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EXAME DOS PARES DE NERVOS CRANIANOS

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EXAME DOS PARES DE NERVOS CRANIANOS 
 
NERVO OLFATÓRIO – I 
• Anatomicamente tem algumas terminações nervosas 
localizadas atrás do nariz, na lâmina cribiforme. 
• Responsável pelo olfato. 
• Há uma via que vai do nervo até o córtex – área que 
interpreta o cheiro. 
“Sentir é mais importante que identificar para o nervo 
olfatório”. 
Hispomia: olfato diminuído. 
Anosmia: olfato ausente. 
 
AVALIAÇÃO: busca do olfato normal. 
Avaliar se a alteração do olfato tem ligação com o 
nariz ou nervo olfatório. 
• Antes da avaliação, verificar se as vias internamente 
em busca de lesões: pólipo, obstrução, malformação. 
Verificação de obstrução das vias e consequente 
bloqueio do estímulo químico nas terminações 
nervosas. 
• Testar o olfato com estímulos não irritantes, devido a 
presença das terminações nervosas do nervo 
trigêmeo, dentro do nariz. 
Usar: café, canela, produtos de limpeza. 
• Avaliar primeiro o lado com suspeita de anormalidade. 
Examinar uma narina por vez. 
 
TESTE: 
1. Olhos fechados para evitar a identificação da 
substância pelo paciente. 
Visão pode interferir no teste. 
2. Tampa-se uma narina e faz o estímulo na outra. 
Iniciando sempre pela narina com suspeita de 
anormalidade. 
3. Testar os dois lados. 
 
HISTÓRIA DE TCE PRÉVIO 
 
 
O traumatismo pode ocorrer na reigião central e afetar 
a lâmina cribiforme, onde passa o nervo olfatório, 
havendo secção dos nervos olfatórios resultando na 
perda do olfato. 
 
TABAGISMO 
Altera a mucosa e atrapalha o nervo na transdução do 
estímulo químico ou elétrico. 
 
INFECÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR 
RECENTE 
Afeta a mucosa do nariz. 
 
EXPOSIÇÃO A DROGAS ILÍCITAS 
Afeta a mucosa do nariz. 
 
NERVO ÓPTICO – II 
O nervo óptico é o nervo que pode ser observado 
diretamente através da oftalmoscopia. 
Começa no disco óptico, e na retina vai para trás 
formando o quiasma óptico. Depois trato óptico, 
radiações ópticas e para no lóbulo occipital. 
Amaurose: cegueira 
 
AVALIAÇÃO: busca por edema de disco óptico. 
Avaliar se a alteração está relacionada com o olho ou 
com o nervo óptico. 
• O exame dos olhos deve ser feito separadamente. 
• Observar se há anormalidades no olho. 
• Observar a presença de edema no nervo óptico. 
Papiledema: hipertensão intracraniana. 
Edema de papila: qualquer outra alteração 
relacionada a inflamação – nervo borrado nas bordas. 
• Feito com oftalmoscópico. Oftalmoscópico é inserido 
colocado no olho. Observa-se através da pupila, onde 
é possível ver a retina. 
• A “bolinha amarela” é o nervo óptico, local chamado 
de disco óptico. 
 
• O nervo deve se apresentar com brilho, caso contrário 
é indicação de que já ouve inflamação e está no 
processo de atrofia. 
• Primeiramente observa-se se há anormalidades nos 
olhos: pupila em perfeito estado, esclera. 
• Caso haja alguma alteração no olho que impeça que o 
estímulo passe pela pupila e chegue até a retina, o 
problema é no olho e não no disco óptico. 
 
TESTE: 
1. Avaliar o próprio nervo através da oftalmoscopia 
direta. 
2. Em seguida avaliar a função do nervo: acuidade 
visual. 
 
PARA NEUROLOGIA 
A acuidade visual tem que ser feita com a melhor 
correção – com o uso de óculos para quem precisa. 
Acuidade visual: linha em que mais da metade dos 
caracteres são lidos. Conseguir definir objetos. 
Caso o paciente que usa correção estiver sem a mesma 
no dia do exame, pode dar alteração. 
 
