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DIDÁTICA-E-METODOLOGIAS-DE-ENSINO-NA-EDUCAÇÃO-FISICA-ADAPTADA-2

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DIDÁTICA E METODOLOGIAS DE ENSINO NA 
EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA 
TITULO- MODELO DE APOSTILA 
 
 
1
 
1 
Sumário 
 
DIDÁTICA E METODOLOGIA DE ENSINO NA EDUCAÇÃO FÍSICA 
FACUMINAS ............................................................................................ 3 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 4 
1. OS PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS- METODOLÓGICOS. .......... 6 
1.1. As Fases da Educação Física no Brasil ................................... 7 
2. TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR ........... 10 
3. ABORDAGENS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ................... 12 
Abordagem higienista ......................................................................... 12 
Abordagem Militarista ......................................................................... 13 
Abordagem Competitivista ................................................................. 13 
Abordagem da Psicomotricidade ....................................................... 14 
Abordagem Desenvolvimentista ......................................................... 15 
Abordagem Construtivista -Interacionista ........................................... 15 
Abordagem dos Jogos Cooperativos ................................................. 16 
Abordagem Cultural ........................................................................... 16 
Abordagem Humanista ....................................................................... 17 
Abordagem da Concepção de Aulas Abertas .................................... 17 
Abordagem Saúde Renovada ............................................................ 18 
Abordagem Crítico-Superadora ......................................................... 19 
Abordagem Crítico-Emancipatória ..................................................... 20 
Análise das abordagens ..................................................................... 21 
4. A INCLUSÃO DA PESSOA DEFICIENTE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO 
FÍSICA .............................................................................................................. 22 
4.1. O que é deficiência? .................................................................... 23 
4.2. O que é Educação Especial? ...................................................... 25 
 
 
2
 
2 
4.3. Legislação Brasileira ................................................................... 26 
4.4. Modalidades de Atendimento Educacional ................................. 29 
5. EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA E SEUS OBJETIVOS ............... 32 
5.1. A pessoa com deficiência, seu corpo e a educação Física ......... 36 
5.2. As pessoas com deficiência e a aprendizagem .......................... 38 
 REFERÊNCIAS .................................................................................... 40 
 
 
 
 
 
3
 
3 
 
FACUMINAS 
 
 
 
A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um 
grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos 
de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Facuminas, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
4
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
Os aspectos metodológicos que envolvem a Educação Física não diferem 
substancialmente das demais áreas do conhecimento. A busca por uma 
estratégia metodológica que possa dar conta das novas necessidades 
educacionais é uma constante. O ensino vem, historicamente, buscando 
organizar meios e formas metodológicas que sejam colocadas em prática para 
o atendimento das exigências que permeiam o mesmo. As tendências 
educacionais, discutidas por Libâneo e Saviani, já foram suficientemente 
apresentadas em bibliografia educacional. Apenas para referência podemos 
recuperar a classificação organizada por Libâneo (1983) onde mostra que o 
ensino passou por um período denominado de tradicional, onde apareceram as 
tendências Liberal Conservadora, Renovada Progressista e Renovada Não-
progressista; e por um período denominado progressista, onde apareceram as 
tendências Progressista Libertária, Progressista Libertadora e Progressista dos 
Conteúdos. Em relação à Educação Física, temos os trabalhos desenvolvidos 
por Ghiraldelli Jr. (1989) que, a partir de um levantamento histórico, destaca: 
 ... cinco tendências da Educação Física Brasileira: a Ed. Física 
Higienista (1930); a Educação Física Militarista (1930-1945); a Educação 
Física Pedagogicista (1945-1964); a Educação Física Competitivista 
(pós 64) e, finalmente, a Educação Física Popular (p. 16). 
Dentre as tendências apresentadas por Guiraldelli Jr. pode-se observar na 
prática cotidiana da Educação Física Escolar, ainda nos dias de hoje, a 
supremacia da tendência competitivista, ou seja, um ensino “orientado no 
professor; no produto; nas metas definidas e na intenção racionalista” (Cardoso 
et al., 1991, p. 40) com promoção da esporte performance tendo o mesmo o 
caráter de fim e não de meio dentro do processo. A Educação Física escolar 
segue um contínuo esportivo repetitivo desde a quinta série do primeiro grau 
 
 
5
 
5 
finalizando com o enfoque recreativo no terceiro grau (Oliveira, 1992). E quais 
seriam os fatores que poderiam estar impedindo que novas tendências 
educacionais e novas formas de abordagens de conteúdo dentro da escola 
pudessem ser colocadas em prática? Para respondermos a esta questão, 
poderíamos arriscar citando alguns pontos que estariam contribuindo com esse 
imobilismo pedagógico dentro da área da Educação Física: a falta de preparo 
que têm os professores para o enfrentamento de novas estratégias 
metodológicas, a falta de interesse em vivenciar novas abordagens 
metodológicas, comodismo, a condição de refratário do conhecimento que os 
docentes assumem no ensino, o medo da instabilidade frente a novos conteúdos 
e estratégias metodológicas, pois seria um risco assumir a dúvida frente ao 
aluno, quando no entendimento tradicional o professor tem de saber e o aluno 
apenas aprender. Assumir uma nova postura educacional, estar aberto a novos 
entendimentos e práticas pedagógicas, aceitar o aluno como participante e não 
como objeto a ser lapidado e, aceitar ser também um aprendiz dentro da sala de 
aula não é uma tarefa fácil de se conseguir. Uma mudança de entendimentos, 
conceitos e hábitos demandam tempo, muita dedicação e, acima de tudo, muita 
coragem. Acreditar nesse processo de transformação é acreditar que uma 
mudança só se dará de forma gradativa e a longo prazo. Esperar mudanças 
repentinas no processo educacional é ignorar o processo de amadurecimento 
que cada participante tem de elaborar individualmente e que deve começar no 
seu próprio interior, para daí poder enxergar-se e enxergar o processo social 
como um todo. 
 
 
 
 
 
6
 
6 
1. OS PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS- 
METODOLÓGICOS. 
 
Talvez seja este o momento mais difícil, uma vez queuma abordagem da 
educação física exige uma nova concepção de métodos. O problema é fugir de 
uma teorização abstrata, de um praticismo que termine nas velhas e conhecidas 
receitas. Este é o momento de apontar pistas para o “como fazer”. 
Hoje, a Educação Física conta com várias propostas metodológicas de 
destaque. Pode-se perceber que os conteúdos da cultura corporal a serem 
aprendidos na escola devem emergir na realidade dinâmica e concreta do aluno. 
Tendo em vista uma nova compreensão dessa realidade social, um novo 
entendimento que supere o senso comum, o professor orientará, através dos 
ciclos, uma nova leitura da realidade pelo aluno, com referências cada vez mais 
amplas. 
 Os métodos e técnicas de ensino devem propiciar oportunidade para que o 
educando perceba, compare, selecione, classifique, defina, critique, isto é, que 
elabore por si os frutos de sua aprendizagem. Os métodos e técnicas de ensino 
são os instrumentos com que efetivar o ensino, realizar a aprendizagem. São os 
instrumentos de ação da didática, a fim de levar o educando a alcançar objetivos 
do ensino. 
Ao longo do processo histórico a Educação Física, sofreu várias influências 
sejam elas da instituição médica, militar e também pedagógica que marcaram 
determinados períodos históricos. De acordo Ghiraldelli Junior (1994) a 
Educação Física vai possuir cinco períodos históricos a Educação Física 
Higienista, a Militarista, a Pedagogicista, a Competitivista e a Popular que iniciou 
na década de 80 e estamos presenciando nos dias atuais. 
 
