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SELMA CONTEXTO URBANO E RURAL (1)

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INSTITUTO EDUCACIONAL DO NORDESTE
Pólo Recife
Serviço Social
Disciplina: Serviço Social ao Contexto Urbano e Rural
Turma: E 50
PRODUÇÃO FINAL DE UM ARTIGO CIENTÍFICO
	
	Maria Fernanda de Melo RA: 401128
Selma de J. V. da Silva RA: 404041
Prof. EAD: Maria Elisa Cléia Nobre.
Profª. Presencial: Cybele C. P. Monteiro.
Recife, Agosto de 2015.1
SERVIÇO SOCIAL AO CONTEXTO URBANO E RURAL
Reforma Agrária no Brasil
	A luta pela reforma agrária é uma luta histórica de milhares de pessoas que buscam condições melhores para um novo rumo e uma nova qualidade de vida. A ausência de uma política de reforma agrária faz com que milhares de famílias vivam em condições precárias, sendo pauperizadas onde as mesmas se colocam no destaque de lutar por um pedaço de terra.
	Há algum tempo atrás existia uma questão que transformava a visão do Brasil por existir pessoas acampadas, ou seja, assentamentos de sem terra nas beiras das rodovias, sendo estas pessoas famílias na qual lutavam por seus direitos e reconhecimentos em forma de manifestação e movimentos sociais reivindicando por uma conquista de ter seu pedaço de chão, evidente que o estatuto da terra Lei, 4.504 de 30 de novembro de 1964 já acobertava esse direito e que as necessidades estavam explicitas visando uma postura qualificadora das políticas públicas e governos.
	No art.1º § 1º confirma que “Considera-se Reforma Agrária o conjunto de medidas que visem a promover melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social e ao aumento de produtividade”. Por tanto está manifestação social e popular por terra tem em sua plenitude um direito reconhecido pela Lei que rege a mesma.
	No art. 2º § 2º É dever do Poder Público: 
a) promover e criar as condições de acesso do trabalhador rural à propriedade da terra economicamente útil, de preferência nas regiões onde habita, ou, quando as circunstâncias regionais o aconselhem em zonas previamente ajustadas na forma do disposto na regulamentação desta Lei. Destarte considera-se que o dever do poder público é reconhece claramente que a luta é social e digna ao que luta por uma esperança e um terreno, movimentada na base da lei representa uma questão social, pela garantia dos seus direitos.
	Em 1996, foi lançada uma novela em que apresenta e destacava este assunto, “o rei do gado” na mesma os sem terras reivindicavam por um direito na qual tinham conhecimento de que os fazendeiros tenham as terras por invasão e que acumulavam fortunas nas propriedades que legalmente seriam do governo, este tipo de conhecimento dava total liberdade para os sem terras invadir as terras dos fazendeiros e de ter um acordo com o governo para conseguir assentar definitivamente seus familiares e toda gente que os seguiam, como também plantar e viver de sua colheita. Na ocasião da novela o senador lutava pela questão da reforma agrária que até então os demais colegas parlamentares não tinham interesse. Por fim foram conquistados seus direitos e conseguiram suas terras, mesmo com mortes e famílias felizes. 
	Está fase demonstrada na dramaturgia não foge da realidade vivenciada por milhares de pessoas que lutam e ou lutaram com maior intensidade por suas terras, antes da política do PT, as políticas públicas não destacam interesse por sem terras, depois que o PT, entrou e no seu primeiro mandato atualizou a pasta da reforma agrária a estrutura política mudou como um negócio de crescimento econômico para o país. O vislumbre da reforma agrária agora está em outro patamar.
	A política de reforma agrária deve ser vista como uma política social que contextualiza e possibilita autonomia e emancipação para famílias, como também deve ser tratada como uma política pública que deliberada pelo governo trata-se de uma questão social.
