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Imagem do esôfago

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1 2° BIMESTRE – Imagenologia Valentina G. Bortoluzzi – ATM 23 UCPel 
 
→ Com o uso cada vez mais facilitado de endoscopia, os 
exames de imagem contrastados para avaliação de 
patologias do esôfago, estômago e duodeno, 
tornaram-se menos frequentes. 
→ No entanto, as patologias do esôfago, por terem 
características próprias, ainda são avaliadas por 
estudos contrastados. 
 
ESTUDO RADIOLÓGICO DO ESÔFAGO COM BÁRIO 
→ Para conseguir identificar o esôfago, deve-se 
administrar um contraste por via oral, que vai 
preencher a luz do esôfago. 
→ O contraste utilizado é o bário. 
Ele é um contraste positivo, ou 
seja, no raio-x ele é visto da 
cor branca. 
→ Possibilidade de duplo 
contraste: além do paciente 
tomar o bário, ele toma 
também um contraste negativo, que deixa a imagem 
escura. Bom para avaliar mucosas. 
→ Há a possibilidade de estudar patologias anatômicas 
e funcionais do esôfago. 
→ As alterações (seja uma estenose ou uma dilatação) 
serão em decorrência da modificação da luz do 
esôfago. 
→ Fluoroscopia: raio-x normal com avaliação dinâmica 
do que acontece em tempo real. Bom para avaliar 
distúrbios de motilidade. 
→ Videodeglutograma/REED: é um exame que permite 
avaliar o paciente enquanto ele engole/deglute. 
 
 
 INCIDÊNCIAS BÁSICAS 
1. AP/PA – Esôfago proximal 
2. AP/PA – Esôfago médio 
3. AP/PA – Esôfago distal/cardia. 
4. Perfil – Esôfago proximal e médio 
5. Oblíqua anterior direita 
6. Se REED: outras oblíquas para avaliar fundo, 
curvaturas, corpo, antro, piloro e duodeno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aparelho de 
Fluoroscopia 
OBLÍQUA ANTERIOR DIREITA 
PERFIL 
ANTERO-POSTERIOR / POSTERO-ANTERIOR 
REED 
 
2 2° BIMESTRE – Imagenologia Valentina G. Bortoluzzi – ATM 23 UCPel 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZA DE TÓRAX 
→ Na avaliação inicial de lesões esofágica, a TC não é 
tão importante/utilizada. 
→ Quando utilizar TC no contexto de uma alterações 
esofágica: 
 
✓ Para esclarecimento na suspeita de lesão maligna. 
✓ Estadiamento: processo para determinar a 
localização e extensão de um câncer. 
✓ Para avaliar extensão extra-esofágica de lesões e 
estruturas subjacentes. 
✓ Para avaliar eventuais compressivos sobre o 
esôfago. 
 
 
ANATOMIA DO ESÔFAGO 
 
 
→ O esôfago é uma estrutura tubular muscular que vai 
desde o músculo cricofaríngeo (transição da faringe 
com o esôfago) até a transição gastresofágica. 
→ Ele possui músculos em um trajeto longitudinal 
externo e circular interno. 
→ O 1/3 proximal do esôfago é composto por músculo 
estriado e os 2/3 inferiores por músculo liso. 
→ Função: “tubo” que orienta a passagem do bolo 
alimentar da boca para o estômago. Não ocorrem 
grandes alterações fisiológicas como absorção. 
 
ANATOMIA RADIOLÓGICA 
→ IMAGEM DUPLO CONTRASTE: mucosa mais lisa. 
Observa-se estruturas longitudinais que possuem 
relação com a mucosa e com a impressão da 
musculatura. É o padrão normal de uma mucosa 
esofágica. 
→ LINHA Z: só pode ser visualizada com o duplo 
contraste. Está indicada pelas flechas vermelhas. A 
linha Z corresponde a transição do epitélio escamoso 
do esôfago para o epitélio colunar do estomago. 
→ A linha Z corresponde ao ANEL B, que corresponde as 
flechas vermelhas na imagem com contraste simples. 
→ O anel B é uma reentrância mucosa, que forma um 
anel assimétrico e corresponde à transição esôfago-
gástrica. 
→ Apesar do esôfago ser uma estrutura tubular, o 
seguimento mais distal dele é sacular e corresponde 
ao VESTÍBULO ESOFÁGICO. 
→ A transição entre o esôfago tubular e o vestibular é a 
LINHA A OU ANEL A , representada pelas flechas em 
branco na imagem com contraste simples. 
 
