Prévia do material em texto
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA ALINE FREITAS DOS SANTOS OURO DENILSON DOS SANTOS NASCIMENTO ELTON CONCEIÇÃO NOGUEIRA JONAILTON JESUS SANTOS LINDINALVA SILVA SANTOS RAMON JESUS NOGUE ATIVIDADES ESPORTIVAS INCLUSIVAS NA ESCOLA Salvador 2020 ALINE FREITAS DOS SANTOS OUR DENILSON DOS SANTOS NASCIMENTO ELTON CONCEIÇÃO NOGUEIRA JONAILTON JESUS SANTOS LINDINALVA SILVA SANTOS RAMON JESUS NOGUE ATIVIDADES ESPORTIVAS INCLUSIVAS NA ESCOLA Trabalho apresentado para avaliação das disciplinas de Fisiologia do exercício Il, Políticas Públicas da Educação Básica; Educação Inclusiva; Cinesiologia Aplicada a Educação Física ; Educação e Tecnologias; Práticas Pedagógicas em Educação Física: Cultura Corporal e Cidadania ; Estágio Curricular em Educação Física Iii: Gestão Educacional; Ed - Cultura Brasileira e pelos docentes Mario Carlos Welin Balvedi; Natalia Gomes dos Santos; Juliana Chueire Lyra; Tulio Bernardo Macedo Alfano Moura; Natalia Germano Gejão Diaz; Anisio Calciolari Junior; Juliana da Silva Ferreira e gustavo. Salvador 2020 https://www.colaboraread.com.br/aluno/timeline/index/1277212307?ofertaDisciplinaId=1144842 https://www.colaboraread.com.br/aluno/timeline/index/1277212307?ofertaDisciplinaId=1144844 https://www.colaboraread.com.br/aluno/timeline/index/1277212307?ofertaDisciplinaId=1144841 https://www.colaboraread.com.br/aluno/timeline/index/1277212307?ofertaDisciplinaId=1144841 https://www.colaboraread.com.br/aluno/timeline/index/1277212307?ofertaDisciplinaId=1144846 https://www.colaboraread.com.br/aluno/timeline/index/1277212307?ofertaDisciplinaId=1144840 https://www.colaboraread.com.br/aluno/timeline/index/1277212307?ofertaDisciplinaId=1144840 https://www.colaboraread.com.br/aluno/timeline/index/1277212307?ofertaDisciplinaId=1144847 https://www.colaboraread.com.br/aluno/timeline/index/1277212307?ofertaDisciplinaId=1144847 https://www.colaboraread.com.br/aluno/timeline/index/1277212307?ofertaDisciplinaId=1144847 https://www.colaboraread.com.br/aluno/timeline/index/1277212307?ofertaDisciplinaId=1144845 INTRODUÇÃO O objetivo dessa produção textual tendo em foco o tema “Atividades esportivas inclusivas na escola” interagindo com as matérias apresentadas no corrente semestre e relacionando-as com o histórico do referido assunto, possibilitando aos estudantes do curso de Educação Licenciatura a importância da interdisciplinaridade para o profissional de Educação Física. Para a ajuda da construção dessa produção textual, foi necessária a busca de alguns artigos, pesquisas voltadas para atividades esportivas inclusivas na escola, dado que, é assunto de extrema importância para o desenvolvimento e carreira do futuro profissional de Educação Física. Iremos abordar aqui também, a interdisciplinaridade, buscando compreender como ela é desenvolvida através da educação e como são as suas buscas constantes de novos caminhos, novas realidades e desafios, ousando construir novas perspectivas de entender que as práticas relacionadas a ela vão muito mais além que pesquisas. A educação inclusiva já diz tudo ela é para todos, onde todos aprendem juntos, quaisquer que sejam as suas dificuldades. Primeiramente a escola tem que cumprir essa prerrogativa como uma sociedade democrática na qual a justiça, o respeito pelo outro e a equidade sejam princípios para uma escola inclusiva. É o ensino que deve se adaptar ao aluno e não o aluno se adaptar às normas pré-estabelecidas no ambiente escolar. Nesse contexto, todas as disciplinas e em especial a educação física passam do processo de exclusão para um de inclusão. Em especial a educação física, pois esta nasceu de uma visão homogeneizada na busca do rendimento e da competição. Quem não atingia o desempenho esperado ou não se enquadra no perfil físico almejado pelos educadores eram excluídos da prática. A prática por partes desses alunos era fora do contexto inclusivo, na qual a educação física era adaptada exclusivamente para eles. E mesmo com a adaptação a visão era a busca de rendimento no esporte. Assim, a busca pelo ensino inclusivo na educação física é aceitando a heterogeneidade da classe e trabalhando em cima dela. Partindo da sociedade, entrando na escola e atingindo os professores, a inclusão depende muito mais de um entendimento por parte do professor e dos alunos ditos “normais” de que os alunos com necessidades especiais devem ter a oportunidade de evoluir e mostrar que são capazes de aprender e se relacionar. PRODUÇÃO DE TEXTO É na interdisciplinaridade que o professor de educação física pode colaborar para o completo desenvolvimento individual quanto coletivo dos alunos e sem excluir