	Para o serviço social como parte de compromisso e história de lutas pela classe dos trabalhadores executa o papel de mediar conflitos, sendo este fundamentado nos parâmetros correspondente da profissão. A atuação do assistente social é pela garantia de direitos aos benefícios que constituídos por lei tende a garantir os mesmos. Afinal o serviço social implementa e executa ações das políticas públicas para o enfrentamento da questão social e dos movimentos sociais.
	Netto e sant’Ana, referencia e afirmam que na profissão “ a questão agrária é uma das expressões da questão social, pois reflete nas contradições postas pelo capitalismo no meio rural e no Brasil com particularidades históricas extremamente perversas” (2004).
O MST é um ator político porque atribuiu qualidade aos atores sociais que compõem suas bases ao inseri-los num plano que vai alem da luta pelo acesso a terra, que é a luta pela democracia, pela igualdade, contra a exclusão. Ele se formou ao redor de uma identidade passando a ser um sem-terra e luta para alterar a qualidade desta identidade passando a ser com-terra. Mas ao buscar esta reversão atinge eixos centrais nas relações capitalistas que é a propriedade. (GOHN, 2013).
	Com certeza a autora destaca um assunto relevante a sociedade quando se refere de sua luta pela igualdade de direitos e para reverte o chamar sem-terra para com-terra.
	Assistindo aos filmes Fruto da Terra e Por Longos Dias, podemos contextualizar a pergunta em destaque sobre o que é a reforma agrária? Para melhor compreensão vamos destacar a história do filme fruto da terra onde as experiências apresentadas se da pelo filho de Rose. Rose, uma mulher que lutava com seus companheiros por um futuro melhor no movimento sem terra. O filme ainda destaca as reivindicações pela reforma agrária, onde essas manifestações aconteciam para garantia de um direito como já descrito pelo Estatuto da terra.
	O exemplo de vida que o filho de Rose teve quando cresceu e começou a conhecer a história da luta sobre a terra e que sua mãe Rose lutava pela mudança de vida futura acreditando que seus filhos teriam um futuro melhor foi um momento de conscientização de que poderia fazer algo também hoje é um militante do MST. Hoje estudando em Cuba para ser médico determina que tudo que fizer na vida faça pelo bem e para o bem, ou seja, o melhor para futuro. Marcos o filho de Rose não perdeu o sonho de ser um cidadão com seus direitos e dignidade social isso ele deixa bem claro em seu depoimento.
	Também a um destaque no filme Por Longos Dias deixando explicito que este é inerente a reforma agrária, fala também de reivindicações do MST e da Marcha Nacional pela reforma agrária, um feito que muitas famílias acreditavam na luta pela terra reconhecida como um direito as manifestações era um progresso para o futuro, por tanto os dois filmes citados apresentam um significado em culminância a desigualdade social, uma luta que começa pela igualdade de direito, justiça social e a política de reforma agrária.
	Reforma agrária objetiva e proporciona a redistribuição das propriedades rurais, assim realiza a divisão de terra e a realização da função e efetivação social. Assim como afirma o art. 1º do Estatuto da Terra. “Esta Lei regula os direitos e obrigações concernentes aos bens imóveis rurais, para os fins de execução da Reforma Agrária e promoção da Política Agrícola”.
	No Brasil historicamente há uma distribuição desigual de terras... Essa política de aquisição da terra formou vários latifundiários... resultando em grandes violências... problemas prolongados até os dias atuais (BRASIL ESCOLA).
	O capitalismo prejudica o desenvolvimento da sociedade, atinge valores, ética e favorece a política do crescimento econômico, na ocasião da terra o importante é apenas os lucros. Destarte o interesse permanece como a mais-valia, mesmo sendo considerada a reforma agrária no sentido de produtividade e qualidade de vida das pessoas.
