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Educação de Jovens e adultos paper

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A PRÁTICA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 
Acadêmicos¹
Tutor Externo²
	
RESUMO
A presente pesquisa tem como objetivo fundamentar teórico e metodologicamente a Educação de Jovens e Adultos como etapa educativa, contextualizando seu público-alvo e as especificidades deste campo de atuação da pedagogia, bem como, salientar a importância do docente e de uma formação adequada. Nesta perspectiva, buscou-se conceituar as ações desenvolvidas nesta modalidade educativa com base nos documentos mandatórios para educação brasileira, conforme LDB (BRASIL, 1996). Assim, incialmente fez-se necessário contextualizar o que a Educação de Jovens e adultos, para tanto, utilizou-se da pesquisa bibliográfica para compreender está temática, realizando assim, a leitura de livros e artigos que aproximam do tema. Após está contextualização inicial do campo de pesquisa, buscou-se compreender a importância do professor nesta etapa educativa, assim como de uma formação adequada, visto que, suas aulas são ministradas para adultos, estes que por algum motivo se ausentaram da escola e agora buscou recomeçar, necessitando assim de algo significativo. Para esta contextualização utilizamos como referência Brasil (2001), Di Pierro (2003) e Pimenta (2012). Com base nesta pesquisa faz-se possível observar a necessidade de uma contextualização para a prática efetiva com jovens e adultos. 
Palavras-chave: EJA. Professores. Formação
1. INTRODUÇÃO
Ao pensarmos na Educação de Jovens e Adultos, inúmeros são os conceitos que surgem em nossa mente, visto que, está etapa educacional atende um público muito diversificado e o trabalho ali desenvolvido requer uma contextualização maior, implicando em um preparo maior do docente. 
Nesta perspectiva, vemos necessário contextualizar a formação docente para está etapa educativa, visto que, em sua maioria os professores que atuam com EJA são os mesmos que lecionam para a educação básica e muitas vezes não possuem uma especialização ou outro preparo para atender as necessidades do público do EJA. 
Partindo deste pressuposto o presente estudo visa identificar aspectos indispensáveis para na formação docente para atuar no ensino de jovens e adultos, pautando o olhar no histórico do estudante, bem como na forma de abordar os conteúdos, visto que, os mesmos tem grande domínio da prática contudo faltam lhe as teorias. 
Deste modo, iniciamos contextualizando o EJA enquanto etapa educativa, para que por intermédio de uma pesquisa bibliográfica possamos atingir o objetivo da pesquisa, trazendo as especificidades do trabalho docente e de sua importância para a formação dos jovens, atraindo-os para a educação e mostrando a importância daquele ensino. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A pedagogia habilita o acadêmico a atuar nas diversas áreas da educação, entre elas estão a educação infantil e o ensino fundamental, público-alvo da grande maioria dos estudantes. Contudo, uma das demais áreas de ensino que a graduação habilita é a Educação de Jovens e adultos, cuja nomeação ocorre conforme as siglas, EJA. 
Nos cursos de licenciatura pouco se aborda a importância do trabalho desenvolvido no ensino de jovens e adultos, contudo, o profissional que ali desempenha sua função, exerce também papel importante para a sociedade, visto que, em suma o público-alvo são pessoas que estão a algum tempo fora da escola e buscam neste espaço aprimorar seus conhecimentos para assim, dar continuidade aos seus estudos. O motivos que afastaram estes estudantes da escola são variados, entretanto a sociedade atual exige uma escolaridade mínima para grande parte dos empregos, o que, consequentemente obriga as pessoas a buscarem conhecimento. 
Sua importância, bem como finalidade educativa é assegurada e prevista pela LDB (BRASIL, 1996) e possui suas orientações e especificidades, as quais são elencadasv com clareza no decorrer do documento. Conforme o parágrafo 1º do artigo 37 e parecer CEB nº.11/2000 (BRASIL, 1996), especifica seu público alvo. 
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio na idade própria. 
§ 1º Os sistemas de Ensino assegurarão gratuitamente aos Jovens e aos Adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade Regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do aluno, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. 
Sendo assim, a objetividade desta modalidade educativa é proporcionar um ensino qualificado as pessoas que buscam retornar aos seus estudos, buscando minimizar as barreiras existentes e transformar este ensino em algo qualificado. Conforme Freire (1987) a aprendizagem significativa busca integrar o conhecimento do estudante com a teoria. Sendo assim, destaca ainda: 
[...] A captação e a compreensão da realidade se refazem, ganhando um nível que até então não tinham. Os homens tendem a perceber que sua compreensão e que a ‘razão’ da realidade não estão fora dela, como, por sua vez, ela não se encontra deles dicotomizada, como se fosse um mundo à parte, misterioso e estranho, que os esmagasse. (FREIRE, 1987, p. 96).
Ao assimilar a teoria dos conteúdos estudados com a sua prática, o estudante se sente motivado a buscar mais conhecimentos, ampliando seu repertório e inspirando-se naquilo que já sabe para continuar seus estudos. 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
O contexto da educação de jovens e adultos pode ser analisado sobre diversas perspectivas, cada foca de analise requer uma metodologia distante. O presente estudo possui como objetivo identificar as práticas e a formação docente para o trabalho desenvolvido no EJA, sendo assim, realiza-se uma análise bibliográfica para identificar o papel do professor neste contexto. 
Conforme esclarece Boccato (2006, p. 266), 
a pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica. Para tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planejamento sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a definição temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão da sua forma de comunicação e divulgação.
Partindo deste pressuposto, a primeira etapa buscou identificar as especificidades desta modalidade de ensino, seu público-alvo e as demandas para um ensino apropriado a esta variedade de idades e a importância de ser significativa. 
Figura 1- Sala do EJA
Disponível em: https://cpers.com.br/para-atender-o-mercado-ensino-medio-e-eja-serao-terceirizados-no-brasil/
Conforme exemplificado na figura 1, os estudantes que procuram o EJA tem idades variadas, bem como contextos de vida distintos, quesitos estes que dificultam o trabalho docente numa perspectiva significativa. Visando estas peculiaridades para a presente etapa educativa, busca-se agora contextualizar a ação docente neste processo. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O papel do professor no contexto educativo pode ser variado. O mesmo pode ser facilitador ou limitador da aprendizagem, tudo varia do modo como aborda os conteúdos e compreende as especificidades do seus educandos. 
Partindo deste pressuposto, em uma turma composta por jovens e adultos que estão a um período significativo fora das salas de aula, o seu papel é imprescindível, pois é ele o agente incentivador da educação, o agente responsável por aproximar esta pessoa da educação ou afastá-la definitivamente. 
[...] A prática educativa se revela na relação entre educador e educando como sujeitos do processo de ensino-aprendizagem, que juntos problematizam os conhecimentos oriundos da realidade social, construindo, assim, uma prática de educação. Nesta perspectiva, alfabetizar jovens e adultos é considerá-lo sujeitos do mundo e com o mundo, dando-lhescondições de ler e escrever a realidade global a partir do seu lugar social, transformando-os em autores da sua própria história e co-autores da história do seu país. (BRASIL, 2006, p. 06)
Entre os atributos indispensáveis para o docente que deseja atuar com este nível de ensino está a sensibilidade, está que possibilita cativar o estudante. Contudo, inúmeros são também os desafios, mas, conforme demandam os documentos norteadores. O professor que visa exercer sua prática na EJA, deve: 
Orientar e mediar o ensino para a aprendizagem dos alunos; comprometer-se com o sucesso da aprendizagem dos alunos; assumir e saber lidar com a diversidade existente entre os alunos; incentivar atividades de enriquecimento cultural; desenvolver práticas investigativas; elaborar e executar projetos para desenvolver conteúdos curriculares; utilizar novas metodologias, estratégias e materiais de apoio; desenvolver hábitos de colaboração e trabalho em equipe. (BRASIL/CNE, 2001, p. 04).
	
