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RESENHA CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS_compressed

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FACULDADE ESTÁCIO BOA VIAGEM 
ALUNA: YASMIN FERNANDA CAMILO DA SILVA 
Nº DE MATRICULA : 201404020519 
PROF° MARCIO MARQUES 
 
 
 
RESENHA : CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS 
 
 
 
 
 
FULLER, Lon Luvois. O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS. 
Tradução e notas Ricardo Rodrigues Gama. Campinas/SP. Russell editores, 2013 
 
 O autor, Lon Luvois Fuller (1902-1976), estudou Economia e Direito em Stanford, foi 
professor de Teoria do Direito nas Faculdades de Direito do Oregon, ilinois e Duke e, a partir de 
1940, na Faculdade de Direito da Universidade de Harvard, onde trabalhou até 1972, foi um 
destacado intelectual do campo da jusfilosofia. 
 Fuller ficou mundialmente conhecido principalmente em função do texto amplamente 
traduzido e debatido intitulado O caso dos exploradores de cavernas. Esse texto publicado pela 
primeira vez em 1949, fol tido e comentado por estudantes e professores de Direito em todo o 
mundo, tendo sido traduzido para varios idiomas, inclusive o português. 
 Essa estória inicia-se em maio do imaginario ano de 4299, onde cinco membros da 
Sociedade Espeluncologia (organização amadoristica de exploração de cavernas) adentraram no 
interior de uma caverna de rocha calcaria. Quando estavam bem distantes da entrada dessa 
caverna, ocorreu um desmoronamento da terra que obstruiu, completamente, a única saída da 
caverna. Não voltando dentro do tempo normal os familiares dos exploradores advertiram a 
Sociedade Espeleológica que encaminhou uma equipe de socorro ao local. 
 O trabalho do resgate foi extremamente penoso e dificil. Novos deslizamentos da terra 
ocorrem, em uma dessas oportunidades, e 10 operários morreram soterrados. Os fundos da 
Sociedade Espeleológica foram exauridos, foi necessaria uma subvenção do poder legislativo, e uma 
campanha de arrecadação financeira para a complementação dos fundos. A libertação da caverna 
so foi possivel no trigésimo dia, contado a partir do inicio dos trabalhos de resgate. 
 
1. Se poderiam sobreviver mais dez dias sem alimentação e; 
 
2. se caso de alimentassem de carne humana, teriam chances de sobreviver. 
 
A primeira hipótese recebeu uma resposta negativa a segunda foi respondida que tem grandes 
chances de sobrevivência alimentando-se de carne humana. 
 Após a ausencia de respostas a comunicação foi interrompida e os exploradores decidiram 
sacrificar um dos cinco, para que a sobrevivência dos outros quatro fosse garantida Roger 
Whetmore propos um sorteio para a escolha daquele que seria sacrificado. Antes do início do jogo, 
Whetmore desistiu de participar e sugeriu que esperassem mais uma semana Seus companheiros o 
acusaram de traição e procederam ao lançamento dos dados. Quando chegou a vez de Whetemore 
acabou sendo o escolhido. Foi morto, sua carne serviu de alimento para seus companheiros que 
sobreviveram e foram salvos no 30° dia depois do inicio do resgate. 
 Após o resgate os sobreviventes foram a julgamento e em primeira instância foram 
condenadas a pena de morte em segunda instância foram analisados por quatro juizes: Foster 
Tatting, Keen E Handy. 
 Foster propõe a absolvição dos seus baseando-se numa posição jus naturalista, alegando 
que quando Whelemore foi morto eles não se encontravam em um estado de sociedade civil, mas 
em um estado natural e por isso a lei não poderia ser aplicada. A fundamentação de seu voto se da 
pela razão geográfica e o fundamenta no artigo 7º do código civil austriaco, onde diz que 
circunstâncias imprevistas pela lei autorizam a invocação da justiça natural. 
 Tatting critica os pontos expostos por Foster, mas no final se mostra confuso e emocional 
na decisão fica em cima do muro e pede afastamento do caso. 
 Keen condena os reus e acusa Foster de estar usando furos na legislação para tentar 
defender acha que o caso não deveria ser resolvido por eles. 
 Handy relata uma pesquisa que foi feita para saber a opnião publica e 90% das pessoas 
absolveu os réus. Ele fica do lado da opniao publica. 
 Tatting foi questionado posteriormente se queria rever a sua opinião, mas reafirmou que 
não queria participar da decisão deste caso. 
 Os sobreviventes são processados e condenados a morte pela forca, pelo assassinato de 
Roger. Os acusados recorrer da decisão. Foram julgados então por mais quatro juízes, que 
expuseram seus argumentos, deram dois votos a favor da absolvição (Foster Handy), um os 
condenou (Keen) e outro se recusou a participar da decisão do caso (Tatting), contando com o voto 
do presidente do Tribunal de Primeira instancia (Truepenny, dá-se o empate e a sentença 
condenatória foi confirmada. Os acusados foram mortos na forca. 
 A suprema corte, estando igualmente dividida, a convicção e sentença do Tribunal de 
apelações foi mantida. E foi ordenada a execução da sentença as 06h00min da manha de sexta, 02 
de abril de 4300 quando o carrasco foi intimado a proceder com o enforcamento dos réus pelo 
pescoço ate a morte. 
 Entende-se que a justiça seria feita se os acusados fossem inocentados, apesar de os atos 
que praticaram serem considerados monstruosos se praticados em uma situação normal, deve-se 
levar em consideração que a situação em que o falo ocorreu. 
 O risco de morte era iminente, tendo o próprio médico da equipe de salvamento confessado 
que seria praticamente inexistente as chances de os exploradores sobreviverem pelo periodo 
minimo estimado de dez dias para o sucesso da operação de salvamento, nenhum dos exploradores 
tinha dado causa já que a caverna subterránea em que se encontravam presos teve sua salda 
bloqueada por um desmoronamento natural. Além do exposto, os bens juridicos emi conflito são a 
vida de cada um dos exploradores não sendo razoável exigir que um deles sacrificasse a vida para 
resguardar a dos outros. 
 