	De acordo com a revista Brasil Escola, destacam dados que:
Conforme dados do INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária a forma de aquisição da propriedade rural para fins de reforma agrária é a compra direta de terras de seus proprietários e a expropriaçãocomo prevê a Lei 8.629/93, ainda sobre os dados do INCRA, de 2003 a 2009, o governo do Brasil comprou mais de 40 milhões de hectares. Ainda consta que o Brasil destinou mais de 80 milhões de hectares para fins da reforma agrária, realizando o assentamento de aproximadamente 920 mil pessoas.
	De acordo com GOHN (2013) em seu contexto afirma que:
A proposta de Reforma Agrária do MST assenta-se em quatro pilares: a democratização do acesso a terra, combatendo-se a elevada concentração existente (segundo dados do MST, 1% da população é dona de 46% das terras brasileiras e apenas 60 milhões de hectares se destinam a lavoura, dos 360 milhões aptos para agricultura no país).
	A colocação da autora faz uma afirmação inerente às afirmativas que a revista Brasil Escola faz em relação aos dados do INCRA. Avaliando o filme e as informações contextualizadas dos respectivos autores, compreende-se que a luta foi conquistada, porém ainda existem meios de melhoria e qualificação para um empreendimento melhor com mais garantias e equidade, conquistando a igualdade social e a dignidade para todos com sua ampliação nos negócios favorecendo a população MST.
	Por fim os filmes passaram as informações equivalentes a um contexto social da expressão da questão social e que o assistente social tem em seu contexto e atribuições eficiência para executar atividades destinadas ao cumprimento das leis. Demonstrar que mesmo com as perdas em mortes e sofrimento a classe permaneceu sempre unida persistiram e venceram alguns obstáculos promovendo uma promoção para o futuro em saldos positivos.
Argumentação reflexiva
	Em análise reflexiva e argumentativa referente aos artigos sugeridos, configura-se uma dimensão da luta e conquista pela terra, propriedades familiares que possuíam agroindústria, como a produção e algum derivado da cana-de-açúcar. 
	No artigo Novas configurações no meio rural brasileiro de Wesz Junior, ele aborda uma análise da produção agrícola familiar, informações que advém de um contexto comercializado na propriedade familiar e que os investimentos e desempenho eram de grande importância a reprodução social e para a família. Em destaque percebe que todos os interesses teriam que ser revestidos e reservados a família e a propriedade agrícola.
	De acordo com Wesz Junior, (2009) nas últimas décadas do século XX as discussões sobre a temática agroindustrialização nas pequenas unidades rurais são retomadas, fortalecendo-se com o passar dos anos. Conforme vão se estendendo os debates, se torna consenso a adversidade de características desses empreendimentos de beneficiamentos da produção nas propriedades familiares.
	Esta discussão nos remete a um pensamento analítico de que todos da família e posterior a sociedade ganhavam com este tipo de empreendimento, suas propriedades como parte industrializada para ambos os benefícios entre governo e família, nos aspectos econômicos e mercadológicos.
	No período dos escravos quando se tratava de uma propriedade familiar que em suas mediações se destacava a plantação e os negócios financeiros os escravos eram usados para mão de obra que valorizava a produção do comércio pelos serviços apresentados aos grandes comerciantes da época. Hoje é diferente para a manutenção e valorização da agroindústria familiar ou não familiar a primazia é o trabalho das máquinas uma produção equivalente ao trabalho braçal destaque de 90% do trabalho no campo, a comercialização e os investimentos andam para um consumo maior de comércio.
	Além de tudo isso existe a preocupação com o meio ambiente e com os cuidados da preservação do plantio, sabendo de que os agrotóxicos são usados para combater fungos e bactérias nas plantas e evitar gastos desnecessários esses cuidados expiram também na segurança social e no consumo das pessoas na questão saúde.
