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Nome: Thiago Sardinha da Cunha Matrícula: 2020114572 Data: 08/06/2020 Curso: Eng. Elétrica CRIATIVIDADE, IDEAÇÃO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS VAMOS PRATICAR No mundo globalizado no qual estamos inseridos, pode-se afirmar que é essencial a presença de talentos que possuam a capacidade de resolver problemas. Esses profissionais que conseguem desenvolver soluções inovadoras têm sido procurados pelas empresas como o “pote de ouro no fim do arco-íris”, dada a relevância que a questão possui. O grande desafio para solucionar esse dilema é que essa competência é rara e difícil de encontrar nos profissionais tatualmente. Diante do proposto, as metodologias Creative Problem-Solving (CPS) e Teoria da Solução Inventiva de Problemas (TRIZ) surgem como propostas para disseminar a cultura da resolução de problemas por meio de métodos bem instituídos e com resultados e aplicações eficazes. Disserte sobre a importância do profissional capaz de resolver problemas nas empresas, inspirado pelas metodologias propostas, e explique cada um dos métodos. Indique quais são as premissas básicas nas quais os métodos são desenvolvidos e os passos tomados em busca de soluções criativas para os problemas do mundo moderno. RESOLUÇÃO Atualmente, no mercado globalizado, temos que enfrentar cada vez mais desafios, e em uma constância maior, as situações que nos deparamos acontecem muito rápido e cabe a nós estarmos preparados para lidar com os problemas de forma criativa. Temos que nos atualizar constantemente e nos desenvolver profissionalmente cada vez mais, pois à medida que o tempo passa, nossos conhecimentos se tornam ultrapassados, precisamos estar sempre dispostos a aprender algo novo. Os problemas que surgem no dia a dia normalmente não podem ser evitados, pois são ocasionados na maioria das vezes por agentes externos, temos que evitar ao máximo que eles surjam, mas caso realmente não possa ser evitado precisamos resolvê-los da melhor forma possível. Pensando nisso foram desenvolvidas duas metodologias para nos auxiliar na resolução de problemas, são elas: método CPS (Creative Problem Solving ou Osborn-Parnes) e a metodologia TRIZ (teoria de resolução inventiva de problemas). Método CPS (Creative Problem Solving) O CPS é um método que se utiliza no desenvolvimento de fórmulas para resolução de problemas de forma criativa. Ao contrário do que muitos pensam, a criatividade não é uma habilidade espontânea e sim algo que pode ser trabalhado e aperfeiçoado, existem formas de levar a nossa mente a pensar de maneira criativa, é claro que para algumas pessoas isso já acontece de forma natural, mas isso não impede de desenvolvermos essa habilidade, e é exatamente nisso que consiste as duas hipóteses básicas do CPS, elas ditam que todos nós somos criativos e que a habilidade de solucionar problemas de forma criativa pode ser aprendida e aprimorada. Os princípios fundamentais para a construção da metodologia são: · Encontrar equilíbrio entre os pensamentos divergentes e convergentes de modo que saibamos diferenciar os momentos de expansão e de refinamentos de ideias. · Apresentar os problemas como perguntas a serem respondidas da forma mais aberta possível, com múltiplas respostas corretas, possibilitando o surgimento de diversos insights durante esse processo. · Despir-se de julgamentos, desse modo podem surgir ideais que não surgiriam por medo de rejeição. · Construir o pensamento com foco o “sim e” e não em “não mas” pois o foco no sim expande as ideias e no não reprime-as. Para executar o CPS o processo é simples e é divido em seis etapas: Confusão (Mess-finding – MF) – é nessa fase que buscamos nas informações disponíveis o objetivo real do que iremos solucionar, esse é o ponto inicial para se aplicar o cps, a definição do foco. Para desenvolver essa fase utilizamos de pensamentos divergentes, onde serão feitas perguntas incitativas como “qual objetivo que você deseja alcançar?” ou “O que você tem em mente? Por quê?”, dentre outras perguntas que podem nos incitar a