Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA Ana Laura Da Silva Tomé Andreia Moreira Bruna Fabieli Lisboa Da Silva Jéssica Francine Azevedo EDUCAÇÃO INCLUSIVA INFANTIL: POSSIBILIDADES E DESAFIOS SOROCABA/SP 2017 Ana Laura Da Silva Tomé Andreia Moreira Bruna Fabieli Lisboa Da Silva Jéssica Francine Azevedo EDUCAÇÃO INCLUSIVA INFANTIL: POSSIBILIDADES E DESAFIOS Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de graduação em Pedagogia apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Prof. Dr. João Henrique da Silva SOROCABA/SP 2017 Ana Laura Da Silva Tomé Andreia Moreira Bruna Fabieli Lisboa Da Silva Jéssica Francine Azevedo EDUCAÇÃO INCLUSIVA INFANTIL: POSSIBILIDADES E DESAFIOS Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de graduação em Pedagogia apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. João Henrique da Silva Universidade Paulista – UNIP _______________________/__/___ RESUMO Nos dias atuais, a educação inclusiva tem sido um dos maiores desafios da sociedade, pois envolve, além da pessoa com deficiência, a família, a escola e todo o meio social o qual a pessoa com deficiência está inserida. Este trabalho teve como objetivos descrever o contexto histórico, político e educacional da educação infantil em relação à proposição da política da educação inclusiva; analisar a produção científica acadêmica disponível na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do Instituto Brasileiro de Informação para Ciência e Tecnologia (BDTD/IBICT) – teses e dissertações produzidas no Brasil – sobre a temática da inclusão na educação infantil. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que se baseou nas legislações e nos estudos de pesquisadores acerca do tema. Os resultados sinalizam que a inclusão é feita aos poucos e com cautela. A especialização dos professores é um fator fundamental para a prática da inclusão, sempre levando em consideração as peculiaridades e características individuais de cada criança. A formação continuada dos professores ainda requer atenção do Poder Público, pois não supre a demanda de profissionalização exigida pelas crianças que necessitam de inclusão. Palavras-chave: Educação Inclusiva. Educação Infantil. Política Educacional. ABSTRACT Nowadays, inclusive education has been one of society's greatest challenges, as it involves, in addition to the disabled person, the family, school and all social environment in which the person with disabilities is inserted. The purpose of this study was to describe the historical, political and educational context of early childhood education in relation to the proposition of inclusive education policy; Analysis of the scientific production in the Digital Library of Theses and Dissertations of the Brazilian Institute of Information for Science and Technology (BDTD / IBICT) - theses and dissertations produced in Brazil - on a theme of inclusion in early childhood education. It is a bibliographical research that was based on the legislations and studies of researchers on the subject. The results indicate that the inclusion is done gradually and with caution. The specialization of teachers is a fundamental factor for the practice of inclusion, always taking into account the peculiarities and individual characteristics of each child. Continuing teacher education still requires public attention, as it does not meet the demand for professionalization required by children in need of inclusion. Keywords: Inclusive Education. Child education. Educational politics. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 6 2 INCLUSÃO SOCIAL E ESCOLAR .............................................................. 8 2.1 Fatores de Exclusão/Inclusão .............................................................. 8 2.2 Pessoa com Deficiência ....................................................................... 9 2.3 Educação Inclusiva – Uma abordagem Política e Histórica ............... 11 3 EDUCAÇÃO INCLUSIVA INFANTIL ......................................................... 14 3.1 Ensino Regular ................................................................................... 15 3.2 O Papel dos Professores na Inclusão ................................................ 17 4 LEVANTAMENTO DE DADOS ................................................................. 