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uma conversa sobre Quando a jovem Padma procurou o IPOG para se matricular em um curso de Pós-Graduação na área de finanças, surpreendeu-se ao saber que duas das disciplinas da grade seriam dedicadas ao tema do Desenvolvimento Humano. Foi nessa ocasião que se deu o seguinte diálogo, entre ela e uma consultora do IPOG: Padma: Poderia me explicar a razão destas duas disciplinas na grade? De que forma o estudo do desenvolvimento humano pode me ajudar profissionalmente? Consultora IPOG: No complexo ambiente contemporâneo, todo profissional precisa demonstrar um equilíbrio muito bom entre competências cognitivas, técnicas e sócio emocionais. Até bem pouco tempo atrás, conhecer a si mesmo, aumentar a produtividade pessoal, saber trabalhar em equipe e saber lidar serenamente com mudanças e pressões eram capacidades de uma minoria. Agora, essas capacidades estão se tornando requisitos básicos de todo profissional que deseja entregar resultados de qualidade. Mas essa não é a única razão para a inserção dessas disciplinas na grade. Sua pergunta me dá a oportunidade de mencionar a missão do IPOG, que é: Promover o desenvolvimento integral do ser humano, contribuindo para sua evolução pessoal e ascensão profissional. Vale destacar os termos “desenvolvimento integral” e “evolução pessoal”: são aspectos muito importantes de nossa missão; tão importantes que, quando o IPOG completou 15 anos de existência, nossa diretoria investiu em novas parcerias para realiza- los com excelência. A empresa Caminhos – Vida Integral®, especializada no tema do Desenvolvimento Integral do Ser Humano, foi contratada para elaborar esses dois módulos especiais que você destacou na grade da pós-graduação em finanças. A maioria dos cursos do IPOG, nas diversas áreas do saber, já possui essas disciplinas, portanto é um tema transversal. Padma: Interessante, mas esse tipo de programa não é muito comum. Que outra Instituição de Ensino Superior trabalha dessa forma? Consultora IPOG: No Brasil, uma iniciativa neste mesmo formato é bastante inovadora, mas a inspiração do IPOG foi a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Um dos mais respeitados professores da HBS (Harvard Businesse School), Clayton Christensen, criador do termo “inovação disruptiva”, ficou muito conhecido na Universidade por provocar reflexões nada técnicas aos seus alunos de administração, usando parte de suas aulas para discutir temas como estes: - Qual é o propósito de sua existência? - Como você pode se assegurar de que será feliz em sua carreira? - Como pode assegurar que suas relações familiares serão uma fonte duradoura de felicidade? - Como pode se assegurar que ficará fora da cadeia? Se você planeja ser qualquer coisa menos do que você é capaz, provavelmente você será infeliz todos os dias de sua vida. Abraham Maslow A MISSÃO DO IPOG “ ” 2 Christensen começou a provocar seus alunos a respeito dessas questões, depois que descobriu que muitos de seus colegas de Harvard (ele mesmo estudou na HBS na juventude) tinham se tornado profissionais frustrados, insatisfeitos com a carreira e com a vida, vários deles com problemas sérios de relacionamento, alguns deles presos por terem se envolvido em fraudes empresariais e desvios de comportamento de todo tipo. Tendo lançado essa tendência em Harvard, Christensen foi seguido pela inauguração da disciplina de Psicologia Positiva do também conhecido professor Tal Ben Shahar, que se tornou rapidamente a disciplina mais procurada da Universidade nos últimos anos. A Psicologia Positiva é a Ciência do Bem- Estar Subjetivo, que correlaciona as virtudes e forças de caráter ao florescimento dos potenciais humanos. Com isso, Harvard deixou de ser percebida como uma universidade de foco exclusivamente acadêmico ou de negócios, e passou se preocupar em ajudar seus alunos a se tornarem pessoas melhores e mais bem resolvidas existencialmente. Aqui no Brasil, o IPOG vai na mesma direção, ao trazer essas duas disciplinas que foram desenvolvidas por Luciano Meira, ex- Vice-Presidente da FranklinCovey, com a participação especial do professor Helder Kamei, um dos pioneiros da Psicologia Positiva no Brasil, mestre pela USP e ex-pesquisador de Bem-Estar da Natura. Padma: Agora ficou mais claro. Poderia me falar ainda sobre os conteúdos dessas duas disciplinas? Consultora IPOG: Sim, claro. Do ponto de vista conceitual, os alunos entram em contato com uma síntese dos saberes resultantes de mais de um século de pesquisas de Psicologia do Desenvolvimento, envolvendo pensadores e pesquisadores da importância de Freud, Jung, Maslow, Piaget, Gardner, Gilligan, Beck e Cowan, Csikszentmihaly, Selligman e Wilber para falar dos mais conhecidos. Do ponto de vista prático, a primeira parte (Desenvolvimento Integral do Potencial Humano I) é dedicada a provocar nos alunos um verdadeiro mergulho de autoconhecimento. Com o uso de instrumentos científicos, os participantes são levados a investigar as suas principais forças de caráter, suas maiores inteligências, seu tipo psicológico, e também as visões de mundo que acabam determinando os valores dominantes de suas escolhas na vida. E a segunda parte (Desenvolvimento Integral do Potencial Humano II) foi montada no formato de um jogo (O Jogo do Florescimento), entremeado por práticas de Florescimento, durante as quais é possível preparar um plano de ação que fortalece o indivíduo para cuidar do seu próprio caminho de desenvolvimento integral. É óbvio que cada pessoa tem um caminho muito particular e único a percorrer, mas alguns princípios do desenvolvimento são universais, como já sabe a Ciência. Ou seja, as disciplinas trabalham competências cognitivas e sócio emocionais de forma dinâmica e lúdica, respeitando as individualidades, sem fugir de alguns assuntos mais polêmicos que cercam o tema, já que não se trata de uma ciência exata, mas de uma eterna busca por respostas melhores. Padma: Excelente! Agora fiquei muito interessada. Parece que a proposta de valor é muito boa... Consultora IPOG: A grande proposta de valor desses módulos pode ser explicada da seguinte maneira: todo ser humano está colocado diante de uma eterna encruzilhada existencial: diante de nós existem escolhas que podem nos levar a duas condições muito diversas, que a Psicologia Positiva denomina de “Murchamento” ou “Florescimento”. Se vivermos nossa vida dentro de um automatismo convencional, procurando apenas alcançar certos objetivos sociais e materiais, é certo que iremos, como acontece com a maioria das pessoas, terminar os nossos dias na experiência melancólica do murchamento, que envolve fragmentação, frustração, conflito, solidão, cinismo, vazio... Se, ao contrário, aumentarmos o nosso nível de consciência, caminharemos para uma experiência de fortalecimento do caráter, equilíbrio, integração com o outro e com o meio ambiente, capacidade transformadora, experiência existencial repleta de sentido, contribuição, liberdade, amor e transcendência. 3 Padma: Uau! Quando é mesmo que cursarei esses dois módulos? Consultora IPOG: Essas duas disciplinas ocorrem geralmente no quarto e quinto módulos dos cursos de pós-graduação do IPOG. É muito importante que você os faça na sequência, pois a primeira é uma preparação para a segunda. Padma: Uma última pergunta. Eu vi que no book do aluno da disciplina que você me entregou há uma ilustração em que aparece o Einstein. O que ele tem a ver com esse assunto? Consultora IPOG: Ah sim! É que as duas disciplinas são desenvolvidas dentro de um processo de storytelling, ou seja, existe um roteiro, como se fosse um filme, por trás das atividades. Como o cientista Albert Einstein, muito conhecido pelas suas pesquisas na área da Física, interessava-se também, e muito, pelo tema da educação e do desenvolvimento humano, os roteiristas deram a ele o papel de Guia de uma aluna (outra personagem) que,a princípio, está precisando muito de ajuda para encontrar os caminhos de seu próprio desenvolvimento integral. Padma: Entendi. Então tem uma aluna um pouco perdida que pede ajuda ao Einstein... Consultora IPOG: Exatamente. Padma: Como é o nome dessa aluna? Consultora IPOG: Bem, isso você vai ter de descobrir durante as aulas. Não basta ensinar ao homem uma especialidade. Porque se tornará assim uma máquina utilizável e não um ser humano pleno. É necessário que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto. Albert Einstein “ ” 4 prelúdio 5 Estimular o florescimento do potencial integral das pessoas por meio da Ciência, da Filosofia e da Arte. missão da 6 o bom, o belo e o verdadeiro Desde o alvorecer da história, toda a civilização conhecida desenvolveu uma concepção de quais afirmações são verdadeiras e quais são falsas; quais experiências são consideradas belas, feias ou banais; quais ações e relacionamentos humanos são considerados bons, com- prometidos ou francamente maus (...). Qualquer sociedade que espera durar precisa garantir que os conceitos de verdade, beleza e bondade sejam passados adiante de forma viável para as futuras gerações. Isso porque, se abrirmos mão de vidas marcadas pela verdade, beleza e bondade – ou ao menos pela busca perene por elas – para todos os fins, estaremos nos resignando a um mundo em que nada tem valor, em que qualquer coisa serve. Howard Gardner – PhD BONDADE ÉTICA BELEZA ARTE VERDADE FILOSOFIA E CIÊNCIA “ ” DICA DE LEITURA O Verdadeiro, o Belo e o Bom Redefinidos – Novas Diretrizes para a Educação do Século XXI. Autor: Howard Gardner PhD | Editora: Rio de Janeiro: Rocco, 2012 7 DICA DE LEITURA Dicionário Filosófico Autor: André Comte-Sponville | Editora: São Paulo: Martins Fontes, 2011 ética ou moral COMO VIVER? Possui elementos particulares, tende à felicidade e culmina na sabedoria. O QUE DEVO FAZER? Pretende-se universal, tende à virtude e culmina na santidade. 