 
 
7
 
7 
1.1. As Fases da Educação Física no Brasil 
 
Fase Higienista 
 
Intrínseca nos interesses políticos, esta tendência colabora com a higienização 
populacional. Conforme Dario (1999), tem em suas manifestações a obtenção 
de hábitos de higiene e saúde, valorizando o desenvolvimento do físico e da 
moral, a partir dos exercícios físicos. Tendo em seu discurso os trabalhadores, 
à aquisição de hábitos saudáveis e consequentemente um corpo saudável. 
Oliveira (2006), cita que esta tendência foi reconhecida nas escolas europeias, 
no fim do século XIX, essa implantação se deu devido à preocupação com a 
saúde e sua relação entre os benefícios dos exercícios físicos. 
 
Fase Militarista 
 
A fase denominada militarista muito se assemelha com a pedagogia tradicional, 
considera-se a ligação referente à rigidez. Soares (1992), ressalta que “o auge 
da militarização da escola corresponde à execução do projeto de sociedade 
idealizado pela ditadura do estado novo”. (SOARES et al, 1992, p.53). Identifica-
se um marco na história, momento onde a prática de exercícios físicos baseou -
se em instituições militares, assumindo valores próprios dessas instituições, que 
foram historicamente construídos, aplicando a prática de exercícios físicos a 
Educação Física, sem grandes reflexões, deixando marcas que até hoje podem 
ser reconhecidas na prática de muitos professores. Oliveira (2006), afirma que 
no militarismo ‘o professor’ deixa de atender às necessidades do homem total. 
A ginástica passa a ser vista como uma atividade punitiva, e uma boa aula é 
 
 
8
 
8 
aquela que esgota o estudante. Entretanto, os responsáveis pelos exercícios 
físicos não eram professores de Educação Física, mas qualquer um que já 
tivesse praticado exercícios físicos, figura: 1. Soares (1992), afirma que “neste 
período, a Educação Física escolar era entendida como atividade 
exclusivamente prática, fato este que contribuiu para não diferenciá-la da 
instrução física militar” (SOARES et al, 1992, p.53). 
 
 
Figura: 1 
 
Fase Pedagogicista 
 
A fase pedagogicista, tem como características o ensino público e a preocupação 
com um modelo educativo visto com excelência, onde o estudante é o centro das 
 
 
9
 
9 
atenções. Aguiar (2005), afirma que no Brasil ela surge por volta de 1950 -1960 
e tem como principal orientação a formação do professor. Nessa fase, a 
Educação Física é vista como algo útil socialmente, devendo ser respeitada 
acima das lutas políticas dos interesses diversos dos grupos e classes. 
 
Fase Tecnicista 
 
Nessa fase houve a valorização dos aspectos técnicos, relacionados ao 
momento histórico, que eram das linhas de produção industrial. Para tanto, 
utilizou-se dos talentos técnicos desportivos em favor de interesses políticos, 
entre eles o golpe militar. Segundo Bracht (1999), como os princípios eram os 
mesmos e o núcleo central era a intervenção no corpo (máquina), com vistas ao 
seu melhor funcionamento orgânico (para o desempenho atlético -esportivo ou 
desempenho produtivo). Nesse contexto a esportivização é utilizada como 
marketing, a fim de desvirtuar ações contrárias ao sistema educativo. Segundo 
Paixão (2008), outra, importante característica é o uso do esporte como 
ferramenta de promoção da ideologia do regime estatal. 
 
Fase Popular 
 
Esta fase está vinculada com a classe operária, desvinculada da prática da elite, 
passando a pregar uma prática de atividade física voltada para interesse dos 
trabalhadores com a cooperação e as práticas lúdicas. Ghiraldelli Jr. apud 
Paixão (2008), afirma que a Educação Física Popular e a atividade física 
praticada pelo povo, são diferentes, a primeira se caracteriza como uma 
concepção de Educação Física que surge da prática social dos trabalhadores e 
 
 
1
0 
10 
a segunda pela reivindicação de um profissional de Educação Física para as 
escolas. 
 
2. TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA 
ESCOLAR 
 
As tendências pedagógicas divididas em duas linhas que norteiam a prática 
educacional. São elas Tendência Liberal e Tendência Progressista. 
 
Tendência Liberal 
 
Tem como principal ideia que a escola tem por função preparar os indivíduos 
para o desempenho de papéis sociais, e cada indivíduo precisa aprender a se 
adaptar aos valores e normas vigentes na sociedade. Está dividida em: 
 ● Tradicional: o estudante é educado para atingir suas metas pelo seu próprio 
esforço, cada um tem que lutar pelo que quer; lutar para superar as dificuldades. 
Não há relação entre o estudante e professor, os conteúdos preparam os 
educandos para vida, mostrando a verdade social. O professor não interage 
com os estudantes, não há tempo para dinâmicas, para brincadeiras. Tudo o que 
importa é o aprender, o conhecimento absoluto. 
 ● Renovada: essa tendência, ainda vêm sendo aplicada nas escolas, por que 
se torna um pouco difícil dos professores de forma tão rápida mudar toda a sua 
metodologia. Procura fazer um ensino ativo onde, o estudante tenha 
experiências sobre as atividades. O educando tem aulas dinâmicas, onde o 
 
 
1
1 
11 
professor ensina-o a trabalhar em grupo, educa -o da forma que para ele possa 
ser mais fácil de aprender. A ideia é de fazer os discentes aprendem praticando. 
● Tecnicista: ligada à profissionalização técnica do indivíduo, o conteúdo da 
realidade não era o essencial, mas a preparação para o mercado de trabalho. A 
escola utilizava manuais, apostilas e livros com conteúdo técnico. Nessa 
tendência o professor é um transmissor de conteúdo. 
 
