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EXAME DO APARELHO URINÁRIO

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1 
Iana Barbosa Martins – MED 31 
HAM II 
EXAME DO APARELHO URINÁRIO 
 
Aparelho Urinário 
O sistema urinário consiste em dois rins, dois ureteres, 
uma bexiga urinária e uma uretra. 
ANATOMIA 
RINS 
Os rins são um par de órgãos avermelhados em formato 
de feijão. 
Rim adulto normal: 10 a 12cm de comprimento, 135 a 
150g. 
São retroperitoneais – estão posteriores ao peritônio. 
Localizados acima da cintura, entre o peritônio e a 
parede posterior do 
abdômen. 
Estão nos níveis das 
ultimas vértebras 
torácicas e a terceira 
vertebra lombar, 
estando parcialmente 
protegidos pelas costelas 
XI e XII. 
O rim direito é 
discretamente mais 
baixo que o esquerdo, 
porque o fígado ocupa 
um espaço considerável 
no lado direito superior 
do rim. 
URETER 
São estruturas musculares tubulares, responsáveis cada 
uma por levar a urina de um rim até a bexiga urinária 
para armazenamento e posterior excreção. 
O suprimento arterial dos ureteres vem direta e 
indiretamente da aorta abdominal. Não existem 
gânglios nos ureteres; entretanto, ele recebe inervação 
simpática e parassimpática. 
A pelve renal é a extremidade superior do ureter, 
localizada no interior do rim. 
Descendo obliquamente e medialmente, o ureter 
percorre por diante da parede posterior do abdome, 
penetrando em seguida na cavidade pélvica, abrindo-se 
no óstio do ureter situado no assoalho da bexiga 
urinária. Em virtude desse seu trajeto, distinguem-se 
duas partes do ureter: abdominal e pélvica. Os ureteres 
são capazes de realizar contrações rítmicas 
denominadas peristaltismos. A urina se move ao longo 
dos ureteres em resposta à gravidade e ao 
peristaltismo. 
BEXIGA 
Órgão muscular liso. 
inferiormente ao peritônio, assentando o assoalho 
pélvico (na parte inferior do abdômen – na sínfise 
púbica). 
A superfície inferior assenta na sínfise púbica, e nos 
homens também na próstata. Nas mulheres a parede 
posterior em contato com a vagina e o útero. 
 
URETRA 
Estende-se desde o orifício interno da uretra na bexiga 
até ao orifício externo da uretra da genitália externa. O 
trajeto da uretra varia com o sexo do indivíduo. 
A uretra feminina é muito pequena (4 centímetros) o 
que é um fator predisponente para contrair infeções do 
trato urinário. Passa primeiro através do assoalho 
pélvico e depois através do espaço perineal profundo 
onde está rodeada pelo esfíncter externo da uretra. 
Finalmente abre-se através do orifício externo da uretra 
encontrado entre os pequenos lábios, anteriormente à 
abertura vaginal. 
A uretra masculina é muito mais longa (20 centímetros). 
Abre-se através do orifício externo da uretra na 
extremidade da glande. 
 
FUNÇÃO 
Os rins desempenham a principal função do sistema 
urinário, sendo as outras partes do sistema 
essencialmente vias de passagem e áreas de 
armazenamento. 
Regulação da composição iônica do sangue. 
Regulação do pH do sangue. 
Regulação da volemia. 
Regulação da PA. 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/rins
 
2 
Iana Barbosa Martins – MED 31 
HAM II 
Manutenção da osmolaridade do sangue. 
Produção de hormônios. 
Regulação do nível sanguíneo de glicose. 
Excreção de escórias metabólicas e substancia 
estranhas. 
 