19 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 25 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 26 6 1 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como tema a Educação Inclusiva Infantil, delimitando o campo de estudo nas Possibilidades e Desafios. A escolha do tema e de sua delimitação se deu porque, nos dias atuais, a educação inclusiva tem sido um dos maiores desafios da sociedade, pois envolve, além da pessoa com deficiência, a família, a escola e todo o meio social o qual a pessoa com deficiência está inserida. Todas as integrantes do grupo já tiveram experiências com crianças especiais, no ambiente de trabalho e até mesmo na família, o que fez crescer a vontade de trazer esse tema para estudo. Além disso, há diferentes opiniões sobre o assunto, o que nos trouxe muitas dúvidas quanto a sua real aplicação no contexto escolar vigente. Busca-se por meio desta pesquisa, o conhecimento necessário a respeito das circunstâncias interativas que os alunos com necessidades especiais estabelecem com seus professores e colegas nas classes da rede regular de ensino. Diante do exposto, o problema de pesquisa é: Como é feita a inserção e adaptação de alunos com deficiência na etapa da educação infantil em redes comuns de ensino? Quais foram os estudos que investigaram a política da educação inclusiva na educação infantil? Dentre as hipóteses, acredita-se que o processo de inserção e adaptação da pessoa com deficiência é delicado e varia de acordo com a patologia do aluno, sendo em alguns casos mais fácil e em outros, mais difícil. De tal forma a legislação atual exige que os professores sejam bem preparados para atender e ajudar os alunos com necessidades educacionais especiais. Entretanto, esse treinamento que os professores precisam nem sempre é oferecido, sendo mais comum encontrar cuidadores acompanhando os alunos com deficiência e dando auxilio ao professor. Assim, os objetivos deste estudo são: descrever o contexto histórico, político e educacional da educação infantil em relação à proposição da política da educação inclusiva; analisar a produção científica acadêmica disponível na Biblioteca Digital de 7 Teses e Dissertações do Instituto Brasileiro de Informação para Ciência e Tecnologia (BDTD/IBICT) – teses e dissertações produzidas no Brasil – sobre a temática da inclusão na educação infantil. O presente trabalho consiste numa pesquisa bibliográfica, sendo ela o procedimento de investigação por meio de livros e artigos. Neste trabalho foram estudados: CAIADO; LAPLANE (2009); LOPES (2006); SHEPPARD (2006); WIXEY (2005); KASSAR (2011); REBELO (2013); PLETSCH (2009), entre outros autores. O trabalho foi organizado em três capítulos de conteúdo e um de considerações finais. O primeiro capítulo trata da Inclusão Social e Escolar. Já o segundo, aborda a educação inclusiva infantil. O terceiro capítulo foi um estudo realizado com trabalhos de outros pesquisadores, onde foram apresentados os resultados de cada trabalho. Espera-se que a presente pesquisa nos ajude a compreender melhor o contexto de inclusão de uma criança com deficiência, fazendo com que nos tornemosmelhores pessoas e profissionais da educação. 8 2 INCLUSÃO SOCIAL E ESCOLAR Inclusão social e escolar é um processo que visa reduzir a desigualdade, seja ela no âmbito da sociedade ou da instituição educacional. O tema tem sido bastante abordado atualmente devido ao Estatuto das Pessoas com Deficiência, ao feminismo, às cotas raciais, entre outros manifestos. Entretanto, o tema já era problematizado muito antes, porém não ganhava tanta atenção como agora, e a inclusão social não abrange apenas as pessoas com deficiência, mas também todos os grupos de minorias. Para Lopes (2006), a inclusão social nada mais é que políticas sociais atuais que dão prioridade, equivocadamente, para os excluídos que estão no limite das privações através de programas que focam sustentar legendas de “inclusão social”. Laclau (2006) afirma que a Inclusão Social é uma questão de abertura e reconhecimento da diversidade, e de gestão, que estabelecem as políticas públicas. Já Sheppard (2006) diz que a inclusão social se relaciona com a procura de segurança social através da cidadania social, isto é, todos os cidadãos têm os mesmos direitos na sociedade. Nota-se que há divergência entre o pensamento dos autores, porém ambas as definições se complementam, de forma que a inclusão social prioriza os excluídos, abre o reconhecimento para a diversidade e iguala os direitos sociais. 2.1 Fatores de Exclusão/Inclusão Maria Carla (2007) aponta as mudanças tecnológicas e organizacionais, os novos requisitos para obtenção de emprego e o aumento de desemprego, como fatores que acirraram a desigualdade socioeconômica na década de 1990. Assim, os jovens são reconhecidamente mais atingidos pelo desemprego e passam a ganhar mais atenção no que diz respeito à educação e preparação. Na mesma linha de pensamento, Lopes (2006) diz que a exclusão social caracteriza-se por um conjunto de fenômenos que se configuram no vasto campo das relações sociais atuais: o desemprego, o trabalho precário, a desqualificação social, a separação de identidades, a desumanização do outro, a anulação da 9 alteridade, a população de rua, a violência, à segurança, a falta de acesso a bens e serviços, a fome, à justiça e à cidadania. Por outro lado, Wixey (2005) aponta soluções para a exclusão, como a valorização das pessoas e grupos independentes de religião, etnia, gênero ou diferença de idade; estruturas que permitam ter possibilidades de escolhas; envolvimento