 2.1 Tendência Pedagógica Progressista 
 
Mostra as finalidades sociopolíticas da educação, sustentada a partir de uma 
análise crítica da realidade social. Está interligada ao meio social, não tem como 
institucionalizar-se ao capitalismo, no qual é um instrumento de busca constante 
dos professores e outras práticas sociais em busca de um bem maior, a 
educação. A tendência pedagógica progressista se manifesta em três: 
• Libertadora: sua marca vem de uma atuação ‘'não -formal'‘, onde professores 
e estudantes entram em uma midiatização pela realidade, extraem o conteúdo 
de aprendizagem,conscientizando -se dessa realidade, para nela atuarem, 
participando de uma transformação social. O modo de ensino é aplicado a partir 
de uma igualdade entre educador e educando, ou seja, o diálogo entre professor 
e estudante faz com que ambas possam adquirir conhecimento e obter novas 
experiências de aprendizagem, no qual é feita em torno da prática social. 
• Libertária: a tendência progressista libertária relaciona que os trabalhos em 
grupo façam com que os estudantes possam interagir uns com os outros, 
buscando o conhecimento que é gerado a partir de experiências vividas. 
Espera-se que a escola exerça uma transformação na personalidade do 
estudante. A escola transmite o conhecimento a ele, objetivando que o mesmo 
 
 
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possa levar tudo o que aprendeu para sociedade. Põem nas mãos dos 
educandos os conteúdos mais não são cobrados. 
• ''Crítico Social dos Conteúdos'': consiste na preparação do estudante para 
o mundo adulto e suas contradições. Os conteúdos não bastam que sejam 
apenas ensinados, têm que se ligar a sua significação humana e social, que os 
mesmos sejam o auxílio ao seu esforço de compreensão da realidade. 
Confronto de ideias, experiências vividas do estudante. 
 
3. ABORDAGENS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
 
 A Educação Física passou por transformações ao longo dos anos. A sua 
inclusão nas escolas brasileiras se deu através da Reforma Couto Ferraz, em 
1851, a qual aborda as condições para ensino da Educação Física. Em 1882, 
através de reforma realizada por Rui Barbosa, houve uma recomendação que a 
ginástica constitui se obrigatória para ambos os sexos, e oferecida para Escolas 
Normais. Somente a partir de 1920, os Estados Brasileiros incluíram a Educação 
Física na escola. 
 
Abordagem higienista 
 
 A abordagem higienista é baseada na fase higienista da Educação Física, 
tendo como principal característica a preocupação com a saúde de seus 
praticantes, pregando a prática de exercícios físicos associados aos bons 
hábitos de higiene e saúde. 
Soares (1992), afirma que a burguesia, estava interessada em um trabalhador 
com um físico bem cuidado. Para alcançar este objetivo, a abordagem tinha em 
 
 
1
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13 
seu discurso os cuidados com a higiene e com a saúde, orientando a tomar 
banho, escovar os dentes e lavar as mãos. Tal relação com a saúde, fez com 
que esta tendência se aproximasse da medicina. Oliveira (2006) questiona: 
Será o professor de Educação física uma espécie de médico, ou um auxiliar 
deste? 
 
Abordagem Militarista 
 
A abordagem militarista buscava tornar seus praticantes homens fortes que 
pudessem defender a pátria. Essa abordagem possui uma estreita relação com 
uma educação tradicional. Sua principal característica é a disciplina imposta pelo 
professor, além da situação de submissão dos estudantes, onde não existe 
espaço para a troca de conhecimentos, o estudante deve absorver o que o 
professor apresenta, sem questionar. Ele deve assumir uma posição de respeito 
às ordens de seus superiores, assim, como os militares respeitam a hierarquia 
do exército, os estudantes devem respeitar a hierarquia da escola. Onde o 
professor é seu superior. Soares (1992), complementa que “constrói -se nesse 
sentido, um projeto de homem disciplinado, obediente, submisso, profundo 
respeitador da hierarquia social”. (SOARES et al 1992, p.53). 
 
Abordagem Competitivista 
 
Esta abordagem possui elementos essenciais da fase tecnicista da Educação 
Física no Brasil. Privilegiando o esporte em detrimento dos demais conteúdos 
clássicos, destacando um quadro comum em Educação Física escolar, que são 
os jogos de competição que culminam numa pedagogia que se apresenta e tem 
 
 
1
4 
14 
como característica o modelo esportivista de educação. Entende-se que exaltar 
a competição esportiva é promover o esporte elitista, onde os mais habilidosos 
possuem papel de destaque e os demais permanecem à margem como ressalta 
Taffarel (1985) ao comentar sobre “os menos capazes seriam relegados a um 
segundo plano, como se não lhes fosse dado o direito de valerem-se dos 
benefícios da educação física”. (TAFFAREL,1985, p.12). Duas características 
são predominantes nesta abordagem, o caráter seletivo e fator de exclusão. 
 
Abordagem da Psicomotricidade 
 
 É caracterizada pelo surgimento da preocupação com o desenvolvimento da 
criança e com sua aprendizagem psicomotora. Aprendizagem não está 
reduzida a gestos técnicos, mas vista de forma ampla onde, devem ser 
consideradas as qualidades psicomotoras como a lateralidade, o equilíbrio, a 
coordenação espaço-temporal, o esquema corporal, entre outros. A Abordagem 
Psicomotricista segundo Freitas (2008), utiliza - se da atividade lúdica como 
impulsionadora dos processos de desenvolvimento e aprendizagem. Focaliza-
se na criança pré-escolar, destacando sua pré -história como fator de adoção 
de estratégias pedagógicas e de planejamento. Busca analisar e interpretar o 
jogo infantil e seus significados. Essa abordagem utiliza-se da atividade lúdica, 
a ação e movimento, como impulsionadora dos processos de desenvolvimento 
da aprendizagem. Trata das aprendizagens significativas, espontâneas e 
exploratórias da criança e de suas relações interpessoais. 
 
 
 
 
 
1
5 
15 
Abordagem Desenvolvimentista 
 
Tem como preocupação o desenvolvimento infantil marcado por fases, onde o 
professor deverá privilegiar as fases da criança em seu desenvolvimento motor, 
respeitando as transformações afetivas e sociais. Os conteúdos são as 
habilidades básicas e específicas, jogos, esportes e dança, centrada na 
adaptação aos valores presentes na sociedade. 
 