FISIOLOGIA 
RINS 
Após os rins filtrarem o plasma sanguíneo, eles 
devolvem a maior parte da água e dos solutos à 
corrente sanguínea. 
A água e os solutos restantes constituem a urina, que 
passa pelos ureteres e é armazenada na bexiga urinária 
até ser eliminada pelo corpo pela uretra. 
Hormônios 
Os rins produzem dois hormônios: 
Calcitriol – forma ativa da vit D: que ajuda a regular a 
homeostasia do cálcio. 
Eritropoetina: estimula a produção de eritrócitos. 
BEXIGA 
O reflexo de micção é um reflexo que permite o ato 
fisiológico da micção quando a bexiga está cheia. À 
medida que a bexiga se enche com urina, a pressão 
dentro da bexiga aumenta lentamente até que se atinja 
o ponto máximo. Isto traduz-se na necessidade de 
urinar, sentida pela medula espinhal através do plexo 
hipogástrico inferior. A medula espinhal envia em 
seguida sinais através do mesmo plexo que causam a 
contração do músculo detrusor e o relaxamento do 
esfíncter interno da uretra. O córtex cerebral consegue 
sobrepor-se a este reflexo, controlando 
voluntariamente o relaxamento do esfíncter externo da 
uretra. Isto é especialmente relevante, pois permite que 
uma pessoa possa adiar a micção até que se encontre 
numa situação socialmente adequada para o fazer. 
 
Sinais E Sintomas 
Joelma procura serviço de pronto-atendimento com 
quadro de dor à micção. Informa que começou a sentir 
ardência urinária há 3 dias, e ontem iniciou quadro de 
febre com calafrio e dor lombar. Refere já ter tido dor 
lombar mês passado, mas foi bem mais forte, tendo que 
ser internada, quando ficou por 3 dias até eliminar um 
cálculo renal. Depois disso ficou bem até 3 dias atrás. 
Sintomas: 
Dor à micção 
Ardência urinária 
Febre com calafrio e dor lombar 
Dor lombar mês passado, bem mais forte 
Histórico de cálculo renal 
 
ANAMNESE 
- Que perguntas fazer? 
- Como explorar a sintomatologia? 
Dor: Intensidade; duração; irradiação; frequência; 
quanto tempo dura a dor; tipo da dor: contínua, cólica, 
vai e volta 
Urina: como está a urina; coloração; presença de 
sangue; espuma na urina; volume da urina; poliuria; 
Cálculos: quantos; se já foram eliminados; quantos 
foram eliminados; há quanto tempo teve; 
Alimentação: como é; 
Medicação: uso de alguma medicação; 
 
SEMIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO 
 
Exame Geral 
 
ALTERAÇÕES DA MICÇÃO 
Oligúria: volume adulto abaixo de 400ml por dia 
Anúria: volume adulto abaixo de 100ml por dia 
Poliúria: urinar frequentemente e maior quantidade 
(adulto acima de 2500ml) 
Disúria: toda dificuldade do ato miccional (ato reflexo 
da urina), porém é utilizado quando há dor ao urinar. 
Urgência urinária: quando há vontade o detrusor 
contrai imediatamente e não há controle. Em crianças é 
confundido com quando a criança prende a urina por 
tempo suficiente para não conseguir ter controle sobre 
o reflexo. 
Polaciúria: aumento da frequência de micção com 
menor quantidade. Em crianças, normalmente diurno, 
pode ser causado por alterações psicológicas – 
somatização. 
Hesitação urinária: dificuldade para iniciar a micção 
mesmo com vontade. 
Nictúria: perda da propriedade de concentrar a urina 
durante a noite, para não atrapalhar o sono. Não deve 
acontecer durante o dia. Pessoas entrando em 
insuficiência renal apresentam E diabéticos por conta 
da urina osmótica. 
Retenção urinária: vontade de urinar, bexiga cheia, mas 
o esfíncter não abre. 
Incontinência urinária: perdas pequenas de urina 
durante a execução de algum esforço (atividades, 
espirros). 
 