	Algumas propriedades familiares que permanecem no campo e que resistiram à modernização acabaram-se envolvendo com outras atividades, buscando novas formas de garantir a reprodução social dos seus membros. Uma das funções que algumas unidades desenvolveram foi a agroindústrialização da produção primaria trazendo novas características a agricultura familiar, um trabalho envolvendo a todos. Isso por que os domicílios com o beneficiamento da produção para a venda apontam para uma maior diversificação das atividades, inclusive de subprodutos agroindustrializados e consequentemente diferenciação da produção através de agregação de valor as mercadorias. Destaca o autor Wesz Junior, (2009).
	De acordo com as informações de Wesz, estes que modificaram e diversificaram atividades produtivas no alcance da modernização a implantação e implementação de novos subsídios para melhoria e amplificação de crescimento da agroindústria nesta ocasião essas famílias se destacam enquanto produção e crescimento sem danificar o meio ambiente.
	O artigo o MST e a formação dos sem terras de Roseli Salete, registra um índice educativo em assentamentos, atendendo a educação infantil e a alfabetização entre outros contextos realizados. Este artigo apresenta características reais de lutas e conquistas do MST, destacando sua história e suas atualizações massivas e expressivas pela terra, além de conscientizar o bem para o meio ambiente onde tudo se transforma e se aproveita. 
	Frisar que falar sobre a educação no meio do MST é uma busca de autonomia e persistência junto com a resistência e a adversidade social, a autora destaca que os sem terras se educam, quer dizer, se humanizam e se formam como sujeitos sociais no próprio movimento da luta que diretamente desencadeiam. Para isso existem as pessoas que dispõem a ensinar como professores autônomos e outros como parceiros do movimento como um trabalho social e voluntario. 
	Com certeza que essa união, humanização tornam-os mais confiantes e organizados pela luta, a complementação do conhecimento deixam-os com mais autonomia de continuar acreditando que o país sem educação não cresce. A educação é um vislumbre social inerente as políticas públicas que direciona e posiciona, ou seja, fortalece a luta cada vez mais através do conhecimento, quanto mais conhecimento pelos seus direitos, mas a intensificação da luta pelo seu ideal.
	A busca do conhecimento reflete na luta pela igualdade de direito, justiça social. Como diz Paulo Freire “... a educação é uma forma de intervenção no mundo”. Este artigo afirma tudo isso e o processo educativo básico do MST que transforma-se transformando a terra e as pessoas, a história, a própria pedagogia.
	Em suma os dois artigos possuem uma reflexão bastante compensatória para o conhecimento sobre a reforma agrária no campo familiar e a educação básica no campo MST, são referencias que conscientiza e organiza uma postura profissional no campo do serviço social consistem em uma demanda propicia da terra e sobrevivem da terra, o que há em comum nos dois artigos é o conhecimento e o fortalecimento do mesmo para o crescimento pessoal e do seu ambiente, assim dignifica e qualifica a rotina humana.
Fonte: Imagens de Sebastião Salgado, Google.
	Sebastião Salgado conhecido por seu trabalho esplêndido e destaque na questão social, representa em suas obras fotográficas a história e um contexto reservado do ambiente, onde passa a ser conhecido através do seu trabalho cultivador. Além das obras serem fascinantes faz com que o ser humano adquira novos conhecimentos de novas culturas, também destaca o que o mundo ainda não conhece.
	Além de ser notório o trabalho de Sebastião o mesmo faz um alerta nas suas obras, constitui uma percepção entre o mundo e uma realidade marcante, essa imagem apresentada em destaque mostra um trabalho de consciência humana e social. A imagem descreve a luta incansável pelo MST, as marcas expressivas de um povo que luta por um pedaço de terra, por igualdade de direitos, equidade, justiça social e reforma agrária. 
	Ainda destaca o um mundo de trabalhadores rurais, preso a um sonho e ao mesmo tempo um desespero, a reflexão é ampla demonstra as marcas de uma vida intensa de sofrimentos ecomo destaque central proporciona também admiração pela força de vontade e por acreditar nos direitos sociais que lutam incansavelmente por essa conquista. Como já visto nesta produção uma organização unida e humanizada luta por uma melhor qualidade de vida e qualidade de um futuro melhor.