diferentes maneiras de enxergar o problema. Para elaborar tais pensamentos utilizamos das seguintes ferramentas: brainstorming e brainwriting. Para fomentar os pensamentos convergentes são utilizados os três “Is” que são: É importante? Você tem influência? Você precisa de novas ideias? As ferramentas que podemos utilizar para promover essa etapa são: votação por pontos, highlighting, aplicando todas essas etapas será possível definir o objetivo, desafio ou desejo para que seja aplicado o processo para alcançar determinada resolução. Apuração dos fatos (Fact-finding - FF) – nessa etapa iremos recolher todos os fatos, informações e dados que pudermos coletar, é nessa fase que geramos os insights para abordar a maior quantidade possível de variáveis a respeito da resolução. As ferramentas usadas na convergência dos pensamentos, são as mesmas da etapa anterior, porém há o acréscimo da 5W2H. Entretanto, para convergir os pensamentos as ferramentas permanecem as mesmas da fase anterior. O resultado da aplicação dessa fase é obter o maior número de informações cabíveis de modo que tenhamos uma visão mais clara e ampla do desafio abordado. Localização de Problemas (Problem-finding - PF) – durante essa etapa buscamos identificar qual o problema que precisa ser focado e quais são as preocupações que precisam ser resolvidas. o resultado dessa fase é resumir uma questão refinada, ou seja, reformular o problema de forma a estimular novos pensamentos. Busca de Ideias (Idea-finding - IF) – nessa fase o proposito é desenvolver todas as soluções possíveis baseado nas etapas anteriores e gerar ideias que efetivamente resolvem as questões desafiadora. Para divergir podemos adicionar a ferramenta SCAMPER que é uma técnica que aborda o os seguintes porquês sobre o que você pode substituir, combinar, adaptar, modificar, usar de outra maneira, eliminar ou reorganizar? O resultado obtido dessa etapa é definir ideias e ações que podem resolver o desafio. Localização das Soluções (Solution-finding - SF) – nessa fase iremos realizar uma analise mais critica das ideias e ações abordadas na fase anterior, para observar o que melhor se aplica para a resolução do problema. Como resultado da execução desta etapa, podemos encontrar uma solução a ser implementada. Podemos afirmar, neste instante, que "AGORA, o que nos vemos fazendo é...". A partir daí, podemos passar para a última etapa da metodologia Busca da Aceitação (Accept-finding - AF) – o objetivo dessa etapa é desenvolver um plano de ação para aplicarmos a solução definida nas etapas anteriores. Nesse plano de ação deve conter os seguintes dados: todos os passos que precisam ser realizados com a finalidade de solucionar, de fato, o problema bem como um cronograma de implementação. Como resultado dessa fase obteremos o desenvolvimento da ferramenta Plano de ação. Listar recursos e etapas de ação necessários, para vender ou implementar solução selecionada. Classificando as etapas da ação por curto, médio e longo prazo. Metodologia TRIZ (Teoria da Solução Inventiva de Problemas) A metodologia TRIZ foi criada pelo russo Genrich Altshuller com o intuito de resolver problemas, para isso ele definiu padrões generalistas de soluções inovadoras. O processo para aplicação da TRIZ é constituído por quatro passos. · Define-se uma contradição: nessa etapa buscamos qual motivo é o causador do problema; · Avalia-se o objetivo do estudo: nessa etapa definimos quais são os recursos utilizados para a resolução do tal problema, dentre eles podem estar os materiais, equipamentos e a equipe envolvida. · Planeja-se resultados: nessa etapa definimos quais são os resultados esperados após aplicar a devida solução · Desenvolve-se as ideias: geramos os insights utilizando os quarenta princípios da metodologia. A TRIZ possui quarenta princípios que visam avaliar um problema específico através de um problema comum que já possui uma solução e a partir desse ponto de vista desenvolver uma solução específica. Os quarenta princípios da TRIZ são os seguintes:1. Segmentação ou fragmentação Fracionar o objeto de estudo em múltiplas partes independentes pode gerar insights para uma reconstrução criativa, além de proporcionar a remontagem ou redesign de alguma das partes. 