8 CAÇA E COLETA Há 50.000 anos Habilidades de sobrevivência AGRICULTURA Há 12.000 anos Saber lidar com a terra e com os animais domesti- cados, conhecer as estações, o ciclo de cultivo, o uso de ferramentas agropecuárias, o atendimento das necessidades básicas do clã, o artesanato. INDUSTRIAL Há 250 anos Escolarização mínima: ensino fundamental e médio, a especialização profissional para garantir uma carreira estável e a sustentação da família. CONHECIMENTO Há 60 anos Escolarização mínima: Graduação. Eficácia pessoal – servir ao sistema e chegar ao sucesso profissional. SABEDORIA Quando formos capazes de avançar Escolarização mínima: Pós-Graduação. Competências tecnológicas, habilidades cognitivas e pensamento complexo. Vida Integral – participar da reinvenção do sistema e chegar a uma experiência relevante de realização pessoal. Para um ser consciente, existir significa mudar, mudar significa amadurecer, amadurecer significa criar-se indefinidamente a si mesmo. Henri Bergson “ ” 9 a educação através das eras econômicas projeto de desenvolvimento Qual foi sua experiência mais importante de desenvolvimento pessoal? O que fez você crescer como ser humano? Quais os seus objetivos de desenvolvimento? Descreva algumas características ideais da pessoa na qual você se tornaria se todo o seu potencial viesse à tona. 10 DICA DE LEITURA Teorias da Personalidade – Capítulo 5 Autores: Calvin S. Hall, Gardner Lindzey, John B. Campbell | Editora: Porto Alegre: Artmed, 2000 o ciclo da existência e seus desafios O estudo da identidade torna-se tão estratégico na nossa época como o estudo da sexualidade foi na época de Freud. Erik Erikson (EUA-1963) A maioria dos homens vive vidas de silencioso desespero. Henry Thoreau “ “ ” ” ESTÁGIO 1 1º ano Se necessidades básicas não forem bem supridas, insta- la-se a desconfiança. ESTÁGIO 5 Adolescência Se não conseguir sintetizar o passado, o presente e o futuro em uma noção de identidade própria, instala-se a confusão (“crise de identi- dade”). ESTÁGIO 2 2º e 3º anos Se não apren- der a lidar com pequenos fracassos e repreensões dos pais, instala-se a vergonha. ESTÁGIO 6 início da vida adulta (18 aos 30 anos) Se não conseguir construir vínculos fortes de amor e in- timidade, instala-se o isolamento. ESTÁGIO 3 4º ao 6º ano Se as iniciativas que tiver ao interagir com outras crianças resul- tarem em castigos severos, instala-se um sentimento de culpa paralisante. ESTÁGIO 7 meio da vida adulta (30 aos 60 anos) Se não conseguir produzir legados para as gerações futuras, instala-se a retração egocêntri- ca e o cinismo. ESTÁGIO 4 6º ano até puberdade Se falhar em adquirir habilidades e com- petências sociais, instala-se o complexo de inferioridade. ESTÁGIO 8 final da vida adulta (60 anos+) As pessoas refletem sobre a própria vida e sentem-se satisfeitas ou se desesperam com a debilidade física e a morte. Lidar bem com essa fase leva à conquista da sabedoria. 11 florescimento murchamento Quando a condição humana culmina em: - Medo - Insegurança - Fragmentação - Frustração - Conflito - Impulso desgovernado - Sentimento de impotência - Falta de perspectiva - Solidão - Vazio Quando a condição humana reflete: - Significado profundo da existência - Fortalecimento do caráter - Desenvolvimento dos potenciais - Equilíbrio - Integração com o outro - Harmonia em um mundo de desarmonia - Capacidade de transformar o entorno - Sentido de contribuição e de legado - Sentimento de amor transbordante - Experiência transcendente 12 SINAIS DESINAIS DE DICA DE LEITURA A Psicologia de C.G. Jung – uma introdução às obras completas. Autor: Jolande Jacobi | Editora: Petropolis: Vozes, 2013 o ser humano a caminho Nunca se ouviu falar de alguém que tivesse a infelicidade por propósito ou programa de vida. Fábio Konder Comparato A felicidade não é uma dádiva e sim a recompensa de um esforço constante e bem orientado. Fábio Konder Comparato “ “ ” ” Em sua inteireza, o processo de individuação é um decurso dentro da psique, potencialmente dado a todo e qualquer ser humano, espontâneo, natural e autônomo, mesmo que na maioria das vezes esse não tenha consciência disso. Na medida que não é impedido, barrado ou desviado por distúrbios específicos, enquanto processo de maturação ou de desenvolvimento, forma o paralelo psíquico de crescimento e envelhecimento do corpo. Sob certas circunstâncias, ele pode ser provocado, intensificado e conscientizado, vivenciado consequentemente e processado, ajudando a pessoa com isso a alcançar maior plenitude, um arredondamento de seu ser. 13 sabedoria Tu não devias ter ficado velho antes de ter ficado sábio. Shakespeare - Fala do Bobo para o Rei, na peça “O Rei Lear”“ ” MAS O QUE É A SABEDORIA? Há muitas definições do termo, das mais clássicas às mais desconstruídas. Para a nos- sa discussão sobre o desenvolvimento do po- tencial humano, elegemos esta reflexão do humanista e existencialista Nicola Abbagna- no (1901-1990): “A filosofia muitas vezes se dedicou a re- solver os enigmas do mundo, a tentar voos rumo ao absoluto e ao eterno (...). Mas, por fim, ela sempre precisou acertar contas com o homem, com o que ele é, com o que deve ser (...). E justamente por isso foi sempre uma busca da Sabedoria, ou seja, dos caminhos ou dos modos de o homem viver melhor a vida”. (La S. della vita, Rusconi, Millão, 1985, 1994). A sabedoria é também a busca de uma simplicidade especial consoante ao que compreendeu o gênio de Oliver Wendell Holmes (1809-1894): “Eu não daria um dedo pela simplicidade que existe antes da complexidade, mas daria a minha vida pela simplicidade que existe para além da complexidade”. 14 Penso 99 vezes e nada descubro. Deixo de pensar, mergulho no silêncio, e a verdade me é revelada. Albert Einstein “ ” a simplicidade do outro lado Ignorância F(x) máximoY X Einstein ainda não compreende as leis do universo Acúmulo de conhecimento Einstein estuda e pensa muito, mas pouco descobre Sabedoria Einstein entra em um profundo silên- cio, e... E=mc² simplicidade complexidade DISTRIBUIÇÃO DE GAUSS segunda simplicidade 15 a promessa O QUE VOCÊ PODE ESPERAR DESTE WORKSHOP: - Uma trilha de autoconhecimento em que diversas abordagens e assessments se combinam para formar um mapa integral do seu desenvolvimento: forças de caráter, tipo psicológico, inteligências e nível de desenvolvimento na espiral de valores. - Uma experiência lúdica de aprendizagem com o “Jogo do Florescimento”. - Uma trilha de práticas de Florescimento, baseada nas pesquisas da Psicologia Positiva. - Um plano de ação e ferramentas para progredir continuamente. ETAPAS DO WORKSHOP PLENITUDE® PRELÚDIO O que nos traz aqui PRIMEIRO MOVIMENTO O mapa do autoconhecimento SEGUNDO MOVIMENTO O mapa do desenvolvimento integral TERCEIRO MOVIMENTO Amor e liberdade QUARTO MOVIMENTO O mapa do Florescimento QUINTO MOVIMENTO A Árvore da Vida GRAN FINALE A Era da Sabedoria 16 desenvolvimento integral do potencial humano ESTADOS (I) 17 LINHAS TIPO PSICOLÓGICO FORÇAS DE CARÁTER N ÍVEIS o mapa do autoconhecimento PRIMEIRO MOVIMENTO a importância de conhecer nosso próprio caráter 18 forças de caráter ESPAÇO PARA NOTAS SABEDORIA CORAGEM HUMANIDADE JUSTIÇA TEMPERANÇA TRANSCEN- DÊNCIA Criatividade Curiosidade Senso Crítico Amor ao Aprendizado Perspectiva Bravura Perseverança Integridade Entusiasmo Amorosidade Genero- sidade Empatia Espírito de equipe Imparciali- dade Liderança Perdão Humildade Prudência Autocontrole Apreciação da beleza e da excelência Gratidão Esperança Bom humor Espiritualidade 19 ESPAÇO PARA NOTAS 20 21 o mapa do desenvolvimento integral SEGUNDO MOVIMENTO sobre a complexidade do desenvolvimento do potencial humano 22 o que veremos - Introdução à Visão Integral - Tipos - Linhas - Estágios - Estados - Quadrantes 23 visão integral O MODELO ABRANGENTE, DESENVOLVIDO POR KEN WILBER: Tipos Linhas Estágios Estados Quadrantes DICA DE LEITURA Psicologia Integral – Consciência, Espírito, Psicologia, Terapia Autor: Ken Wilber | Editora: São Paulo: Cultrix, 2007 - 1949 - * (EUA) - Filósofo e Cientista - Contador de histórias Kósmicas - Integrador do conhecimento - Mais de 20 livros traduzidos para mais de 30 idiomas 24 visão integral 25 Tipos A metáfora de subir a montanha tipos Diferenças horizontais e duradouras. Podem ser especificidades fisiológicas como masculino - feminino, tipos sanguíneos e outras distinções genéticas. Também existem distinções de personalidade, como as preferências detectadas por Carl Jung em quatro pares dialéticos. FONTE DE ENERGIA PESSOAL X - Busca de energia fora de si N - Busca de energia dentro de si FORMA DE PERCEBER A REALIDADE C - Concreta – pelo uso dos cinco sentidos e observação dos detalhes I - Intuitiva – pelo uso