nas decisões que afetam a si em qualquer escala; disponibilidade de oportunidades e recursos necessários para que todos possam participar plenamente na sociedade. O “Programa Ética e Cidadania” (MEC, 2011), aborda, no contexto do paradigma da inclusão, que talvez um dos maiores problemas enfrentados no Brasil seja a escassez de recursos e serviços que assegurem condições de acessibilidade às pessoas com necessidades especiais Ainda assim, de acordo com a matéria publicada no site da Revista Época (2015), o Brasil é um país tolerante e com políticas de inclusão entre as melhores do mundo. Conforme levantamento, indicadores brasileiros mostram altos níveis de liberdade religiosa, apoio comunitário e tolerância com orientações sexuais diversas, sendo que, entre 133 países avaliados, o Brasil ficou em 24º lugar em “tolerância e inclusão” e num razoável 33º lugar em “direitos individuais”. 2.2 Pessoa com Deficiência Entre tantas minorias precisando de atenção, a que apresenta maior dificuldade de inserção na sociedade é a das pessoas com deficiência. Nossa Constituição Federal prevê em seu Artigo 5º que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza [...]”. A respeito disso, há debates sobre a forma como as pessoas com deficiência devem ser chamadas. É comum usar a expressão “portador” de deficiência, porém com o novo entendimento sobre o assunto, não é adequado usar esse termo. Conforme matéria publicada no site do G1 (2012), durante a 3ª Conferência Nacional das Pessoas com Deficiência, em Brasília, a então Presidente Dilma Rousseff foi vaiada ao utilizar o termo “portador” e quando corrigiu a expressão foi aplaudida. 10 Segundo dados do IBGE, 23,9% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência, conforme mostra a figura a seguir: Figura 1. Pessoas com Deficiência no Brasil Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. Não é à toa que foi criado o Estatuto das Pessoas com Deficiência: Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015, na qual podemos encontrar a definição de pessoa com deficiência em seu artigo 2º: Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Além do Estatuto e da Constituição Federal, existem órgãos públicos voltados para as necessidades especiais da pessoa com deficiência, por exemplo, a Secretaria Nacional de Promoção aos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD), que é um órgão integrante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e atua na articulação e coordenação das políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência (SECRETARIA DOS DIREITOS HUMANOS, [2017]). Também existe o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência 11 (CONADE) que é um órgão de deliberação colegiada, composto paritariamente por representantes do governo e da sociedade civil, de natureza permanente. Em 2003, integra estrutura básica Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República. (INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA, [2017]). 2.3 Educação Inclusiva – Uma abordagem Política e Histórica De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC, 2008), a escola historicamente se caracterizou pela visão da educação que impõe limites à escolarização como sendo privilégio de um grupo, uma exclusão que foi legitimada nas políticas e práticas educacionais reprodutoras da ordem social. Ainda segundo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC, 2008), a educação inclusiva começou como atendimento educacional especializado que substituía o ensino comum, em que era possível notar diferentes compreensões, terminologias e modalidades que impulsionaram à criação de instituições especializadas, escolas e classes especiais. O Brasil vem crescendo e aprimorando sua legislação sobre inclusão ao longo da história: O atendimento às pessoas com deficiência teve início na época do Império, com a criação de duas instituições: o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, atual Instituto Benjamin Constant – IBC, e o Instituto dos Surdos Mudos, em 1857, hoje denominado Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES, ambos no Rio de Janeiro. No início do século XX é fundado o Instituto Pestalozzi (1926), instituição especializada no atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954, é fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE; e, em 1945, é criado o primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com superdotação na Sociedade Pestalozzi, por Helena Antipoff. (MEC, SEESP, 2008). Tratando de leis, especificamente a Lei nº 13.146 de 06 de julho de 2015, a pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação. Nesse contexto, o texto de Lei traz, em seu capítulo IV, Artigo 27, o direito à educação da pessoa com deficiência: 12 A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurando sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimentopossível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. Entretanto, as