Prévia do material em texto
Analise e Ensinamentos obtidos do Livro Quem mexeu no meu Queijo Yan Barreto da Soledade Marina Amorim Prof. Manuela de Oliveira Marta (Orientadora) Resumo: Propomos nesse estudo analisar a obra Quem Mexeu no meu Queijo, produzido em 1998 pelo autor Spencer Johnson, afim de trazer uma reflexão através da constituição do discurso, sobre as mudanças e dificuldades que o ser humano está sujeito ao decorrer de sua vida, e suas decisões e atitudes perante as mesmas. Esta analise utilizou a metodologia da pesquisa bibliográfica, recorrendo além da obra do próprio autor, como os pensamentos de Maslow em sua Teoria das Necessidade (1943), Teoria das Necessidades (afiliação, poder e realização) de McClelland (1953) , Teoria ERC ( existência, relacionamento e crescimento) de Alderfer (1969) e a Teoria Bifatorial de Herzber, Mausner e Snyderman (1959). No decorrer do artigo foi desenvolvida a proposta de fazer uma leitura analítica do livro Quem Mexeu no Meu Queijo, concretizando o objetivo principal. “O que você faria se não tivesse medo?” Spencer Johnson, Quem mexeu no meu queijo. INTRODUÇÃO Desde que a humanidade passou a ter um convívio em sociedade, notou-se muitos aspectos individuais de personalidades, evidenciando costumes, interesses, preferencias e maneiras de resolver atividades de cada componente do grupo. Durante muito tempo psicólogos estudaram sobre essas diferentes maneiras de comportamento, chegando à conclusão de que cada atitude comportamental parte de uma premissa que seria a motivação. A motivação é um dos processos ou o processo que melhor explica o comportamento humano perante a sociedade e em seu ambiente de trabalho e muitos estudiosos vem analisando o quão impactante é esse processo motivacional para o crescimento pessoal do trabalhador e da empresa. Em Salanova; Hontangas; Peiró, 1996, p.216, o autor nos traz a seguinte reflexão: A motivação como processo psicológico básico pode ser definida como uma ação dirigida a objetivos, sendo autorregulada, biológica ou cognitivamente, persistente no tempo e ativada por um conjunto de necessidades, emoções, valores, metas e expectativas Embasando as principais características do conceito de motivação, auxiliando na construção da teoria deste processo, que são: ênfase, foco, pergunta e resposta. A ênfase sendo o estado de ativação motivacional, distinguindo o que é importante suficiente para se motivar, O foco se referindo a atenção adotada a o que se julga importante, ligado diretamente a ênfase, a pergunta é o questionamento de como é ativada, se há escolha do alvo e o que manteria a ação e a resposta seria a compreensão geral que busca. Entre 1940 a 1960 os estudos e teorias sobre motivações tiveram uma grande evolução, período que muitos estudiosos elaboraram teorias a respeito da mesma, como Maslow e a sua Teoria da Necessidade (1943), Teoria das Necessidades de McClelland (1953), Teoria ERC ( existência, relacionamento e crescimento ) de Alderfer (1969) e a Teoria Bifatorial de Herzberg, Mausner e Snyderman (1959) muito utilizadas no meio da psicologia organizacional e do trabalho. A análise do modo de agir de cada funcionário em uma organização se identifica como comportamento organizacional. Sendo este de muita valia para a organização, promovendo harmonia, dedicação com seus serviços e afazeres atingindo níveis positivos de proveitos. Existem dois fatores que que influenciam de maneira positivas o comportamento organizacional de uma empresa, que são eles: a Liderança e Motivação. De acordo Chiavenato (2000, p.315) “a liderança é a capacidade de influenciar as pessoas a fazerem aquilo que devem fazer.” O líder exerce influência sobre as pessoas, conduzindo suas percepções de objetivos em direção a seus objetivos. O líder tem a capacidade de observar dentro de um grupo, qual a motivação e a qual seria a influência necessária para fomentar a união e a dedicação no meio, de modo que