do sexto sentido e compreensão do todo FORMA DE AVALIAR AS SITUAÇÕES E TOMAR DECISÕES R - Razão e lógica impessoal são considerados primeiramente S - Sentimentos e relacionamentos são considerados primeiramente ESTILO DE VIDA M - Método, sempre que possível E - Espontaneidade, sempre que possível 26 X C EXTERNA CONCRETA INTERNA INTUITIVA N I 27 PESSOAS, ATIVIDADES, COISAS “Mudar o mundo” Sociável e expressivo Prefere comunicação oral Age primeiro e reflete depois Procura variedade e ação Trabalha ideias falando sobre elas Interesses diversificados 5 SENTIDOS Prático e concreto (fatos e dados) Realidade Satisfação atual Lembra-se de fatos específicos Constrói conclusões cuidadosas e minuciosas Presta atenção a detalhes IDEIAS, EMOÇÕES, REFLEXÕES “Entender o mundo” Costuma ser reservado e contido Prefere comunicação escrita Reflete antes de agir Procura silêncio e concentração Trabalha ideias refletindo Interesse pelo que é profundo “SEXTO SENTIDO” Inovação - possibilidades futuras Expectativa Realização futura Lembram-se de fatos dentro de padrões Tira conclusões rapidamente de acordo com suas impressões Enxerga o todo com facilidade fonte de energia percepção da realidade A TIT UD E C O G N ITI V O M R MÉTODO RACIONALIDADE ESPONTANEIDADE SENTIMENTO E S ESTRUTURADO, PLANEJADO, ORGANIZADO Planejamento com antecedência Organização e método Objetividade Exatidão Foco em executar tarefas Toma decisões rapidamente Quer apenas a essência do trabalho LÓGICO, OBJETIVIDADE Resolver problemas Reflete sobre prós e contras Verdades e princípios Análise Breve e direto Atuação impessoal Busca tratar com justiça FLEXÍVEL, ADAPTÁVEL Energia sob pressão Flexibilidade Dá opções Tolerância Foco para iniciar tarefas Adia decisões Quer descobrir o trabalho CONSIDERA VALORES E NECESSIDADES HUMANAS, SUBJETIVIDADE Ajudar pessoas Considera valores e relacionamentos Harmonia e delicadeza Empatia Amistoso Atuação personalizada Busca tratar com compaixão estilo de vida avaliação das situações A TIT UD E C O G N ITI V O 28 29 os 16 tipos psicológicos NCRM O INSPETOR Principal Qualidade: Responsabilidade Sob grande estresse: Introverte pessimismo XCRE O PROMOTOR Principal Qualidade: Dinâmica Sob grande estresse: Introverte fantasias negativas NCRE O HABILIDOSO Principal Qualidade: Praticidade Sob grande estresse: Extroverte explosões emocionais XCRM O SUPERVISOR Principal Qualidade: Objetividade Sob grande estresse: Introverte ansiedade e desespero NCSM O PROTETOR Principal Qualidade: Ponderação Sob grande estresse: Introverte pessimismo XCSE O ARTISTA Principal Qualidade: Generosidade Sob grande estresse: Extroverte pessimismo NCSE O COMPOSITOR Principal Qualidade: Dedicação Sob grande estresse: Verbaliza críticas em excesso XCSM O PROVEDOR Principal Qualidade: Harmonia Sob grande estresse: Duvida da competência própria e da dos outros NISM O CONSELHEIRO Principal Qualidade: Perspicácia Sob grande estresse: Fica obcecado por dados irrelevantes XISE O CAMPEÃO Principal Qualidade: Inovação Sob grande estresse: Fica obcecado por detalhes irrelevantes NISE O CURADOR Principal Qualidade: Curiosidade Sob grande estresse: Duvida da competência própria e da dos outros XISM O PROFESSOR Principal Qualidade: Liderança Sob grande estresse: Introverte críticas aos outros, em excesso NIRM O GÊNIO Principal Qualidade: Comprometimento Sob grande estresse: Exagera em atividades sensoriais XIRE O INVENTOR Principal Qualidade: Empreendedorismo Sob grande estresse: Fica obcecado por detalhes irrelevantes NIRE O ARQUITETO Principal Qualidade: Mente lógica Sob grande estresse: Extroverte explosões emocionais XIRM O MARECHAL DE CAMPO Principal Qualidade: Capacidade de comando Sob grande estresse: Introverte ansiedade e desespero ESPAÇO PARA NOTAS 30 31 32 33 34 35 visão integral 36 Linhas A metáfora de subir a montanha linhas Áreas específicas em que o crescimento e o desenvolvimento do EU podem ocorrer. As linhas são como correntezas sinuosas, não são retas e rígidas. Cognitiva Autoidentidade Valores Moral Interpessoal Espiritual Emocional Estética Necessidades Cinestésica Lógico- matemática Intrapessoal Interpessoal 2ª ordem 1ª ordem Do que estou consciente? Quem sou eu? O que é importante para mim? O que devo fazer? Como devo agir nos relacionamentos? Qual é a preocupação suprema? Como estou me sentindo sobre isso? O que é belo para mim? Do que necessito? Como devo fazer isso fisicamente? PERGUNTALINHAS Musical Existencial MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS 37 Corporal-CinestésicaInterpessoal SEGUNDO GARDNER SEGUNDO GOLEMAN E JUNG Lógico-matemática MusicalEspacial e VisualLinguística ExistencialNaturalistaIntrapessoal Emocional Social Função Transcendente 38 AS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS ESPAÇO PARANOTAS 39 40 visão integral 41 Estágios A metáfora de subir a montanha estágios ESTÁGIOS Estruturas de ordem superior que emergem à medida que a evolução penetra novos ter- ritórios. Essas estruturas refletem altitudes de consciência. Elas existem potencialmente em nós. Imagine esta cena: um alpinista está simultaneamente descobrindo, criando e subindo uma montanha. Os estágios também não são rígidos e angulares como os degraus de uma escada. São fluidos e sinuosos como ondas. Transpessoal Pessoal Pré-Pessoal 3. 3. 2. 2. 1. 1. 1. 2. 3. 4. AFETIVO INTERPESSOAL MORALIDENTIDADE 42 a rota do desenvolvimento o que é egocentrismo? A trajetória completa do desenvolvimento humano pode ser vista como o declínio contínuo do egocentrismo. Howard Gardner “ ” Gardner define o egocentrismo infantil como a incapacidade da criança em aceitar como válido algum ponto de vista diferente do seu. Dr. Howard Gardner Pesquisador da Cognição e Diretor do Projeto Zero – Universidade de Harvard 43 ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO MORAL Mundicêntrico Etnocêntrico Pluralista Egocêntrico DESENVOLVIMENTO MORAL MASCULINO Justiça para todos nós, direitos humanos Justiça por nós, nossos direitos Justiça para todos os grupos ou “tribos” Justiça para mim, meus direitos DESENVOLVIMENTO MORAL FEMININO Consideração por todos nós, responsável pela família global Consideração por nós, responsável pelo grupo Consideração por todos os grupos ou “tribos” Consideração por mim, responsável por mim mesmo EROS Amor que nasce da carência. FILIA Amor que é do- ação, por afini- dade, amizade. ÁGAPE Amor incondi- cional, que se estende aos afins e aos não-afins. visões de mundo ou estruturas da consciência A tese mais importante de Gebser era de que a consciência humana está em transição, e que essas transições são mutações e não uma continuidade. Esses “saltos” ou transformações envolvem mudanças estruturais no corpo e na mente. Ele explicava que as estruturas mais antigas continuam existindo em paralelo com as novas ou emergentes. Para Gebser, a consciência não deve ser confundida com conhecimento e também não deve ser identificada apenas com o estado de despertamento (estar consciente de...). A consciência para ele é explicada como “presença” ou “estado de presença”. Na evolução da consciência, cada estrutura se torna insuficiente ou deficiente em algum momento histórico. Quando isso se dá, uma nova estrutura emerge, possibilitando a grupos de seres humanos uma nova visão de mundo. Gebser conseguiu estudar 5 níveis de estruturas da consciência, em ordem ascendente: Integral – fusão consciente com o Universo – tempo como eterno presente. Racional – pensamento discursivo, lógica, explicações científicas sobre os fenômenos naturais, instrumentalismo – tempo linear e progressivo. Mítico – narrativas sobre deuses de poder que visam explicar os fenômenos naturais – tempo cíclico, relacionado à agricultura. Mágico – forte dependência da natureza, o que conduz ao animismo – tempo como sucessão de momentos. Arcaico – fusão inconsciente com a nature- za – não há experiência temporal. ESTUDOS DO FILÓSOFO E LINGUISTA JEAN GEBSER (1905-1973) DICA DE LEITURA Structures of Consciouness – The Genius of Jean Gebser Autor: Georg Feuerstein| Editora: Lower Lake: Integral Publishing, 1987 44 EXEMPLO 1 8 níveis do Desenvolvimento na linha Interpessoal – adaptado a partir dos estudos de Carol Gilligan: Reflexão: Como explicar os chamados “feudos” que se formam dentro das organizações à luz desta teoria? Amor (AGAPE) Kosmocêntrico Amor (FILIA) Etnocêntrico Independência Individualista Amor (AGAPE) Mundicêntrico Integrativo Global Amor (FILIA) Etnocêntrico Dependência Comunitária Amor (FILIA) Pluralista Interdependência Global Amor (EROS) Egocêntrico Independância rebelde Amor (EROS) Egocêntrico Dependência submissa Pré-amoroso Pré-egocêntrico exercício Em quais idades aproximadas um indivíduo alcança as estruturas estudadas por Gebser? Preencher preferencialmente de baixo para cima: ESTRUTURA DA CONSCIÊNCIA IDADE MÉDIA DO INDIVÍDUO Integral Racional Mítico Mágico Arcaico Raro 14 em diante 8 aos 13 anos 3 aos 7 anos 1 aos 2 anos 45 EXEMPLO 2 8 níveis do Desenvolvimento na linha Cognitiva (Epistemologia Genética) – adaptado a partir dos estudos de Piaget e Bergson (Psicologia Ocidental) e Aurobindo (Psicologia Oriental): Mente transcendente: conhecimento como identidade plena ou subjetivi- dade-objetividade não-dual. Operacional formal: Engajamento em pensamento abstrato. Deduções lógicas sem necessidade de apoio de objetos concretos. Mente intuitiva: capacidade de co- nhecer pela experiência direta da in- terioridade de si mesmo em conexão com a interioridade de cada fenôme- no e suas ilimitadas relações. Operacional concreta: Lógica in- terna consistente e habilidade para solucionar problemas concretos. Mente pluralista: capacidade de compreender um mesmo fenômeno por múltiplas interpretações ou diver- sas perspectivas simultâneas. Pré-operacional conceitual: sub-es- tágio do estágio anterior com avanço na capacitade de com- preender conceitos. Pré-operatório simbólico: habili- dade verbal, nomeação de obje- tos, raciocínio fragmentário. Sensório-motor: conhecimento a partir das ações controladas por experiências sensoriais imediatas. Reflexão: Qual destes estágios um líder contemporâneo precisa alcançar em seu desenvolvimento para ter sucesso nos complexos ambientes em que ele opera? 