pessoas com deficiência nem sempre tiveram oportunidades, e direitos iguais perante as demais pessoas. Kassar (2011) menciona que em meados do século XIX, a população brasileira, em sua maioria, não tinha acesso à instrução e era analfabeta, além disso, a massa de trabalhadores era de escravos, logo, a restrição à educação faz parte do contexto histórico brasileiro. Se a educação nem sempre foi o foco do Brasil, tampouco seria prioridade a educação das pessoas com necessidades especiais. Ainda conforme Kassar (2011), no início da República o Brasil passou a dar atenção às pessoas com deficiência em decorrência de ideias já difundidas na Europa as quais estudiosos daqui tomaram parte. Rebelo (2013) diz que a educação especial no Brasil, era caracterizada pelo termo “parcial simbiose” entre os setores público e privado, nomenclatura dada por Jannuzzi (1997), que significava que o Estado deixava a educação das pessoas com deficiência, na maioria dos casos, como responsabilidade das instituições privado- assistenciais, que eram subvencionadas pelo governo. Essas instituições, por sua vez, influenciaram o poder público a formular políticas para a educação especial. Em 1988 foi promulgada a Constituição Federal do Brasil trazendo consigo a garantia de atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência, de preferência na rede regular de ensino (Art.208). Em seu artigo 205, a CF/88 define a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. Dois anos depois, promulgado o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, Lei nº 8.069/90 – que reforça, em seu artigo 55, os dispositivos legais mencionados anteriormente ao determinar que “os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino”. Em 1990, o Brasil passou por um processo de equilíbrio fiscal através de reformas trabalhistas, administrativas e previdenciárias, para tanto, teve que fazer cortes nos gastos públicos. É nesse período de ajustes que no Brasil começa a se 13 perceber a preocupação em identificar a educação especial sob um olhar pedagógico e escolar. No mesmo período (1990-1994) ocorrem as declarações da UNESCO: Declaração Mundial Sobre Educação para Todos e a Declaração de Salamanca, sobre princípios, políticas e práticas na área de necessidades educativas especiais. (REBELO, 2013). Mais tarde, conforme Caiado e Laplane (2009), em 2003, o governo brasileiro deu início ao Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade, promovido pela Secretaria de Educação Especial (SEESP) e pelo Ministério da Educação (MEC). O programa tinha como critério dissipar a política de educação inclusiva nos municípios brasileiros e apoiar a formação de gestores e educadores para efetivar a transformação dos sistemas educacionais em sistemas educacionais inclusivos. Como objetivo, fazer com que as redes atendam com qualidade e incluam nas classes comuns do ensino regular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades. (MEC, 2017). O Censo Escolar registra uma evolução nas matrículas, de 337.326 em 1998 para 700.624 em 2006, representando um crescimento de 640% das matrículas em escolas comuns (inclusão) e 28% em escolas e classes especiais. (MEC, 2007). Ainda que o atual cenário de crise no Brasil aponte contradição sobre a qualidade de ensino, agora é o momento de colocar em prática toda a legislação sobre o assunto, de forma a promover a participação efetiva de todas as pessoas, principalmente dos excluídos de todos os espaços sociais. (Camargo, 2017). 14 3 EDUCAÇÃO INCLUSIVA INFANTIL Ao nascer, a criança tem seu primeiro contato com a família, mas é na escola onde ela aprende o que é sociedade e se depara com as diversidades sociais. Primeiramente, vamos entender o conceito de educação infantil. De acordo com o portal Educação Integral do MEC (2017), a educação infantil é a primeira etapa da educação básica. Nas creches são atendidas crianças de zero a três anos e na pré-escola, de quatro e cinco anos. Sua finalidade é desenvolver totalmente a criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, os municípios são responsáveis pela oferta e gestão da educação infantil. (BRASIL, 2014). O Referencial curricular nacional para a educação infantil (BRASIL, 1998) constitui-se em um conjunto de referências e orientações didáticas, trazendo como eixo do trabalho pedagógico: o brincar como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil e a socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma. (MEC, 2006). Como visto no capítulo anterior, todos somos iguais perante a Lei, e não apenas sob a Lei. De modo pessoal, ético, moral e emocional, devemos respeitar o próximo da maneira como gostaríamos de ser respeitados. As crianças com qualquer deficiência, independentemente de suas condições físicas, sensoriais, cognitivas ou emocionais, são crianças que têm as mesmas necessidades básicas de afeto, cuidado e proteção, e os mesmos desejos e sentimentos das outras crianças. Elas têm a possibilidade de conviver, interagir, trocar, aprender, brincar e serem felizes, embora, algumas vezes, de forma diferente. (MEC, 2006). A maioria das pessoas possui lembranças de como foi sua infância na creche e na pré-escola. Sekkel e Matos (2014), em seu estudo sobre a educação inclusiva infantil, ao entrevistar alunos que tiveram a oportunidade de estudar com pessoas com deficiência, relatam que algumas dessas crianças se lembram de como foi essa experiência. Essa relação envolvendo diversidade gerou marcas e efeitos que contribuíram para a formação de atitude de cada criança. 