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Prova AV2 Estácio de Sá Direito Civil III (Contratos)

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Docente: Verônica Passos 
Discente: Reverton Costa Brito 
Matrícula: 201907327274 
Turma: 1001 
Disciplina: Direito Civil III 
Prova AV2 
 
 
1. No contrato de fiança, mesmo que o devedor principal seja declarado 
insolvente, o fiador poderá alegar o benefício de excussão? Justifique. 
R. O fiador não poderá alegar o benefício de excussão, de acordo com o Art. 828, 
inciso III do CC, o fiador não gozará do benefício de excussão ou de ordem caso 
o devedor seja declarado insolvente. Dessa forma, o fiador responderá em relação 
a dívida existente. 
 
2. As partes ajustaram a realização de um contrato de financiamento de veículo, 
no prazo de 24 meses, à taxa de 4% de juros ao mês, tendo como indexador 
contratual o dólar americano e prestação mensal de R$ 1.144,96 (mil cento e 
quarenta e quatro reais e noventa e seis centavos), em um momento de 
verdadeiro caos econômicos vivido pelo Brasil, desencadeado mais 
precisamente no dia 13 de janeiro de 1999, o real sofreu uma 
maxidesvalorização frente ao dólar americano, o que, naturalmente, recaiu 
diretamente sobre os valores previstos no contrato firmado entre as partes, 
aumentando, e muito, os valores a serem adimplidos pelo contratante. Diante 
dos fatos narrados explique: Qual a medida jurídica que pode ser pedida pelo 
contratante? Qual o fundamento jurídico? 
R. Poderá ser pedido uma revisão do contrato, pois o Art. 478 do CC traz em seu 
enunciado que se a prestação de uma das partes ao se tornar excessivamente 
onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos 
extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. 
O fundamento da Teoria da Imprevisão e da Onerosidade Excessiva deve ser 
aplicado a este caso em questão, pois há uma clara necessidade de atender ao 
princípio da justiça contratual que impõe o equilíbrio das prestações nos contratos 
comutativos, a fim de que os benefícios de cada contratante sejam proporcionais. 
 
3. O princípio da boa-fé é o princípio cardeal das relações contratuais, a base 
das relações jurídicas. Sendo assim, questiona-se: I) Onde encontramos o 
princípio da boa-fé normatizado? II) Quais são as funções que desempenha? 
I. O princípio da Boa-fé está disposto no Art. 422 do CC e expressa que os 
contratantes são obrigados agir tanto na execução do contrato, como na sua 
conclusão, com probidade e boa-fé. A norma determina que as partes devem de 
agir de acordo com a lei, de boa intenção, ética, probidade e vedando o abuso de 
direito. Esses deveres devem ser observados antes, durante e após a relação 
contratual. 
 
II. O Princípio da Boa-Fé tem algumas funções nas relações contratuais, sendo 
encontradas no Art. 113, 187 e 422 do CC. A primeira função é a interpretativa 
ou hermenêutica, o juiz ao analisar o conteúdo de um certo negócio jurídico, irá 
buscar qual a verdadeira vontade das partes no momento em que foi celebrado, e 
usando como fator auxiliar o Art. 113 do CC, que diz: “Os negócios jurídicos 
devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.”. 
A segunda função é a do controle, expressa no Art. 187 do CC que diz “Também 
comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente 
os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons 
costumes”, isso quer dizer que ao ter a titularidade de um direito subjetivo, a parte 
deverá respeitar os limites impostos pelo ordenamento jurídico, tais como limites 
impostos pela função econômica, função social, pelos bons costumes e pela boa-
fé. E a última função é a integrativa, também chamada de função supletiva, por 
essa função além de daqueles deveres principais que todos os contratos irão ter 
como a prestação de dar, fazer e não fazer, as partes principais irão ter que cumprir 
os deveres anexos, deveres laterais, deveres assessórios, deveres de conduta, 
deveres de cuidado, ou seja, as partes deverão cumprir deveres oriundos do 
Princípio da Boa-Fé, resumindo, o Princípio da Boa-Fé cria novos deveres 
jurídicos para os contratantes. 
4. Leia atentamente a assertiva: Afirmou Caio Mário da Silva Pereira: "a 
ordem jurídica oferece a cada um a possibilidade de contratar, e dá-lhe a 
liberdade de escolher os termos da avença. Segundo as suas preferências. 
Concluída a convenção, recebe da ordem jurídica o condão de sujeitar, em 
definitivo, os agentes. Uma vez celebrado o contrato, com observância dos 
requisitos de validade, tem plena eficácia, no sentido de que se impõe a cada 
um dos participantes, que não têm mais a liberdade de se forrarem às suas 
consequências, a não ser com a cooperação anuente do outro. Foram as partes 
que acolheram os temores de sua vinculação, e assumiram todos os riscos. A 
elas não cabe reclamar, e ao juiz não é dado preocupar-se com a severidade 
das cláusulas aceitas, que não podem ser atacadas sob a invocação de 
princípio de equidade". À luz das novas disposições do Código Civil/2002: a) 
A assertiva acima ainda guarda alguma validade face à nova ordem jurídica 
civil e constitucional. Fundamente a sua resposta. b) Elabore um conceito de 
função social do contrato. 
 A. A questão não dispões de validez em expressão à nova ordem jurídica civil e 
constitucional, pois o pacta sunt servanda não pode mais ser aplicado de jeito 
absoluto, ou seja, deve ser considerado à luz da boa-fé objetiva, probidade e 
função social do contrato. 
B. A função social do contrato não pode ignorar o seu motivo real, que é a onerosa. 
Ao contrato incumbe uma função social, mas não podemos confundir com a 
assistência social. Contrato sem função econômica não é contrato. A função social 
é o limite da liberdade do contratante de promover a circulação dos bens 
patrimoniais. Mas como um limite que interfere profundamente no conteúdo do 
negócio, pelo papel importante que o contrato tem de desempenhar na sociedade. 
 
5. Quais são os elementos essenciais do contrato? 
 Os elementos dos contratos são peças essenciais para que o negócio jurídico não 
perca a sua coerência formal. Logo podemos afirmar que os contratos sem estes 
elementos não podem ser considerados contratos em sua utilidade. Todo contrato 
deve ter 4 elementos, sendo eles: Sujeitos, objetos, declaração e forma. 
Sujeitos: Podem ser duas pessoas ou mais, sendo elas físicas ou jurídicas, em regra 
devem ser capazes, salvo em algumas exceções que a pessoa relativamente capaz 
pode contratar, sendo uma dessas exceções o exemplo do mandato, Art. 666 do 
CC, diz que o relativamente capaz pode atuar como contratante sem representante 
ou assistente. 
Objetos: Pode ser a entrega de uma coisa (obrigação de dar), pode ser a obrigação 
de fazer ou a obrigação de não fazer. Esse objeto tem que ser sempre lícito, não 
existirá contrato com objeto ilícito. O objeto pode ser presente ou futuro, lícito 
possível, determinado ou determinável. 
Declaração: É a manifestação de vontade das partes, essa manifestação pode ser 
verbal, gestual, escrita. Por regra, a forma é livre, só tem forma especifica se a lei 
determinar. 
Forma; Como a vontade é emanada, como a vontade é expressa e pode ser de 
diversas formas, como por exemplo a forma tácita e só tem forma especial se a lei 
especificar. Por regra, a forma é livre.

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