46 8 níveis do Desenvolvimento de Necessidades – adaptado a partir dos estudos de Abraham Maslow (Modelo de 1968) Transcendência Conhecimento Autoatualização Estima Estética Pertencimento Segurança Fisiológicas Reflexões: 1. Por que o sistema de Maslow é apresentado na forma de uma Pirâmide? 2. De que modo os líderes de uma organização podem conciliar os dois grandes blocos de necessidades se quiserem aumentar o engajamento dos seus colaboradores? NECESSIDADES POR DEFICIÊNCIA NECESSIDADES DE CRESCIMENTO 47 as duas metades da vida Preenchimento de necessidades por deficiência - Sobrevivência - Conforto - Ser aceito - Ser reconhecido Motivações extrínsecas Movimento condicionante da consciência: programação familiar e cultural Foco nas características dominantes do tipo psicológico a fim de vencer Preenchimento de necessidades por crescimento - Liberdade - Sentido - Legado - Sabedoria Motivações intrínsecas Movimento descondicionante da consciência: reprogramação pela via da transcendência Foco nas características não dominantes do tipo psicológico a fim de equilibrar-se 1ª METADE DA VIDA 2ª METADE DA VIDA RESIGNIFICAÇÃO OU VIRADA 48 8 níveis do Desenvolvimento Moral – estudos Lawrence Köhlberg: Para além do bem e do mal Convencional 2 Autoridade formal “Lei e Ordem” Pós-Convencional 2 Ética Universal “Consciência de Princípios” Convencional 1 normas sociais “Bom-mocismo” Pós-convencional 1 Democracia “Contrato Social” Pré-convencional 2 hedonismo instrumental “O que eu ganho com isso?” Pré-convencional 1 obediência “Como posso evitar a punição?” Pré-moral Simulação: Trabalhador pobre precisa de um remédio raro e caro para salvar a vida do filho. Dono da única farmácia que possui o remédio só vende à vista e sem desconto. Quais serão as suas preocupações, a depender do nível em que se encontrar? 49 linhas e níveis A IMPORTÂNCIA DA ALTITUDE Amor (AGAPE) Kosmocêntrico Amor (FILIA) Etnocêntrico Independência Individualista Amor (AGAPE) Mundicêntrico Integrativo Global Amor (FILIA) Etnocêntrico Dependência Comunitária Amor (FILIA) Pluralista Interdependência Global Amor (EROS) Egocêntrico Independância rebelde Amor (EROS) Egocêntrico Dependência submissa Pré-amoroso Pré-egocêntrico Mente transcendente: conhecimento como identidade plena ou subjetividade-objetividade não-dual. Operacional formal: Engajamento em pensamentoabstrato. Deduções lógicas sem necessidade de apoio de objetos concretos. Mente intuitiva: capaci- dade de conhecer pela experiência direta da inte- rioridade de si mesmo em conexão com a interiori- dade de cada fenômeno e suas ilimitadas relações. Operacional concreta: Lógica interna consistente e habilidade para solucio- nar problemas concretos. Mente pluralista: capaci- dade de compreender um mesmo fenômeno por múltiplas interpretações ou diversas perspectivas simultâneas. Pré-operacional conceitual: sub-estágio do estágio anterior com avanço na capacitade de compreender conceitos. Pré-operatório simbólico: habilidade verbal, no- meação de objetos, raciocínio fragmentário. Sensório-motor: conheci- mento a partir das ações controladas por experiên- cias sensoriais imediatas. Transcendência Conhecimento Autoatualização Necessidades Maslow Desenvolvimento Cognitivo (Piaget-Aurobindo) Desenvolvimento Interpessoal (adap- tado de Gilligan) Tr an sp es so al Pr ed om ín io d as m ot iv aç õe s in trí ns ec as . Pr ed om ín io d as m ot iv aç õe s Ex trí ns ec as Pe ss oa l Pr é- pe ss oa l Desenvolvimento Moral Kohlberg Pertencimento Estética Estima Segurança Fisiológicas Para além do bem e do mal Convencional 2 Autoridade formal “Lei e Ordem” Pós-Convencional 2 Ética Universal “Consciência de Princípios” Convencional 1 normas sociais “Bom-mocismo” Pós-convencional 1 Democracia “Contrato Social” Pré-convencional 2 hedonismo instru- mental “O que eu ganho com isso?” Pré-convencional 1 obediência “Como posso evitar a punição?” Pré-moral 50 ...padrões auto-reprodutores de informação que se propagam através das ecologias da mente, um padrão de reprodução muito semelhante ao das formas da vida... Eles auto-reproduzem-se, interagem com o seu meio ambiente e adaptam-se a este, modificam-se, persistem. Desenvolvem-se de forma a preencher posições vazias do seu ambiente local, que é, neste caso, o sistema de crenças circunvizinho e a cultura dos seus anfitriões, nomeadamente, nós. A Dinâmica da Espiral, pag. 44 “ ” DICA DE LEITURA Dinâmica da Espiral – Dominar Valores, Liderança e Mudança. Autores: Don Edward Beck e Christopher C. Cowan| Editora: Lisboa: Instituto Piaget, 1996. A Dinâmica da Espiral revela os códigos escondidos do desenvolvimento humano, as forças magnéticas que atraem e repelem indivíduos, formam as teias que associam as pessoas nas organizações e forjam a as- censão e queda das nações e de culturas inteiras. O modelo da Dinâmica da Espiral baseia-se na teoria do desenvolvimento humano, fruto de 50 anos de pesquisas do professor de psi- cologia Clare Graves (1914-1986). A pesquisa foi retomada e divulgada mundialmente por A Dinâmica da Espiral afirma que todos possuímos uma inteligência adaptável e complexa, que se desenvolve em resposta às condições de vida e aos desafios a serem enfrentados. Ao constatar que existem padrões na evolução da consciência humana, os pesquisadores identificaram oito grandes níveis de valores e atribuíram cores para tornar o sistema mais intuitivo. O objetivo do modelo não é dizer que alguém está neste ou naquele nível (o uso comparativo é uma impropriedade que desvirtua o seu propósito), mas sim ajudar- nos a enxergar que níveis de consciência e valores estão mais disponíveis para serem utilizados num dado momento ou contexto Beck e Cowan, autores do livro “A Dinâmica da Espiral”. Os autores entrecruzaram o conceito de memes, do biólogo britânico Richard Daw- kins, com o sistema de valores de Graves, elaborando a primeira grande afirmação da ciência da “memética”. Os memes estão para o fenômeno psicossocial assim como os genes estão para as características dos organismos físicos. John Perry Barlow explica que os memes são... existencial e/ou histórico, permitindo-nos assim planejar com maior consciência a nossa própria evolução na Espiral. As pessoas sobem ou descem na espiral dependendo das crises pessoais que enfrentam e das crises sociais que afetam sua comunidade ou seu país. É desejável que, no decorrer da vida, todas as características sejam incorporadas, como nas matrioskas, as bonecas russas que guardam em si várias pequenas bonecas, uma dentro da outra. A forma saudável de viver num nível avançado é integrar as energias e estruturas de pensamento dos níveis anteriores de um modo que faça sentido à luz do estágio de desenvolvimento que se alcançou. espiral de valores 51 comportamentos são respostas às condições de vida TEMPO LUGAR GEOGRÁFICO PROBLEMAS HUMANOS CIRCUNSTÂNCIAS CULTURAIS ESPIRAL DO DESENVOLVIMENTO Idade do indivíduo e época histórica da humanidade. Condições físicas, ambientais e sociais. Prioridades, pressões, necessidades, recursos, tecnologias disponíveis. Hierarquia, regras, tradições, costumes. 