TESTES: 
Cartão de Rosenbawn 
• Usado de 30 a 35 cm do 
paciente. 
• Um olho por vez, 
analisando a acuidade 
visual de cada olho. 
1. Após cartão 
posicionado, pede 
para o paciente fazer 
a leitura, linha por 
linha. 
2. Quando paciente 
não conseguir mais 
fazer a leitura, têm-
se a acuidade visual. 
3. Anotar a acuidade 
visual colocando o 
número da última 
linha identificada 
pelo paciente. 
 
Snellen 
Mesmo principio do cartão de Rosenbawn, mas é 
preciso uma maior distância do paciente (geralmente 
1m). 
 
Contagem de dedos e percepção luminosa 
1. Paciente identifique a linha do cartão de 
Rosenbwn < 20/800. 
2. Inicia-se a contagem de dedos. 
3. Paciente identificando os dedos - acuidade 
visual do paciente: dedos. 
4. Caso paciente não identifique dedos, parte-se 
para percepção luminosa. 
5. Identificando luz – acuidade visual do paciente: 
percepção luminosa. 
 
Ishihara 
Percepção de cores – teste do daltonismo. 
 
Campimetria por confrontação 
Analisar o campo visual superior, inferior, nasal e 
temporal. 
Examina um olho por vez. 
 
NERVOS MOTORES – III, IV, VI 
Juntos são responsáveis pela motricidade ocular 
extrínseca, uma parte da função pupilar e a função da 
pálpebra. 
Nervo oculomotor – III 
Nervo troclear – IV 
Nervo abduscente – VI 
 
INERVAÇÃO DOS MÚSCULOS 
• Músculo levantador da pálpebra – III oculomotor 
Ptose: pálpebra cai – alteração no musculo levantador 
da pálpebra. 
• Oblíquo superior – IV troclear 
• Músculo reto lateral – VI abducente 
• Músculo orbicular (fecha os olhos) – VII facial 
Com exceção dos músculos acima, os demais músculos 
são inervados pelo oculomotor – III. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TESTE 
1. Testa-se o músculo de acordo com a figura 
abaixo. 
2. Para examinar, coloca-se o dedo nas posições 
indicadas na figura e pede ao paciente que siga 
com os olhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao incidir luz nas pupilas, deve haver contração igual 
em ambas, já que a pupila anormal não se contrai da 
mesma maneira. O lado da pupila alterada, é o lado 
onde há alteração no nervo. 
 
NERVO TRIGÊMIO – V 
Sensibilidade da face - sensorial e motora e mastigação. 
Possui 3 ramos: 
Ramo oftálmico – V1 
Ramo maxilar – V2 
Ramo mandibular – V3 
 
AVALIAÇÃO 
Função motora: 
1. Pede-se ao paciente para morder, de modo a 
contrair os músculos da maxila. Deve-se palpar 
o musculo. 
Função sensorial: 
1. Testar todos os ramos do trigêmeo sempre 
comparando os dois lados. 
2. O teste pode ser feito passando um algodão 
sobre os ramos. 
 
Reflexo córneo palpebral - morte cefálica: 
1. Por trás do paciente, para que ele não veja 
fazer um estímulo na córnea com um algodão. 
2. Principalmente na raiz V1. 
Paciente deve piscar. 
 
NERVO FACIAL – VII 
Responsável pela motricidade da face - expressão facial 
e tem a função sensitiva dos 2/3 anteriores da língua – 
sensibilidade gustatória. 
Espasmo: gera movimento, contração muscular efetiva. 
Fasciculações: movimento não é completo, não 
promove movimento daquele músculo. 
Ageusia: ausência de gustação. 
Hipogeusia: pouca gustação. 
 
