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Excludente de ilicitude

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DIREITO PENAL
Aluna: Daniele Cristina R. Young
 R.A 001201904359
Bragança Paulista
2019
Excludente de ilicitude 
 Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: 
        I - em estado de necessidade;       
   II - em legítima defesa;
        III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
 Excesso punível 
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. 
 Estado de necessidade
 Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se,
        § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
        § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
 Legítima defesa
 Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
 A) Estado de necessidade:
Para que se caracterize a excludente de estado de necessidade são necessários dois requisitos: a existência de um perigo atual e inevitável, a provocação não voluntária do perigo pelo agente, quanto ao perigo atual é importante destacar que se trata do que está acontecendo, ou seja, o perigo não é remoto ou incerto e, além disso, o agente não pode ter opção de tomar outra atitude, caso contrário, não se justifica a ação.
Enquanto o perigo inevitável o agente não pode ter provocado o perigo intencionalmente. A doutrina majoritária entende que se o agente cria a situação de perigo de forma culposa, ainda assim poderá se utilizar da excludente.
b) Legítima Defesa
O conceito de legítima defesa é a excludente mais antiga de todas, está baseado no fato de que o Estado não pode estar presente em todos os lugares protegendo os direitos dos indivíduos, ou seja, permite que o agente possa em situações restritas defender direito seu ou de terceiro.
A legítima defesa depende de alguns requisitos. São eles:
a) Agressão injusta, atual ou iminente;
b) Direito próprio ou alheio;
c) Utilização de meios necessários com moderação.
O elemento subjetivo existente na legítima defesa é se defender ou defender direito alheio, ou seja, se o agente desconhecia a agressão que estava por vir e age com intuito de causar mal ao agressor, não haverá exclusão da ilicitude da conduta, pois haverá mero caso de coincidência.
É necessário analisar se houve excesso na forma e na pratica da legítima defesa se foi dolosa, culposa ou a que se originou de um erro.
c) Estrito cumprimento do dever legal.
O agente que cumpre o seu dever proveniente da lei, não responderá pelos atos praticados, ainda que constituam um ilícito penal. Isto porque o estrito cumprimento de dever legal constitui outra espécie de excludente de ilicitude, ou causa justificante.
A excludente de ilicitude nesse caso é a existência prévia de um dever legal, que engloba toda e qualquer obrigação direta ou indireta que seja proveniente de norma jurídica que pode advir de qualquer ato administrativo infralegal, desde que seja embasado na lei, ou originado de decisões judiciais.
O cumprimento estrito da ordem é que o agente se atenha aos limites presentes em seu dever, não excedendo no seu cumprimento ou responderá por crime de abuso de autoridade, ato configurado como ilícito. emento subjetivo desta excludente, que é a ação do agente praticada no intuito de cumprir ordem legal.

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