade de um material desempenhar a função 
desejada em relação a uma terapia médica, sem induzir 
qualquer efeito local ou sistêmico indesejável mas 
gerando as respostas celulares e teciduais mais benéficas 
naquela situação específica e otimizando as respostas 
clinicamente relevantes daquela terapia; 
↪Propriedade que materiais devem apresentar para que 
possam utilizados em um sistema biológico, sem 
provocar "reações adversas". Não devem impedir a 
diferenciação tecidual característica do local da 
implantação; 
 Resposta imune 
REAÇÕES ADVERSAS 
 Resposta inflamatória 
aguda e crônica 
1.1 Resposta inflamatória aguda 
↪Inicia após uma injúria subletal aos tecidos ou por 
reações imunológicas específicas; 
↪Caracterizada por alterações da permeabilidade 
vascular, permitindo o acúmulo local de líquido (edema), 
fibrina, leucócitos, neutrófilos e hemácias; 
↪Clinicamente a inflamação aguda é caracterizada pelos 
sinais tradicionais de tumor, calor, rubor, dor e perda 
parcial da função; 
Pode evoluir: 
①Regeneração, quando o tecido lesado é substituído 
pelo mesmo tipo de tecido; 
②Cicatrização, quando há destruição tecidual e 
substituição por tecido fibroso; 
③Formação de abscesso, que se caracteriza pela 
instalação de agentes plogênicos; 
④Progressão para a inflamação crônica. 
 
1.2 Resposta inflamatoria crônica 
↪O agente causador da lesão é inerte, insolúvel ou 
pouco agressivo; 
↪Histologicamente caracteriza-se pelo aumento da 
formação vascular, migração e proliferação de linfócitos, 
macrófagos, células gigantes, fibroblastos e fibras 
colágenas no local; 
↪Clinicamente é caracterizada pela ausência ou 
evidência dos sinais clássicos inflamatórios; 
↪Uma das evoluções é o encapsulamento ou expulsão 
da matéria morta implantada no organismo, mas que é 
muito grande para ser fagocitada; 
↪Pode ocorrer intensa perda óssea provocada pela 
inflamação crônica. Pode-se notar desenvolvimento 
fibrótico ao redor do implante. 
 
BIOMATERIAIS 
↪Qualquer substância construída de tal forma que, 
sozinha ou como parte de um sistema complexo. É usada 
para dirigir, pelo controle de interações com 
componentes de um sistema vivo, o curso de um 
procedimento diagnóstico ou terapêutico, quer seja em 
humanos ou animais. 
 
Propriedades 
①Não induzir a formação de trombos, resultado do 
contato entre o sangue e o material; 
②Não induzir resposta imunológica adversa; 
③Não ser tóxico; 
④Não ser carcinogênico; 
⑤Não perturbar o fluxo sanguíneo; 
⑥Não produzir resposta inflamatória aguda ou crônica 
que impeça a diferenciação própria dos tecidos 
adjacentes; 
 
IMPLANTODONTIA 
↪Na Implantodontia, o termo substituto ósseo, p. ex., é 
utilizado para nominar biomateriais que são utilizados em 
diversas situações: preenchimento de defeitos ósseos, 
alvéolos pós exodontia, espaços "vazios" entre os 
implantes osseointegrados instalados imediatamente e as 
paredes alveolares do terço cervical e preenchimento do 
seio maxilar, visando neoformação de tecido ósseo; 
 Neoformação: processo biológico que acontece a 
expensas da atividade osteoblástica e da qualidade do 
tecido ósseo neoformado. O resultado, quando da 
presença de biomateriais chamados de substitutos 
ósseos, não é igual para todos indivíduos; 
DEPENDE: 
→do material que é composto; 
→sua origem; 
→das condições clinicas do local receptor; 
→do domínio das indicações e da técnica cirúrgica. 
 
CONCEITOS 
●IMPLANTE 
↪Termo utilizado para definir qualquer dispositivo 
médico, constituído por um ou mais biomateriais, que é 
colocado no corpo, sepultado parcial ou totalmente 
abaixo do epitélio, onde a intenção é deixá-lo por um 
significativo período de tempo. É considerado implante 
todo biomaterial que não apresenta células vivas. 
 
●ENXERTO 
↪Peça de tecido transferida de um local doador para um 
local receptor, com o objetivo de reconstruir o local 
receptor; 
↪Este tecido pode ou não receber tratamento durante 
a transferência. Implica na presença de tecido com 
vitalidade que foi obtido e utilizado no mesmo tempo 
cirúrgico. 
 
●TRANSPLANTE 
↪O termo transplante se aplica a uma estrutura 
completa, tal como um órgão, que é transferido de um 
locai para outro ou de uma pessoa para outra com 
objetivo de restabelecer uma função. 
 Quanto a origem: 
↪Autógeno ou Autólogo: obtido de áreas doadoras 
do próprio indivíduo; 
↪Homógeno ou Homólogo: obtido de indivíduos de 
espécie semelhante ao receptor; 
↪Heterógeno ou Xenógeno: obtido de indivíduos de 
espécies diferentes do receptor, sendo mais comumente 
obtidos de bovinos e, recentemente, de suínos ou 
caprinos; 
↪Sintético ou Aloplástico: podem ser metálicos, 
cerâmicos ou plásticos. Estes materiais sintéticos são 
denominados como materiais de implante. Entretanto, 
estes implantes, em sua maioria, desempenham papel 
fundamental de preenchimento dos espaços 
apresentados pelos defeitos ósseos, sem haver uma 
incorporação fisiológica. 
 
