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MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE NOVA MORADA
A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, representada pelo Conselho Federal, autarquia federal, inscrita no o CNPJ sob nº 63.049.887/0001-22, sediada na Rua Onça, nº 08, Bairro Fauna, Cidade Saraiva, Estado de Nova Morada, CEP 19.168-178, com endereço eletrônico novamorada@oabnm.org.br, vem perante V. Exa., por meio de suas advogadas infra assinado (mandato anexo), com escritório endereçado na rua Leopardo, nº 100, Bairro Fauna, Cidade Saraiva, Estado de Nova Morada, CEP 19.168-147, endereço eletrônico carreirorochasilvaadv@gmail.com, onde receberá intimações, impetrar MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO contra ato ilegal do EXMO. SR. DESEMBARGADOR FREDERICO REIS, Corregedor do Foro do Tribunal de Justiça do Estado de Nova Morada (TJNM), que poderá ser notificado para responder aos termos da impetração no endereço Av. Zumbi dos Palmares, nº 1000, Centro, na Cidade de Saraiva, Estado de Nova Morada, CEP 19.582-444, e em face do ESTADO DE NOVA MORADA, Pessoa Jurídica de Direito Público Interno, inscrita sob o CNPJ nº 19.984.848/0001-20, sediado no endereço Av. Zumbi dos Palmares, nº 1000, Centro, na Cidade de Saraiva, Estado de Nova Morada, CEP 19.582-444, endereço eletrônicoforo@tjmn.nm.br, representado pelo Governador do Estado, com endereço na Rua Rio Novo, 266, Centro, na Cidade de Esmeraldas, com fundamento no art. 5º, LXX, da Constituição Federal (CF) e Lei Federal nº 12.016/09, pelos fatos e fundamentos que se seguem. 
I. DOS FATOS
Em virtude do extravio de autos judiciais ocorrido em uma das varas cíveis do Fórum da capital do Estado de Nova Morada, o desembargador corregedor do foro do Tribunal de Justiça do Estado de Nova Morada, resolve baixar a portaria n°01/2019, que proíbe a retirado de autos com carga por parte dos advogados, tal medida começa a valer a partir do dia 10 de março de 2019.
Ocorre, porém, que, conforme disciplinado na referida portaria, o acesso aos autos poderá ser realizado apenas no balcão das secretarias, sendo autorizado que o advogado tire as cópias dos processos, apenas acompanhado por um serventuário. Diante desta situação, a única alternativa encontrada foi impetrar o presente Mandado de segurança coletivo para que evite possíveis danos.
II. DO DIREITO
a. Do cabimento e tempestividade da ação
O órgão impetrante utiliza-se deste remédio constitucional, pois busca a garantia do exercício de direito líquido e certo dos advogados, o qual foi violado pela autoridade, que no presente caso, trata-se do direito do advogado retirar os autos com carga por parte dos advogados, desde o dia 10/03/2019, nos termos do art. 5º, LXX da CF e art. 21, da Lei nº 12.016/2009. 
A ação é tempestiva por estar dentro do prazo estabelecido no art. 23 da Lei nº 12.016/2009. 
b. Legitimidade Ativa
A Ordem dos Advogados do Brasil do Estado de Nova Morada (OAB-NM) tem legitimidade ativa, pois se trata de uma entidade constituída há mais de um ano, que busca defender os direitos dos advogados, nos temos do artigo 44, II e 54, II da Lei 8906/09. 
Levando em consideração que os advogados tiveram seu direito de acesso aos processos cerceado quando da proibição de retirada dos autos com carga e da restrição ao acesso e regras restritivas quanto à cópia de processos, a OAB-NM busca anular o ato ilegal e ter a garantia de acesso aos processos, nos termos do art. 107 do Código de Processo Civil (CPC) e art. 7º, XIII, XIV, XV e XVI, do Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil (EOAB) e art. 5º, XXXIII, da CF. 
Nesse sentido, segue a decisão do TJ-AC sobre a legitimidade da OAB para representar os advogados:
MANDADO DE SEGURANÇA. ABANDONO DE PROCESSO POR ADVOGADO. OMISSÃO NA APRESENTAÇÃO DE CONTRARRAZÕES. INTIMAÇÕES REALIZADAS DE FORMA PESSOAL. RECURSO QUE PODERIA TORNAR A EXECUÇÃO DA PENA DO ASSISTIDO MAIS GRAVOSA. INEXISTÊNCIA DE JUSTIFICATIVA. ABANDONO CONFIGURADO. PRELIMINAR DE INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. REJEIÇÃO. LEGITIMIDADE DA OAB PARA REPRESENTAR SEUS INSCRITOS POR ATO QUE COMETEREM NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO. ORDEM DENEGADA. 1. A Ordem dos Advogados do Brasil é parte legítima para impetrar mandado de segurança contra ato judicial que impôs multa a um dos seus inscritos, por ato relacionado com o exercício da advocacia. 2. Pode ser objeto de mandado de segurança a decisão judicial contra a qual inexiste cabimento de recurso com possibilidade de atribuição de efeito suspensivo. Preliminar de inadequação da via eleita rejeitada. 3. Configura abandono processual, nos termos do art. 265 do CPP, a conduta do advogado que, intimado 4 (quatro) vezes, duas delas de forma pessoal, para a apresentação de contrarrazões ao recurso que poderia tornar mais gravosa a execução da pena do seu assistido, deixa de apresentá-las sem qualquer justificativa. 4. A aplicação da multa prevista nesse dispositivo, fixada em 10 (dez) salários mínimos, não ofende o contraditório e a ampla defesa, representa, isso sim, observância ao regramento legal. Também não representa usurpação da competência disciplinar da OAB, posto que essa sanção se dá "sem prejuízo das demais sanções cabíveis". Precedentes do STJ. 5. Denegação da Segurança. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Mandado de Segurança n. 1002107-69.2018.8.01.0000, DECIDE O TRIBUNAL: PRELIMINAR: INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. REJEITADA À UNANIMIDADE. NO MÉRITO. DECIDE O TRIBUNAL, À UNANIMIDADE, DENEGAR A SEGURANÇA, nos termos do voto da Relatora e das mídias digitais gravadas.
