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INTRODUÇÃO
A disponibilidade e o acesso à água marcaram a história da humanidade fortemente, visto ser ela elemento indispensável à sobrevivência. Os contornos da história humana foram traçados pela busca de áreas ricas em recursos naturais e, dentre eles, a água que sempre demonstrou ser o mais fundamental. Foi devido a essa grande importância da água que as primeiras civilizações surgiram às margens de grandes rios, como a egípcia (rio Nilo), mesopotâmica (rios Tigre e Eufrates) e chinesa (rio Amarelo). O desenvolvimento das relações entre os povos, ao longo de séculos, e o posterior estabelecimento do Direito Internacional, em sua incessante busca pela paz, mostraram que a celebração de tratados internacionais para a gestão dos recursos hídricos compartilhados é essencial (Barros*, 2018).
Existem no mundo 261 bacias hidrográficas cujos rios fluem através de dois ou mais países. São as chamadas bacias hidrográficas transfronteiriças. Essas bacias cobrem 45,3% da superfície do globo (Wolf et al., 1999).
Nelas os limites físico-geográficos não coincidem com os limites políticos dos países envolvidos. Em alguns casos, como do rio Nilo, a bacia hidrográfica engloba nada menos do que 10 países. A racionalidade sugere o uso dos limites físicos das bacias hidrográficas para promover o planejamento e a gestão de seus recursos hídricos. No âmbito brasileiro é o que determina a lei federal nº 9433/97 também conhecida por Lei das Águas. Entretanto, como os países detêm soberania sobre seus territórios e as ações sobre o território têm impacto direto nos córregos, rios e lagos da bacia hidrográfica, impõe-se o grande desafio da cooperação multilateral para alcançar a gestão adequada da água neste âmbito (Braga, 2009). 
II. OBJECTIVOS 
2.1. Geral
· Caracterizar as políticas públicas internacionais
2.2. Específicos
· Identificar as políticas públicas internacionais
· Indicar os acordos das políticas públicas internacionais
· Estudar os protocolos da SADC
III. Metodologia 
Para a realização do corrente trabalho, recorreu-se aos seguintes componente:
· Manuais
· Artigos
· Trabalhos de culminação de curso (TCC)
· Rede internacional (internet)
IV. REVISÃO DA LITERATURA 
Em algumas regiões do mundo onde a água é escassa esta cooperação multilateral é uma necessidade vital. Entretanto, a cooperação multilateral não pode tomar a feição de tradicionais acordos e tratados assinados em reuniões internacionais que em geral não têm consequência prática. Como exemplo de um desses acordos, pode-se citar a Convenção das Nações Unidas sobre a Lei de usos não-navegáveis de rios internacionais que levou 27 anos para sua aprovação pela Assembleia Geral em 1997. Hoje, passados 12 anos somente 16 países ratificaram a Convenção que não foi implementada. A prática indica que os países adotam uma postura de cooperação não em função de uma ética de cooperação, mas e principalmente, em função de benefícios advindos da cooperação. Talvez, por isso persistam ainda impasses em bacias de rios transfronteiriços no oriente - médio onde se costuma dizer que as guerras do futuro não serão pelo petróleo e sim pela água (Braga, 2009).
A água é o recurso natural mais precioso que se conhece. Seus usos múltiplos possibilitam que os seres humanos produzam alimentos, matem sua sede, façam sua higiene, alimentem seus animais, produzam energia, naveguem, divirtam-se e ainda purifiquem-se espiritualmente (Cibim, 2010).
Uma das conseqüências de alguns dos usos da água é que ela se torna fonte de riqueza e também de conflitos. Riqueza porque foi transformada em uma mercadoria em escala internacional e também porque é usada como insumo em processos produtivos como agricultura, indústria e geração de energia (Ribeiro, 2008, p. 17).
Assim, a importância da água para o ser humano é inquestionável tanto que foi considerada como um direito humano2, especificamente quando se trata da concreta relação entre acesso à água e uma vida digna (Cibim, 2010)
 
RIBEIRO, W. C. Geografia política da água. São Paulo: Annablume, 2008. (Coleção Cidadania e Meio Ambiente) 162 p.
Wolf, A.; Natharius, J.; Danielson, J.; Ward, B and Pender, J. International River Basins of the World, International Journal of Water Resources Development, Vol. 15 No. 4, Dez 1999.