 Abordagem Construtivista -Interacionista 
 
Esta abordagem tem como principal característica a importância que se dá às 
interações da criança com o mundo. Através desse processo interativo a 
criança deverá desenvolver seu conhecimento, anteriormente adquirido, na 
resolução de problemas e na construção de um novo conhecimento. A 
abordagem construtivista-interacionista é reconhecida no Brasil através dos 
trabalhos de João Batista Freire, e baseada nas ideias de Jean Piaget (1999), 
que sobre o construtivismo acrescenta que o principal objetivo da educação é 
criar indivíduos capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que 
as outras gerações fizeram. Uma forte crítica a essa abordagem seria a falta de 
especificidade em relação aos conteúdos próprios da Educação Física, onde a 
professora Darido afirma: o que não fica esclarecido na discussão desta questão 
é qual conhecimento que se deseja construir através da prática em Educação 
Física Escolar. Se for o mesmo buscado pelas outras disciplinas, tornaria a área 
um instrumento de auxílio ou de apoio para aprendizagem de outros conteúdos. 
(DARIDO, 1999, p.7). Na metodologia adotada a construção do conhecimento 
surge a partir da interação do sujeito com o mundo, respeitar o universo cultural 
do estudante, explorando as diversas possibilidades educativas de atividades 
 
 
1
6 
16 
lúdicas espontâneas, propondo tarefas mais complexas e desafiadoras com 
vistas a construção do conhecimento, valorizando as experiências e os saberes. 
A proposta construtivista é trabalhar os métodos diretivos alicerçados na prática 
da Educação Física. O jogo na abordagem construtivista-interacionista é 
privilegiado como sendo ‘um instrumento pedagógico. Enquanto a criança 
brinca, ela aprende, e que esse momento ocorra em um ambiente lúdico e 
prazeroso. João Batista Freire (1992, p. 13), enfatiza que todas as situações de 
ensino sejam interessantes para a criança, e que “corpo e mente devem ser 
entendidos como componentesque integram um único organismo, ambos 
devem ter assento na escola, não (a mente) para aprender e o outro (o corpo) 
para transportar, mas ambos para se emancipar”. 
 
Abordagem dos Jogos Cooperativos 
 
 Sugere as práticas da Educação Física Escolar numa perspectiva de 
cooperação. Broto, apud Darido (1999), deixa claro que o espírito de competição 
dentro de uma sociedade é condicionado pela estrutura social, onde essa 
estrutura é que determinará se seus membros irão competir ou cooperar entre 
si. Esta proposta está comprometida com a transformação social. A proposta 
de jogos cooperativos rompe os paradigmas da competitividade, sugerindo 
atividades que contemple a participação de todos, marcada essencialmente pela 
sensação de vitória coletiva. 
 
Abordagem Cultural 
 
Nesta abordagem o estudante deve ser reconhecido como um ser social, que 
tem sua própria história, suas interações sociais concretizadas filogenética e 
 
 
1
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ontologicamente. Aguiar (2005), acrescenta que movimento humano é o 
elemento próprio da Educação Física, e reveste -se de uma dimensão humana 
que extrapola os limites biológicos. Darido (1999), afirma que se um homem 
fosse considerado igual ao outro, então a prática do professor deveria ser a 
mesma. Entretanto os homens diferem em sua cultura, e as práticas 
profissionais também devem se adequar a essas características. 
 
 Abordagem Humanista 
 
Apresenta-se como uma proposta onde a Educação Física propicia aos 
estudantes a reflexão de suas práticas sobre os valores humanitários. Santos 
(2003), ao tratar sobre a abordagem humanista afirma que seus objetivos 
educacionais obedecem ao desenvolvimento psicológico do educando. Possui 
influências da pedagogia renovada, cria um ambiente nas aulas, onde as 
atividades contêm elementos que extrapolam ao caráter fisiológico, importante 
para mesma a reflexão sobre os valores humanitários como a não violência, a 
solidariedade, o amor ao próximo, características essas recorrentes na 
pedagogia renovada. “A avaliação valoriza aspectos afetivos (atitudes) com 
ênfase no auto avaliação” (SANTOS, 2003, p.82). Sendo que a mesma é 
caracterizada como um dos momentos relevantes para a aplicação desta 
abordagem, pela sua não-diretividade. 
 
Abordagem da Concepção de Aulas Abertas 
 
 O Modelo de aula aberta está fundamentada nos movimentos das crianças, na 
história de vida e na construção da biografia esportiva dos estudantes de 
Educação Física. Essa abordagem parte do próprio estudante, é a partir dele 
 
 
1
8 
18 
que surgem as intenções pedagógicas, onde o planejamento do professor dá 
lugar a uma orientação dos desejos e interesses dos estudantes, como forma de 
ampliar sua inserção nas aulas, na sociedade e, sendo assim, no mundo. 
Azevedo e Shigunov (2000), consideram que essa nova visão possibilita ao 
profissional de Educação Física ter sua preparação alterada na qual lhe 
permitiria criar outros sentidos de aulas para as crianças no que se refere ao 
jogo, movimento, esporte e prática docente. O ponto forte dessa concepção de 
aula está na compreensão dos professores e estudantes sobre o sentido que 
ela tem e, ao mesmo tempo, sobre os objetivos, conteúdos e métodos. 
Hildebrandt & Laging (1986), afirmam que: as concepções de ensino são abertas 
quando os estudantes participam das decisões em relação aos objetivos, 
conteúdos e âmbitos de transmissão ou dentro desse complexo de decisão. 
 
Abordagem Saúde Renovada 
 
 A Principal característica é promover a saúde através das aulas de Educação 
Física, trabalha de tal forma que os estudantes busquem adquirir um estilo de 
vida ativo, inclusive após sua vida escolar. Eles devem construir consciência da 
importância da prática de exercícios físicos. Xavier (2005), acrescenta que esta 
abordagem se preocupa em criar hábitos que promovam a saúde, de uma forma 
que esse aprendizado seja usado também na idade adulta. 
A abordagem em aptidão física, visava a capacidade de realizar as atividades 
cotidianas com tranquilidade e menor esforço. Por muito tempo essa abordagem 
foi trabalhada nas escolas, associada à ideia de saúde. Existem duas 
abordagens, uma é a aptidão física relacionada à saúde e a outra é a 
relacionada à performance esportiva. Guedes & Guedes (1993), deixa claro o 
caráter biologista desta abordagem quando cita que aptidão física relacionada à 
 
 
1
9 
19 
saúde abriga aqueles aspectos da função fisiológica, que oferecem alguma 
proteção aos distúrbios orgânicos provocados por um estilo de vida sedentário. 
 
Abordagem Crítico-Superadora 
 
 Cultura Corporal: a abordagem Crítico Superadora entende a Educação 
Física como uma disciplina que trata de um tipo de conhecimento 
chamado de Cultura Corporal, que tem como temas os jogos, os esportes, 
a ginástica, as lutas, as danças entre outros. 
 Expressão Corporal: na abordagem Crítico Superadora a Expressão 
Corporal é uma linguagem e objeto de estudos da Cultura Corporal. 
 Abordagem Diagnóstica: a abordagem Crítico Superadora é diagnóstica 
pois ela se propõe a ler os dados da realidade, interpretá-los e emitir um 
juízo de valor sobre eles, que depende da perspectiva de quem julga. 
 Abordagem Judicativa: a abordagem Crítico Superadora é judicativa pois 
julga os elementos da sociedade a partir dos interesses de uma 
determinada classe social. 
 Abordagem Teleológica: a abordagem Crítico Superadora é teleológica 
pois busca encaminhar uma direção, uma solução para os problemas 
sociais da classe social que a reflete. 
 
