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Patologia e Recuperação de Edificações AULA T03 – MECANISMO DE DETERIORAÇÃO - CORROSÃO CORROSÃO É a interação destrutiva do material com o meio ambiente, através de reações químicas (seca) ou eletroquímicas (úmidas). É a tendência do metal voltar ao seu estado original CORROSÃO CORROSÃO CONDIÇÃO TERMODINÂMICA Eletrólito DDP Conexão Elétrica CORROSÃO DIFERENÇA DE POTENCIAL Aeração diferencial Umidade diferencial Tensão diferencial Imperfeiões superficiais Concentração iônica diferencial CORROSÃO ferrugem - material não aderente, de baixa resistência e expansivo - MECANISMO DA CORROSÃO https://youtu.be/KxLa6IcaQGM MECANISMO DA CORROSÃO https://youtu.be/hfmD1RyUWgY CORROSÃO DAS ARMADURAS CORROSÃO DAS ARMADURAS SINTOMAS: 1 2 3 5 4 CLASSIFICAÇÃO CORROSÃO GENERALIZADA CORROSÃO POR PITE Pavimento exposto a sal como anti-congelante CORROSÃO SOB TENSÃO Mais susceptíveis: Aço inox austeníticos, ligas de aluminio, aço de construção A tração juntamente com o meio corrosivo resulta na corrosão sob tensão CORROSÃO DAS ARMADURAS As armaduras no concreto estão protegidas da corrosão graças às condições de passividade que se desenvolvem em contato com a solução alcalina (pH de 12) contida nos poros da pasta de cimento Este meio altamente alcalino cria uma fina película protetora em torno do aço chamada de passivação (filme de óxido estável, compacto, e aderente criado na superfície do concreto) CORROSÃO DAS ARMADURAS MEIOS CORROSIVOS ÁGUAS NATURAIS AMBIENTE MARINHO SOLOS AMBIENTE URBANO AMBIENTE INDUSTRIA L ÁGUA DO MAR Contêm quantidade apreciável de sais. (Cloretos, sulfatos, bicarbonatos...) Ataque por Cl Contêm umidade, acidez, sais minerais e bactérias ácidos ou bases, resíduos industriais, bactérias, poluentes diversos e gases dissolvidos. Ataque por CO2 Produtos químicos - ácidos, cloro, Podem conter sais minerais, eventualmente CORROSÃO DAS ARMADURAS CONDIÇÃO DETERMINANTE FASES DA CORROSÃO DAS ARMADURAS • CARBONATAÇÃO • ÍONS CLORETO DESPASSIVAÇÃO Modelo Tuutti ajustado VELOCIDADE DE CORROSÃO Governada pela resistividade elétrica do concreto Resistividade Velocidade de corrosão Umidade do concreto MECANISMOS DE TRANSPORTE Absorção capilar - é a 1a porta de entrada dos íons cloreto, provenientes da névoa marinha. Ela ocorre na superfície do concreto e depende do fluxo de água (ciclos de molhagem e secagem); Mecanismo de transporte de um fluído devido a tensão superficial atuante nos poros capilares do concreto. Considerado bom indicativo da porosidade do concreto. Quanto menor o diâmetro dos poros capilares, maior e mais rápida a absorção. Observação: a penetração só é possível se o cloreto estiver dissolvido em H2O. MECANISMO DE TRANSOPORTE Permeabilidade – mecanismo de transporte de um fluído através de um sólido devido a um gradiente de pressão. A permeabilidade do concreto a gases é muito baixa que é raro a determinação precisa desse mecanismo de transporte Critérios de avaliação da permeabilidade do concreto CEB 192 – apud Silva MECANISMO DE TRANSOPORTE Migração iônica– mecanismo de transporte de um fluído através de um sólido devido a existência de um potencial elétrico, possibilitando o deslocamento de íons presente para que neutralizem o efeito da DDP. Exemplos de estruturas: dormentes de metrô, estruturas com proteção catódica por corrente impressa, estruturas submetidas a realcalinização ou extração de cloretos. MECANISMOS DE TRANSPORTE Difusão - é o mecanismo de transporte predominante no interior de uma estrutura de concreto, em meio aquoso (quando há H2O capilar estagnada nos poros). Mecanismo de transporte de fluídos devido a um gradiente de concentração. Ocorre tanto em meio líquido quanto gasoso. O coeficiente de difusão é função da: porosidade, a/c, teor e composição do cimento, UR, temperatura, grau de saturação, grau de hidratação. GRAU DE SATURAÇÃODIFUSÃO MECANISMOS DE TRANSPORTE Difusão - se divide em 2 estágios: Não estacionário - depende do tempo e da profundidade de penetração. Principal para a vida útil, pois é a fase em que o concreto apresenta resistência à entrada de agentes agressivos. Estacionário - caracterizado pelo fluxo constante de substâncias em difusão. MECANISMOS