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VIRTUAL LAB – RESUMO TEÓRICO LABORATÓRIO DE MATERIAIS ENSAIO DE TRAÇÃO No diagrama tensão versus deformação para os ensaios de tração e compressão, a abscissa corresponde à deformação específica e pode ser obtida pela divisão do alongamento pelo comprimento inicial do corpo de prova. Para realizar a medida do comprimento, utilize um paquímetro. 𝜀 = 𝛿 𝐿 Onde, • 𝜀 é a deformação específica • 𝛿 é o alongamento • 𝐿 é o comprimento inicial do corpo de prova Para a obtenção da tensão normal, deve-se dividir a força que atua no corpo de prova pela sua área da seção transversal. A força é obtida indiretamente pela pressão do fluido hidráulico do sistema e a área do cilindro. 𝐹 = 𝑝. 𝐴𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 Onde, • F é a força que o cilindro imprime no corpo de prova; • p é a pressão do fluido hidráulico medida no manômetro; • Acilindro é a área do cilindro hidráulico, que vale 6,5 cm2 Logo, a tensão normal pode ser calculada por: 𝜎 = 𝑃 𝐴𝐶𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑣𝑎 Onde, • 𝜎 é a tensão normal; • 𝑃 é o esforço solicitante normal que no ensaio de tração e compressão é a força que o cilindro hidráulico imprime (F); • 𝐴𝐶𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑣𝑎 é a área da seção transversal do corpo de prova. Como a área é circular maciça: 𝐴𝐶𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑣𝑎 = 𝜋. 𝑑2 4 Onde, • 𝑑 é o diâmetro do corpo de prova e pode ser medido com um paquímetro. Com as medidas de diversos pontos de tensão normal e sua correspondente deformação específica, é possível traçar o diagrama tensão-deformação. Nele, diversas propriedades mecânicas do material ensaio podem ser obtidas. O diagrama tensão-deformação a seguir é característico de um material do tipo dúctil. OBS: Vale ressaltar que a fórmula σ = P A⁄ utilizada para o cálculo da tensão, parte do pressuposto de que sua distribuição seja uniforme ao longo de todo corpo de prova. Na prática, nas proximidades da aplicação da carga e de uma mudança repentina da geometria da peça, há uma amplificação da tensão em regiões bem pequenas. Esses picos de tensão são denominados concentradores de tensão. O Princípio de Saint-Venant nos diz que a uma distância l do ponto de aplicação da carga, correspondente a dimensão lateral da barra, a distribuição de tensão é aproximadamente uniforme e o pico de tensão é apenas um pouco maior que a tensão média calculada. Mesmo com o raio de concordância do corpo de prova, por vezes na prática, por causa da mudança dimensional e a proximidade com a aplicação da carga, os materiais tendem a romper numa região vizinha à cabeça do corpo de prova. No início do ensaio de tração percebe-se que a tensão e a deformação específica são proporcionais, caracterizando a denominada fase elástica. Nela, o corpo de prova volta ao seu estado inicial caso o carregamento deixe de existir. Essa fase segue a chamada Lei de Hooke: 𝜎 = 𝐸. 𝜀 Onde E é chamado de Módulo de Elasticidade ou Módulo de Young. Graficamente, ele representa o coeficiente angular da reta formada na fase elástica. Além disso, ele fornece uma ideia da Rigidez do material, pois quanto maior o Módulo de Elasticidade, maior será a Rigidez. A proporcionalidade deixa de existir em uma tensão denominada tensão limite de proporcionalidade. A partir deste ponto, tensão e deformação não variam linearmente e a Lei de Hooke deixa de ser válida. Em um ponto próximo ao limite de proporcionalidade percebe-se um efeito denominado de Escoamento, que ocorre devido ao deslizamento das camadas atômicas do material. Nele, caracterizamos a tensão de escoamento. Esta fase é chamada de plástica e o corpo de prova não volta ao seu estado inicial caso o carregamento deixe de existir. Esta fase permanecerá até a ruptura do material. A partir do escoamento, percebe-se que a deformação e a tensão não são mais proporcionais, no entanto, a tensão aumenta à medida que a deformação aumenta – chamamos esta região do diagrama de encruamento. A partir de certo ponto, percebe-se uma grande diminuição da seção transversal do corpo de prova, efeito que denomina-se estricção. A partir deste ponto, a deformação aumenta com a diminuição da tensão. No ponto onde o diagrama muda sua inclinação, determina-se tensão limite de resistência ou tensão última. A deformação passa a ser tão elevada que o corpo de prova sofre a ruptura. Neste ponto, determina-se a tensão de ruptura do material. Outras propriedades importantes que são levantadas a partir do diagrama tensão-deformação são: Resiliência: área sob o diagrama até o escoamento. Representa a energia absorvida pelo material antes de escoar. Tenacidade: área sob o diagrama completo. Representa a energia absorvida antes de romper. Ductilidade: máxima deformação específica do material. Geralmente apresentada em termos percentuais. Representa o quanto o corpo se alongou do seu tamanho original. OBS.: Sugere-se que você pesquise sobre: • Diferença entre diagrama tensão deformação de engenharia e real • Diagrama tensão-deformação de um material do tipo frágil • Diferença entre o diagrama tensão-deformação em tração e compressão
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