2. Remoção ou extração Dividir o objeto do estudo em partes pode oferecer ao planejador a possibilidade de remover alguma parte do produto/processo, para evidenciar possibilidades de obter o resultado esperado. 3. Qualidade localizada Aproveitar a possibilidade de aproveitar um produto/serviço em uma função nova ou inesperada. Podemos exemplificar essa situação como uma espátula utilizada como régua. 4. Assimetria Desfazer a simetria regular de um objeto/serviço, para explorar novas visões de utilização do objeto de estudo. Esta situação auxilia a desenvolver novos insights sobre a utilização dos produtos. 5. Consolidação Avaliar como os processos/partes do todo podem ser combinados, para produzir novas possíveis soluções ao problema. 6. Universalização Descobrir novos possíveis usos para os produtos pode oferecer soluções para situações diversas. 7. Aninhamento Também conhecida como “matrioska”, tem por objetivo incentivar o desenvolvimento de projetos que possam ser utilizados em cascata, ou seja, um produto/processo dentro do outro, para produzir novas soluções. 8. Contrapeso Desenvolver métodos de balancear o sistema, quando houver influências externas ao sistema que interfiram em seu funcionamento. 9. Compensação prévia Prover medidas prévias, antecipando-se aos problemas, para se prevenir ou diminuir seus efeitos, quando da ocorrência de sinistros. 10. Ação prévia Agir em estágios futuros de processos cíclicos pode auxiliar a transição entre os estados. 11. Amortecimento prévio Avaliar o processo de detecção de possíveis falhas e iniciar o processo de contenção. 12. Equipotencialidade Explorar o potencial de movimentação e leiaute do produto/serviço, movendo-o, lateralmente, no espaço e verificando os efeitos, no sistema, para atingir a eficiência máxima do processo. 13. Inversão Explorar a inversão do produto/serviço, trocando etapas do processo poderá produzir soluções para o problema. 14. Recurvação Clarificar em quais situações as áreas planas podem ser substituídas por objetos curvilíneos. É a explanação sobre a visão tangencial das coisas. 15. Dinamização Utilizar os agentes externos a favor da promoção da solução dos problemas, avaliando o impacto sobre as suas estruturas e a sua integridade. 16. Ação parcial ou excessiva Determinar como o processo interno é afetado na ocasião de uma peça/etapa produzir uma força maior ou menor, em busca de uma solução viável. 17. Transição para nova dimensão Na ocasião de todas as visões aplicadas ao sistema não solucionar o problema, evidenciar novas visões sob outras dimensões pode produzir novas possibilidades. Evidenciar a dimensão temporal ao sistema também é uma potencial solução para o problema. 18. Vibração mecânica Aplicar energia no processo, seja pelo aumento da velocidade (energia cinética) ou da energia potencial (forças conservativas) e avaliar os impactos produzidos. 19. Ação periódica Avaliar como a repetição forçada de uma força em um determinado ponto Específico do objeto/processo atua em prol da solução do problema. 20. Continuidade da ação útil Avaliar o impacto da redução do intervalo (espaço vazio ou tempo ocioso) melhora o processo/produto do resultado esperado. 21. Aceleração Avaliar o impacto da velocidade na execução das etapas de um processo/objeto, para reduzir a possibilidade de erros. 22. Transformação de prejuízo em lucro Também conhecida como “bênção disfarçada”, resume-se em avaliar se os resultados negativos obtidos em um determinado produto/serviço não podem ser reaproveitados, para produzir benefícios. De fato, muitos resultados “desastrosos” combinados podem produzir soluções fantásticas. Sabe a penicilina? Surgiu a partir de um “erro” de Alexander Fleming. 23. Retroalimentação Buscar erros, no sistema, para alimentar o ciclo, novamente, com informações valiosas sobre eles pode evidenciar a possibilidade de melhorias no processo/produto. 