nos guiem com sabedoria e sucesso, sendo indispensável a sua presença pois uma organização quando liderada com sabedoria, consegue retirar o melhor de cada colaborador, conseguindo alcançar os melhores resultados em todas as áreas. Por sua vez a motivação é a força que leva cada um a fazer seus serviço e atividades, que os faz querer seguir em direção as suas metas, sendo uma força individual de cada ser, cada ser humano, de acordo com suas culturas, crenças ou maneira de observar e pôr em pratica, tem sua própria motivação para obter tais objetivos. DESENVOLVIMENTO: “Cheire o queijo com frequência, para saber quando está ficando velho” Spencer Johnson, Quem Mexeu no meu Queijo. O livro Quem mexeu no meu Queijo de Spencer Johnson estuda a habilidade do ser humano em obter conhecimento através de frustações, receios, medos, o companheirismo em auxiliar um membro do grupo com certas dificuldades cotidianas, todos esses aspectos podem ser observados nos 4 personagens principais da história, os dois ratos Sniff e Scurry e nos duendes Hem e Haw, possuindo um papel fundamental diante a sociedade, no que diz respeito a um contexto histórico geral, esse fato decorre do mecanismo utilizado pelo autor ao associar o ser humano as suas criações, facilitando a compreensão dos leitores em se colocar na pele dos personagens trazendo consigo todos os ensinamentos obtidos desta experiencia. Diante disso é possível fazer uma reflexão profunda sobre a mente e o comportamento humano correlacionado com o que foi lido no livro de Spencer, a maneira que cada personagem se propusera a agir para obter os mesmo resultados, que seria encontrar o seu queijo, em situações similares, suas atitudes ao encontra-lo e ao perde-lo, descrevendo a forma de funcionamento do psicológico de cada um diante de um problema inusitado, imprevisível. Ao se fazer uma análise mais elaborada voltada para o estudo psicológico, podemos identificar pontos característicos e distintos nas duas duplas que saíram a procura de seus objetivos. Podendo os ratos serem avaliados como uma legitima equipe os duendes sendo apenas um grupo, dado a fatores aliados a comportamentos, atitudes de motivação e liderança em ambas, decorrentes das relações interativas um com o outro e pelo meio em que se encontravam. De acordo, Zimerman (2000, p.157) grupo é: “o conjunto de pessoas reunidas por constantes de tempo e espaço, articuladas por sua mútua representação interna, que se propõe, implícita ou explicitamente, uma tarefa que constitui sua finalidade”. Exemplificando, um grupo seria um agregado de pessoas, seguindo as mesmas normas, porém sem uma colaboração mutua entre os mesmos, logo se tornando um ambiente desarmonizado, no entanto visando as mesmas metas e resultados. E claramente observamos isso nas atitudes dos dois duendes, onde ao se frustrarem com o desaparecimento do seu queijo, de certo modo entraram em conflito, tendo cada um, um comportamento e entendimento do problema, e tomando soluções distintas, com um adentrando novamente no labirinto tentando obter um novo queijo, e o outro mesmo com aconselhamentos e esforço do amigo, preferi-o esperar sentado um novo queijo aparecer, mostrando claramente uma falta de sintonia entre os dois. A maneira com que cada personagem executa a sua tarefa nesse meio, não é vista como satisfatória, porque reflete a falta de interação entre os membros, bem como se é explícito a indiferença dos mesmos em ajudar o grupo a progredir e alcançar a meta de uma forma harmônica; além da decepção causada durante o decorrer do trabalho, e até mesmo na finalização dele, quando não se atinge o esperado ou quando se alcança o objetivo, é visível o desapontamento de ambas as partes. A definição de equipe segue por uma outra direção, sendo ela harmoniosa, colaborativa, satisfazendo todas as necessidades de seus membros, visandonão somente a meta, mas sim a satisfação e harmonia ao efetuarem serviços. Fiorelli (2004, p.170) diz que: Uma equipe é o conjunto de pessoas com um senso de identidade, manifestado em comportamento desenvolvido e mantido para o bem comum e em busca de resultados de interesse comum a todos os seus integrantes, decorrentes da necessidade mútua de atingir objetivos mais especificados (FIORELLI, 2004, p.170). Ao voltar os olhares para Sniff e Scurry, e o comportamento e atitudes similares dos dois, se caracterizam perfeitamente com a definição de equipe, a cooperação, apoio e sintonia com que realizam a procura e principalmente o comportamento ao obter o que tanto busca e logo depois ao perde-lo, gerando um bem estar a ambos em todas as etapas do processo. Pessoas que se deparam com este tipo de ambiente e consegue ser uma célula ativa em seu meio, tem-se uma percepção mais amplificada e sistematizada, formando vínculos que posteriormente se torna sucesso, com todos orgulhosos pelo desempenho de uma boa execução ao longo do serviço a que lhes foi atribuído. “A liderança é a capacidade de influenciar as pessoas a fazerem aquilo que devem fazer.” (CHIAVENATO, 2000, p. 315). O líder sempre desenvolve o papel de influência dentro do meio em que se estar trabalhando, fazendo com que os demais o sigam, influenciando seus comportamentos. Na obra “Quem mexeu no meu Queijo”, o personagem Sniff exerce e exemplifica bem esta função, ao farejar o queijo que seria o objetivo da dupla, enquanto Scurry corre na frente à procura do mesmo. O líder tem a função de desperta a confiança de sua equipe, trazendo paz e harmonia para seu meio, amenizando conflitos aumentando eficiência em obter seus objetivos. Ao observar a dupla de duendes Haw ao tentar animar seu parceiro a voltar a correr pelo labirinto em busca do tão sonhado queijo, não consegue transmitir estes sentimentos para Hem. No entanto, ao analisarmos o comportamento dos ratos Sniff e Scurry ao entrarem em ação se mostram competentes e eficientes na busca pelo queijo, mesmo algumas das vezes indo de encontro a caminhos sem saídas e esbarrões nas paredes, eles permanecem inabaláveis e continuam sempre em frente e não se deixam acomodar pelo fato de terem encontrado o queijo, sempre verificando se alguma coisa mudou. Reflexo de uma equipe consolidada e com uma boa liderança. Chegando à conclusão de que, no momento que existe um líder em seu meio, grupo deixara de existe e se tornara uma equipe. Sendo a motivação algo que nasce da necessidade de cada um, podemos dizer que, cada pessoa pode buscar sua motivação, seja através de mudanças de hábitos, pensamentos, atitudes, comportamentos, superações de dificuldades encontradas, entre outros. O fazendo uma pessoa mais realizada com o papel está sendo designado a ela. Diante das várias situações a que podemos ser submetidos durante nosso convívio em grupo ou equipe, podemos ter a convicção de vários tipos de motivações, sendo as principal e as mais comuns entre elas as motivações necessárias, ou seja, aquilo que é necessário para o ser humano, que são elas: Necessidades Fisiológicas, Necessidades de segurança, Necessidades de participação, Necessidades de alto- estima e as Necessidades de alto realização. Para Maslow essas necessidades são saciadas, de forma hierárquica, tendo que cumprir uma etapa por vez, de maneira a que, ninguém pensa em Necessidade de participação ou alto-estima, se suas necessidades Fisiológicas estão em déficit. Outro dos tipos mais comuns de motivação, seria a motivação no trabalho. Sendo de essencial importância para as organizações , pois é através dela que os colaboradores da instituição vão conseguir exercer suas funções com eficiência e maestria, contribuindo para que a empresa conclua todos os seus objetivos da forma mais satisfatória e os próprios objetivos dos colaboradores, porém não é um processo fácil, e feito gradativamente seguindo todas as etapas uma por vez, diferenciando as necessidades de cada um, incentivando, e partindo para a