	Neste percurso da longa trajetória e história do MST, já houve muitas mortes, famílias separadas, fome, entre outras questões, contudo nunca desistiram de lutar, a luta continua em memória e por aqueles que deram suas vidas por acreditar que um dia o sonho se realiza e que a persistência e resistência atenderão um chamado, uma atenção futura. Não se esquecendo daqueles que já conquistaram seu chão, mas que ainda existem dificuldades sociais para o movimento sem terra.
Êxodo Rural
	Elencando a imagem de Cândido Portinari, nos remete a uma análise profunda sobre o êxodo rural e tudo o que já foi descrito nesta produção. O significado da imigração que é saída do seu país para outro país neste caso quando as condições se tornam precárias, improdutivas suas atividades laborais apresentando problemas econômicos, sociais entre outros.
	A imagem de retirantes de Cândido Portinari, 1944-1945 demonstra todo um contexto sócio-histórico formado por mudanças econômicas, ou por falta da estabilidade financeira, também expressa os motivos e incentivos de emprego que atraem famílias do campo a uma nova realidade aos centros urbanos com possibilidades convincentes que propõem a uma qualidade de vida. Estas pessoas muitas vezes passam por mais dificuldades do que se estivessem no seu país de origem e no meio de tudo acontecem muitos acidentes, morrem filhos, ou seja, a família às vezes se degrada. 
	A trajetória dessas famílias que migram para outras cidades, no intuito de uma busca qualificadora e profissional em industriais e campo rural, sendo fazendas, não é uma realidade distante e sim uma continuidade histórica contemporânea que submete a inserção das políticas públicas. Da mesma forma que a reforma agrária pertence às políticas públicas o êxodo rural também não fica de fora. Existe todo um aparato político que definem as estratégias de imigrantes em nosso país.
	No mês de maio de 2015 foram registrados mais imigrantes que chegaram ao Brasil, são Haitianos que em grupos chegaram pelo mar e que o Estado assumi a responsabilidade desses imigrantes, apesar de ser muito desconfortante para o estado no quesito investimento, mas existe uma articulação governamental e de política pública e estatal para organizar o recebimento e acolhimento dos mesmos.
	A maioria dessas pessoas que saem em busca de um sonho de uma nova perspectiva de vida morrem pelo caminho como um naufrágio que aconteceu também com uma embarcação de imigrantes pelo mar neste ano. Isto mostra horrores, desespero, necessidades econômicas que faz uma pessoa tomar uma decisão tão forte e marcante na sua vida e na sua história. Sebastião Salgado destaca em suas obras história de pessoas que abandonam sua terra por vontade própria se tornando imigrantes. Expressa em sua obra oriunda de pessoas que lutam pela sobrevivência, por um refugio, porém vai existindo as vítimas, principalmente crianças que apresenta doenças, fome condições sub-humanas, com isto vai referenciando a vida de pessoas que lutam incansavelmente por dignidade.
	Ainda existem pessoas que tomam a decisão de procurar emprego e estabilidade financeira em outros Estados isto também reforça que as condições sociais econômicas dessa família não estão sendo supridas pela estrutura política do Brasil.
Os fenômenos migratórios têm fundamento jurídico. Por exemplo, a emigração é consagrada na lei fundamental, do princípio nº 2 do artigo 13º da Declaração Universal dos Direitos do Homem: "Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país." Emigração significa deixar o local de origem (a pátria) com intenção de se estabelecer em um país estranho. Um indivíduo que se encontra nesta situação é denominado na sua pátria por emigrante. O fenômeno migratório esteve sempre presente na vida humana, marcando períodos importantes na história de muitas nações. No Brasil, o século XIX e início do século XX foram particularmente importantes na caracterização do Brasil como país de acolhimento com a chegada de imigrantes europeus (portugueses, italianos, espanhóis, alemães) e de imigrantes japoneses para trabalharem na agricultura. Imigração é o fenômeno protagonizado pelo mesmo indivíduo, mas visto pela perspectiva do país que o acolhe. Ou seja, é a entrada de quem vem do exterior para fins de trabalho e/ou residência, passando a ser denominado por imigrante. (SIGNIFICADOS, 2011-2015).
