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Exame - Historia de Moçambique Séc XVI-XVIII-2020

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Ensaio a ser apresentado na disciplina de História de Moçambique séc. XVI - XVIII, curso de Licenciatura em ensino de História, ISCED, como requisito parcial para a avaliação final da disciplina.
HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE SÉCULO XVI - XVIII
Discente: Sérgio Manuel Jamisse
Tutor: Mestre, Nelson Tivane
Introdução
A delimitação de fronteiras moçambicanas foi sucedida pela fixação das colónias portuguesas. A presença dos portugueses na região centro do país, ao longo do vale do Zambeze deparou-se com vários estados como o estado dos Muenemutapa que através deste surgiu o estado de Bárue, encabeçado pelos Macombes.
Este presente trabalho, procura compreender aspectos referentes aos estados moçambicanos, mas especificamente o estado de Báruè.
No que tange aos objectivos, temos como objectivo geral conhecer a história do estado de Báruè. E como objectivos específicos propõe-se: 
· Localizar o estado de Báruè;
· Explicar o surgimento do estado de Báruè;
· Explicar o motivo da divisão interna do estado de Báruè;
· Caracterizar a aliança política do estado de Báruè; e
· Mencionar as causas da decadência e revolta de Báruè.
Este trabalho obedece a seguinte estrutura: localização; surgimento e desenvolvimentodo, aliança política e ideológica, divisão interna, decadência e a revolta do estado de Báruè. Para a realização deste ensaio, optou-se pela consulta bibliográfica de artigos que debruçam sobre o tema em questão com vista o resgate da história africana, moçambicana em particular. 
O Estado de Báruè
Báruè foi um estado poderoso, produto da desagregação do Estado de Mwenemutapa, chefiado pelos Macombes. Este estado fortaleceu-se com o comércio do ouro e do marfim para manter a sua autonomia. 
Localização
O Estado de Báruè era limitado ao Norte pelo curso do rio Luenha, ao Sul pelo curso do rio Punguè, a Leste por uma grande linha que definia os prazos de Massangano, Tambara e Gorongoza e, a Oeste pela fronteira da Rodésia do Sul.
Surgimento e desenvolvimento
Diversas fontes afirmam que o estado de Báruè surgiu da desagregação do Estado de Mwenemutapa, precisamente na região de Mbire, razão que justifica a ligação dos Macombe e Mwenemutapa. 
As guerras que iam reduzindo o poder do Mwenemutapa ofereceram a alguns chefes provinciais a possibilidade de criar reinos/estados autónomos. Assim sendo, Makombe, neto dos monarcas dos Mwenemutapa, submeteu os Tongas do Zambeze, formando um estado, cujo seu nome é transformado no título dos reis do Báruè. 
Aliança Política e Ideológica
Os macombes, quanto à ordem de sucessão são figuras como: Chipitura, Kavunda, Nongwe-Nongwe, Makosa entre outros.
O culto dos espíritos chonas, era inseparável de qualquer política anti-europeia. Uma das particularidades do Macombe é ser-lhe atribuída a herança de um médium designado Swikiro, um dos principais espíritos dos antepassados (Kabudo Kgoro). Essa cauda de animal tinha a fama de possuir o poder de transformar as balas inimigas em água. 
Divisão Interna do Estado
O fracasso do estado de Báruè surge da na sequência da divisão do estado. O estado de Báruè ficoo dividido devido a ajuda de dissidentes e a forte concorrência da direcção do estado. O surgimento de Chipitura dividiu o estado em duas regiões: a região de Mungari sob o poder de Mokosa (irmão mais velho de Macombe), e as regiões de Inhachirondo/Misongwe e Muira sob a liderança de do próprio Macombe. 
Apesar das tentativas de conciliação Báruè não voltou a calma, a divisão do estado intensificou as lutas, fazendo esquecer os intervinientes do perigo real dos portugueses.
Kassiche em substituição de Chipituira, fez um compromisso com os europeus de conceder a sua parte do Báruè aos portugueses, o que aumentou os conflitos internos. Mas, pesar da divisão, o estado de Báruè é considerado como um símbolo da resistência anti-portuguesa na Zambézia meridional.
Decadência
Dada invencibilidade e o perigo que Báruè representava para os portugueses, João de Azevedo Coutinho elaborou um plano que acabara com os dois reis mais temíveis de guerra no estado de Báruè. Em Julho de 1902 as forças portuguesas protagonizaram ataques tão fortes que acabaram invadindo e destruíndo o Báruè até a decadência. 
A revolta de Barué
A resistência a ocupação colonial portuguesa, no território moçambicano foi feita com o surgimento das alianças em 1917 centrada em Báruè com objectivo de libertar a sua terra natal, expulsando os portugueses e aqueles que ajudavam a perpetuar o sistema colonial na zona. Porrtanto, a revolta de Bárué insere-se num conjunto de acções com vista a evitar o declíneo do estado. 
A revolta, teve início em Março de 1917 e, rapidamente, alastrou-se para as formações achicunda em redor de Zumbo, Cheua (a norte do Zambéze), Tonga e Sena. As causas da revolta resumem-se na: a crescente opressão dos barruítas com elevadíssimos impostos; o recrutamento compulsivo da mão-de-obra e sem remuneração na construção de uma estrada que ligava Tete à Macequece passando pela terra dos Báruè; o recrutamento de jovens para combater os alemães que atacavam pelo norte;
Estas causas levaram à revolta popular contra os colonialistas. Os chefes de Báruè, Nongwe-Nongwe e Makosa, ultrapassaram as rivalidades e formaram uma coligação anti-colonial zambeziana, que apesar dos esforços aplicados não resultaram em sucesso.
Das causas da derrota deste estado, destacam-se: o elevado número de efectivo do exército dos portugueses; a superioridade dos armamentos; os conflitos entre membros da elite dirigentes da resistência; entre outras.
Conclusão 
Com a conclusão do trabalho, pode concluir-se que o estado de Báruè mostrou-se forte desde o surgimento, ao ponto de constiuir um perigo para os colonos. A presença portuguesa em África, no território moçambicano, sobretudo na região do Zambeze tanto como nas outras áreas encomodava os nativos, visto que eles viam os seus direitos alienados pelos colonos.
O estado de Báruès mostrou esforços ao seu alcance na luta para reprimir e expulsar os inimigos, mas os confrontos não foram fáceis, o inimigo era invencível, queria continuar a dominar as nossas terras a força. 
Porem, isto demonstra que a resistência à dominação colonial é uma constante da nossa história, todas as formas de exploração e repressão determinaram, ao longo dos séculos, formas correspondentes de resistência e luta. A revolta de Báruè serviu como impulso para os movimentos de resistência contemporâneos em prol da liberdade. 
 
Bibliografia
https://veloestudarmais.blogspot.com/2011/08/contextualizao-do-estado-de-barue.htmlgg
http://diquissine.blogspot.com/2015/05/revolta-de-barue.html
http://veloestudarmais.blogspot.com/2011/08/contextualizao-do-estado-de-barue.html
http://www.arpac.gov.mz/images/Revista/Revista_revolta_barue.pdf
http://macua.blogs.com/files/hist%C3%B3ria-pre-colonial-de-mo%C3%A7ambique.pdf

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