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Analíse O Príncipe- Maquiavel

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CAMPUS LIBERDADE 
 
 HISTÓRIA- LICENCIATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO LIVRO “O PRÍNCIPE” DE NICOLAU MAQUIAVEL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
A seguinte análise tem como objeto de estudo a grande obra O Príncipe escrita em 
1513 pelo florentino Nicolau Maquiavel (1469-1527) poeta, diplomata e historiador 
destaca-se no período renascentista por ser pioneiro em escrever sobre uma 
política realista e sistemática de uma forma técnica, que observou durante toda sua 
vida profissional como secretário e segundo-chanceler da República Florentina. 
 
Em sua obra O Príncipe, Maquiavel revolucionou ao escrever uma espécie de 
manuel político de como “O Príncipe”, governante em questão deve agir para 
conquistar e se manter no poder. Com o intuito de presentear Lourenço de Médici 
duque de uma das famílias mais importantes de Florença, em seu primeiro capítulo 
ele deixa claro que esse seria o melhor presente que poderia enviar e como grande 
apreciador da história iria decorrer e explicar os conceitos políticos e modos de 
governar colocando pela primeira vez o pensamento de que separa a moral dos 
indivíduos da moral do estado, onde o Príncipe estaria acima das leis, o autor ao 
colocar a política nua e crua rompendo com a moral cristã muito importante no 
momento faz o mesmo ser cassado e exilado. 
 
Na sua primeira publicação em 1532 observamos o desenvolver do mercantilismo 
na europa a transição da idade média para a moderna na sua transformação 
gradual onde alguns países europeus estavam formando seus exércitos nacionais e 
definindo-se politicamente e é com esse intuito que Maquiavel escreve aos Médici. 
Como uma espécie de tratado sobre consolidação de poder, gerir o espaço nacional 
e exercer a influência para caminhar a uma autonomia estatal, não é por acaso que 
o autor apresenta a cisão entre Estado e igreja até então muito unidos. A partir da 
sua estratégia Nicolau escreve em suas páginas como conquistar soberania e 
autonomia no caso da coroa italiana. 
 
Sem embargo, Nicolau discorre sobre as definições dos tipos de governo, os 
domínios entre ducados e principados, formas de acesso ao poder, como agir e a 
construir a hierarquia entre o Príncipe e seus súditos, qualidades que o governante 
deveria ter que denomina como vírtu, exigidas para exercer a política e também 
Fortuna, que são as oportunidades ofertadas pelo acaso e também manipuladas 
pelo príncipe para manter a paz e estabilidade no Principado, através da força 
militar, habilidade de cálculo, usa o exemplo da força de leão e a astúcia de uma 
raposa para tratados com os adversários colocando suas estratégias sempre com 
diplomacia. Seus escritos carregam o tom de natureza teórica, pois ao falar das 
ações dos príncipes Nicolau coloca com uma tipologia de governantes, onde as 
mesmas estão ligadas a partir de uma tipologia de estados, posto que seus relatos 
são bem específicos os mesmo podem se aplicar em casos e situações de outros 
ducados e principados pois as relações políticas se semelhan devido ao seu 
objetivo final, o poder. 
 
No capítulo XI ao escrever sobre os principados dos Eclesiásticos que segundo ele 
“são adquiridos pela virtude ou pela fortuna, e sem uma e outra se conservam, 
porque são sustentados pelas ordens de há muito estabelecidas na religião,tão forte 
e de tal natureza que mantêm os príncipes sempre no poder, seja qual for o modo 
como procedam e vivam” ​(Maquiavel, 68). O mesmo questiona a forma do governo 
eclesiásticos e como se mantém, colocando em xeque a moral cristã que para ele 
distingue-se da moral política e da moral privada, tendo em vista que a ação política 
vem das circunstâncias vivenciadas no passado e no momento pela cidade no 
momento onde busca-se o “bem comum” e a estabilidade distinguindo-se o 
cristianismo da nova forma de fazer política. 
 
A partir do preceito de Estado absoluto onde a supremacia seria do Príncipe e não 
de Deus. Esse deve ser neutro, a favor do principado, onde o estado está acima do 
bem do mal e faz as mediações das relações humanas daquele espaço, visando 
sempre a melhoria do Estado mesmo que para isso tenha que usar a Razão do 
Estado que seria a priorização dos interesses particulares sendo religiosos ou 
econômico, para manter a segurança e estabilidade do Estado. 
 
“A um príncipe, portanto, não é essencial possuir todas as qualidades mencionadas, 
mas é bem necessário parecer possuí-las.” (Maquiavel, 93). ​O estrategista ao 
mostrar o tom perversidades que o príncipe, coloca que o mesmo deve pelo menos 
disfarçar aos súditos. Enquanto as qualidades e bondade advindas do Príncipe essa 
sim devem ser executadas de gradual, pois assim temos uma alusão de 
crescimento e segurança do Estados mantidos pelo príncipe. Entendemos a partir 
dessa premissa que o mesmo responde sua pergunta onde questiona se seria 
melhor ser temido ou amado. Devido aos seus pensamentos de frieza e estratégias 
vinda da idéia de que a natureza humana não é boa, e sim, parcialmente má, já que 
os seres humanos, em geral, mais especificamente os homens, são ​“... ingratos, 
volúveis, simulados e dissimulados, covardes e gananciosos de ganhos” 
(Maquiavel, 107). 
 
O conceito de humanismo ascende no renascimento devido à ascensão burguesa, 
que através do status busca a construção de sua tradição valorando artes de 
artistas reconhecidos, vemos aí a concepção do individualismo. Colocando o ser 
humano como obra principal de deus e por isso deveria ser estudado. O humanismo 
está presente em seus capítulos onde coloca o homem como objeto de estudo, 
mostrando-nos acertos e erros dos príncipes ocorridos pela história. A história para 
o autor é a ferramenta principal para observar ações passadas e assim poderia 
constituir melhor e de forma mais sábia suas futuras estratégias em relação a cada 
principado. 
 
“[...] Um dos mais poderosos remédios de que um príncipe pode dispor contra as 
conspirações é não ser odiado pela maioria, porque conjura sempre pensar que, 
com a morte do príncipe, irá satisfazer o povo[...] ( Maquiavel, 96). No decurso de 
sua obra apesar de todos as maneiras de conquistar o poder Nicolau coloca ênfase 
sobre o ódio sendo tanto despertados nos súditos quanto nos rivais, o ódio para ele 
é o maior desestabilizador de poderes. E segundo os relatos históricos as relações 
de ódios para com os príncipes ou estados não terminam bem. 
 
 
Ao desfrutamento desta esplêndida obra, concluo que a intenção de Nicolau 
Maquiavel ao escrever-lá foi demonstrar e contar uma história política ensinando 
suas lições a partir de sua observação estando inserido na vida política. Ao 
revolucionar a forma de relação entre estados a partir das suas estratégias e 
saberes de poder e de política o mesmo marca o renascimento com sua obra se 
difundindo até os dias e as práticas políticas atuais. Em seus últimos capítulos fica 
notável que a intenção dele ao escrever a obra é a unificação da península itálica, 
criando um Estado forteabsolutista que centralizaram os poderes dos exército, 
econômicos e tributários para a consolidação do Estado Absoluto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia 
 
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. São Paulo. Martins Fontes: 2003.

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