15 “Apesar de todas as barreiras presentes na relação com uma pessoa com deficiência múltipla, há algo que pôde superá-las todas e que coloca em relevo o potencial inclusivo da educação infantil. ” (SEKKEL E MATOS, 2014). No Brasil, após a mudança social e a inclusão das mulheres no mercado de trabalho, estas sentiram a necessidade de ter um lugar para deixarem seus filhos para poderem ir trabalhar. Assim, a educação infantil se tornou necessária, mas somente após a Constituição Federal de 1988 e com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 que se tornou um direito de todas as crianças e deixou de ser um apoio às mães trabalhadoras, passando a ser parte fundamental do processo educativo. (CARNEIRO, 2012). 3.1 Ensino Regular Com o passar dos anos, o número de crianças matriculadas em creches e pré-escolas do ensino regular aumentou. De 2010 a 2015 é possível notar esse aumento conforme mostra a figura a seguir: Figura 2. Ensino Regular – Evolução do Número de Matrículas na Educação Infantil. Brasil 2010-2015 Fonte: MEC, Censo Escolar 2015. 16 Apesar desse aumento, representando a conscientização da sociedade em matricular seus filhos desde já em creches e pré-escolas, esse número não representa a inclusão das pessoas com deficiência. O sistema regular de ensino necessita ser adaptado e transformado de forma pedagógica e profissional para atender às necessidades de inclusão. Carneiro (2008), ressalta que muitas famílias, com filhos que apresentam necessidades especiais, têm medo do preconceito e acabam optando pelo ensino especial. O ensino especial é aquele especializado no atendimento exclusivo de pessoas com deficiência, e temsido alvo de críticas por não promover a interação entre crianças com deficiência e as demais crianças. (GUIA DE ESCOLAS E CRECHES, 2017). No ano de 1994, em Salamanca, Espanha, ocorreu uma conferência envolvendo vários países. A pauta foi a educação especial. Essa declaração, intitulada Declaração de Salamanca, foi um dos ponta pés iniciais para a educação inclusiva. Dentre outras proclamações, encontramos uma que define claramente o papel da escola regular na inclusão: As escolas regulares seguindo esta orientação inclusiva, constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidarias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos; além disso, proporcionam uma educação adequada à maioria das crianças e promovem a eficiência, numa ótima relação custo-qualidade, de todo o sistema educativo. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994). A inserção e adaptação das crianças com deficiência nas redes regulares de ensino dependem de uma completa estrutura no que tange aos aspectos de acessibilidade de acordo com a deficiência do aluno, por exemplo, um aluno com deficiência visual precisa ter acesso a livros em braile, um aluno surdo enfrenta barreiras de comunicação e exige o conhecimento em libras, mas toda essa interação depende da profissionalização e experiência dos educadores. Não é o aluno que deve se adaptar à escola, e sim a escola que deve se adaptar às necessidades do aluno. 17 3.2 O Papel dos Professores na Inclusão O professor desempenha um papel fundamental na vida da criança, pois é ele que transmite o conhecimento e ajuda na formação social do aluno. Como visto anteriormente, os alunos com necessidades especiais requerem mais atenção e um nível maior de especialização dos professores. Conforme o art. 58, §1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, “haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial. ” Em seguida, em seu art. 59, inciso III, a Lei garante “professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns. “ De acordo com o artigo publicado no site Nova escola, por Daniela Alonso (2013), o professor tem o papel de organizar a sala de aula e intervir nas atividades que o aluno com deficiência não consegue realizar sozinho, sendo que é dever da gestão que elabora o projeto pedagógico da escola direcionar as ações do professor. O educador com foco na inclusão deve prestar atenção nas competências de seus alunos, e não em suas limitações. É preciso tempo e estratégias para que ajudem a conhecer os alunos, para tanto, o professor precisa se sentir capaz e estar em constante formação, buscando conhecimento, novas formas de pensar e de agir para atender as exigências