os estudantes menos favorecidos, seja por deficiência física ou intelectual, social ou psicológica. Nas aulas de educação física os alunos podem mostrar seu potencial através do movimento e do raciocínio para que isto ocorra, seja para um jogo ou para uma brincadeira. Oportuniza o convívio, a socialização e o respeito que são oriundos das práticas esportivas. Na vivência lúdica o aluno pode experimentar o gosto por uma atividade específica e querer se aprimorar nela, independentemente de ter ou não alguma deficiência. Podemos dizer que se tem duas linhas na educação física quando se trabalha com portadores de necessidades especiais. São duas modalidades de atuação que dependem muito mais dos educadores que dos alunos propriamente. Uma das modalidades é a educação física adaptada, na qual os estudantes com deficiência praticam atividades físicas separados dos seus colegas. A outra é a educação física inclusiva, na qual todos participam das mesmas atividades propostas. A prática das duas modalidades requer um ambiente acessível, que oferece oportunidades iguais, com inclusão social e valorização das diferenças, estimule o desenvolvimento de habilidades e valorize as competências individuais. Para isso, cabe ao professor planejar as aulas de acordo com as especificidades dos alunos de cada turma. Sabe-se que essas duas modalidades se encontram designadas à sociedade em uma só que é a educação física adaptada. Mas deve ser de uma maneira diferente: a inclusão deve acontecer com a adaptação dos recursos, das regras, dos professores, dos alunos, dos pais e de todos os envolvidos no processo de ensino/aprendizagem de uma pessoa. A educação física contribui para o desenvolvimento físico, intelectual, social e psicológico através de jogos e brincadeiras. É nesse contexto que a inclusão deve ocorrer. A educação física é uma das melhores disciplinas no ambiente escolar, pois através de atividades e jogos lúdicos promove a interação de todos os alunos. Cria oportunidades para mostrarem que também são capazes de evoluir em conjunto. Mesmo num ambiente escolar a educação física, era e, é vista por alguns como celetista, uma visão de rendimento, apenas para descobrir talentos. Os estudantes com deficiência eram dispensados de disciplina. Para praticar atividades físicas estes estudantes buscavam alternativas,como projetos de extensão da escola em uma educação física adaptada. Mas esta prática também estava no entorno de esportes de rendimentos, pois o professor queria mostrar para o aluno que ele também mesmo com necessidades especiais poderia ser um atleta. Mas, a educação física na escola não deve ser pensada só como esporte. Ela deve ser pensada influenciando o cotidiano dos praticantes através de uma interdisciplinaridade. O educador tem que ir além de sua área e buscar pontos de contato com outras disciplinas. SITUAÇÃO PROBLEMA As propostas educacionais de uma concepção inclusiva de ensino refletem a oportunidade da elaboração de outros paradigmas. Embora difíceis de serem concretizadas, elas não são utópicas, mas demandam de inúmeras ações, desde o papel da escola ao planejamento curricular, e à formação continuada dos professores. As políticas educacionais propõem a necessidade de conhecer e compreender a comunidade a ser atendida pela política em construção, para que se responsabilize e se comprometa com a consolidação de um novo olhar para as diferenças, bem como a formação de profissionais dentro desta nova perspectiva educacional, que vai de encontro com as posturas de inclusão total. Compreendendo, então as singularidades de cada sujeito histórico, como princípios das práticas educativas inclusivas. Neste sentido, a escola enquanto segmento da sociedade, reflete sua organização e suas concepções, caracterizando-se como um ambiente que reproduz ou transforma as relações desveladas na coletividade, uma vez que serve de instrumento de manutenção do modelo em que está inserida, mas que também pode se refletir como agente de mudança desse sistema. As políticas públicas e as práticas educativas observadas na atualidade, embora apregoem um discurso de ideais democráticos, pautados no princípio da igualdade, ainda refletem a lógica da exclusão social, do que é diferente. Quando a escola se organiza e recebe as diferenças possibilita a desconstrução dos “preconceitos” formados ao longo dos anos; sejam eles com relação ao aluno com deficiência, oriundos de uma classe social menos favorecida, com a cor da pele diferente da maioria ou com necessidade de um tempo maior para aprender. A educação numa perspectiva inclusiva propõe o acesso ao currículo de maneira autônoma e independente, permeado