	Em suma Portinari em sua obra expressa com destreza a qualificação de um sofrimento marcante e em conjunto, expressa a vulnerabilidade social, a falta de políticas públicas em sua totalidade e o equilíbrio socioeconômico para o país. Compreende-se que os movimentos sociais têm um papel imprescindível na democratização brasileira. Com isto as mudanças e leis continuam se ajustando conforme o acesso aos direitos sociais como cidadãos.
	A organização social contemporânea tem muito a melhorar, por tempo revê essa questão a 15, 20 anos atrás eram enfoques sociais marcados por uma total miséria após a Constituição Federal de 1988 onde foram constituídos leis e decretos de melhorias em serviços para as famílias na área de saúde, educação, segurança, habitação dentre outros que fossem inerentes as políticas públicas e sociais. Logo o serviço social entra em ação para garantir esses direitos e a implementação das ações públicas para toda sociedade.
Considerações finais 
	Em finalização das reflexões registradas esta produção contempla todo contexto elaborado e proposto sobre a organização social que estabelece as lutas e conquistas em todo contexto rural, uma análise que amplia o conhecimento sobre a reforma agrária, no Brasil, sendo a mesma uma política de crédito rural que também que expressa a questão social. Uma política que historicamente não atendia as necessidades do movimento sem terra e que a elite burguesa latifundiária usurpava os direitos dos trabalhadores rurais.
	As reivindicações são amplas referentes aos trabalhadores rurais, a reforma agrária que aspiram uma credibilidade para o movimento, enquanto produtividade e apropriação de sua terra. Existem meios de contemplação, mas na verdade a verdadeira reforma agrária ainda não existiu de fato, apenas um mero paliativo social. O que houve diante de tantas lutas e reivindicações por direitos foi um processo da terra e de trabalhadores rurais para os mesmos, ou seja, estes continuam no processo de produção capitalista.
	A reforma agrária traz discussões sobre a reforma que em pauta discute as necessidades não só de um povo mais também do desenvolvimento humano no Brasil. Não muito distante a semelhança do enfrentamento as dificuldades econômicas está o êxodo rural, pessoas que saem de suas origens, deixando suas moradias para tentar uma qualidade de vida melhor. Antes o número era bem maior em relação ao êxodo rural hoje a proporção é com base no que o país pode oferecer. Afinal essas pessoas se limitam a si próprio para crescer e viver em restringimentos e dificuldades migratórias.
	Está ATPS de serviço social contexto urbano e rural permite um crescimento no conhecimento da contextualização nos segmentos da reforma agrária e da atribuição ao serviço social, também proporciona um aprendizado rico na questão de pesquisa cientifica em relação ao contexto macro da autora Maria da Glória Gohn, que no seu livro destaca sua correspondência na relação do movimento sem terra. Ainda deixa nítido o conhecimento expresso sobre o êxodo rural principalmente nas figuras relacionadas às atividades da mesma que constitui uma leitura ótica e reflexiva no sentido de um país sem miséria, sem os sem terras, sem os imigrantes dentre outras questões sociais. 
	A pobreza é um sinônimo da desigualdade social, da exclusão social e dasexpressões da questão social, a musica de Chico Buarque configura-se no contexto de esquecimento das origens e de seus relatos, como querer um país diferente das necessidades humanas sem a corrupção, a insuficiência das políticas voltadas a sociedade que é frustrante a população a realidade é bem diferente do que se preconiza em leis e estatutos e a vulnerabilidade social continua em consequência com outras questões sociais.