de sua profissão. “Muitas vezes, identificar as limitações pode ter um efeito paralisante. Por outro lado, se identificarmos as competências, encontramos alternativas de ensino e condições favoráveis à participação nas aulas e a aprendizagem. ” (ALONSO, 2013). Ainda de acordo com o artigo, existem dois fatores importantes que devem ser considerados na formação e atualização dos profissionais: o primeiro refere-se ao conteúdo e o segundo, à forma de desenvolvê-lo. Nesse contexto, a contribuição de Pletsch (2009) é válida quando ela diz que no Brasil a formação de professores segue ainda um modelo tradicional ineficiente para suprir as demandas da educação inclusiva. A autora acrescenta: 18 “O fato é que, de maneira geral, as licenciaturas não estão preparadas para desempenhar a função de formar professores que saibam lidar com a heterogeneidade posta pela inclusão. “ (PLETSCH, 2009). Devido a essa falta de preparo, as escolas desenvolvem cursos, reuniões e debates internos, buscando especializar seus professores e fazer a troca de experiências. Em 2014, o Governo do Estado de São Paulo desenvolveu a formação inédita de 1.600 professores e gestores com o foco na educação especial e inclusiva. Foram disponibilizados sete cursos de especialização, elaborados em parceria com a Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores do Estado de São Paulo (EFAP) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), a partir do projeto REDEFOR. Com os novos profissionais capacitados, a Secretaria da Educação tinha como objetivo aumentar ainda mais a quantidade das salas de recursos, ambientes regidos por professores especializados e equipados com materiais pedagógicos específicos, de acordo com o tipo de deficiência. (SECRETARIA DA EDUCAÇÃO, 2014). Em dados estatísticos, de 2003 para 2013 houve um aumento de 177% na formação de professores em educação especial. Em 5.553 municípios das cinco regiões do país, 648.921 alunos com deficiência (visual, auditiva, física ou transtornos globais do desenvolvimento) estudam em classes comuns da educação básica. (BRASIL, 2014). 19 4 LEVANTAMENTO DE DADOS Este capítulo irá tratar de pesquisas já realizadas a respeito da educação inclusiva infantil. Utilizamos a plataforma da biblioteca Digital de Teses e Dissertações do Instituto Brasileiro de Informação para Ciência e Tecnologia (BDTD/IBICT) – teses e dissertações produzidas no Brasil. Foram coletados dados a respeito de trabalhos já elaborados sobre o assunto. No total foram 10 trabalhos selecionados, sendo que, somente um foi de tese (Doutorado) e os outros 9, de dissertação (Mestrado). Dentre os trabalhos avaliados, 5 foram elaborados na região sudeste do país através das seguintes instituições: Universidade Federal do Espírito Santo, Universidade Federal de São Carlos, Universidade de São Paulo e Universidade Estadual Paulista. Os demais foram desenvolvidos nas regiões: Sul, Universidade Federal de Santa Maria; no Nordeste, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal do Ceará e Universidade Federal do Rio Grande Do Norte. Cada trabalho apresentou um autor e orientador diferente. Os anos de pesquisa vão de 2006 até 2016, tendo um espaço de ausência de três anos (2007, 2008 e 2009), como mostra o gráfico 1. Acrescenta-se que as universidades Federal da Paraíba e Federal do Espírito Santo, cada uma apresentou duas dissertações, as demais apenas uma. Isto revela a dispersão de estudos em todo o Brasil, não havendo estudos sistemáticos sobre a educação inclusiva na etapa da etapa educação infantil. 20 Gráfico 1 – Distribuição Temporal dos Trabalhos Todos os trabalhos avaliados são de Programas de Pós-Graduação em Educação, e os temas são todos relativos às formas, políticas e preparação dos professores para inclusão, como se pode ver no quadro 1. 0 0,5 1 1,5 2 2,5 2006 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Quantidades de Trabalhos por ano 21 Quadro 1 – Temas/títulos das pesquisas e seus respectivos autores. Tipo de documento Autor Título do trabalho Dissertação Renata Suzi Escudeiro Hastenreiter Rodrigues Análise dos aspectos da relação social entre crianças: contribuições para a inclusão na educação infantil Dissertação Dayane Bollis Rabelo O bebê surdo na Educação Infantil: um olhar sobre inclusão e práticas pedagógicas Dissertação Andrea Karla de Souza Gonzaga O processo de inclusão de pessoas com deficiência e a educação infantil: um estudo de caso na escola de educação básica- UFPB Dissertação Clariane do Nascimento de Freitas Indicadores De Inclusão na Educação Infantil e suas implicações na Constituição do Sujeito Dissertação Anna Costa Fernades A inclusão Social na Educação Infantil: Um olhar sobre a prática docente. Dissertação Gabriela Silva Ferreira Políticas Públicas de Inclusão na educação infantil:Um estudo em creches no município de Franca/SP Dissertação Maria Betania Barbosa da Silva Lima Leituras pedagógicas das crianças com deficiência