REAÇÃO BIOLÓGICA 
↪Biotolerado: material caracterizado pela presença de 
tecido conjuntivo fibroso entre o implante e o tecido 
ósseo; 
↪Bioinerte: material caracterizado por uma 
neoformação óssea de contato (não há reação entre o 
leito e o implante); 
↪Bioativo: material caracterizado por induzir uma 
reação fisico-química entre o implante e o osso. É o 
resultado de uma adaptação química e microestrutural 
com o tecido ósseo; 
 
CARACTERISTICA FISICA 
↪Anorgânico, inorgânico ou mineralizado: por 
meio de processo químico, os componentes orgânicos 
são removidos e a matriz inorgânica é preparada na 
forma de grânulos com dimensões variadas; 
↪Desmineralizado: por meio de processo químico, 
os componentes inorgânicos e celulares são removidos 
permanecendo os componentes da matriz extracelular, 
podendo ou não incluir as BMPs; 
↪Fresco: o material é obtido e utilizado sem nenhum 
tipo de processamento. 
 
PROPRIEDADES BIOLÓGICAS 
↪Osteocondutor: capacidade de conduzir o 
desenvolvimento de novo tecido ósseo através de sua 
matriz de suporte (arcabouço); 
→Os osteocondutores são biocompatíveis e formam um 
arcabouço para deposição e proliferação celular com 
atividade osteoblástica. Se um osteocondutor for inserido 
em um local ectópico (não ósseo), ele não estimula 
neoformação óssea, ao contrário, permanecem 
relativamente inaiterados encapsulados ou reabsorvem. 
Os osteocondutores mais comuns na Implantodontia são 
os aloplásticos e os heterógenos. 
 Ex: Composto de Hidroxiapatita (15%) e Beta-fosfato 
tricálcico (85%) grau médico, estéril, gramulado, ern 
frascns CIMn 10cc/s; 
↪Osteoindutor: osteoindução é o processo na qual a 
osteogênese é induzida e envolve a formação de novo 
osso a partir do recrutamento de células imaturas e sua 
diferenciação em células osteoprogenitoras. Os materiais 
homógenos e es autógenos são os agentes 
osteoindutores mais usados; 
→O osso liofilizado desmineralizado apresenta diferençasno potencial de osteoindução conforme o método de 
obtenção, tempo de retirada do osso após morte do 
doador, temperatura de armazenamento, tamanho de 
partícula e idade do doador; 
→Mais recentemente tem sido questionada a função 
osteoindutora da maioria dos substitutos ósseos. 
 
↪Osteogênico: processo no qual as células ósseas vivas 
e remanescentes do enxerto mantém a capacidade de 
formar matriz óssea. O enxerto ósseo autógeno 
apresenta atividades de osteogênese, osteoindução, 
osteocondução e osteopromoção; 
→A osteogênese dura quatro semanas (Fase l); 
A atividade osteoindutora, pela liberação das proteínas 
ósseas morfogenéticas (BMP), permanece entre duas 
semanas e seis meses, com o pico em seis meses (Fase 
II); 
→A atividade osteocondutora é mantida por meio de 
sua matriz inorgânica (Fase III); 
→A atividade osteopromotora, quando há cortical, nos 
casos dos blocos ósseos, atuaria como membrana (Fase 
IV); 
 O osso autógeno pode ser utilizado na forma de 
blocos (aumentos horizontais e verticais de rebordo) e 
de partículas (preenchimento de cavidades ou defeitos 
ósseos); 
→As partículas podem ser obtidas por particulação dos 
blocos ósseos (particuladores de osso), raspa de osso 
(raspadores ósseos) e macerado (coletores de osso nas 
pontas de aspiração ou fresas). A diferença é a dimensão 
e a qualidade do mecanismo de neoformação óssea, 
sendo melhor o osso particulado em particuladores. 
Tanto a raspa de osso como o macerado apresentam 
qualidades biológicas aceitáveis. 
 
↪Osteopromotor: utiliza de meios físicos (membranas 
ou barreiras) para o isolamento anatômico de um local, 
seleção e proliferação de células, basicamente 
osteoblastos, a partir do leito receptor e simultaneamente 
impedindo a ação de fatores inibitórios ao processo de 
regeneração; 
→Necessita de espaço biológico entre a barreira ou 
membrana e o defeito ósseo; 
→A ROG usa osteopromoção como princípio biológico; 
→Está indicada na regeneração óssea em alvéolos 
frescos; 
→Defeitos ósseos com paredes ósseas remanescentes; 
→Promover neoformação óssea em implantes instalados 
após a exodontia e para corrigir perda óssea (peri-
implantar) após a osseointegração.

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