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Peça 6 HABEAS CORPUS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÀS 
Epílogo da Silva, brasileiro, auxiliar de serviços gerais, União Estável, residente a rua dos anzóis s/n. em Aparecida de Goiânia., por seu advogado formalmente constituído que este subscreve (procuração em anexo), Vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal, e nos artigos 647 e seguintes, em especial no artigo 648, inciso IV, todos do Código de Processo Penal, impetrar:
HABEAS CORPUS 
COM PEDIDO DE LIMINAR
Em favor de Epílogo da Silva, que se encontra indevidamente preso por ordem dôo Excelentíssimo Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Aparecida de Goiânia, ora apontado como autor dos fatos a ele imputado no processo nº.______________. 
I - DOS FATOS
O Paciente foi preso, supostamente em flagrante delito em 23/02/2016, pela suposta prática do crime tipificado no artigo 33 e artigo 35 da lei 11346/06.
Em 29/02/2016, a defesa do paciente interpôs Relaxamento de Prisão por ter sido está completamente desamparada de legalidade por ausência de indício de autoria e prova da materialidade.
O pedido restou prejudicado, pois o nobre magistrado reconheceu de ofício a necessidade de liberdade do paciente e concedeu-lhe a liberdade no próprio flagrante mediante paramento de fiança de um salário mínimo, em 01/03/2016 foi determinada a expedição do Alvará de soltura, em 02/03/2016 o paciente efetuou o pagamento da fiança e 03/03/2016 o alvará foi encaminhado para a central de mandados para o devido cumprimento.
Ao chegar na Central de Triagem de Aparecida de Goiânia para cumprimento do mandado, o Diretor daquele estabelecimento prisional negou o cumprimento do alvará, com a alegação de que existia outro mandado de prisão em desfavor do paciente na 2ª vara criminal da Comarca de Aparecida de Goiânia.
Alega a defesa do Paciente que inexiste este mandado de prisão relatado pelo Diretor do Centro de Triagem. De Aparecida de Goiânia
II - DO DIREITO 
Como dispõe a Constituição federal em seu art.5º, LXVIII “conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso do poder” na mesma síntese impõe o art. 647º do Código de Processo Penal “dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir salvo nos casos de punição de disciplina” 
III - NÃO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA CONTIDA NO ART. 312, DO CPP
	Como fundamento legal temos o artigo 312 do Código de Processo Penal que retrata dos requisitos para a decretação da prisão preventiva. 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência e indício suficiente de autoria.
Assim é que Fernando Capez tem como entendimento referente ao tema retratado no caso em tela:
“Prisão de natureza processual decretada pelo juiz durante o inquérito policial ou processo criminal, antes do trânsito em julgado, sempre que estiverem preenchidos os requisitos legais e ocorram os motivos autorizadores.”
Para melhor entendimento temos a decisão do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás:
EMENTA.....: HABEAS CORPUS. PECULATO. NEGATIVA DE AUTORIA. VIA IMPRÓPRIA. DECRETO DE PRISÃO PREVENTIVA. FALTA DE MOTIVAÇÃO DA DECISÃO CENSURADA. IMPROCEDÊNCIA. ENCARCERAMENTO PROCESSUAL FUNDAMENTADO. COVID-19. EXCEPCIONALIDADE. RECOMENDAÇÃO Nº 62 DO CNJ. MEDIDA CAUTELAR DE AFASTAMENTO DA FUNÇÃO PÚBLICA DE VEREADOR. PRAZO INDETERMINADO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. LIMITAÇÃO, DE OFÍCIO, DO PRAZO DE 90 DIAS PARA DURAÇÃO DA MEDIDA, CONTADOS DA DECISÃO QUE A DETERMINOU. ORDEM CONCEDIDA. 1) Em sede de habeas corpus não comporta discussão sobre negativa de autoria, por exigir dilação probatória. 2) Estando a decisão combatida calcada em fundamento concreto em razão da gravidade da conduta perpetrada pelo paciente, aliada ao fato de que ele vem ameaçando testemunhas, demonstrada está a necessidade de se resguardar a ordem pública. 3) Considerando a Recomendação nº 62/2020, do Conselho Nacional de Justiça, na qual se recomenda aos Tribunais e magistrados que apliquem as medidas preventivas de liberdade observando a forma mais adequada no sentido de evitar a propagação da infecção pelo novo coronavírus - Covid-19 no âmbito dos sistemas de justiça penal e socioeducativo, tem que, no caso específico, o crime de peculato é desprovido de violência ou grave ameaça à pessoa, de modo que a substituição da prisão preventiva pela modalidade domiciliar, mediante monitoramento eletrônico, além de outras medidas cautelares atendem aos requisitos da lei e da proteção da ordem pública, sendo certo que, se não forem respeitadas, implicarão, inevitavelmente, na perda do benefício. 4) Embora não tenha sido acostado aos autos a decisão que determinou o afastamento cautelar do exercício do cargo público de vereador, tal medida não poderá se dar por prazo indeterminado, sob pena de configurar hipótese de cassação indireta do mandato, de modo que é razoável a limitação dos efeitos da deliberação pelo prazo de 90 (noventa) dias contados da data em que prolatada. 5) ORDEM CONCEDIDA PARA CONFIRMAR A LIMINAR DEFERIDA, E, DE OFÍCIO, ESTABELECER O PRAZO DE 90 DIAS DE AFASTAMENTO CAUTELAR DO CARGO PÚBLICO. DECISÃO....: DECISÃO NOS AUTOS. (ORIGEM.....: 1ª Câmara Criminal, FONTE......: DJ de 06/05/2020, LIVRO......: (S/R), ACÓRDÃO....: 06/05/2020, RELATOR....: NICOMEDES DOMINGOS BORGES, REDATOR....:PROC./REC...:5137451-58.2020.8.09.0000 - Habeas Corpus Criminal, COMARCA....: GOIÂNIA, PARTES.....: Impetrante: Rodrigo Alvares Da Silva Impetrado: Juíza De Direito Da Vara Criminal Da Comarca De Cristalina Yanne Pereira E Silva 145436586)
Sendo assim, é sabido que para que se proceda a prisão preventiva, primeiramente deve concorrer duas ordens de pressupostos: Os denominados pressupostos proibitórios (o fumus commisi delicti representado no nosso direito processual pela prova da materialidade do delito e pelos indícios suficientes da autoria) e os pressupostos cautelares (o periculum libertatis, representado na legislação brasileira pelas nominadas finalidades da prisão preventiva, trazidas na parte inicial do art. 312 do código de processo penal).