ALTERAÇÕES DA COR DA URINA 
Hematúria: sangue/hemácias na urina. 
Macroscópica a olho nu (cor de coca-cola). 
Microscópica presente no exame de urina. 
Hemoglobinúria: coloração vermelha. 
Mioglubinúria: coloração vermelha, acontece em 
pessoas queimadas, queimaduras extensas e 
esmagamento. 
Porfirinúria: coloração vermelha. Porfiria – doença que 
leva a hemólise, que é a quebra de hemácias 
intravascular. 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-medula-espinhal
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cortex-cerebral
 
3 
Iana Barbosa Martins – MED 31 
HAM II 
As últimas 3 podem ser diferenciadas através de 
exames microscópico. 
 
URINA TURVA 
Piócitos a mais – resto celulares (vírus, parasitas, 
bactérias e ações de anticorpos). 
Piúria: urina turva, cor mais densa. 
 
URINA COM ESPUMA 
Normalmente quantidade de proteína maior na urina – 
perdendo proteína (glomerulonefrite). 
Rim filtra pequena quantidade e absorve 
 
URINA COM MAU CHEIRO 
Cuidado ao confundir quando a fralda está guardada em 
recipiente fechado, pois ao abrir a ureia sobre por conta 
da volatilidade. 
Mau cheiro quer dizer cheiro podre logo no ato de 
urinar: quando você faz xixi, sobre algum mau cheiro? 
 
• Lipstick – usado em consultórios. 
Serve para ver proteína, sangue, glicose, ph entre 
outras coisas naurina. 
 
DOR NO SISTEMA URINÁRIO 
Dor lombar ou cólica renal/nefrética: 
Dor lombar chama mais atenção e é a queixa mais 
frequente no adulto. 
Na palpação, chegando na musculatura para-vertebral, 
é onde se faz a punho percussão. Se houver dor durante 
o exame físico, é dor renal. 
A dor renal advém da dor lombar. É uma dor intensa, 
em cólica – aperta e diminui. Costuma ser de grande 
intensidade e com irradiação, iniciando na região 
lombar e anterioriza para o flanco, região de fossa 
ilíaca. Nas mulheres: até grandes lábios e raiz da coxa. 
Nos homens: até testículos e raiz da coxa. Vem 
associada a vômitos, náuseas, constipação e diarreia 
por conta da inervação que é bastante parecida. Só há 
alívio com medicação. 
Caso haja dor na musculatura próxima a coluna 
vertebral, paralela à coluna, é apenas dor lombar. 
Tenesmo vesical/estrangúria: ardência urinária, há 
vontade de urinar, mas sai apenas “gotinhas” 
juntamente com muita dor. 
Dor hipogástrica ou vesical: ardência e dor no 
hipogástrico. Dor vesical, no baixo ventre, bem encima 
da sínfise púbica. 
Dor perineal: pode vim da infecção urinária quanto da 
eliminação final do cálculo. Nos homens pode haver dor 
peniana, dor perineal ou dor anal. 
 
EDEMA 
Ao acordar há edema periorbitário e no decorrer do dia, 
dependendo da patologia renal, se localiza mais em 
membros inferiores. 
 
FEBRE 
Pode vim acompanhada de calafrios, quando a infecção 
urinária é alta, em cima (rim). 
Cistite: infecção na bexiga 
Pielonefrite: infecção no rim (em cima). 
 
SINAIS VITAIS 
Temperatura: se febre 
PA: quando dor intensa, sobe um pouco. 
FC: quando dor intensa, sobe um pouco. 
FR 
ECTOSCOPIA: geral e direcionada para o abdômen, 
região lateral e posterior do tórax. 
 
EXAME FÍSICO GERAL E ESPECÍFICO 
Realizar o geral e em seguida o específico para o 
aparelho em questão. 
 
Exame Físico Do Rim 
 
INSPEÇÃO 
Observar onde o paciente coloca a mão em relação a 
dor maior. 
 