O objetivo da abordagem Crítico Superadora na Educação Física escolar é 
permitir que os alunos assimilem de forma crítica sua Cultura Corporal, a partir 
de um resgate do histórico do tema, contextualizando e contestando sua 
realidade, relacionando-os com temas atuais, contestando também o senso 
comum, com o objetivo final de superar uma realidade que é desfavorável 
 
 
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20 
socialmente para aquela classe social. A concepção Crítico Superadora na 
Educação Física escolar também deve ter um papel político-pedagógico, pois 
devem encaminhar propostas para reflexão, intervenção e superação da 
realidade social das pessoas 
 
Abordagem Crítico-Emancipatória 
 
 Kunz (apud Azevedo 2009) afirma que a abordagem crítico -emancipatória, 
caracteriza-se por preocupar em formar um jovem com consciência cidadã e 
emancipadora, a educação deve ir além do ensino de determinadas técnicas. 
Darido (1999), afirma, que do ponto de vista das orientações didáticas, o papel 
do professor na concepção crítico -emancipatória confronta, num primeiro 
momento, o estudante com a realidade do ensino, o que o autor denominou de 
transcendência de limites. 
É uma proposta para a Educação Física escolar centrada no ensino dos 
esportes, visando fornecer aos professores, que atuam nessa área, elementos 
para que eles possam superar os modelos atuais de ensino dos esportes na 
escola. (Xavier, 2005). 
Concretamente a forma de ensinar pela transparência de limites pressupõe três 
fases. Na primeira os estudantes descobrem, pela própria experiência 
manipulativa, as formas e meios para uma participação bem -sucedida em 
atividades de movimentos e jogos. 
Na segunda, os estudantes devem manifestar, pela linguagem ou representação 
cênica, e terceira, e último, depois que experimentaram e a prenderam em uma 
forma de exposição prática, os estudantes devem aprender a perguntar e 
questionar sobre sua aprendizagem e descobertas, com a finalidade de 
entender o significado cultural da aprendizagem. 
 
 
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1 
21 
 
 Análise das abordagens 
 
 Existe uma inquietação que muitos profissionais de Educação Física, têm em 
trabalhar compopulações especiais, a preocupação que muitos professores, 
possuem em trabalhar nas suas aulas. Estamos vivendo a decadência, pois não 
estamos acompanhando o progresso que tem invadido em todas as áreas do 
conhecimento. 
A tendência dos autores é muito similar. A crítica parte, por exemplo, das práticas 
castradoras e alienantes onde o professor é o centro de tudo e apontam como 
solução, práticas mais livres em que o centro é o aluno e o professor um 
orientador ou facilitador da aprendizagem. (Abadio, 2010) 
As metodologias de ensino analisadas apontam caminhos para o trabalho da 
Educação Física na escola, buscando a superação de modelos de ensino que 
existiam na história desta área, que objetivavam corpos perfeitos, adestramento 
físico, seleção de aptos e inaptos da prática esportiva. 
Apesar de que nenhuma delas trata direcionada mente relativo ao princípio da 
inclusão, mais todas surgem como propostas de ensino que podem ser 
aplicadas, no contexto escolar objetivando este trabalho com os educandos 
especiais. 
Dessa forma, é evidente que ao longo da história, buscou uma superação na 
área de Educação Física, procurando uma forma desta disciplina ser ensinado 
na escola. 
Alguns autores buscaram superar questões referentes ao rendimento esportivo, 
inserido o princípio da inclusão foi o caso de Kunz (1994), porém precisamos 
aprofundar a nossa literatura, não só na área de Educação Física, como também 
na Educação, para que venhamos atender a todos, pois sabemos que o 
 
 
2
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22 
processo de inclusão, vai além de apenas uma proposta, mais uma 
implementação que ocorra uma transformação em toda a escola e por isso que 
requer tempo e vontade para conseguimos as mudanças. 
 
4. A INCLUSÃO DA PESSOA DEFICIENTE NAS 
AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
Segundo a resolução 2/ 2001 do CNE/CEB, toda pessoa com deficiência tem 
direito à inclusão escolar e, consequentemente, à inclusão nas aulas de 
educação física. Porém, a mesma resolução 2/2001, enfatiza que nos casos em 
que o aluno necessitar de adaptações tão significativas que a escola comum não 
consiga atendê-las, ela deve ser atendida, em caráter transitório, no ensino 
especial (BRASIL, 2001). 
Em função disso, precisamos ter claro que me alguns casos, a pessoa deficiente 
não apresenta condições momentâneas de ser incluídas nas aulas de educação 
Física no ensino Regular e que isso não significa exclusão. 
O atendimento educacional especializado no ensino especial, ao contrário dos 
que muitos que defendem sua extinção prega, visa à preparação do aluno que 
momentaneamente não consegue se inseri em programa inclusivo, para que o 
mesmo, ao se desenvolver a partir dos atendimentos propostos, consiga 
compreender suas condições e suas relações com o meio em que vive e assim 
seja incluído em momento propício na escola e na sociedade. 
 
 
2
3 
23 
 
Figura:2 
 
4.1. O que é deficiência? 
 
Há muitos referenciais que tratam desse assunto e, dentre eles, escolhemos, 
a princípio, a definição proposta pela convenção da Guatemala 
 (BRASIL, 1999) que descreve o termo deficiência como sendo: 
 
Uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou 
transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades 
essenciais da vida diária causada ou agravada pelo ambiente econômico 
e social. 
 
 
As primeiras manifestações sobre o atendimento a pessoas deficientes surgiram 
no Brasil, inspiradas em experiências na Europa e Estados Unidos, O século XIX 
foi caracterizado por algumas iniciativas oficiais e isoladas, A partir do século XX 
a "educação de deficientes" passou a fazer parte da política Brasileira, na qual 
podemos destacar três períodos o 1º de 1854 a 1956, caracterizado por 
iniciativas oficiais e particulares isoladas, voltados a alguns indicadores de 
interesse da sociedade, buscando atender a um benefício em particular, o 2º de 
1957 a 1993, marcada por iniciativas oficiais de abrangência nacional, onde o 
 
 
2
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24 
atendimento aos portadores de deficiência e assumido a nível nacional, pelo 
governo federal, com a divulgação de algumas campanhas, visando o 
assistencialismo e o 3º de 1994 em diante, tendo em foco movimentos a favor 
da inclusão de portadores de necessidades educativas especiais na rede regular 
de ensino. 
 
