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AV2 pratica penal 2020

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1- Em 25 de abril de 2016, JOÃO DA SILVA decide ir ao encontro de seu desafeto, MARIO VIEIRA, para cobrar-lhe uma dívida. Ocorre que MARIO sempre inventava uma desculpa para não receber o seu credor, evitando, assim, um encontro constrangedor. Após três meses de tentativa, JOÃO, enfim, encontra MARIO em uma festa organizada por Flávio Vidal, amigo dos dois inimigos. JOÃO, surpreso e ao mesmo tempo furioso com MARIO, profere uma série de ofensas contra seu devedor, tais como, "você é ladrão e covarde", ¿é por isso que você foi demitido do trabalho, pois usa todo o seu dinheiro para tomar cachaça e vadiar com os amigos". Após ouvir tais ofensas, MARIO nada responde, e vai embora, a fim de evitar maior confusão. Cabe ressaltar que na festa estavam muito amigos de MARIO, aumentando a sua preocupação em não piorar a discussão. No dia seguinte, inconformado com a situação vexatória pela qual passou, o ofendido procura um advogado para processar o autor das ofensas. Indique, como advogado de MARIO, a peça privativa de advogado, com a devida fundamentação legal, inclusive demonstrando os crimes praticados.
R: A peça processual cabível é a Queixa-Crime, prevista no artigo 41 do CPP ou artigo 100, § 2º do CP, sendo de iniciativa privada. Os delitos que serão impostos a JOÃO são os de crimes contra a honra, mais especificamente os crimes previstos nos artigos 139 e 140 do CP, difamação e injúria, respectivamente. As penas dos referidos artigos deverão ser aumentadas um terço, conforme disposto no artigo 141, III, do CP, pois o delito foi cometido na presença de várias pessoas.
2- José da Silva é acusado de ter praticado crime de roubo (art. 157, §2º, I) porque no dia 01.01.2015 teria abordado as vítimas Maria José de Freitas e Jose Maria de Freitas com intenção de subtrair-lhes o telefone celular. Utilizando uma arma de brinquedo, José da Silva anunciou o assalto dizendo: perdeu, perdeu! Passa o celular. Momentos depois do roubo, José foi preso em flagrante pela Polícia Militar com base nas características físicas passadas pelo sistema de rádio da polícia. Com José da Silva nenhum dos objetos subtraídos foram encontrados. A arma de brinquedo, foi encontrada em uma caçamba próxima ao local em que José foi preso, sendo o artefato reconhecido pelas vítimas. Em audiência de instrução e julgamento, Jose negou autoria do crime, afirmando que sua prisão ocorreu por engano. A Vítima Maria José reconheceu prontamente José da Silva como sendo o autor do crime. A vítima José Maria não reconheceu José da Silva como sendo o autor do crime. O Ministério Público, pugnou pela condenação nos termos da denúncia. Você, na qualidade de advogado, deverá apresentar qual peça processual e teses favoráveis aos seu cliente.
R: A peça processual cabível é Alegações Finais por Memoriais, com fulcro no artigo 403, § 3º, do CPP. As teses favoráveis ao réu são as de absolvição previstas no artigo 386 do CPP por insuficiência de probatória, tendo que ser aplicado o princípio do in dubio pro reo. Caso seja negado a absolvição, cabe requerer a desclassificação do roubo majorado (§2º, I, do artigo 157), pois foi comprovada que a arma usada era de brinquedo, sendo assim desprovida de potencial lesivo.
3- Carlos, primário e de bons antecedentes, 45 anos, foi denunciado como incurso nas sanções penais dos artigos 302 da Lei nº 9.503/97, por duas vezes, e 303, do mesmo diploma legal, todos eles em concurso material, porque, de acordo com a denúncia, ¿no dia 08 de julho de 2017, em São Gonçalo, Rio de Janeiro, na direção de veículo automotor, com imprudência em razão do excesso de velocidade, colidiu com o veículo em que estavam Júlio e Mário, este com 9 anos, causando lesões que foram a causa eficiente da morte de ambos¿. Consta, ainda, da inicial acusatória que, ¿em decorrência da mesma colisão, ficou lesionado Pedro, que passava pelo local com sua bicicleta e foi atingido pelo veículo em alta velocidade de Carlos¿. As mortes de Júlio e Mário foram atestadas por auto de exame cadavérico, enquanto Pedro foi atendido em hospital público, de onde