em creches e pré-escolas de Campina Grande-PB Dissertação Roseli Kubo Gonzalez Análise de Critérios para promoção de alunos com deficiência intelectual em pré-escolas públicas de Osasco Tese Nazineide Brito A recepção da criança com deficiência intelectual ao texto literário na educação infantil Dissertação Aline Kelly Scalco Gonçalves Estratégias pedagógicas inclusivas para crianças com paralisia cerebral na educação infantil 22 No primeiro trabalho, “Análise dos aspectos da relação social entre crianças: contribuições para a inclusão na educação infantil”, Renata Suzi Escudeiro Hastenreiter Rodrigues chegou ao resultado de que estabelecemos relações sociais com o outro a todo tempo e, mesmo sem perceber a amplitude de nossas relações sociais, nós nos auto vivenciamos e vivenciamos o outro equacionando o eu e o outro numa unidade espaciotemporal. A pesquisa ressaltou que a presença da criança com deficiência na escola de educação infantil amplia as possibilidades de relações sociais. Já no segundo, “O bebê surdo na Educação Infantil: um olhar sobre inclusão e práticas pedagógicas”, através da pesquisa, Dayane Bollis Rabelo chegou à conclusão de que as escolas precisam estar bem equipadas para receber os alunos especiais. De acordo com os dados levantados, faltam professoras fluentes em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Na terceira dissertação, “O processo de inclusão de pessoas com deficiência e a educação infantil: um estudo de caso na escola de educação básica- UFPB”, Andrea Karla de Souza Gonzaga obteve, como resultado, o processo de inclusão na instituição que ainda é desafiador e caminha em passos lentos. Para que possa se efetivar, necessita de romper o tabu da incapacidade dos deficientes, e isso requer compromisso e dedicação dos professores com a educação. No quarto trabalho, “Indicadores De Inclusão na Educação Infantil e suas implicações na Constituição do Sujeito”, Clariane do Nascimento de Freitas observou que é pouco provável que as crianças com deficiência internalizem valores e conhecimentos do mesmo modo que as outras, e que algumas crianças expressam desconforto diante do colega especial. No quinto tema estudado, “A inclusão Social na Educação Infantil: Um olhar sobre a prática docente”, Anna Costa Fernades utilizou índices de ECERS-R, que é uma Escala de Avaliação do Ambiente em Educação Infantil. Os itens são cotados numa escala de 1 a 7, sendo que, 1 é inadequado, 3 é mínimo, 5 é bom e 7 é excelente. Os resultados indicaram que a média nacional da educação infantil é 3,4, enquanto que, a nota da professora participante é de 3,1 e a média da educação no 23 município de Fortaleza é 2,2. Isso mostra que no munícipio a educação infantil é inadequada e que na escola avaliada não passa de bom. No tema seguinte, “Políticas Públicas de Inclusão na educação infantil: Um estudo em creches no município de Franca/SP”, os resultados da pesquisa da Gabriela Silva Ferreira, consideraram que a chegada da criança com deficiência na educação infantil é realidade e que a inclusão destas crianças precisa ser assegurada com qualidade, o que implica em ambientes físicos adaptados, recursos pedagógicos adequados, proposta pedagógica com atendimento especializado complementar, capacitação dos profissionais e a necessidade de ser afirmada a implementação de uma política de educação inclusiva na educação infantil do município. Seguindo, o próximo tema, “Leituras pedagógicas das crianças com deficiência em creches e pré-escolas de Campina Grande-PB”, da Maria Betania Barbosa da Silva Lima, relatou que vários aspectos precisam ser revistos para que haja a efetivação de práticas pedagógicas mais inclusivas, como, por exemplo, o envolvimento da GEI (Gestão da Educação Infantil) junto a coordenação da Educação Especial; a apresentação da proposta do AEE (Atendimento Educacional Especializado) em todas as instituições de Educação Infantil para que se esclareçam os objetivos e as funções desse atendimento, entre outros fatores. Na oitava dissertação, “Análise de Critérios para promoção de alunos com deficiência intelectual em pré-escolas públicas de Osasco”, da Roseli Kubo Gonzalez, os resultados demonstram que, dos 5.691 alunos matriculados em classes regulares, 62 foram considerados com necessidades educacionais especiais. Através do estudo foi possível ver a insegurança dos profissionais ao tratar do tema inclusão. No nono trabalho, “A recepção da criança com deficiência intelectual ao texto literário na educação infantil”, única tese estudada, Nazineide Brito, foi observado que os modos de participação da criança em questão deixaram transparecer, na maior parte da investigação, uma atitude de participação, envolvimento e enlevo pelos textos narrados. 