 
• ABDOME 
• FLANCO 
• COSTAS 
 
 
• PALPAÇÃO RENAL 
Localização dos rins: espaço retroperitoneal, parte 
deles ficam sob gradio-costal, normalmente não são 
palpáveis, principalmente em adultos. Exceto quando 
estão em tamanho aumentado, ou o adulto seja abaixo 
do peso. 
Palpação serve para observar rins aumentados e dores. 
• Palpação bimanual renal 
Tentativa de palpação: 
Paciente em decúbito dorsal. 
1. Coloca uma mão abaixo do paciente. 
2. Com a mão que está sob o paciente, eleva o 
rim. 
3. E com a mão que está sobre o paciente palpa o 
rim. 
Fazer dos dois lados. 
É possível palpar o rim se: ele estiver aumentado de 
tamanho (borda inferior), for rins multicistícos ou rins 
policísticos – consegue palpar o rim até fossa ilíaca. 
Abaulamento 
Iperemia localizada 
outros 
 
 
4 
Iana Barbosa Martins – MED 31 
HAM II 
Em caso de transplantes, muitas vezes é necessário 
fazer a retirada do rim policístico, pois são grandes e 
não há espaço para o rim transplantado. 
 
 
• Punho-Percussão (sinal de Giordano) 
Paciente de pé. 
Entre a interseção do gradio-costal e da musculatura 
para-vertebral (o dedo afunda mais) – ponto doloroso 
renal quando há distensão da cápsula (uritíase, 
uroinfecção). 
1. Colocar a mão sobre as costas no final do 
gradio-costal. 
2. Ir palpando com os dedos até topar com a 
musculatura para-vertebral. 
Não é necessário força. 
3. Basta dar dois toques e o paciente já refere dor. 
Se paciente referir dor: sinal de Giordano positivo. 
Se paciente não referir dor: sinal de Giordano 
negativo. 
 
 
• Pontos ureterais 
Ponto ureteral fica bem no meio dos quadrantes 
superior, inferior, direito e esquerdo, quando o cálculo 
está descendo. 
Ponto ureteral das fossas ilíacas: quando o paciente 
tem calculo renal a dor começa nas costas, irradia para 
o flanco e fossa ilíaca, raiz de coxa e testículos ou 
grandes lábios. 
Ureter: não palpável, só se manifesta se estiver 
descendo o cálculo. O cálculo renal geralmente é 
multilaminado e por conta da peristalse do ureter, o 
cálculo vai sendo apertado durante a descida, 
resultando no sangramento. 
 
 
Exame Físico Da Bexiga 
 
INSPEÇÃO 
Pode haver abaulamento no hipogástrico – região da 
bexiga. 
Quando há abaulamento, deve-se palpar para observar 
se é bexigoma (muito cheia); às vezes com cicatrizes 
umbilicais; superfícies lisas, exceto quando há 
tumoração; e quando distendidas são dolorosas. 
Em caso de cistite, mesmo sem distensão, durante a 
palpação o paciente refere dor. 
Puxar as pernas durante a palpação é sinal de dor em 
bebês. 
 
• PALPAÇÃO 
Acima da sínfise púbica, faz uma depressão para ver se 
o paciente refere dor. 
Examina fossa ilíaca e palpa ureter para ver se está 
doloroso ou não. 
Verificar bexigoma e dor. 
 
 
Avaliar Edema Em MMII (Sinal do cacifo) 
Edemas de origem renal geralmente se manifesta em 
região periorbitário e no decorrer do dia evolui para 
membros inferiores e dependendo do que seja, o 
paciente pode chegar a nazarca – edema generalizado, 
dos pés à cabeça. 
Para quantificar o edema: 
1. Pressionar a pele contra uma estrutura dura – 
osso. 
 
5 
Iana Barbosa Martins – MED 31 
HAM II 
Normalmente se pressiona contra a tíbia. 
Se fica afundado no local pressionado: sinal do 
cacifo. 
 
 
Edemas devem ser bem avaliados, já que se manifestam 
por inúmeras causas, os periorbitais podem ser: 
Medicamentos 
Sinusite 
Infecções renais variadas 
Cardíacos 
Desnutrição proteica 
Problemas de drenagem linfática 
 
Técnica de Sondagem Vesical 
 
• Sondagem de alívio 
Técnica de sondagem para alívio imediato, sendo a 
sonda descartada após a finalização da técnica.

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