Quando se trata de Educação Especial ou Educação Física Adaptada, surgem 
logo termos que se tem muito debatido e discutido nos últimos anos que são a 
integração e a inclusão. De acordo Bertoni (2011) a integração surgiu em 1970 
como um movimento que visava acabar com a segregação, favorecendo a 
interação entre alunos com deficiência e alunos considerados “normais”. Esse 
movimento, que teve início nos países escandinavos, se solidificou nos Estados 
Unidos e se expandiu, posteriormente, por toda a Europa. O princípio da 
inclusão, teve início nos Estados Unidos, nos anos 70, mais especificamente em 
1975, e demarcou a chamada escola inclusiva, com a Lei Pública 94.142 
(Bertoni, 2011). É bom sabermos diferenciá-los para analisarmos as propostas 
de ensino da área de Educação Física. 
 
 É necessário, entendermos estes termos para verificarmos se durante a nossa 
ação docente, estamos integrando ou incluindo os nossos estudantes. Sonia 
Bertoni (2011) aponta que da integração apresenta como pressuposto 
ideológico, que todos somos iguais e por isso podemos estar juntos. 
 
Na inclusão, o princípio básico é que todos somos diferentes e devemos conviver 
com as diferenças. Diante disto, iremos observar as propostas denominadas 
críticas da Educação Física e o princípio da inclusão nestas propostas 
entendendo que: “A proposta da inclusão não se restringe a pessoas com 
 
 
2
5 
25 
deficiência. A perspectiva é que todas as pessoas tenham garantidos os direitos 
de acesso à permanência na educação escolar. ” (Bertoni, 2011, p. 39) 
 
 
Figura:3 
 
4.2. O que é Educação Especial? 
 
A resolução N°.2 de 11 de Fevereiro de 2001 do Conselho Nacional de Educação 
/ Câmara de Educação Básica, que institui diretrizes nacionais para a Educação 
Especial na Educação Básica, define no seu artigo 3°: 
Por educação Especial, modalidade da educação escolar, entende-se um 
processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure 
recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para 
apoiar, complementar, suplementar e em, alguns casos, substituir os serviços 
educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o 
desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam 
necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da 
educação básica (BRASIL, 2001). 
 
 
2
6 
26 
 
 
Figura: 4 
 
Isso significa que o ensino Especial é uma modalidade de ensino que conta com 
professores especializados no atendimento educacional de pessoas com 
deficiência e que devem dar apoio e suporte àqueles alunos incluídos no Ensino 
Regular, além de atender educacionalmente, nos casos em que o aluno não tem 
condições de ser incluído, por meio de currículo adaptado e/ou funcional, com 
adaptações pertinentes e compatíveis com as condições de cada um. 
 
4.3. Legislação Brasileira 
 
No Brasil, do ponto de vista legal, e seguindo os princípios determinados pelos 
documentos orientados de âmbito internacional, a educação especial 
 
 
2
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27 
fundamenta-se na constituição da República Federativa do Brasil, especialmente 
em seu artigo 208 que determina: 
 
Art. 208 – O dever do Estado com a Educação será efetivo mediante a garantia 
de I- (...) 
II - (...) 
III – Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiências, 
preferencialmente na rede regular de ensino(BRASIL, 1988). 
No mesmo sentido, o Art. 227 determina: 
§ 1° - Criação de programas de prevenção e atendimento especializado 
para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem como 
de integração social do adolescente portador de deficiência, mediante o 
treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso 
aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e 
obstáculos arquitetônicos (BRASIL, 1988). 
 
O Estatuto da Criança e do adolescente ( 1990) 
 
O estatuto da criança e do Adolescente ( Lei 8. 069), que garante os direitos das 
crianças e dos adolescentes, determina no seu artigo 2° § 1°: 
► A criança e o adolescente portadores de deficiências receberão atendimento 
especializado (BRASIL, 2005). 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN – ( 1996) 
A LEI 9.394 DE 1996, das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no seu 
capitulo V ( Da Educação Especial) programa: 
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta lei, a 
modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede 
regular de ensino, para educandos portadores de necessidades 
especiais. 
 
 
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28 
§ 1°. Haverá,quanto necessário, serviços de apoio especializado, na 
escola regular, para atender às peculiaridadesda clientela de educação 
especial. 
§ 2°. O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou 
serviços especializados, sempre que, em função das condições 
específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes 
comuns de ensino regular. 
§ 3°. A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem 
início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil 
(BRASIL, 1999). 
 
Política Nacional para a Integração das Pessoas Portadoras de Deficiência 
(1999). 
A Política Nacional para a Integração das Pessoas Portadoras de Deficiência 
(Decreto 3.298/99) determina: 
 
►Desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de modo a 
assegurar a plena integração da pessoa portadora de deficiência no contexto 
socioeconômico e cultural (BRASIL, 1999). 
Plano Nacional de Educação (2001) 
Segundo Carvalho, Braga e Dusi (2006), a Lei 10.172/01 que aprovou o Plano 
Nacional de Educação, estabeleceu vinte e sete objetivos e metas para a 
educação das pessoas com necessidades educacionais especiais. As autoras 
sintetizam esses pontos da seguinte forma: 
 
►O desenvolvimento de programas educacionais em todos os municípios – 
inclusive em parceria com as áreas de saúde e assistência social – visando à 
ampliação da oferta de atendimento desde a educação infantil até a qualificação 
profissional dos alunos; 
 
 
 
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29 
►O atendimento extraordinário em classes e escolas especiais, o atendimento 
preferencial na rede regular de ensino, a educação continuada dos professores 
que estão em exercício e a formação em instituições de ensino superior. 
 
4.4. Modalidades de Atendimento Educacional 
 
O atendimento educacional especializado fundamenta-se, hoje, no modelo 
pedagógico, em substituição aos modelos clínicos que até pouco tempo eram 
utilizados. Isso significa que hoje se enfatiza a investigação das possibilidades 
do aluno, visando o desenvolvimento máximo de suas potencialidades. 
 
Para tanto, são oferecidas alternativas de atendimento educacional, de acordo 
com as especificações do aluno, conforme se segue: 
 
►Modalidades que favoreçam a integração 
 
 Classe comum com serviços de apoio especializado. Nesse caso, o aluno 
é atendido em escolas inclusivas, junto com os alunos que não tem 
necessidades educacionais especiais. 
 
 
 
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Figura: 5 
 
 Classe de integração inversa que, segundo Carvalho, Braga e Dusi (2006) 
refere-se a uma classe diferenciada com redução do número de alunos 
superior à redução de alunos da classe comum e se apresenta como uma 
alternativa de funcionamento à classe comum estando preconizada no 
artigo 2° do decreto 22.912/02. 
 
 Sala de recursos nas escolas comuns, que oferecem atendimento 
educacional especializado a alunos com necessidades educacionais 
especiais incluídos no ensino regular. 
 
 Classe especial nas escolas. Essa modalidade é garantida pelo Art. 9°. 
Da Resolução 2/2001 do Conselho Nacional de Educação / Câmara de 
Educação Básica. É importante esclarecer que a classe especial, ao 
contrário do que muitos pensam, contribui para o processo de inclusão do 
aluno com deficiência, na medida em que favorece, apesar do quadro de 
deficiência do aluno não permitir que o mesmo seja inserido numa classe 
comum, que o mesmo tenha oportunidades para vivenciar experiências 
durante o recreio, a entrada e a saída da escola, as festas e os passeios 
 
 
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31 
ou momentos de lazer oferecidos pela mesma, junto com os demais 
alunos. 
 