2ª ordem Existência Pessoais Transpessoais 1ª ordem Subsistência Pré-pessoais 52 espiral de valores PRIMEIRA ORDEM ESTÁGIOS DE SUBSISTÊNCIA: 99 % DA HUMANIDADE, 95% DE PODER ESTÁGIO 1 SOBREVIVÊNCIA OU ARCAICO-INSTINTIVO Fusão inconsciente com a Natureza Condição: Pré-pessoal e pré-racional Surgiu há 100 mil anos Primeira distinção entre homens e animais Nível básico de sobrevivência física Hábitos e instintos garantem a vida Prioridades: alimento, água, abrigo, sexo e segurança Formação de bandos para perpetuar a vida Onde é encontrado: - Origem nas primeiras sociedades humanas - Crianças recém-nascidas - Pessoas que sofrem de Alzheimer em esta- do avançado - Neuróticos de guerra - Moradores de rua com problemas mentais - Massas famintas - Aproximadamente 0,1% da população adulta e 0% do poder Qualidade crítica: inocência Patologia crítica: estado de carência profunda Nível provável de necessidades predominantes: fisiológicas Nível provável de consciência: egocêntrica 53 ESTÁGIO 2 MÁGICO OU SEGURANÇA percepção animista Condição: Pré-pessoal e pré-racional. Surgiu há 60 mil anos O pensamento é animista Espíritos mágicos, bons e ruins, interferem na Terra Bênçãos, maldições e feitiços determinam os acontecimentos Espíritos dos ancestrais unem a tribo Formação de tribos étnicas (por parentesco) Influenciável por lideranças carismáticas Onde é encontrado: - Crenças em maldições, como o vodu - Juramentos de sangue - Amuletos da sorte - Rituais de família - Superstições étnicas - Gangues - Aproximadamente 10% da população adulta e 1% do poder Qualidade crítica: vitalidade Patologia crítica: superstição Nível provável de necessidades predominantes: segurança Nível provável de consciência: egocêntrico 54 ESTÁGIO 3 PODER PESSOAL OU DEUSES DE PODER Percepção mítica Condição: Pessoal e pré-racional Surgiu há 10 mil anos Primeira manifestação de um “eu” distinto da tribo Poderoso, impulsivo, egocêntrico, conquis- tador, heroico, imediatista, explorador sem culpa, insensível Carismático, intenso, destemido, impetuoso Dragões, bestas, deuses e deusas arquetípi- cos, seres prodigiosos e poderosos O mundo é uma selva cheia de ameaças e predadores O “eu” deve desfrutar ao máximo, aqui e agora Os senhores protegem os servos em troca de obediência e trabalho Base dos impérios feudais e das tiranias: poder e glória Onde é encontrado: - Jovens rebeldes - Reinos feudais - Heróis épicos - Átila, o Huno - Selvagens estrelas do Rock - Aproximadamente 20 % da população adulta e 5% do poder Qualidade crítica: não aceitar o status quo Patologia crítica: violência e insensibilidade Nível provável de necessidades predominantes: estima Nível provável de consciência: egocêntrico 55 ESTÁGIO 4 VERDADE OU ORDEM Desejo de Estabilidade social Condição: Pessoal e mítico Surgiu há 5 mil anos A vida tem significado, direção e propósi- to, com resultados determinados por uma ordem superior Códigos de conduta diferenciam o certo do errado Respeito ao código = recompensas Violação do código = consequências graves Hierarquia social rígida,paternalismo, unifor- midade de pensamento, fundamentalismo, obediência, honra, lealdade, disciplina Impulsividade controlada por meio da culpa Frequentemente religioso ou mítico, maniqueísta Base dos impérios, monarquias, aristocracias e regimes totalitários Onde é encontrado: - América puritana - China confucionista - Inglaterra de Dickens - Códigos da cavalaria e de honra - Obras de caridade - Fundamentalismo islâmico - Escoteiros e bandeirantes - Moralismo convencional - Patriotismo - Aproximadamente 40% da população e 30 % do poder Qualidade crítica: Fortalecimento da Família e das Instituições Sociais Patologia crítica: Fundamentalismo – Só há uma Verdade válida Totalitarismos Nível provável de necessidades predominantes: pertencimento Nível provável de consciência: etnocêntrico 56 ESTÁGIO 5 RAZÃO E PROGRESSO OU LIBERAL Orientação para progresso e objetivos capitais Condição: Pessoal e Racional Surgiu há 300 anos O “eu” se liberta da mentalidade de rebanho Otimista, autoconfiante, independente, analítico, racional Estrategista, assume risco, empreendedor, impaciente Ambicioso, orientado para resultados, com- petitivo O mundo é governado por leis naturais que devem ser conhecidas e controladas Desenvolvimento industrial, científico e tec- nológico Mudanças e avanços são inerentes ao processo Democracias (abolição da escravatura) Onde é encontrado: - Iluminismo - A Revolta de Atlas, de Ayn Rand - Wall Street - Nas classes médias emergentes - Guerra Fria - Indústria da moda e de cosméticos - Competição e meritocracia - Materialismo - Interesse liberal - Aproximadamente 30% da população e 50% do poder Qualidade crítica: autonomia, mente científi- ca e busca incessante pelo progresso Patologia crítica: Saber e Riqueza como fins em si mesmos; instrumentalização humana Nível provável de necessidades predominantes: cognitivas Nível provável de consciência: etnocêntrico 57 ESTÁGIO 6 SENSIBILIDADE OU IGUALITÁRIO Orientação para os relacionamentos Condição: Pessoal e Racional Surgiu há 150 anos Igualitário, pluralista, sensível, ecológico, subjetivo Pensamento não-linear, relativista, humanista Simpático, criativo, amistoso Contra hierarquias, rotulações, divisionismo, julgamentos Ênfase no diálogo, nos relacionamentos, nos vínculos, nos valores comunitários, no tra- balho em rede Decisões na base do consenso, ainda que fruto de discussões intermináveis Espiritualidade, harmonia, paz interior Comunidades coletivas (ecovilas etc.) Onde é encontrado: - Ecologia profunda - Pós-modernismo - Terapia rogeriana - Sistema de saúde canadense - Psicologia humanista - Teologia da libertação - Concilio Mundial das Igrejas - Greenpeace - Direitos dos animais - Ecofeminismo - Pós-colonialismo - Foucault/Derrida - Atitudes politicamente corretas - Movimentos pela diversidade - Questões de direitos humanos - Ecopsicologia - Aproximadamente 10% da população e 15% do poder Qualidade crítica: Cuidado com o outro, respeito aos direitos humanos, Ecologia Patologia crítica: Narcisismo, negação de hierarquias naturais e de crescimento Nível provável de necessidades predominantes: estéticas Nível provável de consciência: pluralista 58 SEGUNDA ORDEM ESTÁGIOS DE EXISTÊNCIA: (APROXIMADAMENTE 1,1 % DA POPULAÇÃO E 6% DO PODER) ESTÁGIO 7 INTEGRAÇÃO OU HOLÍSTICO Orientação para a Visão do Todo Condição: Transpessoal e Pós-racional Surgiu há 50 anos Hierarquias de sistemas e de formas naturais Flexibilidade, espontaneidade e funcionali- dade Pluralista, inclusivo e integrativo Prioridade ao conhecimento e à competência Compreensão dos níveis inferiores da Espiral Integração de paradoxos e ambiguidades Visão integrada da floresta, das árvores e das folhas Onde é encontrado: - Pensamento político de Gandhi e Einstein - Médicos sem fronteiras - Instituto Integral Qualidade crítica: Visão Sistêmica, compreensão do todo Patologia crítica: Não agir por entender que tudo tem seu tempo e razão de existir Nível provável de necessidades predominantes: autorrealização Nível provável de consciência: mundicên- trico 59 ESTÁGIO 8 TRANSCENDÊNCIA Orientação para a Espiritualidade Unitiva Condição: Transpessoal e Pós-racional Sistema holístico universal União do sentimento e do conhecimento Múltiplos níveis se entrelaçam num sistema consciente Surgimento de uma espiritualidade baseada no amor sem limites Integração de todos os níveis inferiores da espiral Qualidade crítica: Espiritualidade profunda e sabedoria Patologia crítica: não conhecida ainda Nível provável de necessidades predominantes: transcendência Nível provável de consciência: kosmocên- trico 60 Estágio 8 Transcendência Orientação para a Experiências Unitivas Estágio 7 Integração ou Holístico Orientação para Visão do Todo. Estágio 6 Sensibilidade ou Igualitário Orientação para os relacio- namentos. Estágio 5 Razão e Progresso ou Liberal Orientação pela Racionali- dade e objetivos capitais. Estágio 4 Ordem Social ou Verdade Desejo de Estabilidade social Estágio 3 Poder Pessoal ou Mítica Desejo de Poder Pessoal Estágio 2 Mágico ou Segurança Percepção Animista – Magia Estágio 1 Sobrevivênciaou Arcaico Fusão inconsciente com a Natureza Iluminação Experiência de Unidade. Visão Sistêmica Compreensão do todo. Cuidado com o outro, respeito aos direitos humanos, Ecologia. Autonomia, Pensamento crítico, científico e busca incessante do Progresso. Fortalecimento da Família e das Instituições Sociais. Não conformar-se passiva- mente com o status quo. Vitalidade Inocência Pouco compreendido ainda. Priorizar a contemplação so- bre a ação, por compreender que tudo tem seu tempo. Narcisismo que precede o egocídio, negação de hierarquias naturais Saber e Riqueza como fins em si mesmos; instrumen- talização humana. Instru- mentalizaçãoda natureza. Totalitarismos e Funda- mentalismo – Só há uma Verdade válida. Insensibilidade, violência sem culpa e imediatismo Superstição Estado de Carência, Dependência ESTÁGIOS QUALIDADES CRÍTICAS PATOLOGIAS 61 TURQUESA AMARELO VERDE LARANJA AZUL VERMELHO PÚRPURA BEGE hólons de desenvolvimento crescente 62 62 UMA MESMA PESSOA PODE VIVENCIAR ESTÁGIOS DIFERENTES, A DEPENDER DA SITUAÇÃO: CONSCIÊNCIA | “ENGARRAFADA” OU ILIMITADA? NÍVEIS DE EXISTÊNCIA MOTIVAÇÕES NÍVEIS DE SUBSISTÊNCIA - Minha Visão de Mundo está correta, todas as demais estão erradas. - Julgamento engendrando identidade. - Cada Visão de Mundo tem sua razão de ser; o importante é assegurar que todos percorram a espiral de modo saudável. - Abstenção de julga- mento engendrando consciência e amor ilimitados. Predomínio das motivações intrínsecas. Predomínio dasmotivações extrínsecas. Pe ss oa l Pr é- Pe ss oa l Tr an sp es so al Eu Testemunha e Amoroso Eu Sensível e Relativista Eu Estável e Fundamentalista Eu Animista e Maniqueísta Eu Holístico e Integrador Eu Racional e Utilitarista Eu Poderoso e Insensível Eu Impulsivo e Arcaico amigos negócios religião trânsito Cada vez que o centro de gravidade do eu orbita ao redor de um novo nível de consciência, ele tem, naturalmente, uma perspectiva nova e diferente da vida. Ken Wilber “ ” 63 exercício Filosofia Antropológica (Conceitos sobre a natureza humana). Considerando os 8 níveis da espiral, atribua para cada pensamento listado à esquerda, a cor do nível em que ele melhor se enquadra: HUMANO RACIONAL René Descartes (1596-1650) Razão: bom senso, faculdade de julgar adequadamente, de discernir entre o bem e o mal, o verdadeiro e o falso. A