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SIMEIA - RESUMO Expandido 4 - 2020 final

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PRESSUPOSIÇÕES versusREALIDADE DA (IN)CAPACIDADE CIVIL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL, À LUZ DA LEI 13.146/2015 – PCD
Amanda Carvalho Escorcio; Maria Heloisa Gonçalves Silva; Ricardo Sampaio dos Santos; Simeia Peres Cruz; Dorita Ziemann Hasse
(Universidade Paranaense – UNIPAR)
Introdução: A deficiência intelectual é designada pelo desempenho cognitivo não correspondente à expectativa idealizada para um determinado grupo social. Assim, considera-se um retardo no processo intelectual do indivíduo, condicionando-o à condição de vulnerável. 
Objetivo: Analisar a real (in)capacidade das pessoas com deficiência intelectual, bem como investigar as aplicações e evoluções da lei civil brasileira, exclusivamente ao relacionar a capacidade civil do sujeito, com a deficiência e a obtenção de sua independência.
Desenvolvimento: Antes de adentrar especificamente na aplicação da Lei 13.146/2015, se faz necessário o entendimento da história e das formas como o deficiente é visto na sociedade, relacionando-a várias formas de exclusão e segregação. Ao longo dos anos debates aconteceram, sobretudo para se evitar a discriminação dos portadores de deficiência intelectual no âmbito escolar e também social. O ponto de partida é a problemática do processo de inclusão que mesmo sendo de extrema necessidade, na prática, nem sempre corresponde às expectativas das famílias dos portadores de deficiência. Considera-se que: “Inclusão trata, sim, de como nós lidamos com a diversidade, como lidamos com a diferença, como lidamos ou como evitamos lidar, com nossa moralidade” (FOREST, PEARPOINT, 1997, p.138). É fato que garantias foram adquiridas ao longo da história e, no Brasil por força de Emenda Constitucional sancionou-se a lei que trouxe grande avanço aos direitos da igualdade e liberdade fundamental da pessoa com deficiência. Diz o artigo 4º que: “toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação” (BRASIL, 2015). Uma das inovações trazidas pela nova Lei é a possibilidade de interdição parcial como uma modalidade para auxiliar as pessoas com deficiência nas tomadas de decisões, principalmente quando envolva o instituto do negócio jurídico (MORAES, 2015). Sendo assim, em regra, a pessoa com deficiência será considerada, para os fins da lei, como sendo igual, para com as demais pessoas. Contudo, para a deficiência intelectual os reflexos da lei são ainda objeto de indagação no que tange a casos concretos, considerando que cada indivíduo é único, logo demandam ações compensatórias por parte do Estado e da sociedade, capazes de reduzir ou eliminar tais limitações, integrando-os socialmente.
Conclusão: Embora o diploma legal tenha como objetivo promover a igualdade de condições às pessoas com deficiência, salta aos olhos os desafios remanescentes nessa seara carente de evolução no ordenamento jurídico, sobretudo em favor da pessoa com deficiência intelectual.
Referências:
BRASIL.Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Disponível em: encurtador.com.br/CDS05. Acesso em: 06 jun. 2020.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional.31. ed. Atualizada.São Paulo: Atlas, 2015.
FOREST,M.,&PEARPOINT, J. Inclusão: um panorama maior. In: M. T. E. Mantoan, et al.A integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon, 1997.	Comment by Cezar Rodrigues: Preciso ver o livro ou pdf q vc utilizou	Comment by SIMEIA PERES CRUZ: é um livro físico e uma amiga que faz psicologia, peguei emprestado para o resumo e já devolvi o nome do livro é A Integração de Pessoas Com Deficiência autora Maria Teresa Eglér Mantoan, se vc quiser posso pedir novamente pra ela e tirar uma foto
LIMA, Claudio Vieira de. O despreparo do mercado de trabalho para a inclusão dos deficientes intelectuais. Revista Pensar Saúde, v. 1, n. 2. Disponível em: encurtador.com.br/fsTW5. Acesso em: 06 jun.2020.

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