Prévia do material em texto
UNITPAC- Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos AGRONOMIA Professor: Athila Damasceno Martins; Manejo de Plantas Daninhas: Valor: 15 pontos Aluno: Mateus Queiroz Santana Matrícula: 0001464 Trabalho de estudo dirigido sobre Mecanismos e modo de Ação dos Herbicidas 1 – Inibição da acetil coA carboxilase (ACCase) grupo A: 1.1 1.2 Mecanismo de ação: Inibição não competitiva da ACCase dos plastídios, enzima chave da síntese de lipídios. 1.3 Modo de ação: Nos meristemas, impedem a síntese de novas células por falta de lipídios para formar as membranas. 2 – Inibidores de Acetato lactato sintase (ALS) ou acetohidroxiácidos (AHAS) grupo B: 2.1 2.2 Mecanismo de ação: Inibição irreversível da ALS (AHAS), enzima chave da síntese dos aminoácidos de cadeia ramificada valina, isoleucina e leucina. 2.3 Modo de ação: Em poucas horas há o bloqueio de divisão celular e síntese de DNA. Acúmulo de cetubutirato e bloqueio da síntese de acetil-CoA (síntese de lipídios e terpenóides). 3 – Inibição da fotossíntese no fotossístema II Grupos C1, C2 e C3: 3.1 Visualização dos sítios de ligação de alguns herbicidas inibidores do fotossistema II ao complexo protéico QB na membrana dos cloroplastos. Herbicidas do grupo das uréias ligam-se aos sítios 1 e 2, as triazinas ligam-se aos sítios 2 e 3 e os dinitrofenóis ligam-se ao sítio 4. 3.2 Mecanismo de ação: Liga-se ao bolso da proteína D1 do FS II, impedindo a ligação da Qb, bloqueando o fluxo de elétrons entre o FS II e o FS I. 3.3 Modo de ação: Com o bloqueio, forma se clorofila tripleto clo* que reage com O2, formando oxigênio singleto O2*, gerando estresse oxidativo. 4 - Inibição da fotossíntese no fotossistema I Grupo D : 4.1 4.2 Mecanismo de ação: Recebem elétrons destinados à ferredoxina, no FS I, tornando-se cátions radicais monovalentes, tornando-se capazes de reduzir O2 a superóxido O2 -. 4.3 Modo de ação: A superóxido dismutase (SOD) transforma O2- em H 2O e O2 . O2 cátion monovalente condensa-se com H2O2 produzindo radical hidroxila OH. Estes radicais livres peroxidam os lipídios insaturados, gerando radicais peróxidos, que aumentam a peroxidação em cadeia, formando o estresse oxidativo e destruição das membranas das organelas celulares e da própria célula. 5 - Inibição da protoporrinogênio oxidase (PPO) : 5.1 5.2 Mecanismo de ação: Inibição da protoporfirinogênio IX (protox), causando o acúmulo de protoporfirinogênio IX. 5.3 Modo de ação: O protoporfirinogênio IX difunde-se para o citosol onde é oxidado por enzima da plasmalema a protoporfirina IX que, por ação da luz, reage com oxigênio formando oxigênio singleto 1O2, que desencadeia o estresse oxidativo. 6 - Inibidores da Biossíntese de Carotenóides (Grupos F1, F2 e F3) : 6.1 6.2 Mecanismo de Ação: Clomazone: é um pré-herbicida; é ativado pela ação da P450 em duas epatas, onde seu metabólito secundário, o 5-ceto-clomazone (clom→5-hidroxi-clom→5- ceto-clom), inibe a Deoxixilulose-5-fosfato sintase (DXS), enzima da síntese do metileritrol-4-fosfato (MEP) do IPP, precursor da rota de síntese dos carotenóides. Isoxaflutole, mesotrione e tembotrione: Inibidor da HPPD, enzima que atua na síntese da plastoquinona, cofator de enzima da rota de síntese dos carotenóides (PDS) e integrante do fluxo de elétrons da fotossíntese. 6.3 Modo de ação: A ausência de carotenóides expõe a planta à livre formação de oxigênio singleto pela não neutralização da clorofila tripleto naturalmente formada, desencadeando o estresse oxidativo. 7 - Inibição da EPSP sintase grupo G: 7.1 7.2 Mecanismo de ação: O glyphosate liga-se à enzima ácido 5-enolpiruvilshikimato -3-fosfato sintase (EPSPs), inibindo-a, que catalisa a síntese de aminoácidos aromáticos. O glyphosate inibe a EPSPs por competição com o substrato PEP (fosfoenolpiruvato), impedindo a transformação do shikimato em corismato 7.3 Modo de ação: A inibição da enzima leva à desregulação do fluxo de carbono na planta e a um acúmulo de compostos intermediários tóxicos, o shikimato ou shikimato-3- fosfato. 8 – Inibição da glutamina sintetase grupo H 8.1 8.2 Mecanismo de ação: O amônio-glufosinato liga-se à glutamina sintase (GS), que é uma enzima importante na rota metabólica de incorporação do nitrogênio inorgânico, na forma de amônia, na formação de compostos orgânicos. Além de ser importante nesse processo, a GS recicla (incorpora retirando do ambiente celular) a amônia produzida por outros processos 52 metabólicos, como aquela oriunda da degradação e do transporte de proteínas e da fotorespiração. 8.3 Modo de ação: O amônio-glufosinato inibe a glutamina sintase, uma enzima que catalisa a combinação do NH3 orgânico com o glutamato para formar glutamina. 9 – Inibição da formação de microtúbulos Grupo K1, K2 e K3 9.1 9.2 Mecanismo de ação: Inibição da síntese ou atividade da giberilina nas sementes e/ou inibição da elongação dos lipídios com mais de 16 carbonos (carbamotioatos). 9.3 Modo de ação: São considerados inibidores da mitose, mais especificamente da formação de microtúbulos. A ação fitotóxica destes herbicidas acontece pela inibição da síntese de proteína (provavelmente várias) nos meristemas apicais da parte aérea e das raízes em espécies susceptíveis. 10. – Inibição da síntese de lipídios – diferentes de inibidores da ACCase Grupo N 10.1 10.2 Mecanismo de ação: A inibição da síntese de ácido graxos bloqueia a produção de fosfolipídios usados na construção de novas membranas necessárias para o crescimento celular. 10.3 Modo de ação: O local de ação deste herbicida era a acetil-coenzima A carboxilase (ACCase). 11 – Mimetizador de Auxina Grupo O 11.1 11.2 Mecanismo de ação: Os herbicidas pertencentes ao grupo O possuem como mecanismo de ação a mimetização de auxinas, também são conhecidos por reguladores de crescimento, auxinas sintéticas ou herbicidas hormonais, em função da similaridade estrutural com a auxina natural das plantas 11.3 Modo de ação: Atuam como reguladores do crescimento vegetal, e o efeito mais evidente induzido por esses herbicidas é sua interferência na divisão e elongação celular, em virtude do desbalanço hormonal que promovem nas células com o aumento da biossíntese de etileno, giberelinas, citocininas e ácido abscísico. Isso leva a um crescimento desordenado do tecido vegetal, especialmente de tecidos maduros, que retornam às atividades meristemáticas com a inibição da divisão celular em meristemas primários. 12. Outros mecanismos de ação 12.1 Inibidores da DHP (dihidropteroato) Grupo I 12.2 Inibidores da síntese de (celulose) parede celular Grupo L 12.3 Desaclopadores – Grupo M 12.4 Inibidores de transporte de auxina – Grupo P 12.5 Mecanismos de ação desconhecidos – Grupo Z