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Direito de Família Aluna: Isabel de Torres Maschio Matrícula: 201812911 Turma: 6AN 1) Diferenciar guarda unilateral de guarda compartilhada. Guarda unilateral, segundo dispõe o §1º do art.1.583 do Código Civil é: “a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua”. No caso da guarda unilateral um dos genitores tem a guarda, enquanto o outro genitor tem o direito de visita. A lei permite a quem não detenha a guarda, supervisionar o interesse dos filhos. (Art. 1.583, §5 do CC). Prevista na 2ª parte do §1º do art. 1.583, a guarda compartilhada é “a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns”. Na guarda compartilha há uma responsabilização de ambos os pais para com os filhos, em que ambos irão decidir sobre os melhores caminhos a serem tomados para o desenvolvimento da criança. É importante ressaltar que a guarda compartilhada difere-se da guarda alternada, conforme preleciona Carlos Roberto Gonçalves: “Esta não se confunde com a guarda alternada, em que o filho passa um período com o pai e outro com a mãe. Na guarda compartilhada, a criança tem o referencial de uma casa principal, na qual vive com um dos genitores, ficando a critério dos pais planejar a convivência em suas rotinas quotidianas...” 2) Definir alienação parental. A alienação parental está prevista na lei 12.318/2010. A definição de alienação parental fica a cargo do art. 2º da referida lei: “Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este”. As formas que podem ocorrer a alienação são definidas pelo parágrafo único do art. 2º: I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; II - dificultar o exercício da autoridade parental; III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. É importante destacar que o rol apresentado pela lei não é taxativo, é apenas exemplificativo, ficando a cargo do juiz o reconhecimento de outras formas de alienação parental. 3) Discorra sobre a multiparentalidade. A multiparentalidade ou pluriparentalidade pode ser entendida como a coexistência de mais de um vínculo materno ou paterno em relação a um mesmo indivíduo. Esse assunto tornou-se tema de Repercussão Geral 622 no Supremo Tribunal Federal, de Relatoria do Ministro Luiz Fux e foi decidida em 2016. A tese tratou da paternidade socioafetiva e da sua cumulação e coexistência com a paternidade biológica. Essa tese foi aprovada pelo STF, que decidiu no sentido de que o vínculo socioafetivo e biológico devem ser colocados em igual grau de hierarquia jurídica, e que é possível haver a multiparentalidade ou pluriparentalidade. A decisão viabiliza que a situação da multiparentalidade seja formalizada através do registro civil, fazendo constar a dupla filiação, seja ela materna ou paterna.
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