Contudo para que ele consiga atribuir estas habilidades em sua prática, faz-se necessário uma formação inicial pensada neste público, a qual possibilita a este professor repensar cotidianamente sua prática e inovar nas metodologias por ele adotadas em sala de aula. A inovação pode ocorrer de variadas formas, mas, pode se considerar inovar apenas aquilo que compreende o aluno como um todo, considerando suas capacidades e aptidões. Neste âmbito Libâneo (2012, p. 86), expõe que “[...] o melhor programa de formação de professores seria aquele que contemplasse melhor, no currículo e na metodologia, os princípios e processos de aprendizagem válidos para os alunos das escolas comuns”. 
	Contemplando a ideia de Libâneo (2012), Di Pierro (2003) expõe sobre a necessidade de uma formação especifica para os docentes que atuam nesta modalidade educativa, visto que: 
Os docentes que atuam com os jovens e adultos são, em geral, os mesmos do ensino regular. Ou eles tentam adaptar a metodologia a este público específico, ou reproduzem com os jovens e adultos a mesma dinâmica de ensino-aprendizagem que estabelecem com crianças e adolescentes. (DI PIERRO, 2003, p. 17),
Esta prática adotada por grande maioria dos docentes, faz com que os jovens desistam de continuar seus estudos, pois se sente, inferiores e infantilizados com está prática. Visando estes ocorridos, a formação mínima para este professor precisa contemplar além da teórica de sala de aula a prática significativa que amplie seus horizontes e consiga adequar os conteúdos a faixa-etária do seu público-alvo. 
Para tanto, Pimenta (2012) contextualiza a prática ideal para este campo de atuação, destacando que “[...] o professor pode produzir conhecimento a partir da prática, desde que na investigação reflita intencionalmente sobre ela, problematizando os resultados obtidos com o suporte da teoria. E, portanto, como pesquisador de sua própria prática”. (PIMENTA, 2012, p. 51). Fazendo de seus discentes construtores do próprio conhecimento. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Visualizar a Educação de Jovens e Adultos como prática educativa, já é por si um avanço no modelo educacional. Contudo, ao analisarmos as especificidades deste campo educativo observa-se as inúmeras alterações que anda se fazem necessário. Neste âmbito, destaca-se principalmente a importância de uma formação pedagógica adequada para este nível de ensino. 
Ao analisarmos o quadro de funcionários da EJA, é possível observar que grande parte vem da educação básica e consequentemente aplica aos jovens a mesma metodologia que usa com as séries iniciais. Está prática parece comum, contudo gera constrangimento e infantiliza a capacidade do educando que ali está presente. 
A formação do docente para este nível de ensino, precisa evolui de modo que o mesmo consiga relacionar o cotidiano do seu aluno com os conteúdos abordados, fazendo desta prática uma ação educativa e significativa, contextualizada ao seu meio e a sua realidade. Deste modo, motivando-o a buscar novos objetivos. 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP 009/2001, de 08 de maio de 2001. Dispõe sobre as Diretrizes para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, cursos de licenciatura, de graduação plena. Disponível em . Acesso em: 13 out.2019.
DI PIERRO, Maria Clara.. Seis anos de Jovens e Adultos no Brasil: os compromissos e a realidade, São Paulo: Ação Educativa, 2003.
LIBÂNEO. José Carlos. Reflexividade e formação de professores: outra oscilação do pensamento pedagógico brasileiro? In: PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evandro (Orgs.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2012.
PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evandro (Org.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2012.

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