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DEFESA DO CONSUMIDOR

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Elisabeth e Marcos, desejando passar a lua-de-mel em Paris, adquiriram junto à Operadora de Viagens e Turismo ¿X¿ um pacote de
viagem, composto de passagens aéreas de ida e volta, hospedagem por sete noites, e seguro saúde e acidentes pessoais, este último
prestado pela seguradora ¿Y¿. Após chegar à cidade, Elisabeth sofreu os efeitos de uma gastrite severa e Marcos entrou em contato
com a operadora de viagens a fim de que o seguro fosse acionado, sendo informado que não havia médico credenciado naquela
localidade. O casal procurou um hospital, que manteve Elisabeth internada por 24 horas, e retornou ao Brasil no terceiro dia de
estada em Paris, tudo às suas expensas. Partindo da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
(Analista/Advogado 2015 - DPE/MT - FGV) Em relação à cobertura de tratamento experimental por operadora de plano de
saúde, assinale a afirmativa correta:
José, sentindo-se lesado pela loja X ingressa com ação de indenização baseado no CDC contra a referida empresa. Sendo assim,
o juiz ao apreciar adequadamente a demanda inverte o ônus da prova no despacho saneador. Ocorre, que a parte Ré alega, e
prova que em momento algum José requereu em sua peça inicial a referida inversão. Diante do caso concreto como podemos
avaliar a atitude do juiz?
O casal não poderá acionar judicialmente a operadora de turismo já que havia liberdade de contratar o seguro saúde
viagem com outra seguradora e, portanto, não se tratando de venda casada, não há responsabilidade solidária na hipótese
O casal terá que acionar judicialmente a operadora de turismo e a seguradora simultaneamente por se tratar da hipótese
de litisconsórcio necessário e unitário, sob pena de insurgir em carência da ação.
O casal poderá acionar judicialmente a operadora de turismo, mesmo que a falha do serviço tenha sido da seguradora, em
razão da responsabilidade solidária aplicável ao caso.
NENHUMA DAS RESPOSTAS ACIMA
O casal somente poderá acionar judicialmente a seguradora Y, já que a operadora de turismo responderia por falhas na
organização da viagem, e não pelo seguro porque esse foi realizado por outra empresa.
Explicação:
A assertiva A está correta, pois conforme art. 7º, parágrafo único, art. 18 e art. 25, § 1º do CDC, havendo mais de um
responsável pela causação do dano, todos serão solidariamente responsáveis pela reparação ao consumidor, cabendo a este optar
em face de quem demandará pela eventual reparação dos danos. 
 
2.
A obrigação da operadora de plano de saúde de custear o tratamento experimental está expressamente prevista no CDC.
É abusiva a cláusula de contrato de plano de saúde que vede a cobertura de tratamento experimental em qualquer caso.
O consumidor poderá optar pelo tratamento experimental às expensas da operadora de plano de saúde, ainda que o
tratamento convencional se mostre eficaz.
A operadora de plano de saúde deve custear tratamento experimental se houver indicação médica.
A operadora de plano de saúde será compelida a custear o tratamento experimental apenas quando houver cláusula
expressa no contrato.
Explicação:
 Conforme entendimento dos tribunais brasileiros, o plano de saúde deverá cobrir o tratamento, ainda que experimental, se
houver cobertura da doença e prescrição médica para o caso. 
Sob a ótica da boa-fé, a recusa ao tratamento representa quebra da relação de confiança existente entre as
partes.
Ademais, considerando a determinação do CDC, para que as cláusulas contratuais sejam interpretadas de forma
mais benéfica ao consumidor, temos que não havendo expressa exclusão contratual, deverá o plano autorizar e
custear o tratamento.
Ainda sob a luz da legislação consumerista, as cláusulas contratuais que limitam os tratamentos, exigem do
consumidor vantagem excessiva, sendo nulas de pleno direito.
 
3.
b) A atitude do juiz foi arbitrária, tendo em vista, que sem a requisição da parte o mesmo não poderia inverter o ônus.
d) O juiz agiu de forma correta pois o CDC não é uma norma de ordem pública, sendo assim, tal procedimento poderá ser
concedido.
e) Nenhuma das alternativas acima.
a) A atitude do juiz foi correta, haja vista, tratar-se o CDC de uma norma de ordem pública, sendo assim, a inversão do
http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp#
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O ônus da prova incumbe a quem alega a existência do fato constitutivo de seu direito e impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito daquele que demanda. O Código de Proteção e Defesa do Consumidor, entretanto, prevê a possibilidade de inversão do
onus probandi e, a respeito de tal tema, é correto afirmar que:
Questão 47 do IX Exame da OAB A sociedade empresária XYZ Ltda. oferta e celebra, com vários estudantes universitários,
contratos individuais de fornecimento de material didático, nos quais garante a entrega, com 25% de desconto sobre o valor
indicado pela editora, dos livros didáticos escolhidos pelos contratantes (de lista de editoras de antemão definidas). Os contratos
têm duração de 24 meses, e cada estudante compromete-se a pagar valor mensal, que fica como crédito, a ser abatido do valor
dos livros escolhidos. Posteriormente, a capacidade de entrega da sociedade diminuiu, devido a dívidas e problemas judiciais.
Em razão disso, ela pretende rever judicialmente os contratos, para obter aumento do valor mensal, ou então liberar-se do
vínculo. Acerca dessa situação, assinale a afirmativa correta.
ônus da prova pode ser concedida de ofício.
c) O juiz agiu de forma incorreta pois ele deve inverter o ônus no momento da sentença
Explicação:
"Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:
(...) VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil,
quando, a critério do Juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências;" Ve-se então que, para a inversão do ônus da prova, deve o juiz verificar no caso concreto a ocorrência dos
requisitos alternativos, quais sejam, a verossimilhança da alegação ou a hipossuficiência do consumidor, bastando um deles para
propiciar a inversão.
A hipossuficiência da parte na relação jurídica é fator determinante para a inversão do ônus probandi.
A doutrina e jurisprudência vêm reconhecendo a possibilidade da inversão do ônus da prova, de ofício, pelo juiz.
 