razão é naturalmente igual em todos os homens. O homem: graças a um método, a regras certas e fáceis, está em condições de conquistar por si mesmo, pelas próprias forças e por um bom uso da razão, o que é verdadeiro. HUMANO BELICOSO Thomas Hobbes (1588-1679) Em seu “estado de natureza”, o homem é um lobo para o homem. O homem é uma máquina sem liberdade, pois todas as suas ações procedem de instintos irresistíveis. Não fosseo artifício do Estado, teríamos sempre a guerra de todos contra todos. Se a humanidade está entregue às suas paixões e às suas fúrias incontroláveis, o Estado deve garantir a segurança e permitir o desenvolvimento da civilização HUMANO CONTRADITÓRIO Blaise Pascal (1623-1662) O homem está suspenso entre dois infinitos, o primeiro de grandeza, o segundo de miséria. A grandeza do homem está em saber que é miserável, e, a partir desse con- hecimento, poder buscar a salvação em um Deus, cuja existência nunca poderá provar. “ Que quimera é o homem! Que inovação! Que monstro, que caos, que con- tradição, que prodígio! Juiz de todas as coisas, verme imbecil; depositário da ver- dade, um poço de incerteza e de erros; a glória e a escória do universo!” HUMANO SEXUAL Sigmund Freud (1856-1939) O humano sexual de Freud. Psicanálise é a Psicologia das Profundezas. O inconsciente é a matriz da existência humana. A psicanálise descentraliza o homem: o ego consciente não é o dono da casa, uma parte do psiquismo escapa da consciência e da vontade. Eros e Tanatos: pulsões de vida e de morte são os motores invisíveis que conduzem o teatro da personalidade. HOMEM ECONÔMICO Adam Smith (1723-1790) As pessoas agem por interesse próprio. Com frequência demandamos bens e serviços fornecidos por outros. “A melhor maneira de conseguir o que você quer é me dar o que eu quero”. O homem é um ser que faz barganhas. 64 HUMANO SEM NATUREZA Jean Paul Sartre (1905-1980) “O que significa dizer que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se encontra, surge no mundo, e só depois se define. Não há natureza humana, O homem simplesmente é (...) O homem nada é além do que ele faz de si mesmo. Este é o primeiro princípio do existencialismo”. HOMEM ESPIRITUAL Theilhard de Chardin (1881-1955) “Não somos seres humanos tendo experiências espirituais. Somos seres espirituais tendo experiências humanas. BOM SELVAGEM Jean Jacques Rousseau (1712-1778) O ser humano, bom por sua natureza, caracterizado por sua liberdade e sua per- fectibilidade latente, foi corrompido pela civilização. A queda do homem é a sua desnaturação. Mal que vem para bem - passagem de uma animalidade estúpida para uma existência de ser inteligente. A propriedade engendra a desigualdade e em decorrência todos os males. Educação, Política e Religição naturais devem civilizar mantendo o homem próximo de sua natureza boa. HOMEM SOLIDÁRIO NO MAL E NO BEM Fiódor Dostoiévski (1821-1881) É preciso assumir as responsabilidades pelos erros cometidos e pelos não cometidos, em virtude da solidariedade que liga os homens entre si, no mal e no bem. Se os homens se dessem conta da oniculpabilidade humana e da consequente necessidade do recíproco perdão universal, estariam em condições de por em ato o Paraíso na Terra. HOMEM EM EVOLUÇÃO Henri Bergson(1859-1941) “Para um ser consciente, existir significa mudar, mudar significa amadurecer, amadurecer significa criar-se indefinidamente a si mesmo”. HOMEM SOCIAL Aristóteles (384-322a.C) O Homem é um animal que pensa, fala e vive em sociedade. 65 atualidades Considerando os 8 níveis da espiral aglutinada, atribua para cada notícia, a cor do nível em que o assunto ou fato melhor se enquadra: (NOTÍCIAS RETIRADAS DA INTERNET) ATUALIDADES NÍVEL 66 tipos de liderança Para cada “Visão de Mundo” à esquerda, atribua o número da “Liderança Ideal” à direita: VISÃO DE MUNDO TIPOS DE LIDERANÇA IDEAL ANTIGUIDADE (do nível arcaico ao nível mítico) 1 2 3 4 5 ESTRATÉGICA O maior especialista lidera por meio de planejamento estratégico e incentivos tangíveis. TRADICIONAL (nível da Ordem e da Verdade) AUTOCRÁTICA A pessoa com o poder lidera por meio do comando e do controle (incluindo coerção e medo). MODERNO (nível da Razão e do Progresso) COMBINAÇÃO dos tipos de Liderança, adequando-os às visões de mundo dos diferentes liderados. PÓS-MODERNO (nível da sensibilidade) AUTORITÁRIA a pessoa com a autoridade lidera uma cadeia hierárquica estruturada. VISÃO INTEGRAL (Níveis de Segunda Ordem) COLABORATIVA A liderança não é atribuída a uma pessoa específica. O grupo é auto- gerido, tomando decisões com base em consenso. 67 exemplos da vida real Considerando os 8 níveis da espiral, procurem rememorar e anotar um exemplo de cada nível vivido por um dos integrantes do grupo: EXEMPLOS DA VIDA REAL NÍVEL 68 CAMADA MEME NOME POPULAR ESTRUTURA MOTIVOS CARACTERÍSTICAS % DE POP. % DE PODER 2ª Existência 8 7 6 5 4 3 2 1 0.1 1 10 30 40 20 10 0.1 1 5 15 50 30 5 1 0 Visão Global Fluxo Flexível Relações humanas Esforço Força da verdade Poder dos Deuses Espírito de parentescos Senso de sobrevivência Global Interativa Igualitário Delegativa Piramidal Impérios Tribos Bandos Compaixão, harmonia Adaptação, integração Holístico, global Sistêmico, conceitual, ecológico, flexível Relativista, personalista, sensitivo, pluralista Materialista, estrategista, ambicioso, individualista Absolutista, obediente, propósito, autoritário Egocêntrico, explosivo, impulsivo, rebelde Animista, tribalista, mágico, místico Arcaico, instintivo, básico, automático Autonomia, realização Ordem, certo e errado Poder, domínio Mágico, “segurança externa” Sobrevivência Aprovação, igualdade, comunidade 1ª Subsistência 69 Don Edward Beck & Christopher C. Cowan Ilustração: Brandy Agerbeck, Loosetooth.com Fontes: 1- Beck, Don Edward & Christopher C. Cowan, Spiral Dynamics: mastering values, leadership, and change. Blackwell Puclishing, Ox- ford, 2006. 2- Wilber, Ken, A Theory of Everything: an integrak vision for business, science, and spirituality. Shambala Publications, Boston, 2000. ASSESSMENT DE NÍVEIS NA DINÂMICA DA ESPIRAL N ÍV EL S IS TE M A D E V A LO RE S FO C O C A PA C ID A D ES LU Z ES SÊ N C IA SO M BR A 3 N ÍV EI S ++ + % PE RC EP Ç Ã O % RE A L In te gr aç ão In te gr aç ão In te gr aç ão In te gr aç ão D ife re nc ia çã o D ife re nc ia çã o D ife re nc ia çã o A d or ar C on qu ist ar Es ta bi liz ar Pr og re d ir C ui d ar In te gr ar Tr an sf or m ar “P or to se gu ro ” C or ag em . Bo m se ns o. Pr op ós ito . Pl an ej am en to . Re al iza çã o. C on sid er aç ão pe lo o ut ro . A pr en d iza - d o co nt ín uo , in te gr aç ão e sin er gi a. V isã o m et as - sis tê m ic a. A ni m ism o. Po d er d e re al iza r. Es tru tu ra çã o. O rg an iza çã o. Es tra té gi a. Re su lta d o. C ui d ad o co m as p es so as . In cl us ão . Im pa rc ia lid ad e. Ex at a m ed id a. Ho lo gr áfi co (t ud o co ne ct a- d o co m tu d o) . S up er st iç ão (d ep os ita r a se gu ra nç a” e m al go ‘e xt er no ’) . In se ns ib ilid ad e. A rro gâ nc ia . Im pu lsi vi d ad e. V er d ad es ab so lu ta s. C re nç as pa ra lis an te s. M an ip ul aç ão . St at us . Tu d o ig ua l pa ra to d os . D em oc ra ci a ex ce ss iv a. Pa ra lis ia d a pe rfe iç ão . To le râ nc ia e m d em as ia . A nu la çã o d e si m es m o D IN Â M IC A D A E SP IR A L ass ess me nt 70 RELATÓRIO DA DINÂMICA DA ESPIRAL Turquesa Amarelo Verde Laranja Azul Vermelho Púrpura Bege 0.0 Seu maior percentual foi no nível Verde (34.67%) 7.3 14.6 21.9 29.2 36.5 Democracia Politicamente Economicamente Estilo de Liderança In ex ist en te Ba nd o (s em po lít ic a) . Po uc a tro ca . C om er qu an d o se nt e fo m e. P ou ca s po ss es sõ es . Ze la d or e pr ov ed or . 1ª o rd em 2ª o rd em O q ue o “ no ss o po vo ” d ec id e fa ze r d e ac or d o co m o q ue o ch ef e, o s i d os os ou o s e sp íri to s d ize m . Tr ib o (c on se lh os fe ito s p el o cl ã e ligaç õe s he re d itá ria s) . Es ca m bo e re ci pr oc id ad e m út ua . O c he fe d ist rib ui b as ea d o em n ec es sid ad e e pr ox im id ad e/ pa re nt es co . Xa m ã ou c he fe ca rin ho so ; p ed e co ns el ho d e id os os re sp ei ta d os d a tri bo /d o cl ã; re ce be si na is e pr es sá gi os d o al ém ; p al av ra s d os a nc es tra is e su as tr ad iç õe s. O q ue o c he fe d iz se r. “P od er a o po vo ” sig ni fic a po d er p ar a m im . Im pé rio (d ita to ria l, ta lv ez “ co rru pt o” , au to cr at a) . Si st em a fe ud al d e d ist rib ui çã o em q ue o s r ic os fic am m ai s r ic os e os p ob re s m ai s po br es . Pe ss oa c om p od er re co nh ec id o; fa ze r o q ue o ch ef e qu er ; al gu ém q ue te m o qu e of er ec er ; re sp ei ta d o, re ve re nc ia d o e te m id o; íd ol o ce le br ad o e co m re pu ta çã o; al gu ém q ue pr ov ou se r co nfi áv el . Ju st iç a e ig ua ld ad e pa ra to d as a s pe ss oa s b oa s q ue se gu em a s r eg ra s e tra d iç õe s. A ut or ita ris m o (u m p ar tid o co m an d a; c on tro le go ve rn am en ta l). Pa d rõ es b ás ic os d a vi d a se rã o al ca nç ad os po r m ei o d o tra ba lh o, d isc ip lin a e po up an ça . A ut or id ad e “v er d ad ei ra ” e “m er ec id a” ; t er a m ai s a lta p os iç ão hi er ár qu ic a; lid er an ça p or lin ha ge m ; f az er a s co isa s d e ac or d o co m a s r eg