24 Por fim, no décimo e último tema, “Estratégias pedagógicas inclusivas para crianças com paralisia cerebral na educação infantil”, da Aline Kelly Scalco Gonçalves, os resultados foram apresentados por etapas e casos, sendo que cada um teve um resultado diferente. No primeiro caso, por exemplo, a professora descreveu, a respeito das crianças com deficiência, que era preciso respeitar, estimular e aplaudir quando conseguia executar a tarefa, porque só assim eles conseguiam se sentir importantes, e assim produziam muito mais. 25 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Entende-se, portanto, com base no que foi estudado, que as crianças com necessidades especiais dificilmente vão interagir da mesma forma que as outras crianças, porém elas conseguem, da maneira delas, participar e interagir, como foi o exemplo da tese de Nazineide Brito, estudada no capítulo anterior. A criança com deficiência intelectual conseguia reagir de forma positiva aos textos literários, o que demonstra a capacidade das pessoas com deficiência e confirma a ideia de que elas precisam de atenção para se desenvolverem. Com o passar dos anos, a política referente a inclusão vem mudando e se aprimorando cada vez mais, como apontado no capítulo 2. As pessoas com deficiência ganharam seu papel na sociedade e a sociedade está se adaptando aos poucos. Ainda, o estudo confirmou a hipótese de que o processo de inserção e adaptação da pessoa com deficiência é delicado e varia de acordo com a patologia do aluno, sendo em alguns casos mais fácil e em outros, mais difícil. De tal forma a legislação atual exige que os professores sejam bem preparados para atender e ajudar os alunos com necessidades educacionais especiais. Entretanto, esse treinamento que os professores precisam nem sempre é oferecido, como foi o caso da dissertação da Dayane Bollis Rabelo, que mostrou que faltam professoras fluentes na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Como dito na introdução, nós, integrantes do grupo, já tivemos experiência em educação inclusiva infantil, e foi difícil atuar, pois não tínhamos conhecimento na área. Com isso percebemos como é um grande desafio. Concluímos visando a importância da formação do professor, e também da troca de experiências com as crianças especiais. Acreditamos que esse contato com a educação inclusiva dentro de estágios nos deu experiência. Além de tudo conseguimos entender um pouco mais a respeito, e atingimos o objetivo esperado com a pesquisa. 26 REFERÊNCIAS BRASIL. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Lex. Planalto, Brasil, 1996. BRASIL. Lei n.º 13.146 de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Lex. Planalto, Brasil, 2015. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Lex. Planalto,Brasil, 1988. CAIADO, K. R. M; LAPLANE, A. L. F. Programa Educação inclusiva: direito à diversidade – uma análise a partir da visão de gestores de um município-polo. UFSCAR, UNICAMP. 2009. CARNEIRO, M. S. C. Do ensino Especial ao Ensino Regular. Disponível em: <http://www.scielo.br> acesso em: 12/10/2017. CARNEIRO, R. U. C. Educação Inclusiva na Educação Infantil. Disponível em: <https://repositorio.unesp.br> acesso em: 10/10/2017. Educação. Governo do Estado de São Paulo. Disponível em: <http://www.educacao.sp.gov.br> acesso em: 13/10/2017. Educação Inclusiva. Desafios da formação e da atuação em sala de aula. Disponível em: <http://www.novaescola.org.br> acesso em: 14/10/2017. ÉPOCA: O Brasil é tolerante e inclusivo num cenário ruim. Disponível em: <http://epoca.globo.com> acesso em: 15/09/2017. Exclusão e Inclusão social nas Sociedades Modernas: Um olhar sobre a situação em Portugal e na União Europeia (2011). Disponível em: <http://www.scielo.br> acesso em: 14/09/2017. Inclusão social, educação inclusiva e educação especial: enlaces e desenlaces. Disponível em: <http://www.scielo.br> acesso em: 19/09/2017. 27 KASSAR, M. C.M. Percursos da Constituição de uma Política Brasileira de Educação Especial Inclusiva. 2011. LACLAU, E. Inclusão, exclusão e a construção de identidades. In: AMARAL JR, A; BURITY, J. Inclusão social, identidade e diferença: perspectiva pós-estruturalista de análise social. São Paulo, 2006. LOPES, J. R. “Exclusão social” e controle social: estratégias contemporâneas de redução da sujeiticidade. Psicologia & Sociedade. Florianópolis, v. 18, n. 2, p. 13-24, 2006. Participação em foco. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br> acesso em: 16/09/2017. Pessoa com Deficiência. Disponível em: <http://www.sdh.gov.br> acesso em: 16/09/2017. PLETSCH, M. D. A formação de professores para a educação inclusiva. Disponível em: <http://www.scielo.br> acesso em: 14/10/2017. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br> acesso em: 20/09/2017. Política. Portal G1. Disponível em: <http://g1.globo.com> acesso em: 16/09/2017. REBELO, A. C. A Transmutação do Conceito de Atendimento Especializado na Legislação Educacional Brasileira. UFMS/CPAN. 2013. SEKKEL, M. C; MATOS, L. P. Educação inclusiva: formação de atitudes na educação infantil. Disponível em: <http://www.scielo.br> acesso em: 10/10/2017.
Compartilhar