AVALIAÇÃO 
• Avaliar se há atrofia muscular, fasciculações (tremor 
nos músculos) 
• Movimentos durante a expressão facial e espontânea 
(clonos e espasmos). 
Observar se o paciente está piscando mais que o 
normal, olho repuxando, boca repuxando. Já que 
algumas doenças geram movimentos anormais na face 
(coreia, espasmo hemifacial). 
• Pode haver alterações da gustação devido a alteração 
no nervo facial. 
• Observar a velocidade do piscamento da face e toda a 
expressão facial. 
• Antes da testagem do paciente de forma consciente, 
observar os movimentos e expressões faciais 
espontâneos. Dessa forma é possível observar se a 
face possui movimento ou se é uma face em máscara, 
sem expressão. 
• Após avaliação da movimentação espontânea instruir 
movimentos para avaliar (enrugar a testa, sorrir, 
fechar os olhos. 
 
TESTE 
Avaliar motricidade: 
Instruir movimentações ao paciente. 
1. Enrugar a testa. 
2. Fechar os olhos, apertar com força. 
3. Tentar abrir o olho do paciente testando a força 
orbicular. 
4. Sorrir. 
5. Pedir ao paciente para encher a bochecha de ar 
e fazer força sobre ela, testando a força dos 
bulcinadores – invervados pelo nervo facial. 
6. Assoviar, mandar beijo. 
 
Avaliar sensibilidade gustatória: 
1. Coloca-se em um cotonete uma substância 
salgada ou doce. 
2. Pede ao paciente para colocar a língua para fora 
e em seguida tocar a língua do paciente com o 
cotonete. 
3. Pedir ao paciente para distinguir o que ele está 
sentindo. 
 
PARALISIA FACIAL 
Nervo facial no tronco possuidois subnúcleos: 
Superior 
Emite eferências para o andar superior da face. 
 
Recebe eferências do córtex do trato córtico nuclear 
de ambos as lados. 
O subnúcleo da direita e da esquerda possuem 
eferência com contribuição de ambos os lados. 
Caso haja lesão central do subnúcleo superior direito 
– lesão supranuclear (parte superior do núcleo), o 
esquerdo, se intacto, consegue manter a inervação da 
metade superior do rosto de ambos os lados. 
Inferior 
Só consegue manter a inervação lateral do rosto. 
 
 
• Central: 
Lado direito do paciente paralisado. 
Andar inferior da face. 
Lesão no subnúcleo superior. 
• Periférica: 
Lado direito do paciente paralisado. 
Todo o lado e andar superior e inferior da face. 
Lesão no subnúcleo inferior. 
 
NERVO VESTIBULO COCLEAR – VIII 
É possível acessá-lo por meio da audição e pelo 
equilíbrio de funções labirínticas. 
O som se propaga no ar, chega até a cóclea 
estimulando-a. A partir daí, o estímulo sonoro que 
passa através do ar irá sofrer transdução e estimular o 
nervo vestíbulococlear, gerando aferências para o 
córtex que irá traduzir o ruído em som. 
Acusia: ausência da percepção de sons. 
Hipoacuisia: perda parcial ou total da acuidade 
auditiva. 
AVALIAÇÃO 
Perda auditiva neurossensorial x Condução 
• Avaliar se há alteração na audição: acusia ou 
hipoacusia. 
• Caso haja hipoacusia, há mecanismos para análise do 
ouvido antes de atribuir a alteração auditiva a causas 
neurológicas. 
Fazer otoscopia: verificar se há alguma obstrução no 
caminho do meato acústico que configure a 
dificuldade da propagação sonora (rolha de cerúmen). 
• Conduto auditivo totalmente livre e ausência de 
problemas na propagação do ar, parte-se para a 
classificação da diminuição auditiva com base em 
testes. 
A condução aérea (CA) é duas vezes maior no tempo 
que a condução óssea (CO). 
Condução aérea mais sensível. 
• Teste de RINNE 
1. Diapasão é colocado na região atrás da orelha, 
no osso mastóide, estimulando-o. 
2. Quando o paciente para de sentir a vibração no 
osso, coloca-se o diapasão próximo ao ouvido e 
o paciente deve continuar ouvindo o som. 
Já que a condução óssea dura menos tempo que a 
áerea. 
3. Pede-se ao paciente que avise quando parar de 
sentir ou pergunta-se durante o teste se já 
parou de sentir. 
• Teste de WEBER 
1. Estimula o diapasão e coloca em cima, no meio 
da cabeça. 
2. Pergunta ao paciente se ele está sentindo a 
vibração apenas no meio da cabeça ou se desce 
para uma orelha ou para outra. 
O teste normal só é sentido em cima da cabeça, a 
vibração não lateraliza. 
 