 
 
 
DISTÚRBIOS DE MOTILIDADE 
 ACALÁSIA 
→ Ausência de relaxamento do EEI (esfíncter esofágico 
inferior) durante a deglutição. 
→ Ausência de peristaltismo no corpo do esôfago. 
→ Aumento da pressão de repouso do EEI: esfíncter não 
consegue relaxar. 
→ Quadro clínico: 
- 30-40 anos - Halitose 
- Disfagia - Regurgitação 
- Aspiração 
 
 Achados radiológicos 
• Esôfago dilatado 
uniformemente, 
geralmente, com nível 
hidroaéreo. 
• Sinal do Bico*: 
patognomônico da acalasia. 
Indicado pela flecha 
vermelha. Sinal de ausência 
de relaxamento do EEI. 
• Imagem contrastada. 
 
 
 
 
Duplo contraste Contraste simples 
 
3 2° BIMESTRE – Imagenologia Valentina G. Bortoluzzi – ATM 23 UCPel 
 ESPASMO ESOFÁGICO DIFUSO 
→ Múltiplas contrações terciárias desordenadas do 
esôfago. 
→ Causa desconhecida. 
→ Quadro clínico: 
✓ Meia idade 
✓ Disfagia intermitente 
✓ Dor torácica 
→ Disfunção do esfíncter esofágico inferior: pode ser 
melhorado através de BOTOX. 
 
 Achados radiológicos 
• Esôfago com aspecto “saca-
rolhas”. 
• Contrações não peristálticas 
simultâneas: correspondem a 
irregularidades na parede do 
esôfago. 
• O diagnóstico precisa ser feito no 
momento em que está 
ocorrendo a crise*. 
 
 ESCLERODERMIA 
→ Doença sistêmica. 
→ Atrofia progressiva da musculatura lisa e 
consequente fibrose de tecidos. 
→ Clínica: mulheres, 20-40 anos. 
 
 Achados radiológicos 
• Peristaltismo diminuído ou 
ausente nos 2/3 distais 
(compostos por músculo liso) 
• Atraso no esvaziamento 
esofágico 
• Esfíncter esofágico inferior 
(EEI) sempre relaxado, com 
refluxo livre. Indicado pela 
flecha vermelha. 
• Consequência do 
relaxamento: refluxo + 
alteração no calibre do 
esôfago. 
• Contrário da acalasia, em 
que o EEI não vai relaxar. 
 
 HÉRNIA HIATAL 
→ Protusão de qualquer porção do estômago para o 
interior do tórax. 
→ 40-60% dos adultos 
→ Clínica: mulheres, 20-40 anos. 
→ 90% dos pacientes com DRGE possuem hérnia hiatal. 
 
 Achados radiológicos 
• Dois tipos de hérnia hiatal: por deslizamento e 
paraesofágica. 
• Deslizamento: uma porção do estômago vai subir do 
abdômen para o tórax através do hiato esofágico. O 
anel B vai estar elevado. 
 
 
 
 
 
• Paraesofágica: nesse caso a junção gastroesofágica 
está no lugar certo, foi o corpo gástrico que 
“herniou” para dentro do abdômen. 
 
→ A flecha vermelha corresponde a junção esôfago 
gástrica. 
→ O esôfago corresponde ao contorno arredondado do 
lado direito. 
→ Do lado da junção esôfago gástrica, existe uma 
grande herniação do estômago para o interior do 
abdômen. 
 
 DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO 
→ Incompetência do esfíncter esofágico inferior. 
→ Quadro clínico: 
✓ Dor 
✓ Queimação subesternal 
✓ Regurgitação postural 
→ Espectro DRGE: doença não erosiva, esofagite erosiva 
e esôfago de Barret. 
→ Estudo contrastado: não se faz esse tipo de estudo 
para diagnosticar DRGE*. 
Diafragma Porção proximal 
do estômago 
Porção distal 
do esôfago 
 
4 2° BIMESTRE – Imagenologia Valentina G. Bortoluzzi – ATM 23 UCPel 
✓ 20% dos indivíduos normais desenvolvem refluxo 
espontâneo durante o exame. 
✓ Refluxo patológico pode não ser desencadeado sem 
testes provocativos. 
 
DISTÚRBIOS ANATÔMICOS 
 DIVERTÍCULO DE ZENKER 
→ Divertículo é a exteriorização da mucosa através da 
camada muscular do esôfago. 
→ Ocorre no 1/3 superior do esôfago, posteriormente, 
entre as fibras do músculo cricofaríngeo. 
→ Na transição com a faringe. 
 
 DIVERTÍCULO EPIFRÊNICO 
→ Ocorre logo acima do esfíncter esofágico inferior, 
geralmente à direita. 
→ Sintomas por retenção de resíduo: halitose, 
regurgitação, aspiração. 
→ Comum ocorrer em pacientes que possuem 
distúrbios da motilidade esofágica = predisposição a 
desenvolver esses divertículos. 
 
 DIVERTÍCULO DE ESÔFAGO MÉDIO 
→ Ocorre, geralmente, por fibrose mediastinal como na 
tuberculose.→ Sempre procurar por TB* = história, exames de 
imagem dos pulmões. 
→ Ocorre por tração. 
 
1. Imagem de perfil. A flecha vermelha corresponde ao 
divertículo de Zenker, localizado na transição da 
faringe com o esôfago proximal. 
2. Divertículos epifrênicos estão indicados pelas flechas 
vermelhas, próximos ao EEI. 
3. Divertículo de esôfago médio indicado pela flecha 
vermelha. 
 
 ESOFAGITE 
→ Exame contrastado detecta casos moderados e 
graves. Não é indicado para o diagnóstico. 
→ Úlceras por esofagite: 
✓ < 1,0cm = DRGE, herpes, radiação aguda, 
fármaco-induzida, penfigoide. 
✓ > 1,0cm = CMV, HIV, Barret e carcinoma. 
 
 Achados na esofagite 
 
 
 
1. Esofagite por refluxo: ocorre no 1/3 distal do 
esôfago. É possível visualizar pequenos divertículos, 
indicados pelas flechas vermelhas. 
2. Esôfago de Barret: metaplasia colunar do terço 
inferior do esôfago. Ocorre estenose no 1/3 médio 
do esôfago e está indicada pelas flechas vermelhas. 
 
 ESTENOSE DO ESÔFAGO 
• Localização: 
→ Terço inferior: DRGE, esclerodermia, sondagem 
prolongada. 
→ Terço médio/superior: esôfago de Barret, irradiação 
mediastinal, ingesta de agentes cáusticos. 
• Características: 
→ Benignas: estreitamento concêntrico, afilamento 
suave, não irregular. 
→ Malignas: estreitamento abrupto, assimétrico, com 
mucosa nodular e irregular. 
 
 
1 
2 3 
1 
2 
2 
1 
2 
 
5 2° BIMESTRE – Imagenologia Valentina G. Bortoluzzi – ATM 23 UCPel 
1. Esofagite de refluxo: 
• Confinada ao segmento distal. 
• H = hérnia 
• E = esôfago. 
• Flecha vermelha = junção esôfago gástrica. 
• Características benignas: lisa, simétrica. 
• Diagnóstico diferencial: sondagem prolongada 
 
2. Estenose maligna (carcinoma) 
• Sem predileção por segmento. 
• Características malignas: irregular e assimétrico. 
• Diagnóstico diferencial: Barret, irradiação 
mediastinal, ingesta de agentes cáusticos. 
• Flechas vermelhas = estreitamento abrupto.

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