ra s; pe ss oa c om p od er , st at us e p os to ; d e ac or d o co m a s tra d iç õe s; co m o fo i m an d ad o pe lo po d er d iv in o. Si m o u nã o; jo go p ol íti co (m an ip ul at iv o) em q ue te nh a ga nh o pa ra to d os a fim d e m an te r o st at us q uo . Em pr ee nd i- m en to (e st ad os m ul tip ar tid ár io s, le gi sla çã o) . Pr oc es so liv re e d iri gi d o pe lo co m ér ci o qu e a “m ão in vi sív el ” d a ec on om ia d et er m in a os pa ga m en to s, pr eç os e v an ta - ge ns . Re co rre r a si pr óp rio ; t er m o- d el os e m en to re s d e su ce ss o; “ gu - ru s” p ro fis sio na is co m c re d ib ili- d ad e; p ró sp er o, te r s uc es so e co nt at os d e el ite ; a gi r d e m an ei ra q ue se ja va nt aj os a pa ra su a im ag em pe ss oa l; ag ir d e ac or d o co m su as p ró pr ia s ob se rv aç õe s; “fi z e d eu c er to ”. To d os co m pa rti lh am ig ua lm en te d a d ec isã o co ns en su al d e cu id ar “ d o po vo ”. C om un ita ris m o (d em oc ra ci a so ci al , d ire ito s ig ua lit ár io s) . D ist rib ui çã o co m un al q ue lid a co m a s ne ce ss id ad es hu m an as a nt es d e se b en efi ci ar co m e xc es so s o u ga nh os . N or m as c om u- ni tá ria s e c on se n- su ai s; am ig o ou co le ga e sc la re ci - d o; re su lta d o d e pa rti ci pa çã o e co m pa rti lh am en - to ; r es ul ta d o d e es cl ar ec im en to ; ob se rv aç ão d e ev en to s a qu i-e - ag or a; re sp on siv o a em oç õe s e se nt im en to s; re la - tiv o à sit ua çõ es e pe ss oa s p ró xim as . O p ro ce ss o d e in te gr ar a m ai or ia d os in te re ss es e pr om ov er a su a m ov im en ta çã o flu id a pe la E sp ira l. Es tru tu ra s in te gr ad as (s ist em as es tra tifi ca do s p el a in te lig ên ci a Es pi ra l). M ov im en to s qu e ad ic io ne m va lo r s im ul tâ ne o d ur an te a su bi d a d a Es pi ra l a fi m d e m el ho ra r a “q ua lid ad e d e se r” d os p as so s su bs eq ue nt es . Q ua lq ue r f on te d e in fo rm aç õe s qu e se ja ú til ; po ss iv el m en te ad ot e a pa ss ag em d o be ge p el o ve rd e; u m a pe ss oa m ai s i ns tru íd a e co m pe te nt e; in fo rm aç ão m ai s f un ci on al e re le va nt e; m ut aç ão d e fo nt es fo rm ai s e p al pi te s; ex pl or aç õe s/ d es co be rta s in d iv id ua liz ad as . A d m in ist ra çã o m ac ro d e to d as as fo rm as d e vi d a em p ro l d e um b em m ai or e co m o re sp os ta a pr ob le m as g er ai s. Ho lís tic o (in te rc on ex õe s un iv er sa is) . A pr en d iza d o e re cu rs os d a Te rra d ist rib uí d os d e ac or d o co m a ne ce ss id ad e, n ão co m o d es ej o, a fim d e qu e to d os so br ev iv am c om aq ui lo q ue é o su fic ie nt e. A e xp er iê nc ia d a d es co be rta ; ap re nd er e m um a re d e (d e in fo rm aç õe s) co m un al ; co nc ep çã o ho lís tic a d e m úl tip la s r ea lid ad es ; to d o e qu al qu er se r na e sf er a tu rq ue sa ; co nh ec er si st em as d ist rib uí d os p el o pl an et a; d es pe rta r no va m en te ca pa ci d ad es es co nd id as d o cé re br o; c on fia r e m um a co ns ci ên ci a ho lís tic a. 72 Melhor Abordagem Aquilo que o agrada Se nt id os bi ol óg ic os – to qu e, p al ad ar , ol fa to , v isã o e au d iç ão C on ta to fí sic o ao in vé s d e sím bo lo s. O fe rta d e co m id a, ág ua e se xo . C om un ic aç ão at ra vé s d os se nt id os ; to qu e (s e fo r se gu ro ); ca ríc ia pa ra o fe re ce r se gu ra nç a; re co nh ec er a in te lig ên ci a ex ist en te . Ri to s t ra d ic io na is, rit ua is, c er im ôn ia s; in cl ui e le m en to s m íst ic os e su pe rs tiç ão ; re co rre à n oç ão d e fa m ília “e st en d id a” , ha rm on ia e se gu ra nç a; re co nh ec e lig aç õe s p or sa ng ue , o g ru po e o po vo ; m et áf or as fa m ilia re s, d es en ho s e em bl em as ; us o m ín im o d e lin gu ag em e sc rit a. Ri tu ai s; re sp ei to po r fi gu ra s po d er os as ; a pe lo à se gu ra nç a; m ág ic a; m ist ic ism o; tra d iç õe s e co st um es ; l ar e “t er ra ”; d es ej os d e se re s e sp iri tu ai s; sin ai s e p re ss ág io s; d ar p re se nt es sim bó lic os e pr od ut os ta ng ív ei s; re sp ei to a os m ai s v el ho s; m os tra r h on ra a os an ce st ra is. D em on st ra r “ e o qu e eu g an ho co m is so ?” ; “ vo cê im ed ia ta m en te te rá is so se ... ”; d es afi os e a pe lo ao c on tro le ho m em /à fo rç a; st at us h er oi co e pe rs pe ct iv a le ge nd ár ia ; ex ib iç ão , c la re za , fo rç a; lin gu ag em sim pl es e im ag en s fo rte s. Re su lta d os im ed ia to s; ap el o à m as cu lin id ad e; d es afi os ; i m ag en s he ro ic as ; r iq ue za e po d er p es so al ; ga nh ar re sp ei to e te r u m b om as pe ct o fís ic o; d om in ar a na tu re za e o ut ra s pe ss oa s; pr êm io s e re co m pe ns as - A G O RA . D ev er; h on ra ; na ci on al id ad e; d isc ip lin a; sa cr ifi ca r a si m es m o po r um a ca us a m ai or ; t ra d iç õe s, le is e no rm as ; co ns ci ên ci a d a cl as se e d e “s ab er qu al é o se u lu ga r” ; pr op rie d ad e, re sp on sa bi lid ad e e ho nr ad ez ; g ar an tia d e re co m pe ns as fu tu ra s e gr at ifi ca çã o ad ia d a; su av iza r cu lp a co m co ns eq uê nc ia s “c er ta s” . D ev er ; h on ra ; na ci on al id ad e; se m pe r fi d el is; ho nr ad ez ; ob ed iê nc ia s a au to rid ad es ; es ta r p re pa ra d o; sa cr ifí ci o e d isc ip lin a; d ed ic aç ão re co m pe ns ad a na vi d a ap ós a m or te ; es ta bi lid ad e e or d em ; p ro pó sit o; no rm as e p ad rõ es ; en co nt ra r u m a “r az ão p ar a” ; s er um b om c id ad ão ; po nt ua lid ad e. A pe lo a o “s ub ir na v id a” e à va nt ag em co m pe tit iv a; m ot iv aç ão a pa rti r d o su ce ss o e al ca nç ar a ab un d ân ci a; m ai or , m el ho r, m ai s no vo , m ai s r áp id o, m ai s p op ul ar ; ci ta çõ es d e ex pe rts e au to rid ad es se le ta s; in fo rm aç õe s ex pe rim en ta is e ex pe rim en ta r pa ra sa be r; lu cr o, pr od ut iv id ad e, qu al id ad e, re su lta d os , g an ho s; qu er er e st ar ce rto se m pr e, em d et rim en to d as o pi ni õe s d e ou tre m . O po rtu ni d ad es d e su ce d er ; pr og re ss o; cr es ci m en to ; al ca nç ar m et as ; m el ho ra r as c oi sa s; co m pe tit iv id ad e e te r a v an ta ge m ; m ai or , m el ho r e m ai s n ov o; se gu ir te nd ên ci as ; m od a; p re va le ce r at ra vé s d o pr es tíg io p es so al ; ex pe riê nc ia ; to m ar ri sc os ca lc ul ad os ; ci ên ci a; o q ue te m d e m ai s n ov o; fa ze r b ar ga nh as e ac or d os ; t ra ta r co m o V IP . A um en to d o se ns o d e pe rte nc im en to , co m pa rti lh ar e ha rm on ia gr up al ; s en sív el a pr ob le m as hu m an os e cu id a d os o ut ro s; ex pa nd e a co ns ci ên ci a e co m pr ee ns ão d e si m es m o; sí m bo lo s d e ig ua ld ad e, hu m an id ad e e un id ad e; lin gu ag em g en til ju nt o a im ag en s d a na tu re za ; co ns tru çã o d e co nfi an ça , fra nq ue za e ex pl or aç ão ; pe ss oa s r ea is ex ib iç ão a ut ên tic a d e em oç õe s. Pa rti ci pa çã o e en vo lv im en to ; d ec isõ es d e at aq ue s c on se n- su ai s; tra ba lh o em eq ui pe ; l ib er aç ão d os o pr im id os ; co m pa rti lh am en - to ; a ce ita çã o d as fr aq ue za s h u- m an as ; f ra nq ue za ; se ns iti vi d ad e ao m ei o am bi en te ; to le râ nc ia ; s er po lit ic am en te co rre to ; in cl us ão ; re sp on sa bi lid ad e e co ns ci ên ci a so - ci al ; p ar tic ip aç ão ; ci d ad an ia c ol et i- va ; e nv ol vi m en to d a co m un id ad e. M íd ia re le va nt e, in te ra tiv a e d e fá ci l ac es so ; i nf or m aç ão fu nc io na l e ob je tiv a; o s f at os , os se nt im en to s e os in st in to s; te r u m a vi sã o sis tê m ic a; c on ec ta r in fo rm aç õe s p ar a um a vi sã o ho lís tic a; co ne ct ar -s e a ou tra s p es so as e a ou tro s s ist em as d e su ce ss o. Lib er d ad e pa ra se r e fa ze r o q ue be m e nt en d er ; ap re nd er c oi sa s in te re ss an te s pa ra m el ho ra r a qu al id ad e d o se r; ac es so à d iv er sid ad e na s p es so as ; vi sã o sis tê m ic a; au m en ta r a co m pe tê nc ia e fu nc io na lid ad e; pr in cí pi os ; te nt ar p ro d uz ir d e m an ei ra ad eq ua d a e su st en tá ve l; d em on st ra r in te rc on ex õe s e lig aç õe s. In sig ht s m ul tid im en sio na is; ut iliz ar a co ns ci ên ci a d e fo rm a nã o- lin ea r; es pi rit ua lid ad e re no va d a e sa cr ifí ci o pe lo to d o; in te rd ep en d ên ci a ec ol óg ic o e co ne xõ es ; s ol uç õe s gl ob ai s p ar a pr ob le m as g lo ba is; co m un id ad e qu e va i a lé m d e na ci on al id ad es ou p ar tid os ; ex pe rim en ta çã o em a lta te cn ol og ia . A e xp er iê nc ia d e es ta r a ci m a d e in te re ss e pr óp rio se m d em on st ra r, pa ra o g ru po , a s pr es sõ es q ue p os sa es ta r s of re nd o; en co nt ra r u ni d ad e em id ei as e m et as d e im pa ct o gl ob al ; re sp on sa bi lid ad e co m a qu ilo q ue é bo m ; p en sa m en to m ul tid im en sio na l e co m pl ex o; co nt in ui d ad e d a vi d a no p la ne ta ; ho lis m o in te ra tiv o; in te rd ep en d ên ci a; fo rm ar g ru po s d e in d iv íd uo s; ap re ci ar o la d o es pi rit ua l d as co isa s. 73 1ª o rd em 2ª o rd em Aquilo que o desagrada Ro ub ar a su a co m