 Ensino Itinerante realizado por professores especializados em educação 
especial que fazem visitas periódicas às escolas inclusivas e que apoiam 
os professores de classes comuns que têm alunos com deficiência 
incluídos em suas turmas. 
 
►Modalidades mais segregativas: 
 
 Escola Especial que é uma modalidade de educação para pessoas com 
deficiência garantida pela Resolução 2/2001 do Conselho Nacional de 
Educação que, no seu artigo 10 determina que: 
 
Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais e 
requeiram atenção individualizada nas atividades da vida autônoma e 
social, recursos, ajudas e apoios intensos e contínuos, bem como prover, 
podem ser atendidos, em caráter extraordinário, em escolas especiais 
(BRASIL, 2001). 
 
 Oficina Pedagógica, que é oferecida àqueles alunos que não estão mais 
em idade escolar e que não tem condições de se incluírem em escolas 
comuns e precisam de atendimento pedagógico em escolas especiais. 
 
 Classe Hospitalar e/ou Atendimento Domiciliar, que são garantidos pelo 
Art. 10 da Resolução 2/2001 do Conselho Nacional de Educação / 
Câmara de Educação Básica, para aqueles alunos impossibilitados de 
frequentar as aulas em razão de tratamento de saúde que implique 
internação hospitalar, atendimento ambulatorial ou permanência 
prolongada em domicílio. 
 
 
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32 
A escolha da melhor alternativa de atendimento deve levar em conta: 
 
► o grau de deficiência e as potencialidades de cada aluno; 
►a idade do aluno; 
►o histórico de seu desenvolvimento escolar; 
►a disponibilidade de recursos humanos e materiais, existentes na 
comunidade; 
►as condições socioeconômicas e culturais da região. 
O atendimento educacional especializado para pessoas com necessidades 
educacionais especiais é similar ao de qualquer outra pessoa. 
 
Figura: 6 
 
 5. EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA E SEUS 
OBJETIVOS 
 
A educação física tem se mostrado um dos componentes curriculares da escola 
mais importantes no processo de desenvolvimento da pessoa deficiente e de sua 
inclusão educacional e na sociedade de forma geral. 
 
 
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3 
33 
 
Isso se deve ao fato da mesma, além de propiciar condições para que o aluno 
desenvolva suas potencialidades a partir da melhoria de suas condições 
cardiorrespiratória e funcional, tem grandes possibilidades de propiciar 
momentos onde o aluno experimente suas potencialidades, vencendo limites, se 
inter-relacionando com os demais alunos, melhorando assim, sua autoestima. 
 
Cabe ressaltar que o campo da Educação Física que atende as pessoas com 
deficiência, que já foi chamado Educação Física Especial, é conhecido hoje 
como EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA que pode ser entendida como: 
 
Um programa diversificado de atividades desenvolvimentistas, jogos e 
ritmos adequados a interesses, capacidades e limitações de estudantes 
com deficiências que não podem se engajar com participaçãoirrestrita, 
segura e bem-sucedida em atividades vigorosas de um programa de 
educação física geral (PEDRINELLI, 1994) 
 
Segundo a autora, podemos dizer que essa expressão, EFA, surgiu na década 
de 1950 e foi definida pela American Association for Helth, Physical Education, 
Recriation and Dance (AAHPERD). Já rosadas (1994) define a Educação Física 
Adaptada como sendo: 
 
(...) uma área do conhecimento em Educação Física e Esportes que tem 
por objetivo privilegiar uma população caracterizada como portadora de 
deficiência ou de necessidades especiais, e desenvolve-se através de 
Atividades Psicomotoras, Esporte Pedagógico, Recreação e Lazer 
Especial, e Técnicas de Orientação e Locomoção. 
 
Essa Educação Física Adaptada tem ainda como objetivo o desenvolvimento 
físico e aquisição de destrezas manipulativas, sensório-motoras, de agilidade e 
força corporal, e da educação desportiva. 
 
 
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34 
Com relação ao esporte para pessoas com deficiência, em 1960, a partir da 
fusão de duas vertentes da Educação Física para o atendimento a pessoas com 
necessidades especiais, a médico-higienista e a mais voltada para o esporte, a 
história muda, sendo realizadas as Olimpíadas dos portadores de Deficiência 
nas mesmas instalações onde foram realizadas as Olimpíadas de Roma. 
A partir de 1964, nas Olimpíadas de Tóquio, esses jogos passaram a ser 
chamados de Jogos Paraolímpicos, considerando que os mesmos eram 
direcionados a pessoas com paraplegia. 
 
 
Figura: 7 
 
Nesses jogos, que hoje fazem parte do calendário olímpico, sendo requisito 
obrigatório no caderno de encargos para países que pleiteiem sediar os Jogos 
Olímpicos, e que, além dos paraplégicos, contam com participação de 
deficientes visuais, pessoas com lesão cerebral, amputados e pessoas com má 
 
 
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35 
formação congênita, temos as seguintes modalidades esportivas com as 
adaptações necessárias para proporcionar a prática pelos atletas deficientes: 
atletismo, basquete em cadeira de rodas, judô para cegos, natação, vôlei 
sentado, tênis, tênis de mesa, futebol de sete, futebol de cegos, esgrima, 
ciclismo, halterofilismo, arco e flecha, hipismo e tiro olímpico. 
 
Figura: 8 
 
 
Figura: 9 
 
 
3
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36 
 
5.1. A pessoa com deficiência, seu corpo e a educação 
Física 
 
A Educação Física, ao longo de sua história, recebeu influencias do Higienismo, 
do Militarismo, do Competitivismo e do Pedagogismo que sempre enfatizam o 
culto ao corpo perfeito, forte, belo, lutador, trabalhador, competidor e vencedor. 
Passou-se por políticas públicas como a enfatiza pela Portaria Ministerial n° 13, 
de 01/02/1938, combinada com o Decreto n° 21.241/38, Artigo 27, que determina 
a “proibição da matricula em estabelecimento de ensino secundário de aluno 
cujo estado patológico o impedia, permanentemente, das aulas de Educação 
Física” (CANTARINO FILHO, 1982), que tirava da escola pessoas que não 
pudessem praticar esta atividade. 
E mesmo com as novas perspectivas que começaram a se efetivar a partir da 
década de 1980, a Educação Física escolar ainda não se estruturou a ponto de 
atender as pessoas que apresentam um corpo fora dos parâmetros sempre 
determinados pela própria Educação Física. 
Por causa dessas considerações é importante perguntar: 
(...) se em função das heranças das concepções históricas (higienista, 
pedagogicista, militarista e competitivista) e das dúvidas que cercam as novas 
concepções da educação Física escolar, ainda não conseguimos incluir aqueles 
alunos que não se encaixam nos modelos pré- estabelecidos como os “ 
gordinhos” os “ baixinhos”, os “ magricelos”, os “ inábeis”, os “desajeitados”, entre 
outros, como podemos agora, incluir pessoas que tem deficiências e que não 
apresentam as possibilidades e as habilidades exigidas nas aulas tradicionais de 
Educação física? (BOATO, 2010) 
 