de ações educativas que promova o desenvolvimento integral e a aprendizagem significativa de todos os educandos. Dessa forma, desafia a todos os envolvidos a mudarem suas atitudes. O professor é provocado a repensar sua prática, levando-o a transformar suas metodologias e a buscar novos conhecimentos. Os desafios da educação física escolar frente à inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais, maior parte estão relacionados ao planejamento das aulas, heterogeneidade da turma, comunicação, processo de aprendizagem e tempo da aula. Diante de todos os desafios encontrados pelos professores de Educação Física, frente à inclusão de alunos com deficiência, observou que é necessário que os professores busquem se preparar para o processo da Inclusão de alunos com deficiência, já que é uma realidade encontrada nas escolas. Para finalizar, sugere-se que esse estudo seja ampliado para um número maior de professores de Educação Física, a fim de que os resultados obtidos identificam as necessidades dos alunos com deficiência frente ao processo de ensino e aprendizagem. A prática regular de exercícios físicos é fundamental para a saúde de qualquer indivíduo, especialmente para aqueles com síndrome de Down. A Síndrome de Down pode estar associada a diversas doenças e características, inclusive morfológicas. As atividades para esses indivíduos devem ser adaptadas, e atender às suas necessidades, para permitir resultados positivos e duradouros que auxiliem no desenvolvimento motor, social e cognitivo dessas pessoas. Exercícios direcionados são importantes devido à hipotonia, limitações sensoriais entre outros aspectos relacionados aos riscos inerentes a essa síndrome. Pessoas com síndrome de Down podem necessitar de atenção especial, pois podem apresentar limitações, como doenças associadas, que devem ser conhecidas e observadas. Os exercícios físicos são fundamentais para estes indivíduos e é necessário seguir critérios para a execução dessas atividades. A prática esportiva é considerada um importante método de terapia para integração e socialização de portadores de síndrome de Down. As repercussões fisiológicas positivas as atividades físicas podem oferecer para o aluno com síndrome de Down; equilíbrio, a coordenação de movimentos, a estruturação do esquema corporal, a orientação espacial e propriocepção, o ritmo, a sensibilidade, os hábitos posturais e benefícios ao sistema respiratório. Quanto às características dos portadores da síndrome de down, o tônus muscular baixo (hipotonia), e a força muscular reduzida melhoram à medida que a criança com Síndrome de Down fica mais velha. Para acelerar este processo de ganho de força e aumento do tônus, a maneira mais indicada é a prática de atividade física com programas de exercícios resistidos que recrutem diferentes tipos de fibras musculares. Estas atividades podem fortalecer a musculatura desde que sejam adaptadas de acordo com limitações que podem estar presentes nos indivíduos não havendo, portanto, relação entre a deficiência mental e a hipotonia muscular (Cioni, et. al,1994). No caso da Biomecânica, por exemplo, pode-se afirmar que essa possui uma efetiva utilização como instrumento pedagógico. A partir de seus diversos conceitos, nota-se as diferentes abordagens e preocupações que ela traz. O ato educativo, admitido como principal ação da Educação física no contexto escolar, determina amplas possibilidades. A Biomecânica ainda pode atuar com assuntos relacionados ao aperfeiçoamento da técnica do movimento, aperfeiçoamento do processo de treinamento, aperfeiçoamento e adaptações ambientais, aperfeiçoamento do mecanismo de controle de cargas internas do aparelho locomotor, aperfeiçoamento de sistemas para simulação de movimentos, aperfeiçoamento tecnológico instrumental para aquisição e processamento de sinais biológicos e ao aperfeiçoamento de sistemas para análises de movimentos e conseqüentes aplicações práticas. A biomecânica permite, entre outras coisas, melhorar o desempenho de atividades esportivas, melhorar a técnica de realização de movimentos, melhorar equipamentos utilizados em esportes ou em atividades do dia a dia, prevenir lesões e auxiliar na reabilitação de lesões. Sem dúvidas a Biomecânica pode contribuir para a efetivação de processos educativos, que envolvam comportamentos corporais, mais conscientes e, conseqüentemente, marcados por concretas responsabilidades intencionalmente pedagógicas. Especificamente no ambiente escolar, o conhecimento da Biomecânica pode contribuir significativamente para a melhoria do ambiente, da saúde e da qualidadede vida dos alunos. Tomando-se exemplos bem