id a ou fa ze r m ov im en to s am ea ça d or es ; ca us ar d or fís ic a ou d es co nf or to po r m ei o d e m ud an ça br us ca d e te m pe ra tu ra ; se d e; tr at á- lo co m o um an im al . Fa la r m al d o ch ef e d a tri bo ; p isa r o u pr of an ar lo ca is sa gr ad os ; v io la r ta bu s o u rit ua is; am bi gu id ad e; iso la r e fo rç ar m ud an ça ac el er ad a ou in ce rte za ; am ea ça r a fa m ília ; d es re sp ei ta r id os os o u an ce st ra is; n ão te nt ar e nt en d er . D es afi ar se u po d er ou c or ag em ; en ve rg on ha r ou h um ilh ar a pe ss oa /o g ru po ; se m ud ar p ar a um pe d aç o d e te rra se m p er m iss ão ; m os tra r q ue te m a rm as m ai s po d er os as ; f al ar m al c om p al av rõ es e fa ze r s in ai s m al -e d uc ad os ; se r d es d en ho so ; hu m ilh aç ão ; d eb oc he ; d ar d es cu lp as . A ta qu e à re lig iã o, ao p aí s o u e à he ra nç a ét ni ca , pr of an ar sí m bo lo s ou liv ro s s ag ra d os ; d es d en ha r o u fa ze r p ou co d o “p ro pó sit o” d a vi d a; v io la r a lin ha ge m d e co m an d o; d es co ns id er ar as re gr as o u a d ire tri z; p ar ec er in ju st o ou pr eg ui ço so ; fa la r p al av rõ es ; d es m er ec er pa d rõ es ; c he ga r at ra sa d o. G an ho s b ai xo s; fa la r s ob re co le tiv iza çã o, ac us ar d e “f az er jo gu in ho ” e d e d es m er ec er ; ne ce ss id ad e co m pu lsi va d e d es afi os ; nã o of er ec er re co m pe ns as po r b om d es em pe nh o; ob rig ar a s pe ss oa s a se re m ig ua is; re gr as o u pr oc ed im en to s qu e lim ite m o ga nh o fin an ce iro ; n ão ba rg an ha r ou n eg oc ia r; pa re ce r in fle xív el ; pa re ce r c om um ; tra ta r a p es so a co m o al gu ém qu e fa z pa rte d o gr up o. O s i d ei ai s em et as d o gr up o; te nt ar c on tro le ce nt ra l; d iv id ir o gr up o; re je ita r re sp on sa bi lid ad e co le tiv a em p ro l d a re sp on sa bi lid ad e in d iv id ua l; ap oi ar co m pe tiç ão ag re ss iv a; ne ga r q ue e st á af et ad o/ qu e te m se nt im en to s; d es pr ez ar a qu al id ad e d e vi d a ou d o m ei o am bi en te ; ap ar en ta r s er sa ng ue -fr io ; ap ar en ta r s er m er ce ná rio ; va le r-s e d e “f at os co m pr ov ad os ” em d et rim en to d os fa to re s hu m an os ; a gi r d e m an ei ra e lit ist a ou ex cl us iv a. Fo rç as re gr as se m m ot iv o; im po r um a es tru tu ra d isf un ci on al ; f oc ar em d et al he s s em im po rtâ nc ia ; pu ni r; se r m ic ro ge re nc ia d o em re aç ão a o te m po ; to rn ar o tr ab al ho re pe tit iv o; te r a ce ss o a in fo rm aç õe s va ria d as e fo nt es d e ap re nd iza d o; te nt ar ho m og en ei za r; fa ze r m al a pe ss oa s o u ao m ei o am bi en te pr op os ita lm en te ; pr oc ra st in ar ; fo rç ar in tim id ad e; ig no ra r j ei to s d e pe ns ar d iv er so s. Re al id ad e; in st itu ir m et as a c ur to p ra zo em d et rim en to d a vi d a d o sis te m a a lo ng o pr az o; im po r pe ns am en to s lim ita d os / pr ec on ce itu os os em re la çã o a et ni as , i d eo lo gi as e co nfl ito s po lít ic os ; n eg ar a es pi rit ua lid ad e; d ar d es cu lp as eg oí st as ; d ei xa r re síd uo s; pr oc ur ar cr ia r v an ta ge m po r m ei o d e tra pa ça s; ap ar en ta r no rm al id ad e; se r pr ec on ce itu os o; to le ra r f or ça s d es tru tiv as ; i r p el o ca m in ho m ai s f ác il; se r m ui to “ pé -n o- ch ão ”. 74 1ª o rd em 2ª o rd em ESPAÇO PARA NOTAS 75 76 visão integral 77 Estados A metáfora de subir a montanha estados Formas temporárias, mutáveis, e às vezes intensificadas de consciência. Os Estados ocorrem em todas as linhas – exemplo na linha de desenvolvimento amoroso ESTADO SONO PROFUNDO SONHO VIGÍLIA QSE QSD CAUSAL SUTIL GROSSEIRO CORPO/ENERGIA ONDAS CEREBRAIS 1 BETA (14-40HZ) – A CONSCIÊNCIA DE DESPERTAR E A ONDA DO RACIOCÍNIO Estão associadas a consciência normal de vigília e um estado elevado de alerta, à lógica e ao raciocínio crítico. Enquanto as ondas cerebrais Beta são importantes para o funcionamento eficaz durante todo o dia, elas também podem traduzir-se em estresse, ansiedade e inquietação. 2 ALPHA (7.5-14HZ) – A ONDA DO RELAXAMENTO PROFUNDO Estão presentes quando estamos em relaxamento profundo e geralmente quando os olhos estão fecha- dos. Também quando se está entrando em um lindo sonho ou durante a meditação. É um momento ideal para programar a mente ao sucesso e também aumentar a sua imaginação, visualização, memória, aprendizagem e concentração. 3 THETA (4-7.5HZ) – A ONDA DA MEDITAÇÃO LUMINOSA E DO DORMIR Estão presentes durante a meditação profunda e no sono leve, incluindo o importante estado de sonho MRO (Movimento Rápido dos Olhos). Diz-se que um sentimento de profunda conexão espiritual e uni- dade com o universo pode ser experimentado em Theta. 4 DELTA (0.5-4HZ) – A ONDA DO SONO PROFUNDO. É a mais lenta das frequências e é experimentada em sono profundo, sem sonhos e em profunda meditação transcendental, onde a consciência está totalmente isolada. Delta é o reino da sua mente inconsciente, a porta de entrada para a mente universal e do inconsciente coletivo, onde a informação recebida é de uma outra forma indisponível no nível consciente. Entre muitas coisas, o sono profundo é importante para o processo de cura – está conectado com a cura profunda e a regeneração. Por isso, não ter sono profundo o suficiente é prejudicial para a sua saúde em mais de um sentido. 5 GAMA (ACIMA DE 40HZ) – A ONDA DOS ‘INSIGHTS’ É a mais recente descoberta e é a frequência mais rápida, acima de 40Hz. Enquanto pouco se sabe so- bre este estado da mente, investigações iniciais mostram que as ondas Gama estão associadas à fortes rajadas de discernimentos (insights) e de alto nível de processamento da informação. 78 a ciência da meditação INICIANTES Com as primeiras horas, dias e semanas de meditação, diversos benefícios emergem. Para começar, o cérebro dos iniciantes mostra menos reatividade amigdalar ao estresse. Incrementos na atenção após somente duas semanas de prática incluem foco melhorado, menos divagação mental e memória de trabalho aumentada – com uma compensação concreta em notas melhores em exames de admissão. Parte dos mais novos benefícios está na meditação compassiva, incluindo conectividade aumentada nos circuitos de empatia. E marcadores para inflamação diminuem um pouco com apenas trinta horas de prática. Embora esses benefícios venham à tona mesmo com horas de prática notavelmente modestas, tendem a ser um tanto frágeis e necessitam de sessões diárias para se manter. PRATICANTES DE LONGO PRAZO Para os meditadores de longo prazo, aqueles com cerca de mil horas ou mais de prática, os benefícios documentados até o momento são mais sólidos, com alguns outros acrescentados à mistura. Há indicadores cerebrais e hormonais de reatividade reduzida ao estresse e inflamação diminuída, um robustecimento dos circuitos pré- frontais para administrar o estresse e níveis mais baixos de cortisol, sinalizando menos reatividade a estresse em geral. A meditação compassiva nesse nível traz uma sintonia neural maior com pessoas sofrendo, e maior inclinação a fazer algo para ajuda-las. Quando se trata da atenção, há toda uma gama de benefício: atenção seletiva mais forte, lapsos de atenção diminuídos, maior facilidade em sustentar a atenção, uma prontidão ampliada para reagir ao que possa acontecer e menos divagação mental. Junto com menos pensamentos obcecados consigo mesmo vem um enfraquecimento dos circuitos de apego. Outras mudanças biológicas e cerebrais incluem ritmo de respiração mais lento (indicando uma diminuição da taxa metabólica). Um retiro de um dia inteiro reforça o sistema imune e sinais de estados meditativos continuam durante o sono. Todas essas mudanças sugerem a emergência de traços alterados. NÍVEL “OLÍMPICO” Finalmente, há os meditadores de nível “olímpico”, que têm uma média de 27 mil horas de meditação ao longo da vida. Eles revelam sinais claros de traços alterados, tais como ondas gama amplas em sincronia entre regiões cerebrais distantes – padrão cerebral nunca visto antes –, e que ocorrem também em repouso entre iogues com mais horas de prática. Embora mais fortes durante certas práticas, as ondas gama continuam enquanto a mente está em repouso. Além disso, seus cérebros parecem envelhecer mais vagarosamente, comparado ao de outras pessoas na mesma faixa etária (...). Durante a meditação compassiva, o cérebro e o coração combinam-se de uma maneira também nunca vista em outras pessoas. Mais significantemente, o cérebro dos meditadores “olímpicos” em repouso se assemelha aos estados cerebrais de outros enquanto meditam – o estado se tornou um traço. Os dados trazidos por Goleman e Davidson sobre os efeitos da meditação, após reunirem os resultados das pesquisas mais consistentes já realizadas no mundo, são animadores: DICA DE LEITURA A Ciência da Meditação – como transformar o cérebro, a mente e o corpo. Autor: Daniel Goleman, Ph.D. e Richard Davidson, Ph.D.| Editora: Rio de Janeiro, Objetiva: 2017. 79 visão integral 80 Quadrantes A metáfora de subir a montanha quadrantes o hólon humano Matriz que abrange as quatro dimensões da realidade, conjugando os domínios subjetivo
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