motivação. A motivação pode ser considerado um aspecto que sem a sua influencia o individuo não exerce atividade alguma, e caso exerça será algo forçado, sem eficiência e cheio de falhas. A motivação ajuda na satisfação na realização das tarefas, seja no ambiente de trabalho ou fora dela, no resultado final de cada serviço, comprometimento e principalmente na capacidade de lida com as adversidades que serão encontradas no meio do caminho, como Robbins transmite em sua fala “Indivíduos motivados se mantêm na realização da tarefa até que seus objetivos sejam atingidos”. CONSIDERAÇÕES FINAIS: “Ter Queijo O Faz Feliz.” Spencer Johnson, Quem mexeu no meu Queijo A obra de Spencer Johnson, que deu como base para a realização deste artigo, possibilita, ao leitor ter uma nova perspectiva de seus modos de convivência, e atitudes perante o meio em que se encontra, passando a ter uma visão mais ampla e sistematizada de si mesmo, como colaborador de um grupo, seja este um relacionamento, ambiente de trabalho, ambiente familiar e até mesmo suas relações com o seu eu interno, o fazendo refletir e instigando a mudança de hábitos que o estagnava e até mesmo regressar em muitas das ocasiões, e trazendo a percepção que diante de qualquer dificuldade encontrada, você mesmo pode ser seu próprio motivador. Ao utilizar de personagens fictícios para narrar a história, faz com quem a ler, se coloque no lugar de cada um e o fazendo se identificar com o que mais se assemelha, absorvendo e expurgando o que se achar necessário. O modo o qual, os dois ratos da historia (Sniff e Scurry), trabalham a procura do queijo, pode ser considerada a ideal, diante que, eles demonstram todo um trabalho em equipe, com uma boa liderança e não se deixando desmotivar ou se desvincular um do outro, perante todas as dificuldades encontradas, em certo momento da história até auxiliando e servindo de exemplo para um dos duendes (Haw), que como intelectualmente era considerado mais evoluído que os ratos, absorveu o que julgou de mais importante nos ratos e tomou para si. Diferentemente dos Duendes, que ao encontrar o queijo pelo qual procuravam, se acomodaram e desleixaram a ponto de achar que teriam aquele queijo para sempre, com isso não notando que à medida que eles comiam e o tempo passava, o queijo diminuirá e se estragará. Um enfoque maior para o comportamento de Hem, que mesmo com todo o empenho de seu amigo, para motiva-lo, encoraja-lo e mostrar a ele que deveria sair do ócio e ir em busca de um novo queijo, ele se manteve estagnado, paralisado e não conseguiu ter reação alguma diante da situação a que se encontrará, exprimindo a grande reação das maiorias das pessoas as se encontrar em uma situação similar, de dificuldade e situação imprevisíveis. Diante do que foi lido na obra, os dois integrantes do grupo a quem se dar este artigo, no que se diz respeito a atitudes, comportamentos e modos de agir perante dificuldades, se identificaram com o duende Haw, que mesmo inseguro, mesmo demorando a tomar a atitude necessária e as vezes se acomodando em exerço, conseguiu se motivar e sair de sua zona de conforto, enfrentando de frente todos os seus medos. Portando, a obra de Spencer, exemplifica as relações humanas perante seu meio de convívio, e enfatiza a necessidade de saber lidar com adversidades, saber lidar com outras pessoas, respeitar o momento e o espaço de cada um, descrevendo comportamentos de equipes e grupos e exemplos de liderança e motivação, mostrando as suas importâncias. REFERENCIAS: CHIAVENATO, I. Administração – Teoria. Processo e prática: Liderança. 3. ed. – São Paulo: Makron Books, 2000. FIORELLI, J. O. Psicologia para administradores: integrando teoria e pratica. 4. Ed. - São Paulo: Atlas, 2004. ZANELLI, BORGES-ANDRADE& BASTOS. Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil. 2. Ed. – Porto Alegre: Artmed, 2014. SPENCER JOHNSON, M.D. Quem Mexeu no meu Queijo. – Rio de janeiro: Record, 2000