 
 
ATIVIDADE 
 
 DOIS ARGUMENTOS SOBRE O CASO DOS EXPLURADORES DE CAVERNA 
 
Dois argumentos, duas concepções ideológicas básicas rondam esse julgamento. Essas duas 
correntes de pensamento, quando utilizadas pelos juízes em seus pareceres são utilizadas de formas 
distintas, de modo a garantir-lhes a validade de seu argumento. As duas concepções são formas 
válidas de se encarar o caso, já que são, a priori, corretas e imaculadas. 
 As circunstâncias que fizeram com que o caso ocorresse devem ser levadas em conta para 
a decisão. Nesse ponto, há convergência de pensamento das duas idéias principais presentes na 
argumentação. A distinção entre essas concepções se dá no campo da lei, do processo aplicativo 
das leis. 
 A primeira corrente é a da “lei da natureza” (interpretação da lei com a mudança de 
contexto), que retira a culpa dos quatro membros da Sociedade Espeleológica pelo motivo de que 
estavam não mais sob a jurisdição do país ou do estado deles, mas que, a partir do momento em 
que se encontravam “fora da civilização” (pela falta de contato com o “mundo deles”), passou a 
entrar em vigor uma nova lei. Segundo essa linha de raciocínio, eles não poderiam ser julgados, pois 
a lei a que estavam submetidos era outra. Portanto, segundo esse primeiro pensamento, eles 
deveriam ser absolvidos. 
 A falha nessa concepção está em crer que os quatro homens que sobreviveram em 
detrimento da vida de Roger Whetmore o fizeram de forma íntegra, respeitando os direitos dele. E 
também não leva em consideração o fato de Roger, depois, ter desistido da idéia de se sacrificar 
pelos outros. Eles adotaram uma forma de pensamento para justificar a inculpabilidade dos réus e 
outra para justificar que o contrato oral estabelecido entre os cinco homens que estavam presos na 
caverna não podia ser anulado. 
 A segunda corrente é a da preservação da lei, que sentencia à morte qualquer um que prive 
o outro da vida. Segundo essa concepção, mesmo os cinco homens estando “alheios” à sociedade, 
eles não deixavam de fazer parte dela, apenas por motivos físicos. Essa corrente de pensamento 
afirma que todos os queestavam presos na caverna conheciam as leis vigentes e sabiam que ao 
matar Roger Whetmore estavam ferindo a constituição. 
 A falha presente nesse tipo de concepção reside no fato de que os membros da sociedade 
não se encontravam em situação de convívio normal. Essa concepção reducionista não aceita a idéia 
de situação de morte iminente como justificativa ao sacrifício. 
 É justamente a falta de argumentos completamente corretos e invariáveis que deixa o juiz 
J. Tatting em situação de indecisão. Cada argumentação está fundamentada em princípios jurídicos, 
porém a abordagem é totalmente tendenciosa. 
 Com isso, encerro meu parecer assumindo exatamente a mesma posição que o juiz Tatting 
pela falta de alegações consistentes que me façam tomar uma posição tendo certeza de que a fiz 
corretamente.

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