Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ÉTICA E TURISMO AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA 2 Pobrismo, turismo de favela ou favela tour: considerações a luz da ética e do turismo de base comunitária. O turismo em favela é um segmento do turismo que envolve a visitação das áreas mais pobres ou segregadas das grandes cidades. No Brasil, segundo o trabalho de Bottino (2018), a visitação às favelas tem seu início ainda no século XIX, com expedições realizadas por arquitetos, higienistas, cronistas e autoridades. De acordo com Silva (2019) a turisficação das favelas não é um processo recente, sendo apresentado e discutido na Conferência da Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Eco-92), e cresceu vertiginosamente após a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Já o turismo de base comunitária é uma forma de fazer turismo na qual a comunidade local é protagonista da experiência, e sua exploração gera benefícios coletivos, impactando na qualidade de vida de todos os envolvidos. Muitos motivos perpassam a visitação das favelas e a prática do “Pobrismo”, várias críticas também surgem nessa perspectiva: entretenimento, autorrealização, contemplação dos aspectos naturais, curiosidade? Algumas correntes têm opiniões divergentes, e cada ponto de vista contribui para criação de um sistema democrático que ajuda a fomentar o turismo nas comunidades. Estes passeios oferecem emprego e renda para os guias de turismo, uma oportunidade para os artesãos venderem lembranças, e a possibilidade de se investir na comunidade com o lucro que é ganho. Da mesma forma, se defende que os turistas podem ser motivados a ajudar a comunidade, como um resultado da visita.[16] Caroline Martins de Melo Bottino DOI: https://doi.org/10.34019/2238-2925.2018.v8.3189
Compartilhar