se retirou, sem ser notado, razão pela qual foi elaborado laudo indireto de corpo de delito com base no boletim de atendimento médico. No curso da instrução, foram ouvidas testemunhas presenciais, não sendo Pedro localizado. Em seu interrogatório, Carlos negou estar em excesso de velocidade, esclarecendo que perdeu o controle do carro em razão de um buraco existente na pista. Após manifestação das partes, o juiz em atuação perante a 3ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo/RJ, em 10 de julho de 2019, julgou totalmente procedente a pretensão punitiva do Estado e, apesar de afastar o excesso de velocidade, afirmou ser necessária a condenação de Carlos em razão da imperícia do réu, conforme mencionado no exame pericial. O Ministério Público foi intimado e manteve-se inerte. 
A defesa técnica de Carlos foi intimada em 18 de setembro de 2019, quarta-feira, para adoção das medidas cabíveis. Considerando apenas as informações narradas, indique SOMENTE a peça cabível e o último dia do prazo. Fundamente.
R: A peça necessária é um Recurso de Apelação, com fundamento no Art. 593, inciso I, do CPP. O prazo para o recurso de apelação é de 5 dias, sendo assim, 23 de setembro de 2019 é o último dia para apresentar o recurso.
4- Robinho, foi preso em flagrante pela suposta prática de crime de homicídio em face de seu cunhado Manoel. Isto porque Robinho mora no mesmo lote que Manoel e, na data de ontem, ao chegar do trabalho, ouviu sua irmã (esposa de Manoel) aos gritos de socorro. Robinho não pensou duas vezes e invadiu a residência de sua irmã, flagrando uma discussão entre sua essa e Manoel, que, ao perceber a presença de Robinho, desferiu um tapa na cara de sua esposa (irmã de Robinho). Indignado, Robinho sacou uma arma e efetuou dois disparos na cara de Manoel que morreu no ato. Preso em flagrante, no prazo regular, O M.M. juiz converteu a prisão em flagrante em preventiva, fazendo-o nos seguintes termos: Vistos etc. Tendo em vista que o crime de homicídio constitui um dos delitos mais abomináveis do código penal, visto que o dom da vida somente é dado a Deus o direito de retirar, aquele cidadão que comete crime de tal natureza, jamais poderá aguardar julgamento em liberde. Assim, considerando a gravidade do crime praticado pelo acusado (homicídio), converto a prisão em flagrante em preventiva. Considerando os fatos narrados, indique a peça processual cabível para garantir que Robinho responda ao processo em liberdade. Fundamente.
R: Com a nova Lei 13.926/2019, chamada de “pacote anticrime”, os juízes não poderão mais decretar prisões preventivas de ofício, seja durante o curso da investigação, seja durante o curso da ação penal, exigindo prévio requerimento do MP ou representação da autoridade policial, como expõe o artigo 311 do CPP. Sendo assim, como a prisão preventiva, decretada de ofício pelo juiz, é ILEGAL, a peça processual cabível para garantir que Robinho responda em liberdade é o RELAXAMENTO DA PRISÃO.
 
5- Em 22 de julho de 2008, Caio foi condenado à pena de 10 (dez) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado, pela prática, no dia 10 de novembro de 2006, do crime de tráfico de drogas, previsto no artigo 33 da Lei 11.343/2006. Iniciada a execução da sua pena em 7 de janeiro de 2009, a Defensoria Pública, em 10 de fevereiro de 2011, requereu a progressão do cumprimento da sua pena para o regime semiaberto, tendo o pedido sido indeferido pelo juízo de execuções penais ao argumento de que, para tanto, seria necessário o cumprimento de 2/5 da pena. Como advogado de Caio, você foi intimado da decisão no dia 14 de março de 2011 (quinta-feira). Indique a peça cabível, com fundamentação legal pertinente, bem como o útimo dia do prazo.
R: No caso em tela deverá ser apresentado o recurso de agravo em execução penal, art. 197 da LEP. Isso se baseia no fato de que o delito foi anterior a edição da lei que regulamenta a progressão de regime após o cumprimento de 2/5 da pena, portantodeverá ser aplicada a lei mais benéfica ao réu. Após o cumprimento de 1/6 da pena, terá progressão de regime. 19 de março de 2011 é o último dia do prazo para apresentação da peça.

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