4.
Ocorrerá em casos excepcionais em que o juiz verifique ser verossímil a alegação do consumidor ou quando for ele
hipossuficiente.
É regra e basta ao consumidor alegar os fatos, pois caberá ao réu produzir provas que os desconstituam, já que o autor é
hipossuficiente nas relações de consumo.
Ocorrerá em todo processo civil que tenha por objeto as relações consumeristas, não se admitindo exceções, sendo
declarada abusiva qualquer cláusula que disponha de modo contrário.
Será deferido em casos excepcionais, exceto se a inversão em prejuízo do consumidor houver sido previamente ajustada
por meio de cláusula contratual.
O CDC não prevê a inversão do ônus da prova.
Explicação:
O inciso VIII, do artigo 6º do CDC facilita a defesa dos direitos do consumidor com a inversão do ônus da prova a seu favor no
processo civil, quando a critério do juiz, for verossimil a alegação ou quando for o consumidor hipossuficiente. Trata-se da
inversao "ope judicis", pois o ônus probante.
 
5.
A empresa não pode se valer do Código de Defesa do Consumidor e não há base, à luz do indicado, para rever os
contratos.
Aplica-se o CDC, mas a pretendida revisão da cláusula contratual só poderá ser efetuada se provado que os problemas
citados têm natureza imprevisível, característica indispensável, no sistema do consumidor, para autorizar a revisão
n.r.a.
A revisão é cabível, assentada na teoria da imprevisão, pois existe o contrato de execução diferida, a superveniência de
onerosidade excessiva da prestação, a extrema vantagem para a outra parte, e a ocorrência de acontecimento
extraordinário e imprevisível.
Aplica-se o CDC, já que os estudantessão destinatários finais do serviço, mas o aumento só será concedido se provada a
dificuldade financeira e que, ademais, ainda assim o contrato seja proveitoso para os compradores.
Explicação:
Item A.
Explicação:Resposta da questão 47 da prova da OAB: A Comentário: As normas do Código de Defesa do Consumidor foram
criadas para proteger a parte mais fraca na relação de consumo, ou seja, o consumidor. Isso porque, é legalmente reconhecido
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Na hipótese de ação indenizatória por vício do produto, a inversão do ônus da prova a favor do consumidor, quando for
verossímil a alegação e quando for ele hipossuficiente
O ônus da prova incumbe a quem alega a existência do fato constitutivo de seu direito e impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito daquele que demanda. O Código de Proteção e Defesa do Consumidor, entretanto, prevê a possibilidade de inversão do
onus probandi e, a respeito de tal tema, é correto afirmar que
É correto dizer que no CDC a revisão de cláusula contratual terá lugar se ocorrer:
que o consumidor é vulnerável e merece proteção. Dito isso, o fornecedor não pode ser valer das mesmas regras para se
beneficiar, pois este, na qualidade de parte mais forte e estável na relação de consumo, atua sempre em posição privilegiada.
Ademais, sendo pessoa jurídica que desenvolve atividade de natureza empresária, fazem parte do risco da atividade e não podem
ser imputadas ao consumidor. Assim, não há previsão legal para a revisão do contrato em virtude de fato, ainda que
superviniente, que proveito do fornecedor e desfavor do consumidor. - See more at: http://revistadireito.com/ix-exame-da-oab-
comentarios-as-questoes-de-direito-do-consumidor/#sthash.k5nK7Nfu.dpuf
 
6.
deve ser determinada pelo Juiz antes da citação do réu, sob pena de ofensa ao contraditório.
pode ser determinada pelo Juiz na própria sentença, por se tratar de regra de julgamento e não de procedimento.
não será cabível nas ações coletivas que tenha como tutela direitos de consumidores.
deve ser determinada pelo Juiz preferencialmente na fase de saneamento do processo ou, pelo menos, assegurar à parte
prejudicada a reabertura de oportunidade para apresentação de provas.
prescinde de decisão judicial, ocorrendo ope legis.
Explicação:
Com intuito de assegurar a ampla defesa e o contraditório.
 
7.
é regra e basta ao consumidor alegar os fatos, pois caberá ao réu produzir provas que os desconstituam, já que o autor é
hipossuficiente nas relações de consumo.
será deferido em casos excepcionais, exceto se a inversão em prejuízo do consumidor houver sido previamente ajustada
por meio de cláusula contratual.
ocorrerá em casos excepcionais em que o juiz verifique ser verossímil a alegação do consumidor ou quando for ele
hipossuficiente.
ocorrerá em todo processo civil que tenha por objeto as relações consumeristas, não se admitindo exceções, sendo
declarada abusiva qualquer cláusula que disponha de modo contrário.
NENHUMA DAS RESPOSTAS ACIMA
Explicação:
Para facilitação da defesa dos direitos da parte considerada vulnerável, ou seja, o consumidor, é concedido ao mesmo, conforme o
inciso VII, artigo 6º, do CDC, a inversão do ônus da prova a seu favor, quando a critério do juiz sua alegação for verossimil ou
quando o mesmo for hipossuficiente. É a chamada inversão "ope judicis", ou seja, decorrente da lei.
 
8.
fato superveniente de alcance particular do devedor.
fato superveniente e álea normal;
fato superveniente e álea extraordinária;
http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp#
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