(TJ-AC - MS: 10021076920188010000 AC 1002107-69.2018.8.01.0000, Relator: Regina Ferrari, Data de Julgamento: 27/02/2019, Tribunal Pleno Jurisdicional, Data de Publicação: 01/03/2019)
É assegurado ao advogado o direito de acesso aos autos, salvo segredo de justiça. É de manifesta ilegalidade o impedimento do acesso aos demais processos. 
	Assim, o ato do Sr. Desembargador Frederico Reis é considerado ilegal devido à proibição do acesso aos autos, buscando o impetrante ter garantido seu direito. 
c. Da legitimidade passiva
O Exmo. Sr. Desembargador Frederico Reis, Corregedor do Foro do TJNM, constitui-se na autoridade coatora, pois é o agente público responsável por baixar a Portaria nº 01/2019, que impede a carga dos processos pela categoria, nos termos do art. 7, XIII, XIV, XV e XVI consistindo como o ato ilegal, conforme art. 2º da Lei nº 12.016/09.
O Estado de Nova Morada configurará no pólo passivo por se tratar da pessoa jurídica de direito público interno a qual a autoridade coatora pertence, nos termos do caput do art. 6º da Lei supracitada. Abaixo, a decisão do Tribunal de Justiça (TJ) do Estado do Amapá, seguindo o entendimento de que o advogado tem direito ao livre acesso aos processos administrativos e judiciais:
DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. DIREITO DO ADVOGADO DE LIVRE ACESSO A AUTOS DE PROCESSO ADMINISTRATIVO. INEXISTÊNCIA DE SIGILO. GARANTIA CONSTITUCIONAL. ORDEM CONCEDIDA. 1) A Constituição Federal consagra em seu art. 5º, inciso XXXIII o direito fundamental de acesso à informação para o exercício de ampla defesa, a qual deve ser prestada no prazo legal, sob pena de responsabilidade, ressalvando-se apenas aquelas informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. 2) In casu, não havendo qualquer indicação de sigilo sobre o processo administrativo, imperioso que se resguarde o direito à informação do impetrante, no exercício da profissão de advogado e no interesse de seu cliente. 3) Mandado de segurança conhecido e ordem concedida.
III. DA LIMINAR
O fumus boni iuris já se encontra devidamente comprovado pelos fatos e fundamentos acima.
O periculum in mora está configurado pela ameaça de dano irreparável ao direito de ampla defesa e contraditório (ART. 5°, LV da Constituição Federal), uma vez que, caso Vossa Exa. não suspenda a Portaria nº 01/2019, os advogados não terão acesso amplo aos processos e assim, configurará o cerceamento do direito de defesa de seus clientes, e quando V. Exa. julgar o mérito e conceder o direitolíquido e certo ao impetrante, nascerá para esse o direito de acessar os autos e defender seus clientes de forma ampla, nos termos do artigo 7° III c/c artigo 22 parágrafo 2° da Lei 12016/09.
IV. DOS PEDIDOS
Diante o exposto, requer:
a. Seja concedida a liminar a fim de suspender os efeitos da Portaria nº 01/2019, permitindo carga pelos advogados, após ouvido o representante judicial do estado de nova morada;
b. Seja notificada a autoridade coatora, Exmo. Sr. Desembargador Frederico Reis, Corregedor do Foro do TJNM, para prestar informações no prazo de 10 dias;
c. Seja cientificado o representante judicial do Estado, para querendo, ingresse no feito.
d. Seja intimado o representante do Ministério Público para acompanhar a ação;
e. Seja julgada procedente a ação, confirmando a liminar afim de suspender a Portaria nº 01/2019, concedendo a segurança no sentido de permitir a carga e o livre acesso aos autos pelos advogados;
f. Seja a autoridade coatora condenada nas custas processuais;
g. Requer juntada dos documentos que comprovam a certeza do direito.
Dá se a causa o valor de: R$______,__
Nestes termos, 
Pede deferimento.
Saraiva/NM, Data
ADVOGADA
OAB

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