IV - DO DIREITO A LIBERDADE PROVISÓRIA DO PACIENTE
Diante de tudo que fora exposto e tendo em vista a imposição do art. 321 do nosso Código de Processo Penal observando todos os requisitos exigidos na legislação:
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Fernando Capez doutrinador renomado entende que a liberdade provisória nada mais é que:
“o direito de aguardar em liberdade o transcorrer do processo até o trânsito em julgado, vinculando ou não a certas obrigações”
Contudo o requerente contem os requisitos necessários para a concessão da liberdade provisória, no entanto para melhor entendimento temos a decisão do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás:
EMENTA.....: 'HABEAS CORPUS'. PRISAO EM FLAGRANTE. CONCESSAO DA LIBERDADE PROVISORIA VINCULADA PERMITIDA. EXCARCERADO O PACIENTE, EM RAZAO DA CONCESAO DA LIBERDADE PROVISORIA VINCULADA PERMITIDA, RESTA SEM OBJETO O PLEITO CONSTITUCIONAL DO 'HABEAS CORPUS', POSTO QUE, NO JUIZO DE ORIGEM, ALCANCOU A PRETENSAO BUSCADA NA VIA MANDAMENTAL, CONFIGURANDO A PREJUDICIALIDADE DO PEDIDO, COMO SOA DO ART. 659, DO CODIGO DE PROCESSO PENAL, E ART. 195, DO REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS. ORDEM PREJUDICADA. DECISÃO....: ACORDA O TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DE GOIAS, PELOSINTEGRANTES DA SEGUNDA CAMARA CRIMINAL, A UNANIMIDADE, ACOLHER O PARECER DA PROCURADORIA-GERAL DE JUSTICA E JULGAR O PEDIDO PREJUDICADO, NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR. (ORIGEM.....: 2A CAMARA CRIMINAL, FONTE......: DJ 544 de 23/03/2010, LIVRO......: (S/R), ACÓRDÃO....: 09/03/2010, RELATOR....: DES. LUIZ CLAUDIO VEIGA BRAGA, PROC./REC...:37417-6/217 - HABEAS-CORPUS, PROCESSO...: 201090216050, COMARCA....: NOVA CRIXAS, PARTES.....: IMPETRANTE: MARCELO DE MORAES, PACIENTE: SEBASTIAO MOREIRA DE ALVARENGA). 
Não resta dúvida acerca do direito do paciente em responder o processo em liberdade, pois, como já comprovado anteriormente, o paciente possui, residência fixa, idoneidade moral, não retardou, retarda ou pretende retardar o processo, bem como não possui nenhuma intenção de fuga ou a frustrar a aplicação da lei penal. Sendo assim, este constrangimento ilegal causa danos de difícil reparação moral e física (pelo fato da alta violência em que se encontram os presídios brasileiros atualmente), bem como uma alta reprovação social, pois esta é muito rigorosa acerca de pessoas que já foram presas, mesmo que sejam vítimas de uma total injustiça.
Dessa forma, não resta dúvida acerca do acolhimento do presente remédio constitucional, pois vós, Excelentíssimo Doutor, aplicador da mais bela justiça, cure o presente paciente deste ato injusto que lhe retira seu direito constitucional e humano de liberdade de locomoção.
V - DA PRESENÇA DOS PRESUPOSTOS À CONCESSÃO LIMINAR DA ORDEM 
	
	Tendo em vista o desaparecido motivo que justifica a prisão preventiva do paciente, e sendo a mesma incabível de crimes culposos, a manutenção do paciente no cárcere ofende o preceito da presunção de inocência e os critérios de proporcionalidade, uma vez que desnecessária a cautela por ele sofrida.
Tal fato, por si só, torna presentes o fumus boni iuris, caracterizado pelo cerceamento ao direito de liberdade do paciente, e também o periculum in mora, que reside no fato de já estar o paciente submetido à uma prisão flagrantemente prosperar.
VI - DO PEDIDO
Diante do exposto, requer o impetrante a concessão da ordem liminarmente em favor do paciente, para que seja este imediatamente posto em liberdade.
Ao final. pede o impetrante a concessão definitiva da ordem de habeas corpus, na forma do art. 5, LXVIII, da Constituição Federal, e art. 647 e seguintes do Código de Processo Penal, para que seja revogada a prisão preventiva do ora paciente, com a conseqüente expedição do alvará de soltura.
Apenas em face do critério da eventualidade, caso entendam Vossas Excelências, requer seja concedida em parte a ordem pleiteada, de forma a que se converta a prisão do paciente em uma das medidas cautelares indicadas no artigo 319 do Código de Processo Penal.
Termos em que 
Pede deferimento
Comarca __ de _______ de _________.
Advogado
OAB/UF – nº 00000

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