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CEDERJ – POLO SAQUAREMA Nome: Lyssa dos Reis Ferreira Matricula: 19215100073 Curso: Licenciatura em Turismo ÉTICA E TURISMO Avaliação à distância AD2 As duas faces da “Favela Tour” A prática da “favela Tour” é vista por empresários do ramo do Turismo (agências de viagem, guias turísticos) como uma grande oportunidade de negócio, assim expondo a curiosos o cotidiano de quem vive em perímetros desfavorecidos. Mas para alguns criticos do Turismo, retratando como exemplo a Rocinha, essa prática pode trazer desconforto para os que ali habitam. Na forma praticada, essa exposição dos “favelados”, não os favorece em nenhum fator financeiro, só ocasiona desconforto e incomodo. Como é dito em nosso material didático, o voyerismo, só traz retorno financeiro aos que expõem cidadãos, sem o menor pudor nesse safári humano. Isso não significa que a ideia de “Turismo na Favela” seja ruim, passando por algumas reformulações e condições, trará benefícios para todas as partes. Para críticos, essa prática pode ser vista como uma invasão de privacidade, expondo o dia a dia de um morador de favela. Uma oportunidade de exploração, com objetivo de mostrar a outros povos (estrangeiros) o quão miserável é a vida do morador de uma comunidade carente, sendo assim, gerando uma reflexão por parte dos visitantes de como há tamanha desigualdade social, e de quanto o visitante é agraciado em sua realidade distinta daquela apresentada. De contra partida, há quem defenda a prática visando mostrar a realidade sem filtros, afirmando que não podemos ignorar a existência da pobreza, expondo sem pudor para assim impactar o visitante com um choque de realidade. Mas para que haja um equilíbrio e a prática desse turismo seja feita com bom senso, trazendo o respeito e preservando a moral, podemos destacar alguns pontos: • Oportunidade de emprego: Em uma parceria com os moradores, a agência de turismo pode estar capacitando para o mercado de trabalho, empregando para atuar como guias turísticos na mesma. • Parcerias dessa agência de viagem com hotéis, restaurantes e comércios locais, para oferecer serviço de qualidade, sem fugir da cultura local. • Proibição na exposição dos moradores: Estar moderando na ação de tirar fotos de pessoas em sua rotina, sem nem ao menos pedir sua autorização, é visto como uma invasão de privacidade, sendo assim é importante informar aos turistas a importância de preservar a identidade dos locais. Com essa medida evitaremos o desconforto por parte dos moradores e assim maior aceitação quando se trata do turismo em sua comunidade. • Visando expandir a visão do turista, seria interessante estar os levando a projetos sociais ali existentes, com objetivo de quem sabe haver um incentivo a mais para futuros artistas, ou mesmo esportistas. • Explorar a paisagem local é uma ótima sacada quando tratamos desse assunto, a Rocinha por exemplo, tem uma das vistas mais bonitas do Rio de Janeiro, assim a visitação a esses mirantes instalados no decorrer da comunidade, remete o contraste de realidades sem expor os moradores. Assim podemos concluir que em meio essas duas faces que representam o “Favela Tour”, existem meios de trazer qualidade ao passeio sem interferir na vida e sem expor a identidade de um morador de comunidade carente. Contudo, gerando recursos e movimentando o comércio local.
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