DE TRANSPORTE Difusão - Parâmetros de resistência à penetração de cloreto no concreto, com base na difusividade aos 28 dias DESPASSIVAÇÃO CARBONATAÇÃO DO CONCRETO 01 PRESENÇA ÍONS CLORETO 02 LIXIVIAÇÃO DO CONCRETO 03 CARBONATAÇÃO Processo físico-químico onde o CO 2 presente na atmosfera reage com os compostos alcalinos (NaOH e KOH) na solução dos poros e com a portlandita (Ca(OH) 2 ) na matriz de cimento, formando o carbonato de cálcio (CaC 3 ) que colmata os poros capilares (vazios) e reduz o Ph do concreto (12) para valores de neutralidade (< 9). A carbonatação reduz a porosidade/permeabilidade, aumenta a resistência e o módulo e captura CO 2 – mitigando o problema climático. CARBONATAÇÃO CARBONATAÇÃO A carbonatação do concreto geralmente é uma condição determinante para o início da corrosão das armaduras. Tão logo a frente de carbonatação atinge a espessura correspondente ao cobrimento do aço, começa a despassivação, tornando o aço vulnerável à agressividade do meio. FRENTE DE CARBONATAÇÃO FRENTE DE CARBONATAÇÃO CARBONATAÇÃO Tabela 4 – Indicadores de pH PROFUNDIDADE DE CARBONATAÇÃO PROFUNDIDADE DE CARBONATAÇÃO PROFUNDIDADE DE CARBONATAÇÃO A profundidade de carbonatação de uma ponte construída em 1989, foi avaliada através do indicador fenolftaleína, e a média foi de 17 mm. O cobrimento estimado das armaduras é de 25 mm. Estime a vida útil residual da estrutura admitindo a correlação entre a profundidade e o tempo (idade da estrutura) dada pela equação PROFUNDIDADE DE CARBONATAÇÃO T = 2019 –1989 = 30 anos P =17 mm Cobrimento = 25 mm K = 17/5,477 = 3,1037 25 = 3,1037 x (T)½ (T)½ = 8,0549 T = 64,88 = 65 anos Tresidual = 65 – 30 = 35 anos CARBONATAÇÃO VELOCIDADE DE CARBONATAÇÃO Em qual caso a velocidade de carbonatação é maior? 1. Fachada de um prédio exposta a sol e chuva; 2. Parede externa protegida de chuva; A absorção é mais rápida do que a evaporação DESPASSIVAÇÃO CARBONATAÇÃO DO CONCRETO 01 PRESENÇA ÍONS CLORETO 02 LIXIVIAÇÃO DO CONCRETO 03 PRESENÇA DE ÍONS CLORETO O cloreto promove a despassivação precoce do aço, mesmo em ambientes muito alcalinos. Origem dos cloretos no concreto: Difusão de íons a partir do exterior (atmosfera marinha); Aditivos aceleradores de pega (CaCl2) e endurecedores; Sal (NaCl) usado como anticongelante; Uso de areia ou água contaminada; Tratamentos de limpeza (ácido muriático); PRESENÇA DE ÍONS CLORETO NBR 12655:2015 PRESENÇA DE ÍONS CLORETO Os íons cloreto (Cl-) são altamente deletérios ao concreto armado, atuando segundo três mecanismos: ✓ Promovem redução do pH; ✓ Mesmo com pH da ordem de 12, conseguem introduzir-se pela camada passivante de óxidos ao redor das armaduras, favorecendo corrosão em pontos bem localizados (“pites”); ✓ Aumentam consideravelmente o poder de condução elétrica de íons Fe++ pela água presente nos poros do concreto, acelerando os processos de corrosão PRESENÇA DE ÍONS CLORETO pH 7,8-8,4 erosão O2 Metha & Monteiro PRESENÇA DE ÍONS CLORETO A chegada de cloretos nas proximidades da armadura, por si só, não representa o início do processo de corrosão. É necessário que estejam em quantidade suficiente para desencadear o processo corrosivo. Quantidade conhecida como "Limite Crítico de Cloretos (relação teor de cloretos torais/massa de cimento – 0,4%) " PRESENÇA DE ÍONS CLORETO https://youtu.be/cX2FdjV4eOY DESPASSIVAÇÃO CARBONATAÇÃO DO CONCRETO 01 PRESENÇA ÍONS CLORETO 02 LIXIVIAÇÃO DO CONCRETO 03 LIXIVIAÇÃO É o mecanismo associado à presença de água pura, carbonática, de chuva e ácidas (fluído percolante)que dissolve e remove os sais do concreto, principalmente o hidróxido de cálcio - Ca(OH)2. Essa manifestação patológica aumenta a porosidade, reduz a resistência, diminui o pH e aumenta a probabilidade de ocorrência de outras manifestações patológicas (corrosão) LIXIVIAÇÃO CORROSÃO DAS ARMADURAS PREVENÇÃO Cobrimento adequado à agressividade do meio; Relação a/c menor; Cuidados com formas arquitetônicas e drenagens; Proteção superficial - revestimentos; Evitar aditivos a base de cloreto de cálcio; Armaduras especialmente passivas (aço inox, aço revestidos - epóxi e galvanização, armaduras de fibra (carbono, vidro, kevlar).
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