 RINNE WEBBER 
Perda auditiva 
de condução 
CO>CA Lateral anormal 
Perda 
neurossensorial 
CA>CO Lateralização para o 
lado normal 
 
Perda auditiva neurossensorial 
O nervo não consegue enviar de forma precisa as 
eferências. 
Teste de Rinne normal 
Condução aérea maior que a óssea, conduções 
preservadas. 
Teste de Weber 
Alterado. 
Vibração lateralizando para o lado normal, lado que o 
nervo consegue conduzir. 
 
Perda auditiva de condução 
Teste de Rinne negativo. 
Condução óssea demora mais que a áerea, não obtendo 
a proporção de tempo esperada. 
Teste de Weber 
Lateralizando para o lado anormal. 
Ressonância desse lado é aumentada. 
 
Vertigem posicional paroxística benigna 
Alteração dentro do ouvido interno. 
 
 
NERVO GLOSSOFARÍNGEO – IX 
NERVO VAGO - X 
Difícil isolar o nervo glossofaríngeo – IX das funções do 
nervo vago – X. 
Não é possível separar com precisão os dois nervos no 
exame neurológico. 
 
Nervo glossofaringeo - IV 
É inervado pelo músculo estilofaríngeo. 
Relacionando com a motricidade do palato, da faringe, 
relacionado a deglutição. 
 
Nervo vago - X 
Relacionado com a parte parassimpática. 
Muito rico em acetilcolina. 
 
AVALIAÇÃO 
 
TESTES 
• Avaliar o palato pedindo que o paciente abra a boca 
para analisar se o véu palatino está simétrico. 
1. Pedir ao paciente para falar e observar se o véu se 
eleva de forma simétrica. Havendo um lado que 
eleva e o outro não, é indicação de alteração no 
nervo. 
• Observar a úvula. 
 
Reflexo do vômito: reflexo protetor. 
1. Com o abaixador de língua, estimular a parte 
posterior da língua e observar se o paciente 
tem o reflexo do vômito. 
Aferência: IX NC 
Eferência: IX e X NC 
 
NERVO ACESSÓRIO – XI 
Raiz craniana: passa dentro do forame jugular. 
Raiz espinhal: passa fora do forame jugular e tem 
relação com a inervação do trapézio e do 
esternocleidomastóideo. 
A raiz do nervo acessório tem uma relação no tronco 
com os núcleos dos outros nervos oculomotores. Isso 
explica o fato de que na hora em que viramos o 
pescoço, o olho também se movimenta. 
Com suas duas raízes, o nervo tem relação com os 
nervos que fazem a movimentação do pescoço junto 
com a movimentação dos olhos. 
 
 
NERVO HIPOGLOSSO – XII 
Nervo exclusivamente motor da língua. 
A alteração nesse nervo não condiz com sensibilidade 
gustatória, mas sim com a movimentação da língua. 
 
AVALIAÇÃO 
• Observar fraqueza, atrofia e movimentos anormais da 
língua. 
 
TESTE 
1. Pedir ao paciente para colocar a língua para 
fora. 
2. Em seguida, com a língua para fora, pedir ao 
paciente que movimente a língua de um lado 
para outro. 
Havendo alteração, o lado normal empurra um dos 
lados. 
Na foto abaixo, o lado parado é o direito do 
paciente.

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