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Modelo de Recurso Ordinário

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA __ª VARA DE __________________
 
 
 
 
 
 
 
 Autos nº.: ______________
 
 
 
 
 
 
 
                             ___________________, devidamente qualificada aos autos da RECLAMATÓRIA TRABALHISTA que move contra a empresa ______________________________________, não se conformando com a veneranda sentença prolatada por este MM. Juízo, vem, respeitosamente, por meio de sua procuradora infra-assinada, instrumento procuratório em anexo (doc.1), com fundamentos no art. 893, II e art. 895, I da CLT, interpor
RECURSO ORDINÁRIO
 
Com fundamento nos argumentos expendidos em folhas em apartado, que requer seja recebido, autuado e, atendidas as formalidades de estilo, remetido, juntamente com as razões inclusas, ao exame do Egrégio Tribunal Regional da 9ª Região.
 
 
 
Termos em que pede e espera deferimento.
   
______________, ___ de _____ de 20__.
 
 
  
__________________________
_____________________
OAB/__ XXXXX
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
 
 
Recorrente:		____________________________________
Recorrida:		____________________________________
Processo:		____________________________________
Origem:		__ª Vara do Trabalho de ________________
 
 
 
 
 
COLENDO PRETÓRIO,
 
 
____________________________________, qualificada e denominada Reclamante nos autos da Reclamação Trabalhista – Processo N° XXXXXXX, em move em face da empresa ____________________________________, igualmente qualificada, ali denominada Reclamada, vem, respeitosamente, apresentar RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO, conforme expõe a seguir:
A decisão proferida na __ Vara do Trabalho trata de uma sentença, desta forma, encerra a atividade jurisdicional do Douto Juízo de primeira instância. Diante deste, o reexame da decisão referia só poderá ser arguida através de Recurso Ordinário.
A recorrente é pessoa pobre, na concepção jurídica do termo, fato pelo qual requer a concessão da assistência judiciária gratuita, conforme Lei 5584/70. A recorrente não dispõe de capacidade financeira para arcar com o preparo, sem prejuízo de sua subsistência.
Cumpre também informar que, a referida sentença a que se apresenta este recurso, foi publicada em 12 de junho de 2016, tendo o prazo recursal se iniciado em 13 de junho de 2016. Desta maneira, o presente recurso é interposto no octídio legal, encontra-se tempestivo.
 
 
 
1. SÍNTESE DA DEMANDA 
 
A Recorrente ajuizou reclamatória trabalhista postulando as verbas rescisórias de sua demissão, a percepção em dobro pelo período de afastamento, bem como danos morais a serem fixados pelo magistrado. A Recorrente fora humilhada diante de colegas e clientes, quando informada que sua demissão incorria do fato de sua aparência estar aquém do exigido pela empresa, que se autoproclamou “um estabelecimento de luxo”. Além desta ofensa, todo o quadro de funcionárias era submetido à prática constrangedora e gritantemente ilegal, como a exigência de apresentação de atestados de esterilização por parte das funcionárias de sexo feminino, demonstrando sua incapacidade de engravidar, para que o afastamento decorrente desta. A recorrente frisou que fora demitida, humilhada e constrangida. 
 
 
 
2.	DA SENTENÇA
 
O MM. Juiz a quo, julgou a ação procedente em parte, reconhecendo a ilegalidade da demissão; pelo qual determinou a reintegração da recorrente junto ao quadro de empregados da recorrida, mesmo a recorrente sendo expressamente contrária à tal, alegando não ter ambiente para tal retorno, mediante os ocorridos. Além desta reintegração, determinou em sentença o pagamento das remunerações do período de afastamento de forma simples; e julgou improcedente o pedido de dano moral!
 
 
3.	IRRESIGNAÇÕES
 
3.1.	Da demissão discriminatória
		A recorrente fora demitida por não ser dotada de ‘boa aparência’, que a empresava acreditava ser necessária a seus colaboradores, visto que julga ser uma empresa de luxo. Pior, esta informação foi proferida à recorrente em presença de colegas de trabalho e clientes, que perplexos testemunharam! Não bastasse ser humilhada, a recorrente passou por este constrangimento em público.
		A Lei 1.905 de 24/11/1998 veda a utilização da expressão “exige-se boa aparência” em anúncios de recrutamento ou seleção de pessoal. Não somente, algumas doutrinas a juízos estendem esta proibição para motivação de término da relação empregatícia.
		Desta maneira, a recorrente buscou a tutela do judiciário para uma reparação, buscando as verbas rescisórias decorrentes desta demissão, bem como os danos morais provenientes desta humilhação! A recorrente deixou expresso que a reintegração não era vontade sua ou da recorrida, e que o ocorrido criou um clima insustentável para a continuidade da relação.
3.2.	Da exigência CRIMINOSA de apresentação de testes de esterilização
		A recorrida exige de suas funcionárias do sexo feminino a apresentação de atestados de esterilização, que lhe garanta a “tranquilidade” de que não ocorrerá afastamentos em decorrência de gravidez.
		Tal prática é vedada pela CLT, em seu art. 373-A, inciso IV. Vejamos o que o diploma traz acerca do tópico: Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecias nos acordos trabalhistas, é vedado: “IV- exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência do emprego”.
		Aqui, a omissão do MM. Juiz é inaceitável. A recorrente apresentou provas de que a empresa comete prática discriminatória vedada pela CLT, arguiu a condenação da recorrida por tal prática nos pedidos de sua reclamatória, e o juízo nada fez!
		Tal ação, além de vedada pela CLT, é tipificada como CRIME pela Lei 9,029/1995. Tal lei prevê pena de detenção de um a dois anos E multa para tal conduta. “Art. 2° Constituem crime as seguintes práticas discriminatórias: 
I – a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou a estado de gravidez; Pena: detenção de um a dois anos e multa”.
		Além da tipificação como crime, a referida lei, em seu art. 4°, prevê o seguinte; 
O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes desta Lei, além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre: 
I – a reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros legais;
II – a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais.
		É importante ressaltar do caput a expressão “além do direito à reparação pelo dano moral”, este direito à reparação é previsto em lei, não cabe ao magistrado julgá-lo procedente ou não! A lei deve ser seguida, sendo função do magistrado fixar a quantia devido à extensão do dano.
		Ao in fine do caput, temos a seguinte afirmação “faculta ao empregado optar entre”; a recorrente fez sua opção na reclamatória, quando pediu a percepção em dobro. Aqui a faculdade de optar é do empregado, e não do juízo; a sentença que determina a reintegração é julgamento extra petita.
 		Isto posto, nos termos e fundamentos acima apresentados, requer que Vossa Excelência se digne de:
A) Conhecer o presente apelo, e, no mérito, dar total provimento ao recurso;
B) Reformar a sentença recorrida, para julgar procedente todos os pedidos da recorrente; sendo eles o reconhecimento do término do vínculo empregatício, a condenação da recorrida quanto às verbas rescisórias, a percepção em dobro da remuneração pelo período de afastamento, bem como a condenação em danos morais, a serem fixados, todos corrigidos monetariamente e acrescidos de juros legais;
C) Intimar a recorrida para, querendo, oferecer suas contrarrazões no prazo legal.
Termos em que pede e espera deferimento.
   
____________, __de ______ de 20.
 
 
 
 
__________________________
_____________________
OAB/__ XXXXX

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