24. Mediação Introduzir novos elementos entre os gaps de um produto/serviço pode melhorar o seu fluxo, reduzindo, temporariamente ou permanentemente, os resultados negativos. 25. Autosserviço Identificar se os rejeitos (processos ou produtos que não resolveram o problema) podem ser reaproveitados no processo de autorregulação ou autorreparação. 26. Cópia Identificar se uma parte de um processo/produto pode ser replicado, para evitar a execução do processo inteiro e evidenciar seus resultados, diminuindo as perdas, ao longo da sua execução. 27. Uso e descarte Lançar mão de descartáveis (objetos cuja vida útil é curta), para desempenhar um papel relevante no processo de solução, evitando o descarte de objetos de vida útil durável. 28. Substituição de meios mecânicos Trocar meios físicos por sistemas intangíveis (papel por documentos em mídia digital, por exemplo) pode melhorar os processos ou expor falhas em sua execução. 29. Construção pneumática ou hidráulica Trocar produtos sólidos por líquidos ou gases, para avaliar a reação do processo em vigor e verificar a solução do problema. 30. Uso de filmes finos e membranas flexíveis Verificar se a utilização de filmes mais finos melhora o processo estabelecido e se os resultados são viáveis. Como exemplo, podemos observar o comportamento das placas de conversão fotovoltaica. 31. Uso de materiais porosos Avaliar se a introdução de vazios, ou a ampliação dos buracos existentes pode introduzir uma vantagem na condução do processo/produto. Em muitos casos, a presença de espaços vazios tem o objetivo de reduzir o peso dos objetos. 32. Mudança de cor Alterar a cor de um determinado componente de um produto pode alterar seu comportamento, no processo, melhorando sua eciência. 33. Homogeneização Avalie o comportamento do sistema se algum dos materiais utilizados fosse substituído e identifique oportunidades de melhoria. 34. Descarte e regeneração Identificar, eficientemente, como e quando os produtos/processos são descartados ou reaproveitados dentro na construção da solução pode produzir insights sobre seu melhor aproveitamento. 35. Mudança de parâmetros e propriedades Entender o processo de mudança nas características dos produtos/processos pode favorecer o desenvolvimento de soluções aos problemas propostos. Derreter o aço torna-o mais fácil de moldá-lo, não? 36. Mudança de fase Avaliar como o fluxo energético atua, durante a transição entre os estados físicos, também proporciona possíveis soluções para os problemas. Os sistemas de refrigeração utilizam esse princípio. 37. Expansão térmica Avaliar como a transmissão de calor funciona nos elementos sólidos é outro comportamento que pode proporcionar soluções aos problemas. Os disjuntores termomagnéticos utilizam o princípio da diferença da dilatação entre materiais diferentes, para interromper os circuitos elétricos. 38. Uso de oxidantes fortes Identificar se a presença ou ausência de oxigênio pode melhorar ou piorar os processos. Imagine promover uma combustão sem a presença de oxigênio? Não existe essa possibilidade. 39. Uso de atmosferas inertes Explorar o efeito da remoção da variável ambiental, passando o processo para um sistema fechado, independente destas variáveis externas que introduzem efeitos negativos, pode evidenciar potenciais soluções. 40. Uso de materiais compostos Utilizar materiais compostos em vez de materiais simples pode melhorar suas condições de produzir soluções melhores, pois a composição com outros materiais pode remover erros ou condições adversas em potencial em busca de soluções ótimas. Quando se utiliza brita na composição do concreto, o objetivo é aumentar a sua resistência mecânica que, sem ela, a mistura de cimento e areia não conseguiria atingir. A partir do entendimento exposto, podemos avaliar que a Teoria da Solução Inventiva de Problemas - TRIZ é uma excelente metodologiade resolução de problemas, especialmente, quando falamos de problemas, na área de engenharia, visto que muitos dos princípios da execução da técnica interferem, diretamente, nos sistemas produtivos industriais
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