	Infelizmente a desigualdade social no Brasil destaca um gama de conflitos, impasses sociais, como a concentração de terras, insuficiência de benefícios sociais, entre outras questões que já foram abordadas nesta contextualização e o serviço social trabalha no combate a essa questão que aspira pela igualdade e justiça social. A inclusão social é um questionamento que contradiz muitas ações governamentais, para se ganhar de um é necessário tirar do outro, por tanto a inclusão não é processo definitivo e duradouro de conquista social e sim de luta e garantia de direitos.
	A análise das políticas públicas requer um desenvolvimento com um envolvimento mais preciso com adaptações e objetivos específicos, ou seja, atuam no foco da problemática, assim as articulações seriam mais eficiente em todos os segmentos desenvolvendo-se com qualidades. 
	É ilusão pensar que a educação e a saúde têm uma qualidade de superação, apesar da conquista e universalidade as prioridades divergem em planejamentos e estratégias para uma manutenção e avaliação de resultados positivos. Como diz Iamamoto em seu livro Serviço social na contemporaneidade que:
Um dos resultados desses processos tem sido a expropriação dos trabalhadores da terra, redundando tanto na crescente mercantilização da força de trabalho, como na recriação contraditória de formas de trabalho não assalariados; formas essas expressas nas figuras do posseiro, do pequeno produtor mercantil e até em formas escravas de trabalho na agricultura. A contrapartida é a profunda violência no campo, a intensificação das lutas pela terra, a expulsão de pequenos lavradores, o crescimento das formas de organização dos assalariados rurais. IAMAMOTO, (2012).
	Esse texto da autora afirma tudo o quanto produzido e ainda reforça que os subalternos, ou seja, os trabalhadores que são dependentes ainda enfrentam a precariedade do sistema onde os processos sociais são classificados nos serviços profissionais com os assistentes sociais, desenvolvendo um trabalho ético-político com atribuições pertinentes.
REFERÊNCIAS
BRASILESCOLA, Êxodo rural. Disponível em <http://www.brasilescola.com/geografia/exodo-rural.htm>. Acesso em 15 de agosto de 2015.
CALDAR, Roseli Salete. O MST e a formação dos sem terra: o movimento social
como princípio educativo. Estud. av. [online]. 2001, vol.15, n.43, pp. 207-224. ISSN
0103-4014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142001000300016
FILME, Fruto da Terra. Direção: Tetê Moraes. Brasil, Rio de Janeiro: 2008. Disponível em:
<http://portacurtas.org.br/filme/?name=fruto_da_terra>. Acesso em: 15 de agosto de 2015.
FILME, Por longos dias. Direção: Mauro Giuntini. Brasil, Distrito Federal: 1998.
Disponível em: <http://portacurtas.org.br/filme/?name=por_longos_dias>. Acesso em 15 de agosto de 2015.
GOHN, Maria da Glória, Movimentos sociais e redes de mobilizações civis no Brasil contemporâneo/ Maria da Glória Gohn. 6 ed. –Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
IAMAMOTO, Marilda Villela, O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional/ Marilda Villela Iamamoto. -22.ed. – São Paulo, Cortez, 2012.
INCRA, Cidadania e reforma agrária, disponível em http://www.incra.gov.br/ acesso em 17 de agosto de 2015.
INFROESCOLA, Êxodo rural. Disponível em <http://www.infoescola.com/geografia/exodo-rural/>. Acesso em 15 de agosto de 2015.
Significados.com disponível em http://www.significados.com.br/imigracao-e-emigracao/. Acesso em 17 de agosto de 2015.
WESZ JUNIOR, Valdemar João. Novas configurações no meio rural brasileiro: Uma
análise a partir das propriedades com agroindústria familiar. Agroalim [online].
2009, vol.15, n.28, pp. 25-34. ISSN 1316-0354. Disponível em: www.scielo.org.ve/scielo.php?pid=S1316-03542009000100004

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