 
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Segundo o autor, cabe a questão: como incluir, num meio que sempre excluiu, 
classificou, separou, cobrou performances extraordinárias, deixando de lado os 
“ incapazes”, pessoas que têm deficiência e que historicamente sempre foram 
excluídas da participação social, se os conteúdos da educação Física Escolar, 
mesmo diante de toda a evolução dos seus conceitos, não conseguem ainda 
atender às pessoas que não apresentam competências e habilidades para 
acompanhar suas propostas, caso das pessoas deficiência que vêm, 
gradativamente, sendo incluídas nas turmas regulares da Educação Infantil e 
Ensino fundamental? 
Para resolver essa questão é muito importante discutir o papel da Educação 
Física na escola e redimensionar sua função no desenvolvimento dos alunos, de 
forma a respeitar suas condições, sem desejar o enquadramento em padrões 
preestabelecidos de corpo, o que, consequentemente, descaracteriza aqueles 
que não conseguem se encaixar. 
 
Figura: 10 
Também é importante descaracterizar os atletas que têm deficiência como sendo 
heróis. A participação em programas esportivos é importante meio para a 
recuperação da autoestima de pessoas deficientes, além de construir com a 
melhora de suas condições cardiorrespiratórias e funcionais, porém, a visão de 
heroísmo imposta pela mídia e pelo senso comum, pode afastar outros 
praticantes que não se veem capazes de atingir performances extraordinárias. 
 
 
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Dessa forma a pessoa com deficiência que pratica esporte precisa ser vista como 
uma pessoa comum que se beneficia das propostas da Educação Física para o 
atendimento educacional especializado para pessoas com necessidades 
educacionais especiais, descaracterizando olhares que não contribuem para sua 
inclusão social. 
 
 5.2. As pessoas com deficiência e a aprendizagem 
 
Quando referimos à pessoa com deficiência, ainda existem muitos mitos, 
principalmente no que se refere à deficiência intelectual, quanto à aprendizagem. 
Em função disso, é preciso ficar claro que as pessoas com deficiência, inclusive 
com deficiência intelectual e com transtornos globais do desenvolvimento, 
aprendem como qualquer outra pessoa, porém, em função dessa mesma 
deficiência, pode haver um atraso. Mesmo as pessoas com deficiência 
intelectual pensam lógica, precisando, em alguns casos, de situações concretas 
para aprender. 
 
Figura: 11 
 
 
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9 
39 
Com relação à Educação Física, mesmo naqueles casos em que o aluno, em 
função de sua deficiência, não consiga se desenvolver a ponto de praticar 
esportes e/ ou participar de competições, ele deve usufruir o direito de se 
beneficiar de todas as possibilidades oferecidas pela Educação física. 
Independente da deficiência, ou da intensidade com que a mesma afetou uma 
pessoa, a Educação Física deve ser adequar para que todos a acessem, seja 
nos programas esportivos, recreativos, escolares ou de melhoria da qualidade 
de vida, lembrando que, em todos esses programas, além da melhoria da 
condição cardiorrespiratória e funcional, o aluno tem a se beneficiar com relação 
à melhoria de sua autoestima, de suas condições afetivas, de suas relações 
interpessoais e das possibilidades de vivências e convivências que melhoram as 
chances de inclusão sócio cultural e escolar. 
ATENÇÃO 
É IMPORTANTE FRISAR QUE, INDEPENDENTE DO TIPO DE 
ATENDIMENTO QUE O ALUNO ESTEJA RECEBENDO, DEVE-SE SEMPRE 
VISAR O DESENVOLVIMENTO MÁXIMO DE SUAS POTENCIALIDADES, 
RESPEITADAS DUAS LIMITAÇÕES, PROCURANDO SUA PLENA 
INCLUSÃO NA SOCIEDADE. 
Figura: 12 
 
 
4
0 
40 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
AMERICA ASSOCIATION ON MENTAL RETARDATION. Classification, and 
systems off supports. Washington, DC: AAIDD,2002. 
 
ABADIO Apolônio do Carmo (2010) “Atividades Físicas Inclusiva" do livro 
"Atividade Física, Deficiência e Inclusão Escolar"- Vol. 3. Eliana Lucia Ferreira 
Organizadora, Niterói: Intertexto. 
 
BERTONI, Sonia (2010) Integração e inclusão: similitudes e diferenças. Texto 
curso em Atividades Físicas para pessoas Especiais; Universidade Federal de 
Juiz de Fora; Ministério da Educação, 2010. 
 
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MEC, ACS,2005. 
 
-----------. Educação Infantil – Saberes e práticas da inclusão – dificuldades de 
comunicação e sinalização – Deficiência Física: SEESP/MEC,2003. 
 
-------------. Decreto n° 3.956 de 08 de outubro de 2001 que promulga a 
convenção Interamericana para eliminação de todas as formas de Discriminação 
contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. Brasília: Presidência da República, 
2001. 
 
 
4
1 
41 
 
--------------. Resolução CNE/CEB n° 2, de 11 de Fevereiro de 2001. Brasília: 
conselho Nacional de educação, 2001. 
 
--------------. A Educação Especial no contexto da Lei de diretrizes e Bases da 
Educação. Brasília: Câmara dos Deputados, 1999. 
 
--------------. Decreto n° 3.298 de 20 de dezembro de 1999. Brasília: Presidência 
da República, 1999. 
 
---------------. Subsídios para Organização e Funcionamento de Serviços de 
educação Especial – Área da Deficiência auditiva. Brasília: 
MEC/SEESP,1995(a). 
 
----------------. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades 
educativas especiais. Brasília: CORDE, 1994. 
 
----------------. Declaração de Jontiem. Brasília, INEP/MEC, 1990. 
 
----------------. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Câmara 
dos Deputados, 1998. 
 
 
 
 
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CAPARRÓZ, Francisco Eduardo (2007) Entre a educação física na escola e a 
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COLETIVO DE AUTORES (1992) Metodologia do ensino da educação 
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DARIDO, Suraya Cristina. (2003) Educação Física na Escola Questões e 
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GHIRALDELLI JR, Paulo (1994). Educação Física Progressista: A Pedagogia 
Crítico-Social dos Conteúdos e a Educação Física Brasileira. 5a ed. São Paulo: 
Ed. Loyola. 
 
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