práticos, podem-se citar as mochilas carregadas pelos alunos e o mobiliário escolar. Estes dois fatores são causas de, no mínimo, desconforto, e podem em longo prazo causar graves danos às crianças. O professor de Educação Física, conhecendo as implicações Biomecânicas, pode conscientizar alunos, pais e demais professores para, pelo menos, minimizar as conseqüências nocivas. Afinal, concebe-se o profissional da Educação Física como um agente com responsabilidades que vão além das aulas de Educação Física. CONSIDERAÇÕES FINAIS As informações obtidas através de artigos, e pesquisas para realização desse trabalho, além de todas as disciplinas cursadas no presente semestre, possibilitaram a compreensão das diversas formas de elaborar exercícios físicos e seus benefícios no trabalho, em grupos especiais e na sociedade em geral. O professor de educação física tem que estar preparado para lidar com o processo de inclusão. Ele deve garantir além do direito das pessoas com necessidades especiais freqüentarem as aulas, deve também garantir as condições necessárias de aprendizagem. O professor de educação física consegue através de um processo de adaptação das aulas, desde que vá além de seus conhecimentos básicos, fazer com que exista co-participação de alunos com e sem necessidades especiais no mesmo momento. Deve colocar seu aluno como prioridade e não o esporte ou a aula em si. No momento que pensa no aluno em primeiro lugar vai adaptar sua aula a heterogeneidade da turma respeitando cada aluno dentro de um grupo. Tendo a flexibilidade inerente aos conteúdos conduz a uma maior facilidade de aprendizagem, estimula a criatividade, a resolução de problemas e a cooperação no desenvolvimento de tarefas pelos alunos. Assim, o professor pode ser visto como um símbolo de ações positivas levando os alunos a terem uma vivência prazerosa da educação física, com essas atitudes favoráveis à inclusão. Ele rompe paradigmas: da incapacidade para a capacidade, da baixa estima para autoestima e da exclusão para a inclusão. Portanto cabe ao professor a tarefa de saber, conhecer e identificar as diferenças, porém sempre no sentido de tentar incluir a aluna para uma prática comum e cada vez menos isolada do restante dos outros alunos da turma. Se o professor entender isso, acaba que não existe nenhum método, ideal ou perfeito da educação física que se aplique ao processo de inclusão, porque o professor sabe e pode combinar numerosos procedimentos para remover barreiras e promover a aprendizagem dos seus alunos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAMPOS, Wagner de; BRUM, V.P. Criança no Esporte. Curitiba: Os Autores, 2004 149 p. CIDADE; FREITAS. Educação Física e inclusão: considerações para a prática pedagógica na escolas. In: Revista Integração – Educação Física Adaptada - Ano 14 - Edição Especial/2002, p. 26-32 - ISSN - 1677-8073. Secretaria de Educação Especial – Ministério da Educação COELHO, R.W.; COELHO, Y.B. Estudo comparativo entre o nível de estresse de crianças envolvidas em diferentes esportes organizados e em atividades físicas competitivas informais. Revista Treinamento Desportivo, V.5, N.1, 27-39, 2000. DAVID, P.A. A visão do professor de educação física sobre o deficiente físico. In: Resumos Temas Livres da Revista da Sobama Dezembro 2005, Vol. 10, n.1, Suplemento, p.59. FREITAS, P. S. de; CIDADE, R. E. A. Noções sobre educação física e esporte para pessoas portadoras de deficiência – uma abordagem para professores de 1º e 2º graus. Uberlândia: Gráfica Breda, 1997. 86 p GUIMARÃES, Márcia; ROSS, Paulo. História da Educação Especial no Brasil. Curitiba: IBPEX, 2003, 100 p. SENATORE. Esporte para Portadores de Deficiência Mental: Treinando para a Vida? Anais. IV Congresso Brasileiro de Atividade Motora Adaptada. SOBAMA: Curitiba, 2001. 227p. MANTOAN, M. T. E.. O direito à diferença na igualdade dos direitos - Questões sobre a inclusão escolar de pessoas com e sem deficiências. In: Colóquio - Ética da Inclusão, v. 1, Belo Horizonte: Armazém de Idéias, 2004, p. 94-104. SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão – Construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997. 176p. SCHLEDER, Iran. SIMON, Jean. A integração escolar das crianças deficientes. 2. ed. Porto: Edições Asa, 2000. 143 p. SOUZA, R.E.C. e. Os estabelecidos e os outsiders: Traçando um paralelo com a inclusão do portador de deficiência na escola. Brasil. Ministério da educação. Secretaria de estado da educação. O direito de ter direitos. In:______. Educação especial: tendências atuais. Brasília, df: mec; seed, 1999. ______. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, df: mec; seed, 2008.